Suddenly Twins escrita por Little Mrs Salvatore


Capítulo 3
The past


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa, estou de volta! e muito animada, eu particularmente gosto muito desse capitulo.
Percebam a diferença pré e pós casamento, é importante.
Muito obrigada pelos comentários e o apoio.

A musica desse capitulo, é de um amigo do meu pai, ela trata o amor como uma forma tão fofa que eu achei que combinava ♥

Boa leitura!



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Flor do lácio - Fernando Cavallieri

Leite. Leite. Leite. Leite, o que ele havia escutado sobre? Arregalou os olhos assustado e levantou num solavanco. Correu em direção ao quarto, quase ultrapassando a porta.

— Sem leite! – Gritou alarmado. Olivia e Jo viraram-se para ele com os olhos arregalados – Ela é a alérgica – explicou. Foi então que reparou na cena. Olivia estava sentada e Jo se encontrava em sua frente, com a mão sobre o edredom, o copo estava no criado mudo. As duas o encaravam confusas. Alice estava virada para o outro lado, completamente adormecida e alheia do que acontecia.

— Eu sei – Jo ergueu as sobrancelhas – Liv acabou de me falar. – Ela sorriu para a menina – Vou fazer um chá – disse se levantando, a menina assentiu e Jo passou por Damon segurando o riso. Ele a seguiu até a cozinha – Calma aí paizão – ela riu. Pegou uma chaleira no armário e encheu de agua. Ligou o fogo e pôs a agua para ferver.

— Eu achei que ela ia ter um ataque. – Ele sentou sob a bancada, permitindo relaxar.

— Sorte que elas são bem inteligentes – ele assentiu – Mas foi um bom reflexo – comentou.

— Foi por pouco Jo, eu não sei se eu sirvo para isso – suspirou, enfiando os dedos pelos cabelos. – Ainda mais sozinho.

— Obrigada – o encarou ultrajada.

— Você entendeu. – Bufou.

— Damon, você não está sozinho, ok? – Ele a encarou desesperado – Deus, Stefan está no andar de baixo, meu apartamento fica a cinco minutos e tem Gail, ela mora a dois passos, literalmente – riu e apontou para a porta atrás dela. Era a entrada do apartamento dos empregados. Era pequeno, mas bem aconchegante, Gail morava ali com o marido e dois filhos.

— Seis meses – declarou.

— O que? – Jo o encarou confusa, ela estava procurando nos armários algum chá.

— É o tempo que eu vou ficar com elas – explicou – Eu vou entrega-las pra Caroline depois disso.

— Isso é sério? – Ela estava chocada e nervosa. – São suas filhas! – Cruzou os braços.

— São filhas de Elena, só tem meu DNA, ela fugiu por um motivo e ela estava certa – deu de ombros. Josie sorriu descarada.

— Eu duvido – desafiou. Ele a encarou ultrajado.

— É o que?

— Eu duvido que em seis meses você não queira mais ser pai – ela riu – Você ainda está tendo a vantagem das noites em claro e as fraldas sujas – ele se enojou com aquilo. – Agora seja homem e assume suas responsabilidades! – Lhe entregou um copo com tampa contendo chá – Vai acalmar sua filha – ordenou.

Contragosto, Damon seguiu para o quarto. Liv encarava o teto, os olhos cheios d’agua.

— Ei – ela o encarou e depois a porta, procurava a mulher legal – Trouxe isso – sentou-se na cama e lhe entregou o copo, ela se arrumou na cama. Era tão pequena dentre aquele monte de travesseiros e cobertas, tão frágil. – Me desculpe pelo urso – ela que estava concentrada em seu chá, subiu o olhar para os de Damon.

— Sr. Petúnio. – Corrigiu toda fofinha.

— Me desculpe pelo Sr. Petunio – repetiu – Fui eu quem dei aquele urso para sua mãe.

— Foi? – Arregalou os olhos em expectativa. Os olhos de Elena estavam ali, castanhos, brilhosos, esperançosos, ele desviou desconcertado.

— Sim, em um dos nossos últimos encontros antes do casamento.  – Sorriu com a lembrança.

