My Lover Academia escrita por PikaGirl


Capítulo 2
A strange meeting - Dabi


Notas iniciais do capítulo

Claro que a primeira One seria do meu personagem favorito, certo? Hsnsndjd
Espero que gostem ♥



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A noite caía lentamente. Tu encontravas-te sentada num banco num parque, ora apreciando as estrelas que começavam a aparecer, ora lendo o teu livro preferido, o mesmo que já leras diversas vezes. Tu nunca te cansavas de apreciar a escrita simples e fácil (pelo menos para ti) que te era proporcionada por um simples livro que compraras faz algum tempo. Já houvera vezes que não saíste com os teus amigos só para o poderes ler um pouco mais. Havia algo naquele objeto que te entretinha mais do que qualquer outro, o que chegava a irritar os teus colegas. Mas não é como se prestasses muita atenção às outras pessoas.


Estavas a acabar de ler um dos capítulos, quando recebes uma mensagem. A tua mãe diz-te para te despachares, que era perigoso estares sozinha na rua, no escuro, mesmo com a tua individualidade. Tu apenas dizes-lhe que não tarda nada, chegas a casa. Acabas de ler o capítulo, e guardas o teu livro na tua bolsa. Levantaste do banco, e ao mesmo tempo, ouves um barulho por perto. Não prestas muito atenção a isso.


“Devo ter feito barulho ao levantar-me... Sim, é isso de certeza”. Tentas ganhar coragem e ignorar o barulho. Não é como se não fosses uma pessoa corajosa, ou uma que tinha medo de tudo. Mas bem: és uma rapariga, estás num parque sozinha, á noite, e não tem mais ninguém na rua. Tinhas que prestar atenção. Qualquer passo em falso, e podia não acabar bem para ti.


Dás uma risada nervosa, tentando aliviar a tensão, o silêncio sufocando-te. Sentes um olhar em ti. Pensas se deves correr, chamar a pessoa, ou esperar algum movimento vindo dela. Nunca se sabe quando precisas de usar a tua pose de combate. A tua individualidade era uma relacionada com o controle do ar. Conseguias fazer qualquer coisa com ele, desde criar rajadas de vento fortes e tornados, até mover objetos, ou até mesmo acabar com o oxigénio á volta de alguém, sufocando-o. Mas não é como se fosses usar os poderes que herdaste dos pais para o mal. Não fora essa a educação que te deram.


Pensando em como não querias realmente magoar ninguém, e percebendo que estavas parada no mesmo lugar á uns minutos, decidiste simplesmente ir embora, fingindo que nunca sentiste aquela presença. Deste meia volta, indo até às escadas que estavam sobre a relva. Ou melhor, o teu objetivo eram as escadas, porque foste puxada com uma força imensa, a tua boca sendo coberta por uma mão. Notaste como ela tinha uma textura estranha. Mas não tiveste muito tempo para pensar nisso, até a pessoa falar.


—Devias ter saído mais cedo. Não que eu te fosse deixar, para dizer a verdade. Tiras-te a diversão toda, e obrigaste-me a ficar á espera para ver se tinhas alguma reação, então não tornes tudo mais difícil e vem comigo.


Era um homem a falar, pela voz grossa. Não era a primeira vez que te tentavam raptar. Tu eras filha de super-heróis conhecidos, então eras alvo de vilões constantemente, esses que queriam vingar-se dos teus pais. Pensaste por um momento sobre o que raios estava na tua cabeça para ainda estares na rua á noite, sozinha, se a tua vida estava sempre em risco. Bem, agora era tarde demais para arrependimentos. O homem voltou a falar.


—Não vais tentar soltar-te? Pelo menos és inteligência o suficiente para saberes que estarias a arriscar a tua vida.


Como ele estava enganado. Foi só preciso ele baixar um pouco a guarda, que tu deste-lhe um pontapé no joelho, e soltaste-te do braço que agarrava a tua cintura, mordendo a mão que cobria a tua boca. Afastando-te dele, olhaste-o sem receio para nos olhos, vendo a aparência estanha que ele tinha. Olhos azuis num tom claro, mas profundos, como se escondesse um passado obscuro; cabelos pretos e despenteados; um casaco longo, por baixo, uma camisa branca, e uns jeans pretos. Mas o que realmente o deixava estranho, eram as partes roxas que ele tinha no corpo, como se fossem queimaduras. A sua pele normal estava agarrada a essas zonas afetadas com o que julgaste ser pedaços de metal. Não que percebessem muito de medicina. Notaste também uns piercings nas suas orelhas. O melhor a fazer por agora era decorar as características do homem, caso fosses até á polícia. Não seria a primeira vez. E também não podias simplesmente correr. Ele podia apanhar-te. Voar era uma opção, mas e se ele tivesse uma individualidade que alcançasse grandes distâncias? Foi ele que quebrou o silêncio que se instalara.


