Prometidos escrita por Carolina Muniz


Capítulo 17
Capítulo XVI


Notas iniciais do capítulo



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Christian estava claramente surpreso, mas apenas isso.

E Ana não sabia dizer o que achava daquilo.

Como Elena foi lhe apresentada por Christian em uma de suas conversas, era que a mulher era uma grande amiga. Ana não imaginou que ela fosse tão mais velha e tão mais bonita.

Sem contar que era extremamente desconfortável estar na presença, era uma presença forte e esmagadora, e a loira parecia saber daquilo, e claramente gostava.

— Eu queria ver você, tantos dias, não é? - Elena comentou, terminando de descer as escadas. - E como eu sabia que você chegaria hoje, resolvi fazer uma visita. Espero não estar atrapalhando o casal, é claro - falou enquanto dava um abraço um pouco longo de mais em Christian.

— Não, é claro que não - o outro respondeu. - Bom, essa é Anastacia Stee-Grey - apresentou.

Elena sorriu de forma, mas logo alargando os lábios e demonstrando algum tipo de... Felicidade? Ana não sabia dizer.

— Olá, Anastacia, é um prazer conhecê-la - disse a loira, indo até a garota.

Ana queria dizer que o prazer era dela, como dizem as etiquetas de educação, mas apenas o que conseguiu pronunciar foi uma "olá" enquanto Elena a abraçava de forma distante demais para ser realmente um abraço.

— Eu estava louca para conhecê-la - comentou a loira, segurando-lhe as mãos. - É tão bonita quando imaginei que seria.

— Obrigada - agradeceu Ana, agradecendo a si mesma também internamente por não ter gaguejado. - Você também é.

Elena sorriu novamente.

E Ana se sentiu mais desconfortável.

Então, antes que Elena dissesse mais alguma que claramente iria dizer - Ana já podia ver sua boca se abrindo - outras três pessoas entraram no recinto.

Era uma mulher e dois homens, também na casa dos trinta quase quarenta.

A mulher vestia um terninho simples e confortável da cores azul e branco, suas cabelos presos num coque bem arrumado e no rosto bonito uma leve maquiagem. Ela parecia muito profissional e eficaz.

O homem, alto e forte, vestia um terno preto, tinha um fone preso no ouvido direito e a postura completamente séria. Era o tipo de homem que Ana teria medo se tivesse em um beco escuro.

Ela nunca esteve num beco escuro, mas era sempre aquela analogia que usava quando precisava definir o seu medo.

O outro homem, também bastante alto, vestia igualmente um terno escuro e um fone no ouvido direito, parecendo um pouco mais novo que outro e também menos sério.

— Ah, Taylor e Gail - disse Elena, soltando Ana, parecendo bem a vontade enquanto ia para o outro lado do cômodo, onde havia um enorme sofá.

— Sr. Grey, bem vindo de volta - Gail cumprimentou.

— Seja bem vindo, sr. Grey - disse Taylor.

Christian os cumprimentou com um aceno de cabeça enquanto estendia a mão para Ana, que logo aceitou.

— Esta é Anastacia Grey. Ana, estes são Taylor, Sawyer e Gail.

— É um prazer conhecê-la, Sra. Grey.

Não era a primeira vez que Ana foi chamada de Sra. Grey, mas ainda sentia o impacto de seu novo nome.

— Sra. Grey - Taylor saudou assim como Sawyer.

— O prazer é meu - murmurou a morena.

— Gail é a governanta da casa, é quem cuida de tudo, e uma vez por semana uma equipe vem fazer uma faxina completa - explicou Christian. - Taylor é o chefe da segurança, o meu segurança particular. E Sawyer é o seu, eu não quero que saia do apartamento sem ele.

Ana concordou com a cabeça.

Seguranças eram um costume quando sua família era da política da realeza na Bulgária, mas ela realmente teve uma esperança - um pouco máxima talvez - de não tê-los grudados a ela nos Estados Unidos também.

— Já podem ir - Christian informou.

— Não de nada, sr. Grey? - Gail perguntou enquanto Taylor e Sawyer deixavam o recinto.

— Não, obrigado, Gail.

— Sra. Grey? - ela questionou à Ana.

A garota mordeu o lábio inferior.

— Hã, pode me mostrar o meu quarto, por favor?

— Clar...

— Eu faço isso, não se preocupe, Gail - intrometeu-se Christian.

Gail saiu desapareceu por um corredor assim como Sawyer e Taylor, e Christian - ainda segurando a mão de Ana - se virou para Elena.

— Eu já volto - informou.

— Claro, querido - disse a loira, totalmente a vontade.

Ana via aquilo um pouco forçado - talvez fosse sua mente - mas ela realmente achava aquilo forçado, como se ela quisesse provar alguma coisa, talvez porque Ana estivesse completamente desconfortável.

Mesmo sem conhecê-la bem, Ana só queria não ter que ver Elena o tempo todo.

Christian levou a morena pelo mesmo corredor que Gail desapareceu, e guiou para uma escadaria larga, mas pequena.

— Aqui em cima fica a suíte principal e um outro quarto, o meu escritório e a sala de cinema - Christian informou enquanto andavam por um corredor.

O apartamento era bonito - pelo menos o que Ana havia visto. As paredes eram cinzentas e vazias, o chão era branco, e as portas da mesma cor. Tudo era um pouco sem vida - na opinião de Ana - mas muito luxuoso e elegante.

Eram coisas geralmente escolhidas por mulheres, como o sofá lá debaixo e o relógio antigo ao lado das escadas, quer dizer, não eram coisas que homens se preocupavam para decorar uma casa.

O pensamento de Elena ter ajudado naquilo veio à mente de Ana, e estranhamente ela não gostou nada daquilo.

— Outro quarto? - questionou ela.

— É. É o único quarto de hóspede. Eu não gosto muito de hóspedes. Então ele nunca é usado, mas pedi para Gail arrumar para o caso de você, bom, precisar dele alguma hora.

— Vou dormir com você? - perguntou.

— Você não quer isso?

— Ah, é, tanto faz. Eu só imaginei que você...

— O quê? Nós somos casados, não somos? Eu com certeza quero dormir com você - ele foi direto. - Aqui é o nosso quarto - ele informou assim que abriu uma porta dupla no fim do corredor.

Era espaçoso e formal, a cama no meio, um criado mudo de cada lado. Um quarto de casal ou de solteiro, não tinha uma definição de diferença ali. Era cinza escuro, quase tudo, desde as paredes do quarto até as cortinas grossas que iam do chão ao teto.

Não havia nada de pessoal ali, como fotos, pôsteres ou até mesmo quadros.

Christian abriu espaço para a garota entrar e ela percebeu que suas malas já estavam ali, perto da parede que dava para outra porta - o closet provavelmente.

— Reynolds trouxe nossas malas - Christian informou. - Você vai conhecê-lo logo - disse quando a garota franziu o cenho em confusão ao nome pronunciado. - Aqui é o banheiro - ele apontou para outra porta anexada ao quarto.

A garota balançou a cabeça.

— Eu tenho que falar com a Elena.

— Uhum - a morena concordou.

— Você não vai...

— Vou ficar aqui - decidiu.

— Tem certeza?

— Não posso? - rebateu.

Christian franziu o cenho.

Ela estava irritada, e ele ao menos sabia o porquê.

— Hã, é claro, é o seu quarto também agora - ele murmurou.

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Notas finais do capítulo

Xoxo



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