You Make Me Feel... - All Different World escrita por Lilliel Sumire Eucaristia


Capítulo 4
Sobre Jogos Que Crianças Não Deveriam Jogar.


Notas iniciais do capítulo

Se divertindo com o desafio?
Espero que sim.

Nenhum dos capítulos das fics está em ordem cronológica de acontecimentos, então atenção as informações no começo dos capítulo sobre quando cada uma acontece.

Quarta semana: A primeira vez que nos beijamos



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Férias de Verão – Aproximadamente 9 Anos Atrás

 

 

 

O acampamento de verão daquele ano estava muito mais bagunçado do que de costume, o que não deveria surpreender James, mas ele ainda queria muito saber quem foi o imbecil que ensinou a Christine sobre o jogo do beijo.

Parecia tão errado que sua irmãzinha de nove anos soubesse jogar aquilo e muito mais quando todos pareceram excessivamente animados em jogar quando Chris propôs que fizessem aquilo.

Depois teria que agradecer a Emma por ela ter mantido Rose e Cara no Instituto por serem muito novas ou teria que cuidar de três das quatro irmãs ao mesmo tempo.

James acabou tendo que ceder os puxões nada delicados de Claire, os olhos de cachorrinho de Christine e as provocações de Nathan sobre participar do jogo e entrou na roda ao mesmo tempo que Helena era arrastada por Max.

O pensamento de ter a sorte de poder beijar Helena pareceu tão bom quanto errado para James e ele se tinha algum tipo de doença mental enquanto lembrava com todas as forças que aquela garota tinha dez anos e ele doze, nem deveriam estar jogando aquilo.

Antes mesmo do jogo começar James pode ouvir várias pessoas comentando que havia pelo menos alguém ali que eles gostariam de beijar. Aquela definitivamente era uma má ideia, mas quem é que iria ouvir a única pessoa que parecia se opor ao bendito jogo?

—Por que temos que jogar isso? –Sua audição havia captado a reclamação baixa e encarou Helena no outro lado da roda. –Tenho certeza que os pais de todos aqui nos matam se souberem disso.

—Relaxa Lena, é só uma brincadeira.

—Que não vai dar certo.

James queria saber o que Helena queria dizer com aquilo, mas assim que o jogo começou percebeu que três pessoas nunca eram alvo da garrafa: ele, Helena e Nate.

Conhecendo o amigo como conhecia, James tinha certeza que havia apenas uma pessoa que Nate aceitaria beijar e como Alexis não parecia a fim de problemas esse beijo talvez não saísse naquele jogo.

A questão era: por que ele e Helena ainda não haviam sido sorteados?

Encarou a garota e notou que ela permanecia com as mãos escondidas no cobertor.

James pensou que seria muita pretensão sua acreditar que ela queria evitar que qualquer outra garota o beijasse, mas gostou do som que aquilo tinha na sua mente.

Não demorou para que as coisas começassem a ficar estranhas, ainda que Claire e Christine fossem amigas o suficiente para aquele beijo virar uma piada, o mesmo ele não sabia se poderia ser dito do beijo entre Conner Banner e Alexis (especialmente pela careta de Nate) ou o beijo entre Tristan e Max.

Já era quase meia noite quando todos concordaram em ir para seus quartos.

Quando viu Nate se jogando na cama acabou perguntando sobre o jogo.

—Você evitou que a garrafa te escolhesse, não foi? –O outro garoto sorriu.

—Sim, só tem uma garota que eu beijaria naquele jogo e a garrafa não caiu em mim na vez dela.

—Você manipulou para que a Helena não fosse alvo de alguém?

—Por que eu faria isso?

—Nada.

Nate sabia a resposta, mas não iria se meter nos problemas de James assim como o garoto não se metia nos dele além do necessário.

—Vai sair?

James encarou Nate se perguntando como o amigo sabia daquilo sem ler sua mente.

—Vou, preciso andar um pouco.

—Até mais.

