Love in the army escrita por Scarlett


Capítulo 5
2º Fase - Jonathan


Notas iniciais do capítulo

Oii, esse capitulo saiu bem rápido, agradeço isso a NONNA_DO_KPOP que me ajudou muito a escrever este capitulo.
Espero que gostem.



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Sempre fui um cara confiante, mesmo quando o meu pai insistia em dizer que era um fracasso, conseguia ignora-lo e seguir em frente. Se não tivesse confiança, talvez em estaria vivo pra contar minha história. 

Os problemas de saúde na infância de certa forma foram positivos para me tornar um homem forte e determinado. 
Meu pai já sonhava que eu e meu irmão escolheríamos a vida militar, então, desde cedo sempre foi muito rigoroso e não poupou esforços e dinheiro para que isso acontece-se. 
Com 5 anos fomos matriculados na aula de judô em um instituto destinado a filhos de militares, o lugar também possui hipismo, atletismo e tiro que futuramente fomos obrigados a fazer. 

Para meu irmão, aquilo era a coisa mais fácil do mundo, já para mim, foi difícil. Enquanto ele precisava treinar durante uma hora,eu teria que treinar duas ou três para conseguir alcança-lo. 
Fora isso fui obrigado a fazer anos de natação devido aos problemas respiratorio devido ao nascimento prematuro. Demorou anos para que conseguisse correr sem quase morrer por conta da fadiga. É, minha infância não foi fácil! 
Olho para Mike que está ao meu lado e tento permanecer concentrado. Essa prova era de caráter eliminatório, se não conseguíssemos passar estava morto e provavelmente deserdado. Adeus exército, adeus paz, adeus tudo! 

— Sentido! 

Fazemos as reverência segundo o protocolo e logo após o senhor de pouco mais de 60 dá seguimento ao exame. 

— Senhores.... Sou o coronel William do 23° batalhão do estado do Texas, espero que estejam prontos e mais que preparados para essa etapa, que apesar de ser a primeira, será a mais difícil de todas. Se você e um calça froxa, filhinho de mamãe e fracote, devo dizer que não tem espaço no meu pelotão e muito menos vou permitir que avance para segunda fase! 

Coronel William parecia ser doce, mas quando abria boca, o cara era de se intimidar. 

— Então, aproveitem que estou dando a chance de sairem por conta própria, pois se continuaram, estejam preparados para sangrar! 

A sala deveria ter mais ou menos de 100 a 150 concorrentes, fiquei abismado quando mais da metade desistiu apenas com as palavras do homem. Continuo firme em meu lugar e observo Mike que não parava de rir. 

— O cara e bom Mesmo!- Disse animado. 

— O senhor, também não vai desistir? 

Mike leva um susto quando o velho para bem a sua frente. 

— Não senhor!- Grita de forma seria 

— Então fique calado e pare de rir! Não gosto de engraçadinhos no meu pelotão. 

O homem me olha de alto a cima, mas não me dirigi a palavra. Dou uma risadinha contida para Mike que me observa com olhos arregalados. 

— Pois bem... Sobraram apenas 60, vamos ver quantos vão prosseguir. 

Somos separados em seis grupos de 10, cada grupo deveria cumprir 3 provas com maestria. 
Mike estava no meu grupo e fiquei feliz com isso. Se iriamos passar, que fosse juntos! 

Na primeira etapa, precisamos percorrer 3 km em 14 minutos, o pior era que o caminho era cheio de obstáculos e armadilhas. Não importava, está preparado para tudo! 
Fiz a prova em tempo recorde sendo o primeiro dos dez a terminar o percurso em um tempo de 7 minutos. Mike chegou em segundo com o tempo de 8:23. 

—Cara... Eu mal vi você dando a largada. Parecia um louco correndo daquele jeito! 
Mike bufava e tentava puxar o ar desesperado. 
— Droga!! Não está nem cansado. Jon você não é humano! 

Abro um sorriso debochada. 

— Precisa se exercitar mais Mike, aqui é o exército! 

O segundo teste foi o de tiro. Acertei todos os alvos com maestria, Mike também era um bom atirado e acertou todos com facilidade. Noto que coronel William nos observava com certo interesse, não era por menos, dos seis grupos nos dois havíamos pontuado mais do que os demais homens no geral. 

— Esse é o último desafio, cada um de vocês terão que lutar contra um dos meus 6 melhores homens! Grupo 1 .... 

Cada rodada um dos seis lutadores lutavam com um membro de cada equipe, e mesmo sendo 6 homens para enfrentar consecutivamente 60, quase nenhum participante conseguia ir bem e muito menos ganhar dos soldados. 

Os participantes eram chamados por grupo e número de chamada. 
Como eramos do grupo 6 e nossa numeração era 9 e 10, consequentemente, fomos os últimos a disputar. 

