Danny POV

Chegando em Londres, eu estava arrasado. A viagem foi horrível, com o Dougie babando na minha camisa (sim, ele baba quando dorme), o Tom falando no telefone com quem eu acho ser a mãe dele, e o Harry batucando na minha poltrona, ouvindo seu Ipod. Mas você acha que eu fui pra casa descansar? Nada disso! Hoje tinha festa! Pela primeira vez na vida eu quis ficar em casa, o que fez meus amigos me zoarem, mas depois eu pensei, quem sabe eu não encontro uma garota gostosa e me dou bem?

Então lá estava eu, na frente da boate mais quente de Londres. Qual era o nome? Perdition (perdição).

Os rapazes foram se distanciando de mim, foi um pra cada canto. Dougie foi pro bar. O Fletcher foi pra pista de dança. Harry estava agora em uma roda com umas garotas gostosas. E eu? Fui me sentar em uma mesa. Logo duas garotas, uma ruiva e outra morena, se aproximaram de mim, se sentando uma de cada lado, acompanhadas do meu “amigo” Joe, filho do dono do bar.

'Jones!' ele disse, com seu sorriso mais malandro. 'Precisando relaxar?' ele olhou para os lados e apontou com a cabeça para a morena. Reconheci ela como uma garota com quem já fiquei.

Sabia muito bem o que aquela pergunta significava. Na verdade, Joe era o meu traficante. Sim, eu tenho um sério problema com drogas, já até tentei parar uma vez. Mas eu já estou caminhando pra morte, não estou? Então do que adianta parar agora?

'O que você tem aí pra mim?' disse, olhando com um olhar arrasado para Joe.

Ele retirou de seu bolso da jaqueta que usava um saquinho com um pó branco em seu interior.

'Quanto?' perguntei, apontando com a cabeça para a droga.

'40 libras' Me ajeitei no banco onde estava sentado, e retirou do bolso uma nota de 50 libras.

'Tem trocado?' Joe fez que não com a cabeça.

'Pegue uma bebida no bar como troco... isso faz com que a coca haja mais rápido'

'Claro' Estava meio desanimado, mas quem sabe a droga não desse um animo, mesmo que passageiro?

Logo a imagem de Joe e as meninas indo embora, se fundiu com a boate, que pegava fogo ao meu redor. Mas parecia que eu estava congelado pelo olhar de Mandy, aquele último antes de entrar no taxi, e sair da minha vida, tão rapidamente quanto entrou. Estava na hora de me aquecer, e aquele pequeno saquinho com o pó branco no seu interior era a minha brasa.

Abri o pacote com a droga e peguei um canudo pequeno de dentro dele, inspirei a droga, e por fim, caminhei até o bar, onde peguei uma bebida forte que não lembro o nome e tomei junto. Em alguns minutos eu estava completamente eufórico. Minha vontade era de me movimentar o máximo que podia. Fui pra pista de dança e várias garotas me cercaram. Quando me dei conta, já estava no dia seguinte, em um quarto de motel, com uma garota super hot ao meu lado, várias latas de cerveja jogadas pelo chão e minha cabeça latejando.

Fui tomar um banho de água fria e quando cheguei ao banheiro, corri para o vaso, para vomitar. Provavelmente usei mais drogas do que estava acostumado. Após vomitar tudo, enfim tomei meu banho, que pouco me relaxou. Um dia se passou, e Amanda ainda invadia minha cabeça. Ao chegar no quarto novamente, olhei para a garota que estava deitada na cama e que dormia. Pouco se parecia com Mandy. Era um tipo de Anti-Amanda. Seus cabelos eram castanhos, sua pele, morena. Não era ,nem de perto, tão graciosa quanto Amanda. Me vesti, deixei um bilhete de desculpas para a garota que eu nem sabia o nome e sai do quarto, paguei por ele, e fui de táxi para casa.

Ao chegar lá, os guys brigaram comigo por eu ter me drogado. Ignorei eles e fui para o quarto. Lembrei de algumas cenas da noite anterior. Poynter no bar enchendo a cara. Fletcher e eu com várias garotas em volta. Judd beijando uma menina qualquer. Joe me dando crack. Fudeu! Eu fumei crack? Por isso eu tava tão doidão assim!

Peguei o violão e comecei a tocar alguns acordes. Comecei a cantar algo que vinha em minha mente. Era algo assim:

“It's all about you (it's all about you)

It's all about you baby (it's all about)

It's all about you (it's all about you)

It's all about you

Yesterday you asked me

Something I thought you knew

So I told you with a smile

It's all about you

Then you whispered in my ear

And you told me too

Said you make my life worthwhile

It's all about you

And I would answer all your wishes

If you asked me too

But if you deny me one of your kisses

Don't know what I'd do

So hold me close and

Say three words like you used to do

Dancing on the kitchen tiles

It's all about you, yeah

And I would answer all your wishes

If you asked me too

But if you deny me one of your kisses

Don't know what I'd do

So hold me close and

Say three words like you used to do

Dancing on the kitchen tiles

Yes you made my life worthwhile

So I told you with a smile

It's all about you

It's all about you (it's all about you)

It's all about you baby (it's all about)

It's all about you (it's all about you)

It's all about you”

Anotei no inverso de uma folha onde tinha escrito Mandy um zilhão de vezes. Eu sei que isso é coisa de adolescente, mas eu gosto tá?

Três meses depois, eu já estava viciado em crack. Fumava muito mais do que podia aguentar, mas não esquecia Mandy. Eu já estava ficando maluco por aquela garota. Hoje é segunda-feira a tarde e eu estou pensando nela. Liguei a televisão e passava Beverly Hills 90210.

Ótimo. Tudo que eu preciso agora é pensar no estado da Califórnia. Porque eu não consigo tirar a Amanda da minha cabeça 3 meses depois do que aconteceu? O que ela tem de tão especial que eu não consigo pensar em mais nada?

Talvés seja aquele sorriso perfeito, ou seus olhos verdes hipnotizantes. Ou o seu perfume... ah, seu perfume!

Foca Danny, para de pensar nela... foi só uma noite! Ela provavelmente agora ri da sua cara e diz o quão facil foi te conquistar.

Mas eu sinto a sua falta! Eu gostaria de estar com ela agora... de ouvir sua voz...

Eu já me decidi: vou ligar para ela!

Disquei o número de sua casa na Califórnia e ouvi a sua voz doce atender feliz:

'Oi, quem fala?'

'Aqui é o Danny, Amanda' disse, meio preocupado em como me declarar pra ela por telefone.

'Danny?' droga, ela não me reconheceu! 'Danny Jones?'

'É' respondi aliviado, afinal, ela me reconheceu 'Danny Jones'

'Oi!' sua doce voz estava trêmula 'Como você vai, Danny?

'Agora estou melhor...' falei, meloso.

Que história é essa de dar uma de gay agora, Danny?

'Quer dizer' me consertei 'Vou bem, e você?'

'Estou bem... Sem querer ser rude, mas... porquê você está ligando?' Curiosa, ein?

'É que eu e os caras vamos viajar pros EUA semana que vem. Califórnia. Tem como a gente se ver?'

'Vão fazer o que aqui?' Ela parecia ansiosa.

'Férias, dois meses' expliquei 'Então?'

'Claro que a gente pode se ver' mordi os lábios só de pensar em ver ela novamente.

'Então tá. Até semana que vem.'