Elena era a típica garota aventureira e debochada, Damon percebeu isso no primeiro olhar que direcionou a ela. Ele queria algo refinado e clássico como sempre faziam, mas ela estava louca por ingressos de uma banda qualquer que fazia sucesso, fazia questão de falar isso pra todos. Os ingressos haviam esgotado e ela estava bem aborrecida. Quando Damon encurralou a irmã, que na época trabalhava no mesmo hospital que Elena, disse que se ele conseguisse os ingressos, teria o coração da garota. Por coincidência ou não, Damon havia ganhado um par para o camarote.

Se permitiu vestir uma calça jeans e uma jaqueta de couro. Seu coração parou ao ver uma Elena bem vestida vindo em sua direção. Ela usava uma bota de camurça e cano alto, um short jeans e uma regata de couro. Era sexy e provocante, uma imagem completamente diferente do que ela passava no ambiente sério do trabalho. Elena usar os cabelos soltos, era uma coisa rara, estava sempre com um coque ou presos em um rabo de cavalo. As ondas cor de cacau lhe caiam sobre os ombros. O vento que batia contra seu rosto, fazia com que parecesse uma supermodelo.

— Ei – ela cumprimentou se aproximando.

— Uau – ele sorriu de lado – Você está linda.

— Você me conseguiu o impossível sr. Salvatore. – Riu – Vale a pena o esforço.

— Agora me sinto um pouco ofendido – os dois já estavam dentro carro e seguiam com dificuldade pelas ruas movimentadas de Nova York – Sabendo que só valeu a pena por causa do show – ela riu audivelmente.

— Oras Damon – ela deu de ombros – Não se sinta mal, você tem o décimo lugar no meu coração. – Ele a encarou ultrajado.

— Décimo? Quais são meus concorrentes? – Pararam em um sinal vermelho e ele pode encará-la melhor.

— Bem, em primeiro estão minha família, obviamente – citou com os dedos – Em segundo, os animais – ele assentiu achando graça e arrancando com o carro. Ela citava sem parar – Em sétimo, brigadeiro, é um doce brasileiro, muito bom.

— É o que? – Ele riu.

— Não me julgue até experimentar – ele negou e revirou os olhos, mas sorria. – Lasanha, ocupa a oitava posição. – Fingiu pensar mais um pouco – Nona, sorvete de chocolate com menta – o encarou por um segundo antes de continuar. – E em décimo ar-condicionado.

— Ei, você disse que eu era décimo – rebateu.

— Desculpe, campeão – deu de ombros – Aquele ar condicionado do seu apartamento é maravilhoso – os dois riram.

— Talvez, depois desse show, a senhorita mude de ideia. – Desafiou. Damon estacionou o carro alguns segundos depois e os dois saíram de mãos dadas. Elena seguiu em direção a fila, mas Damon a puxou discretamente para o fundo do prédio, ele jamais esperaria numa fila. A entrada foi bem rápida. Ele mostrou o crachá do backstage e os dois foram guiados até a área vip. Ficava bem em frente ao palco. Elena reconheceu alguns famosos, Damon sorria da empolgação da namorada. Os dois se serviram de bebidas, Elena de uma boa e velha cerveja e Damon com seu whisky.

Uma hora depois, a luz do lugar abaixou e os primeiro acordes fizeram eco. Elena vibrou ao lado de Damon e gritou ao ver a banda no palco.

Ela sabia todas as letras e fazia sua própria coreografia, animada e também um pouco alcoolizada. As vezes virava pra Damon e o puxava para dançar, ele até tentava, mas logo era ofuscado pela sensualidade dela, depois de um tempo, decidiu observar. Elena não pareceu perceber, estava ali perdida entre o seu próprio mundo. Uma hora se passou.

O cantor se despediu e as luzes apagaram. Elena se aproximou um pouco decepcionada. Damon pegou sua mão e lhe deu um beijo nos nós dos dedos.

— O que houve? – Elena fazia um biquinho.

— Eles não cantaram a última música – fez manha o abraçando de lado. Damon lhe entregou uma garrafinha d’agua, que ela aceitou prontamente. Ela tomou alguns goles e então as luzes se reacenderam novamente. Elena cuspiu o que ainda tinha em sua boca e correu para a frente do palco novamente, deixando um Damon sozinho e confuso.

