POV Bella

Dois dias depois voltamos para casa e todos continuavam amáveis comigo e ajudando com o bebê. Até que chegou a hora da conversa com Edward, mediada por Jasper. Para minha surpresa, ele disse que não merecia perdão pelo que tinha feito e que me amava, mas entenderia se eu não quisesse mais ficar com ele. Eu também o amava, mas não conseguia verbalizar, não conseguia dizer se queria continuar com aquele casamento ou não. Então Jasper me pediu para pegar tudo o que estava na gaveta das coisas ruins, se estivesse preparada. Pensei que era melhor acabar logo com aquilo, fui até lá e espalhei tudo na cama. Edward olhava atentamente. Primeiro peguei a certidão de casamento, lembrando da humilhação que senti no cartório e da dor de não ter um casamento de verdade. Chorei muito, várias vezes não consegui falar. Depois mostrei o envelope com as notas fiscais e o troco do dinheiro que ele me dava a cada semana, mostrando que tudo foi gasto com as coisas do bebê. A essa altura Edward já estava chorando comigo e, por fim, mostrei a minha foto de formatura com o casal Cope e falei da tristeza por não poder viajar com os meus amigos e rever meus avós e pelo fim do meu sonho de fazer faculdade. A cada vez que eu falava em dor, humilhação, medo, vergonha e desprezo, Edward parecia se desesperar. Eu já não tinha mais lágrimas para chorar e meu corpo era sacudido por soluços. Jasper perguntou se eu me importaria se Edward me abraçasse e eu balancei negativamente a cabeça. A sessão daquele dia foi encerrada com nós dois caídos na cama, ele me abraçando e beijando meus cabelos. Eu tinha dito que não conseguia olhar nos olhos dele porque não suportava ver o desprezo que ele sentia por mim. Ele disse que estava se sentindo um lixo e que nunca sentiu desprezo por mim, era a sua idiotice de querer que eu admitisse que havia engravidado de propósito.

POV Edward

Dois dias depois voltamos para casa e todos estavam empolgados com o bebê. Jasper me disse que a sessão daquele dia seria bem difícil já que Bella e eu conversaríamos e ele apenas faria a mediação. Ele pediu que eu começasse e só consegui dizer que não merecia perdão pelo que tinha feito, que a me amava, mas entenderia se ela não quisesse mais ficar comigo. Eu sabia que ela também me amava, mas tinha consciência que a magoara profundamente. Minhas atitudes tinham destruído a menina alegre de olhos brilhantes. Restava saber se e como eu poderia recuperá-la.  Então Jasper pediu para ela pegar tudo o que estava na gaveta das coisas ruins, se estivesse preparada. Ela hesitou um pouco, mas foi até à última gaveta da cômoda, pegou algumas coisas e trouxe para a cama. Eu olhava atentamente. Primeiro ela pegou a certidão de casamento, lembrando da humilhação que sentiu no cartório e da dor de não ter um casamento de verdade. Ela chorava muito e várias vezes não conseguiu falar. Depois mostrou um envelope com as notas fiscais e o troco do dinheiro que eu dava a ela em cada semana, fazendo questão de dizer que tudo foi gasto com as coisas do bebê. Eu comecei a chorar também, me sentindo mais estúpido e mesquinho ainda. E depois ela mostrou a foto de formatura com um casal que disse serem a bibliotecária da sua escola e o marido, já que não havia ninguém da família com ela. Ela falou também da tristeza por não poder viajar com os amigos e reencontrar os avós e pelo fim do sonho de fazer faculdade. A cada vez que Bella falava em dor, humilhação, medo, vergonha e desprezo, eu ficava cada vez mais desesperado, enquanto ela chorava de soluçar. Jasper perguntou se ela se importaria se eu a abraçasse e ela balançou negativamente a cabeça. Ele se despediu nos deixando abraçados na cama e eu a beijava sem parar. Bella tinha dito que não conseguia me olhar porque sentia que eu a desprezava. Eu me senti um lixo e disse que nunca tive esse sentimento por ela, era aquela idiotice de querer que ela admitisse que havia engravidado de propósito.