Segredos de Auradon escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 7
O Mistério de Auradon


Notas iniciais do capítulo

Voltei :D Espero que a história até aqui esteja boa.

Vejo vocês lá embaixo.



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      Heather estava no seu quarto, pensando nos acontecimentos da noite passada, e desta madrugada, inclusive. No momento, ela ficara furiosa. Agora, só conseguia achar engraçado.

      Flashback On

      Heather acordou e percebeu que era madrugada. Estava com sede e ia atrás de água. No entanto, o que chamou a atenção dela e até a assustou um pouco, foi o fato de que havia alguém deitado na cama com ela. Ela ia gritar, quando uma mão veio a boca dela.

      - Shhh. Calma Heath. Sou eu. Herkie. – Sussurrou ele.

      - E como você quer que eu me acalme com isso? – Sussurrou ela de volta. – Você está no meu quarto, na minha cama. E se a Fada Madrinha decide fazer uma inspeção surpresa, ou qualquer coisa do tipo?

      Herkie começou a rir da reação exasperada da garota. Óbvio que ela não ficou feliz.

      - Qual é a graça? – Ela demandou, fuzilando-o com os olhos. - Não é legal ficar em detenção, sabia? É um tééédio lá dentro. Dá para adiantar trabalhos escolares? Claro, mas eu os faço em quinze minutos. O resto do tempo é um porre.

      - O que isso significa? – Perguntou ele.

      - Chato. Maçante. Tedioso. Desgastante de tão tranquilo. O que você ainda está fazendo aqui? – Indagou ela, ainda indignada.

      - Certo, me desculpe.  – Ele se desculpou, erguendo as mãos em rendição. - Eu trouxe você aqui e acabei dormindo.

      - Explique isso à Fada Madrinha. Agora saia. – Ela apontou a porta.

      - Achei que você não queria mais fofocas sobre você. – Herk rebateu, arqueando a sobrancelha. - Se eu sair pela porta, é isto que você vai ter.

      - Ai meu pai. Está bem, saia pela janela. - Disse ela. – E sem empecilhos. Só vai.

      - Está bem. Vejo você de manhã. – Sorriu ele, e saiu pela janela.

      - É, é. Que seja. – Murmurou ela, e foi buscar seu copo de água.

      Flashback Off

      - Estou em um país de malucos. – Falou Heather, para si mesma. – Preciso parar de falar sozinha.

      ----- // -----

      - Pode ser que eu tenha acreditado que vocês eram só amigos. Mas, depois desta madrugada, não tem como. – Sussurrou Mal para Heather, que estava embaixo de uma árvore.

      - E eu não faço ideia do que você está falando. – Respondeu Heath. – Bom dia Mal.

      - Não se faça de desentendida. Eu vi Herkie levando você para o dormitório, aliás, você é um amorzinho dormindo. – Comentou ela, fazendo Heather ficar vermelha. – E também vi ele andando pelo telhado na madrugada. Ele passou pela minha janela.

      - Olha, eu consigo explicar isso. O que acon... Espera um pouco. – Começou Heather. – A sua janela fica para o lado oposto da minha. Não tem como você ter visto.  Herkie me contou que a janela dele dá vista para o jardim de trás, assim como a minha e... A de Ben. – Heather sorriu com satisfação ao ver que Mal estava tão ruborizada quanto ela.

      - Você não comenta, e eu não comento. Fechado? – Ela estendeu a mão para Heath.

      - Fechado. Mas não aconteceu nada. – Esclareceu ela. – O que está acontecendo ali? – Ela indicou a entrada da escola, onde tinha alguns alunos agrupados.

      - Passeio ao Museu. – Respondeu Mal, simplesmente.

      - Você vai? – Indagou Heather.

      - Não. Já visitei aquele lugar o suficiente pelo resto da vida. – Mal atestou, personificando calafrios. - Você?

      - Museus não me interessam. – Ela respondeu, dando de ombros.

      - Que pena. – Disse Herkie, fazendo Heather dar um salto, e Mal rir. - Ia convidar você para ir.

      - Você não sabe chegar tranquilamente e pelo campo de visão das pessoas? – Questionou Heather, o que fez Mal rir ainda mais.

      - Eu vou pegar uns morangos. Vejo vocês por aí. – Disse Mal, saindo.

      - Então? Vamos ao Museu? – Perguntou Herkie.

      - Realmente, eu não sou fã de museus. E você não tem um rio de garotas que querem esse convite? – Interrogou ela, gesticulando para as garotas babando por ele a alguns metros.

      - Se está com ciúmes, é só dizer. – Sussurrou ele, no ouvido dela.

      - Eu não estou com ciúmes. – Disse ela. Ele tinha um sorriso convencido no rosto. – Se eu for, você vai me deixar em paz? – Suspirou ela.

      - Não, mas vou ficar feliz. – Respondeu, animado.

      - Está bem. Mas só porque eu preciso ver algumas caras de desapontamento. – Ela declarou, vendo algumas das fãs de Herkie se entristecendo, o que a fez sorrir internamente.

      - Isso! Espera, o que? – Disse ele. Heather simplesmente riu.

      - Vamos antes que eu mude de ideia. – Disse ela.

      ----- // -----

      Eles estavam admirando a Galeria dos Heróis, quando uma dúvida passa pela cabeça de Heather.

      - Como você conseguiu entrar no meu dormitório?

      - Você me deu a chave. – Ele respondeu, tranquilamente. E não conseguiu deixar de rir quando viu ela ruborizar.  – Você estava dormindo. Eu fui acordar você, e você pegou a chave no seu bolso e me deu. Depois voltou a dormir.

      - Lembro vagamente disso. – Heath reforçou, olhando para o lado oposto de onde estava Herkie. - Quis dizer, como entrou no meu dormitório sem ser pego pela diretora.