— Número novee, grupo seis!! 

Desejo boa sorte para meu amigo. O seu adversário era maior e um pouco mais forte, mas Mike não ligava para isso, o garoto durante o colegial amava uma briga e participava da equipe de luta. Como ele mesmo dizia: “ Quanto maior o desafio, melhor!” 
O gigante de quase dois metros parte para cima de Mike, vejo meu amigo segurar o rosto quando é atingindo por um soco no abdome e queixo. 
— Você é bom, só não é melhor do que eu! 
Mike sorria como um lunático, ele era doido por provocar um militar experiente do exército. O militar não gostou da provocação e partiu com tudo para cima de Mike, dessa vez ele consegue desviar a tempo, agarra a cintura do homem, passado a parte posterior de sua perna direita, na parte posterior da perna direita do adversário, derrubando o mesmo no chão. Ele havia acabado de fazer um golpe de judô! 
— Uouuuu.... Belo o-soto-gari!- Grito sem me conter. 
Mike preferia o estilo de luta de rua, foi uma dificuldade ter que ensina-lo os golpes de contato que o judô necessitava. 

Mike aponta o dedo em minha direção sorrindo. 
— Aprendi com o melhor! 

— Parabéns soldado. PRÓXIMO.... Número 10, grupo 6! 

Mike assenta ao meu lado feliz! 
— Vai lá e arrasa campeão!! 
Me coloco de pé indo até o tablado. Meu adversário era caracteristicamente parecido comigo, durante a competição estive analisando cada um dos seis possíveis lutadores com quem poderia estar lutando. 
Sempre fui muito observador e isso contribuía muito nos torneios que participava. 

— Espera! Tenho outro adversário para você. 
Coronel William escolhe outro soldado que não estava entre os seis lutadores. Escuto os demais soldados se aceitarem com a escolha. 

— Coronel, acho que é covardia colocar o recruta contra o muralha .. 

— Calado....Sei o que estou fazendo! 

Meu adversário e truculento, mais não me intimido com o seu tamanho e olhar feio. Venceria a qual quer custo! 

— Comecem! 

Fico parado e analiso seus movimentos e vejo que ele procura o melhor momento para atacar. Ele estava extremamente confiante, o que era algo bom para mim. Quando um adversário não se sente ameaçado por um oponente e já vê a luta como ganha, acaba deixando brechas na defesa. 
Rapidamente ele se desloca com velocidade a minha direita. Tomando impulso, vejo ele pula sobre mim com os punhos fechados. 
O movimento foi rápido, mas pude perceber que com esse golpe a região do tórax e pescoço ficava totalmente desprotegidas. Aí estava o erro que havia previsto! 

Antes mesmo que tivesse a chance de me acerta, golpeio com dois dedos o centro do pescoço, bem na garganta fazendo com que caia para trás. Esse tipo de golpe interrompia o ar levando o indivíduo a ficar incociente por alguns minutos. 
Vou até o adversário e checo a sua respiração, apesar de desacordado ele estava bem. Acabo com o adversário com apenas um golpe e em menos de 10 segundos de luta. Nocaute! Observo que Mike, meus companheiros e até os soldados de alta patente me analisavam abismado. 

— Quem é você meu filho? Coronel William pergunta com surpresa e certa admiração. 

— Jonathan.... Jonathan Saunders, senhor! 
— Você é muito bom rapaz, como aprendeu tudo isso? 
— Eu pratico luta desde pequeno, e sempre estou tentando me superar 
Digo com convicção, isso era totalmente verdade eu sempre buscava a excelência, mesmo com todas as minhas dificuldades. 
— Certo, se continuar assim terá um futuro brilhante aqui dentro. 
Coronel diz para mim, é visível sua admiração na fala. 
— Bom cavalheiros devo dizer esperava bem mais dos senhores, salvo algumas exceções, por isso só vou levar 40 para o centro de treinamento, vamos a lista. 
Eu estava tão concentrado na voz do coronel que não ouvia ninguém ao meu redor, nem prestei atenção quando Mike comemorou sua aprovação, eu sou sai do meu transe quando meu nome foi anunciado, eu tinha entrado. 
Foi incrível aquele, a sensação era de dever cumprido. Fomos levados a um grande galpão, lá existia a sala do capitão, ele iria decidir se realmente iria levar todos os escolhidos do coronel, para falar a verdade ele só eliminava quem era reprovado no exame médico, afinal de contas o Coronel tinha mais poder que ele, apesar do capitão achar que era um pouco superior. 

—Jonathan Daniel Saunders apresente-se. 

A voz do capitão ruge de dentro da sala. 

— Boa sorte Jon. 

Mike diz para mim com um sorriso no rosto. 