Nate virou para o lado e James saiu do quarto seguindo o caminho até o lago próximo sem se importar em olhar se os outros já haviam dormido.

James sentou em um tronco a beira do lago e ficou encarando o reflexo da lua na superfície da água distraído.

—A lua está bonita. –O garoto se assustou e acabou expondo as garras de osso até ver Helena sorrindo. –Desculpe, acho que não deveria ter vindo usando magia.

—Ah, não, tudo bem. Eu estava distraído, se não teria ouvido a sua chegada.

—Posso? –Helena indicou o lugar ao lado dele no tronco.

—Sim.

Helena sentou ao lado de James.

—A lua está bonita, não é? –Era a mesma coisa que ela havia falado quando chegou, mas James não estranhou.

—Sim, muito. –Ele viu que Helena encarava a lua parecendo fascinada. –Não conseguiu dormir?

—Não, hoje é lua cheia e pra mim é dia de ficar acordada.

—Por que?

—A magia é poderosa hoje, no ápice da lua cheia eu tenho sonhos e eles normalmente me assustam.

—Sinto muito.

—Tudo bem, hoje em dia eu já me acostumei.

—E não é solitário?

—Um pouco, mas papai e o Wong se revezam para me fazer companhia.

Helena deu um sorriso um pouco triste e James automaticamente acariciou os cabelos dela sentindo o peito apertar diante da expressão dela.

—Hoje eu fico com você.

—Não precisa James, você logo vai precisar dormir.

—Não vou, não tão cedo. –Ele sorriu e Helena sentiu o rosto queimar. –Ah. Eu queria perguntar uma coisa, mas acho que vai soar estranho. –Ela fez sinal para ele continuar e James respirou fundo. –Você manipulou a garrafa para não cair em nós dois?

Helena pareceu surpresa, como uma criança quando é descoberta fazendo algo errado.

—E-eu n-não sei do que você tá falando. –James podia ver o quão vermelho o rosto dela estava mesmo no escuro.

—Há há... Tudo bem, eu não estou bravo, na verdade é o contrário. –Ela pareceu estranhar o que ele falou. –Até tinha uma garota que eu queria beijar, mas não por causa de um jogo e estou feliz que ela também não foi beijada.

Helena não falou nada, mas sabia que a única garota que não beijou ninguém foi ela mesma.

—E você beijaria ela se não fosse em um jogo?

—Sim, mas não sei se ela iria querer.

—E se ela quisesse?

—Bom, acho que ela poderia apenas segurar na minha mão.

James sabia que aquela conversa era muito perigosa e idiota, mas não pode evitar de pelo menos dar um caminho para caso a garota realmente quisesse beija-lo um dia. Ele também imaginava que esse dia não seria em menos de uns dois anos.

Por isso mesmo quando Helena segurou sua mão James se assustou um pouco e quando olhou para ela seu coração realmente acelerou muito mais do que das outras vezes em que a viu sorrindo.

Helena encarava a lua sem piscar e seu rosto estava muito vermelho, o que fez o rosto de James queimar mais do que o normal. O garoto sorriu, o que fez a garota encara-lo.

Nenhum dos dois falou nada, James apenas aproximou seu rosto do de Helena e tocou os lábios dela com os seus suavemente por alguns segundos.

Assim que se afastaram James sorriu e beijou Helena novamente, dessa vez pressionando um pouco seus lábios contra os dela, de alguma maneira isso a fez sorrir.

Quando o segundo beijo terminou James envolveu a cintura de Helena em um abraço e os dois ficaram ali olhando para a lua até o garoto adormecer.

Helena queria poder acorda-lo e no dia seguinte andar de mãos dadas com ele, mas ela sabia que não poderia, por que no dia seguinte voltaria a ser a pessoa consciente que era e se afastaria de James como fazia todos os anos depois do acampamento.

Mesmo que isso significasse passar o resto do ano pensando nele.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Fanfic de origem:

https://fanfiction.com.br/historia/700038/Marvel_Universe_All_Different_World/



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