Pandora escrita por Virgo


Capítulo 2
Grilhão e Punhal


Notas iniciais do capítulo

Vamos devagar, não quero assustar ninguém como em outras fics hehehe



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/760603/chapter/2

A porta foi derrubada com um forte estrondo gerado pelos corpos que foram atirados sem a mínima dó ou remorso. Os corpos de armadura ainda derraparam alguns metros, manchando a pedra do aposento com os rastros do seu sangue vermelho.

A mulher se jogou no chão e tateou o corpo mais próximo em desespero, encontrando um punhal no cinturão do morto e o brandiu na direção da porta ao se levantar. Tomou alguma distância dos homens que iam entrando, correndo o risco de ser encurralada contra alguma das paredes, mas evitando o perigo de ser flanqueada.

O cômodo foi invadido por várias figuras sombrias, vários homens com armaduras que nunca tinha visto antes, feitas com um material jamais imaginado, negros como a noite sem lua, empunhando armas de poder e singularidade inigualável. Seus olhos eram a parte mais perturbadora, vermelhos e brilhantes como rubis de sangue.

— Ei! Não seja estúpida! - bradou um dos homens. - Solte isso!

Virou o punhal contra si e viu os homens avançarem para lhe segurarem ou tentarem arrancar a lâmina de suas mãos, estava cansada daquilo e não iria passar por aquilo nunca mais. Está era sua determinação pessoal, mas não seu destino.

— PARE!!

— SEGUREM-NA!!

A faca foi arrancada de sua mão sem nenhuma dificuldade e seu corpo logo foi atirado ao chão com um murro forte, tão forte que sangue começou a escorrer de sua boca e nariz. Tentou se levantar, mas sentiu mãos grandes empurrarem seu rosto e corpo contra o chão, fazendo-a sentir cada ossinho doer pela pressão desmedida. Os dentes pareciam moles e o ouvido apitava, o ar lhe faltava de uma forma que nunca sentiu antes e todos os ligamentos ardiam.

— CORRENTES, AGORA!! - gritou o homem que lhe rendeu com tamanha brutalidade. - VAMOS LEVAR ELA VIVA!!

Sabia o que viria, estava cansada de viver as mesmas situações mais dia menos dia. Não era a primeira vez que via a guerra de perto, devastando cidades e matando soldados, sempre era presa em correntes ou cordas e então era levada de um lado para o outro como um mero objeto, não passava de um troféu. Geralmente era sua beleza que iniciava as guerras, tão bela e desgraçada, não havia rei no mundo que não quisesse abusar de um presente dos deuses imortais. Acorrentada e humilhada, lhe restava apenas viver outra vez seu ciclo pessoal de desgraça.

O soluço escalou sua garganta e anunciou não apenas sua derrota, mas sua rendição à amargura da vida e do destino.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Dente mole por porrada, só quem caiu de cara sabe como é horrível XP



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pandora" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.