Eu tenho que ser aprovado, nem sei que o aconteceria se eu fosse rejeitado. Caminho lentamente até a sala do Capitão Mullins, esta era totalmente marrom, a decoração ali era mínima. 

— Por favor sente-se senhor Saunders. 

Ando rapidamente e me sento em frente ao capitão. 

— Bom dia senhor Saunders, vi que é filho de Richard Saunders certo? 

— Sim senhor. 

— Espero que saiba que não terá nenhum privilégio devido ao seu pai. 

— Eu sei sim. 

— Estou cansado de soldados que vem aqui querendo regalias devido a seus familiares já estarem no exército, já adianto se você for um deles pode ir embora. 
— Eu não sou senhor. 
— Por que quer entrar no exército? Não me diga que é só por conta de seu pai. 

— Não senhor, estou me alistando por que quero ser um soldado, vou servir ao meu país e dar orgulho a todos. 

O capitão dá um sorriso com desdém. 

— Aqui não é lugar para estrelismo. 

Acho que esse homem tem algo contra mim. 

— Quanto aos seus testes eles foram bons, claro que ainda precisa melhorar para ser ótimo, mas acho que o Senhor tem chances, vamos ver se é realmente como seu pai. 

Ele finalmente dá o carimbo de aprovado em minha ficha. 


— Nossa capitão meio grosso, acho até que tinha certo desdém. 

Digo para Mike, que também havia sido aprovado, alguns minutos depois de minha conversa com o capitão. 

— Qual capitão? 

— Samuel Mullins 

Vejo Mike olhar para baixo e pensar no que vai falar. 

— Por causa do seu pai Jon. 

É claro, sempre tudo tem dedo do meu pai na história. 

— Todos dizem que o capitão Mullins queria servir em campo, mas devido a uma discordância, coisa besta, que ele teve seu pai ele o ficar apenas aqui no recrutamento. 

Não duvido de nada do que Mike disse, eu conheço o pai que tenho e sei que ele pode ser muito rancoroso, mas mesmo assim não deixo de ficar com um pouco de raiva 

— Não vou dizer que estou surpreso em ouvir isso... 

Paro de falar quando alguém tromba em mim, aquilo só fez ficar mais irritado do que eu já estava. 

— Ei você não olha por onde anda? Vai trombando nas pessoas? 

Eu sei não devia ter sido grosso assim, mas eu já estava irritado e agora essa garota vem trombando em mim. 

— Qual é Jon deixa de ser chato, ela estava distraída. 

Mike diz dando um largo sorriso. 

— É cara deixa de ser chato. 

Quem diz isto é a garota ao lado da trombou comigo, ela estava claramente em uma posição defensiva para a amiga, estava que por outro lado estava quieta apenas me encarando de uma forma estranha. 

— Não vai falar nada garota? 
Assim que digo isto ela sai do transe em que estava. 
— Primeiro eu não sou nenhuma garota, eu sou Melissa Parker e me desculpe eu realmente não prestei atenção no caminho, mas você não precisa ser um grosso e sem educação, aprenda a ter bons modos todos. 

Uau, esta é uma criatura estranha. Primeiro estava muda, agora mostra que não é tão dócil assim, surpreendente. 

— Ei gente vamos acalmar os nervos, todos estão passando por um dia estressante eu sou Michael Cooper pode me chamar de Mike e esse idiota aqui é meu amigo Jonathan Saunders e as quem são as moças ? 

— Eu sou Melissa Parker e esta é minha prima é Abby, eu já me desculpei e me você não vai fazer o mesmo senhor Saunders? 

A tal Abby, sorri com a fala da prima. É de uma pessoa desligada para uma raivosa. 


— Tudo bem confesso que exagerei me desculpe 

— Desculpas aceita senhor Saunders, agora nos de licença que vamos ficar atrasadas para a prova. 

— Que pergunta prova? Jon você não me disse que teria prova? 

Mike diz ao meu lado, visivelmente assustado, ele sempre odiou provas, não era um dos melhores alunos 

— Essa prova é só para a parte médica, vamos testar nossos conhecimentos na área da saúde eu creio que vocês não serão médicos no exército ou estou enganada? 

— Não você está certa nós seremos soldado. 

Que garota geniosa, parece não ter medo de falar o que pensa. Começo a analisa-la, era bem mais baixa que eu, tinha longos cabelos castanhos que caiam como cascata em suas costas, mas o que me mais me cativou foi seus olhos, os verdes mais bonitos que já vi. 

— Até mais tarde cavalheiros. 

As duas se afastam, eu nem disse nada, ainda estava perdido naqueles lindos olhos verdes. 
— Ei Jon, perdeu alguma coisa? Você tem uma cara engraçada agora. 

— Eu estou bem vamos embora, temos que arrumar nossas coisas pois dentro de 3 dias nos tornaremos soldados.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?