      - Ah sim. Ela me encontrou. – Ele viu Heath lhe lançar um olhar alarmado, e segurou a risada. - Eu expliquei para ela que achei você dormindo no gramado a frente do prédio, e seria maldade deixa-la lá, sozinha.

      - Sei. E ela comprou esse papo furado? – Indagou ela, arqueando a sobrancelha.

      - E se eu disser que, não só comprou, como elogiou meu cavalheirismo? – Ele sorriu, convencido.

      Heather se limitou a somente revirar os olhos.

      - Aqui estamos. Minha seção favorita do Museu. Heather, conheça a estátua de Hércules. Herói do Olimpo, filho de Zeus. – Ele declamou, com certo orgulho na voz. Não que eu tenha percebido. Ainda não sei porquê ele me mostrou essa estátua. (A.N.: ¬¬ Eu imploro aos deuses. Ajudem-me!).

      Ela ficou olhando a escultura do semideus. Nunca lembro se ele foi tornado Deus ou não. De certo modo, ela respeitava o homem. Não sabia se Hadie o faria, mas ela não tinha essa preocupação.

      - Por que você decidiu me trazer aqui? – Questionou ela, em tom de curiosidade.

      - Para mostrar que, este museu só mostra o superficial. Tanto dos vilões, quanto dos heróis. Vamos até a Galeria oposta a esta. – Herkie teve o ato de pegar a mão dela, e ficou particularmente contente que ela não largou.

      Eles caminharam silenciosamente pela Galeria de Vilões, inclusive vendo o destaque dado para os vilões julgados como os piores.

      - Sabe? – Começou Herkie. – Eu não os considero como os piores vilões. Ouvi histórias de um vilão ainda pior. O Deus dos Mortos, Hades. Rumores dizem que ele colecionava almas dos piores torturadores e das pessoas mais cruéis da história. E que torturava todas as almas presentes no Mundo Inferior.

      Herkie contava isso com um ódio que Heather nunca tinha visto sair dele antes. E isso não a agradou nem um pouco.

      - Permita-me discordar parcialmente. – Disse ela. – Eles são sim os piores vilões, mas os piores vilões da Ilha dos Perdidos. Hades não está lá. Hadie, quando criança, veio me pedir ajuda para achar Hades. Depois de alguns meses de procura e pesquisa, descobrimos algo que nunca foi contado a nenhum de vocês. Há dez anos, ele foi trancado no Mundo Inferior. Sem meio de sair. E, recentemente, eu ouvi o seu conselho, e pesquisei sobre a falta de “mortalidade” em Auradon. Prendendo Hades no Submundo, o Rei Fera e a Fada Madrinha, bem como os olimpianos, acabaram trazendo esta consequência. Ninguém em Auradon morre.

      - E isto não deveria ser uma coisa boa? – Questionou ele.

      - Não. E vou dizer o porquê. Quanto tempo faz que não nasce uma criança em Auradon? – Ela o questionou.

      Herkie começou a pensar e analisar esta pergunta. Levou uns cinco minutos para ele responder.

      - Dez anos. – Ele respondeu, espantado. - Você quer dizer que...

      - Tudo está interligado, Herkie.  – Heath pontuou. - Acabando com a mortalidade, eles acabaram com a natalidade também.

      - Mas você me contou que havia crianças na Ilha. – Herk relembrou.

      - E há. Porque Hades não pode sair, mas nós, na Ilha somente, podemos entrar no Submundo.  – Ela esclareceu. – Uma vez que a magia não chega lá, o efeito do encanto não funciona.

      - Você acha que tem como algo ser feito? – Interrogou ele.

      - Sim, mas somente Hadie pode fazer algo, já que ele é o herdeiro de Hades. – Ela destacou, pensativa.

      - Já disse que a sua companhia é incrível? – Comentou ele.

      - Sério? Agora? – Ela disse, mas não conteve o riso fraco em seu rosto.

      ----- // -----

      Heather estava em seu dormitório, pensando em diversas coisas. A conversa que tivera com Herkie, a fizera lembrar um detalhe que ela precisava manter. Ela correu à sua escrivaninha, pegou uma caneta e papel, e começou a escrever uma carta. Ela demorou uns vinte minutos para escrever a carta. Então, ela saiu correndo de seu dormitório, em direção ao escritório da Fada Madrinha. Ela deu uma batida leve, e entrou após ouvir a permissão.

      - Olá Heather, em que posso ajudar? – Cumprimentou ela, com um sorriso.

      - Olá diretora. A senhora cuida do desembarque das balsas que vão para a Ilha, certo? – Heath indagou.

      - Sim, mas por que a curiosidade? – A diretora devolveu a pergunta, arqueando a sobrancelha.

      - Preciso que esta carta seja entregue na Ilha. – Ela explicou, mostrando o envelope. - Teria a possibilidade?

      - Claro que sim, querida.  – Fada Madrinha assentiu, sorrindo. - Farei com que seja entregue.

      - Muito obrigada e desculpe por incomodar a esta hora. – Heath agradeceu, aliviada, e retribuiu o sorriso.

      - Vou relevar desta vez, pois creio que seja um assunto de extrema emergência. – A diretora acenou, pegando o envelope.

      Heather assentiu, e saiu do escritório. Fada Madrinha analisou o envelope contra a luz, para ver que havia, além da própria carta, uma caneta. Então, colocou o envelope endereçado a Anthony Tremaine em cima da mesa.


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Notas finais do capítulo

Heather pediu para eu enfatizar que "Auradon é cheia de malucos" hahaha. E o que ela têm a dizer para Anthony Tremaine? No próximo a gente fica sabendo.



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