O cantor começou o verso de seu maior sucesso e Elena gritava e cantava junto, era cômico. No final, o cantor abaixou-se e entregou a palheta da banda para Elena, com um sorriso de lado que a fez suspirar. O ar leve que Damon a olhava, sumiu no exato momento.

Alguns minutos depois, ela estava ao seu lado de novo, rodava a palheta entre os dedos como se fosse de ouro. Repassava o show todo como uma criança feliz.

— E aquela parte que ele pulou da caixa de som? – Saltitou ao lado dele. Os dois caminhavam pelo estacionamento. Ela, agora com sua jaqueta de couro, lhe abraçava pelo braço na tentativa de se esquentar mais. – Simplesmente demais.

— Eles têm um ótimo som mesmo – deu de ombros.

— Ótimo? – O encarou ultrajada – Você se quer estava no mesmo show que eu? – Ele riu.

— Você está com fome? – Mudou de assunto e ela assentiu. – O que quer comer?

— Eu estava pensando em pizza? – Respondeu meio incerta.

— Abrirei uma exceção – deu de ombros entrando no carro.

Elena indicou o caminho. A pizzaria era aberta e ficava no centro de uma praça. Haviam alguns brinquedos e outros restaurantes também. Os dois conversavam animadamente enquanto comiam, apesar de Damon horrorizar tal alimento, arrancava várias risadas dela com sua cara de nojo. Após comerem, resolveram passear um pouco, naquela noite, ele descobriu que namorava uma criança. Elena queria ir em todas as barracas de prêmios possíveis. Pararam em frente a uma máquina de bichinhos de pelúcia.

— Você quer um? – Ele perguntou inocente. Elena sorriu diabolicamente e assentiu.

— Por que não? Se me conseguir um desses você sobe para o número um no meu top dez. – Deu lhe um beijo na bochecha. – Estarei aqui – apontou um banquinho madeira próximo.

Damon comprou fichinhas. Colocou a moeda e se preparou, não podia ser tão difícil. Era. Tentou a segunda, a quarta, a décima vez. Aquilo tinha sido divertido nas primeiras quinze vezes, mas agora Elena já suspirava audivelmente irritada.

— Damon, deixe isso para lá – cruzou os braços –Damon encarava a máquina concentrado.

— Eu não perco – comentou esmurrando a máquina irritado.

— Nas primeiras vinte vezes foi até fofo – se aproximou e apoiou o queixo em seu ombro. – Agora você está me irritando.

Ele a ignorou e continuou por mais algumas vezes, até que o bichinho que se encontrava no gancho caiu entre os outros, fazendo com que um que estava próximo a saída, rolasse para dentro do buraco.

— Consegui! – Gritou aliviado. Elena que se encontrava sentada novamente e contava concentradamente os ladrilhos do chão, pulou com o grito. Ele se aproximou e ajoelhou na frente dela. – Elena querida, eu espero que você tenha considerado a mudança no seu top dez, porque a partir de hoje – lhe ofereceu o ursinho – Eu não quero estar em nenhum lugar no seu coração, que não seja em primeiro – ela sorriu e se ajoelhou junto a ele – Por que eu sei que no meu, você ocupa todas as posições existentes e insistentes, você me ocupa por inteiro, meus pensamentos, meus sorrisos. Meu corpo sente sua presença cada vez que você entra no mesmo cômodo que eu.

— Damon... – ele lhe impediu que continuasse a falar, colocando o seu dedo indicador sob os lábios dela.

— Por esse motivo, eu não vejo mais minha vida sem você – respirou fundo – Elena Gilbert, você aceita se casar comigo? – Ela o encarou com os olhos cheios d’agua. Damon retirou o dedo e esperou, quando ela finalmente conseguiu falar, a voz saiu rouca.

— Parabéns campeão, você venceu o ar-condicionado. O primeiro lugar é seu! – Ele sorriu e se aproximou, juntando os lábios dos dois.

Um pouco depois, Damon pegou o ursinho, que era um chaveiro e colocou a argola no dedo dela. Elena riu o abraçando e agarrou o ursinho feliz.

 


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