—Ora sua!... Com que então, vou ter que fazer as coisas da maneira difícil? Tudo bem. Vou adorar descobrir que individualidade tens.


E depois do seu sorriso sarcástico (pelo menos pensaste que ele tinha sorrido. Ele parecia ter um sorriso eterno, com a pele dele deformada daquela maneira) ele mandou uma rajada de fogo azul, que tu felizmente escapaste. Usas-te a tua individualidade para flutuar. Então ele tinha mesmo poderes que alcançavam grandes distâncias. Bom saber. Teria ele feito aquelas queimaduras com as suas próprias chamas?


—Com que então, uma individualidade que envolve o controlo do ar? Não me parece ser gravidade. Além disso, as chamas foram atiradas para trás. -pausou por um momento, o seu olhar seguindo-te até pousares no chão. Sorriu mais uma vez, desta vez mostrando os dentes perfeitamente alinhados e brancos.- Isto deve ser divertido. Mostra-me do que és capaz.


Fácil fazer isso. Esticas a tua mão na direção do homem, cortando o oxigénio á sua volta, menos na zona do rosto, para ele poder respirar. Isso fez com que quando ele tentasse usar as chamas, não fosse capaz de o fazer. Os seus olhos azuis arregalaram-se, encarando as mãos.


—Não sabes? Sem oxigénio, não existe fogo. -sorriste, a situação divertindo-te, visto que estavas em vantagem agora.


Quando pensaste que o homem ia lançar-te um comentário ofensivo, surpreendeste-te ao vê-lo sorrir divertidamente.


—Isto ficou muito mais interessante. Parece que não vou ser capaz de te derrotar sozinho. Mas não te preocupes, em pouco tempo, eu voltarei com reforços. Não pretendo deixar o homem das mãos á espera. Ele vai chatear-me a cabeça. Além disso, não me apetece lutar para não a perder. -lançou-te um olhar que ficaria na tua memória por muito tempo.- Mas quando eu voltar, quero ser eu a levar-te até ele. Ele vai garantir que te tornes uma de nós, e de certeza que vai obrigar-me a ser o teu mentor. Não que isso me incomode, se fores tu. -aproximou-se um pouco mais de ti, mas tu não te mexeste. Sabias que ele não te atacaria.- Fui dado a missão de te observar faz uma semana, e só hoje encontrei-te sozinha, a leres aquele mesmo livro de sempre. Até comecei a lê-lo também. E eu não gosto de ler. Mas quero saber mais sobre ti. Tu deixas-me… intrigado. -mais uns passos, até estar cara a cara contigo, os lábios perto do teu ouvido. O teu nome saiu lentamente por eles, o seu hálito quente fazendo um arrepio percorrer-te. Esta reação provocou um sorriso nele, que se afastou, dando-te as costas.


Ele já estava um pouco longe, quando o chamaste.


—Q-Qual é o teu nome?


Não pensaste que ias falar com aquele vilão, mas ele mesmo tinha-te intrigado. Fora o único a afastar-se quando viu que não tinha hipóteses. O mesmo virou-se, olhos azuis penetrando nos teus. O sorriso típico no rosto.


—Chama-me Dabi. -e com isto, ele desapareceu por entre as árvores do parque.


Ficaste uns minutos ali, parada, até que te lembraste do que a tua mãe dissera, começando a correr até casa. Irias falar-lhe do que se passara, e claro que os teus pais iam arranjar uma maneira de ter-te sempre por baixo de olho, como sempre quiseram antes de tu o negares. Mas sinceramente, querias ver aquele homem, nem que fosse só mais uma vez, mesmo que parecesse loucura. Eram raras as vezes que alguém te chamava a atenção como ele fizera. Agora, eras incapaz de saber se isso era bom ou não. Só esperar para ver.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem ;3



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