Amor Entre Epístolas escrita por Maria Gabriella


Capítulo 8
Reações Químicas


Notas iniciais do capítulo

O tema dessa rodada é Amor. Espero que gostem!



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 Problemas. Eles não haviam sumido só porque Juliano chegara — mas haviam se tornado mais leves, isso era verdade. Maria já havia sido informada sobre os planos do casalzinho antes de Catarina enviar sua resposta afirmativa, na realidade, tinha até impulsionado, mais uma vez, para que tudo acabasse daquela forma. Ela ficou contente por poder visualizar o rosto do genro e também por conhecer Uggie antes de uma degradação mais definitiva em sua vista. E, embora Manuel fosse uma boa criança, era inevitável que ficasse confuso. Teve uma maior receptibilidade com o cachorro, no entanto Juliano recebeu apenas certa desconfiança.

 Já era esperado que o amor do menino precisasse de um tempo para ser conquistado. Era fácil ser amigo de uma criança, mas fazê-la te amar e querer conviver contigo exigia muito mais esforço. Não especificamente por ser uma pequena pessoa, em realidade, haviam raras exceções nas quais o amor acontece de maneira relâmpago, como com Juliano e Catarina, e até nesse caso haviam certas controversas, considerando o laço afetivo que construíram na infância e permaneceu até a idade adulta, demonstrando-se mais forte que a distância e o tempo.

 Sim, pois no geral, esse sentimento demora a se estabelecer. Precisa de um tempo mínimo para criar o apreço e são necessários alguns fatores que podem ou não ocorrer, como paciência e reciprocidade, e algumas reações químicas que diferenciam uma relação amorosa de uma eventual amizade.

 Nesse sentido, é natural que Manuel tivesse alguma dificuldade para aceitar a presença do advogado em um primeiro momento, no entanto todos concordaram que o garotinho iria se acostumar e passar a ter muito gosto pelo homem, talvez até o chamasse de pai.

 Sobre Afonso, Juliano recomendou a Catarina que fossem falar com o homem. Ele a explicou que, caso fosse realmente as intenções do sujeito, não havia absolutamente nada que pudesse ser feito para evitar as visitas semanais que provavelmente seriam concedidas pelo juiz. Cat não queria acreditar, porém fazia sentido: a presença do pai diz respeito à criança, não à mãe.

 Sendo assim e como a bibliotecária tinha certeza de que Afonso não havia mudado, até pelas pequenas inconveniências que haviam tido, ambos resolveram marcar um dia para conversar seriamente com o progenitor de Manuel.

Ela lamentava mentalmente que Afonso nunca tivera uma relação afetuosa o suficiente com alguém, quando menor, para que fosse capaz de entender, ou pelo menos de sentir, o amor.


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Notas finais do capítulo

Vou responder os comentários em breve, desculpem pela demora! ♥



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