Suddenly Twins escrita por Little Mrs Salvatore


Capítulo 2
Primeiro encontro


Notas iniciais do capítulo

Voltei!
Eu só queria dar um aviso, o Damon não vai ser uma pessoa facil de lidar e não me odeiem por escrever assim, o personagem fala por si próprio, mas conforme a fic for desenvolvendo as coisas vão mudando ou não.

PS: Ah, eu to pensando em cada capitulo colocar uma musica que se envolva com a história, o que acham? No ultimo eu coloquei, mas nem falei nada sobre, vou editar isso e esse capitulo tem uma tbm!
Obrigada por acompanharem e boa leitura!



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Cisco no olho - Sonekka

Damon nunca realmente entendera o motivo de Elena fugir daquela maneira, era certo que ela estava agindo diferente, mas quando se deu conta de que ela fugira, queria matá-la. Ele era Damon Salvatore, um poderoso magnata e fora abandonado, ele não podia aceitar. A odiou por fazê-lo se sentir menos.

Agora, tudo fazia sentido, ele não era do tipo paternal, nunca fora. Sempre deixou bem claro que jamais teria filhos e que se Elena engravidasse, um aborto aconteceria, e aconteceu. No primeiro ano do casamento, Elena apareceu com a notícia, estava radiante, mas Damon lhe deu uma escolha, ele ou o bebê. Duas semanas depois, ela saía de uma clínica especializada, totalmente arrasada. Ele por outro lado se sentia aliviado, na época não olhava para dor da esposa. Aconteceu de novo no ano seguinte, Elena já não tinha mais seu brilho e era sempre muito fria.

Dois anos depois e ela sumiu, Damon nunca entendera, mas agora, indo em direção ao abrigo do serviço social, uma linha do tempo se montava em sua cabeça. Conseguia ver o brilho dos olhos dela apagados, conseguia ver a perda de peso, conseguia lembrar que ela não sorria mais, o ressentimento no olhar dela, que passava despercebido toda vez que ela lhe encarava, era tudo tão claro agora, que chegava a ser absurdo como ele não vira antes.

O carro estacionou e ele se forçou a focar no ambiente em que estava. Sra. Riverdale se encontrava na porta do prédio, a senhora baixinha, tinha as mãos no bolso e forçava um sorriso.

— Sr. Salvatore – estendeu a mão, que ele prontamente retribuiu – Fico feliz em saber que mudou de ideia.

— Não mudei – eles caminhavam pelo corredor do prédio em direção a última sala, onde era o escritório de Dolores.

— Eu estou confusa – admitiu. Damon sentava em uma das cadeiras a sua frente, a senhora por sua vez se aconchegava em sua cadeira velha. – Por que veio?

— Elena. – Começou – Como você sabe que ela queria que eu ficasse com as meninas? – Passou o polegar por seus lábios. – Veja bem Dolores, posso te chamar assim? – Ela assentiu – O motivo dela ter fugido foi porque eu a obriguei a fazer dois abortos – a senhora arregalou os olhos chocada – E teria feito o mesmo se soubesse da última – deu de ombros – O fato é que, eu não vejo o porquê de ela deixar duas crianças sob minha responsabilidade.

— Damon – a senhora se encontrava um pouco alterada agora – Elena não teve escolha, caso o senhor não tenha notado, ela está presa num coma, provavelmente sem volta – ele piscou atordoado – Mas a carta era direcionada a você, são suas filhas querendo ou não.

— E agora eu supostamente tenho que as levas para minha casa e aceitar? – Perguntou ultrajado.

— É a lei senhor Salvatore – a senhora se levantou e virou-se para o arquivo atrás dela, de lá, tirou uma pasta marrom e jogou sob a mesa – Agora olhe as fotos das duas meninas e me diga se o senhor consegue ser tão sem coração a ponto de deixa-las no sistema.

Foi o que ele fez. Abriu a pasta e deu de cara com uma foto de Elena, ela sorria e abraçava duas meninas. Uma delas tinha os cabelos loiros e os olhos castanhos, como os de Elena, a outra tinha os olhos mais azuis que Damon já vira e cabelos escuros, como os dele. Elas eram lindas em seu próprio jeito, mas o que realmente lhe chamou a atenção foi o sorriso de Elena, era sincero e cheio de felicidade, o que ele não via a anos. Outras fotos surgiram. As meninas em um parquinho, outra ainda bebês, com Caroline. Os olhos de Damon desviaram para a senhora que arqueou as sobrancelhas em dúvida.

— Tudo bem – suspirou – Mas com uma condição – colocou as fotos dentro da pasta e fechou – Se em seis meses, elas não se adaptarem, a guarda vai para a senhorita Forbes.

— Podemos trabalhar nisso – a senhora concordou prontamente. – Agora, o senhor quer conhecer suas filhas? – Ele fingiu um sorriso e assentiu.

A senhora se retirou por alguns minutos e na volta lhe entregou um crachá. Os dois voltaram pelo corredor onde vieram, mas viraram na direção contraria ao se aproximarem da saída. Damon passou por três revistas antes que pudessem se aproximar de um lugar que parecia um refeitório, era mórbido demais, o que fez Damon hesitar.

— Eu vou busca-las – disse atravessando o salão e sumindo em uma das portas duplas do outro lado. Ele observou o local melhor, era todo em tons de cinza e a má iluminação não destacava a decoração, que também não era das melhores. Algumas mesas redondas se dispunham pelo lugar com banquetas em volta. Na lateral da sala havia um aparelho de comida para se servirem. Era horrendo. Estava distraído com o celular quando o baque da porta fez eco, subiu o olhar e viu a senhora segurando a mão das meninas, uma em cada lado, ela lhes explicava algo e elas assentiam entendendo. – Meninas, esse é o Damon – apresentou. Damon as analisou por alguns instantes, era muito obvio os traços de Elena ali, os dele também, mas eram tão delicadas que só via a esposa ali. Elas se esconderam atrás das pernas da senhora, envergonhadas, o que fez Damon sorrir. Ele se ajoelhou para ficar na altura delas.

— Olá, é um prazer finalmente conhece-las – declarou.

— Você vai cuidar da gente agora? – A menina dos olhos claros perguntou astuta. Ela tinha as sobrancelhas arqueadas e desafiadoras, era engraçado para uma criança naquela idade.

— Sim, até a mãe de vocês melhorar – ele assentiu, ela franziu o cenho.

— Tudo bem – deu de ombros simplesmente – Sou Alice – estendeu a mão, ele riu retribuindo.

— Você deve ser Olivia então – encarou a outra. Ela encarou a irmã que deu uma rápida assentida.

— Sou – também estendeu a mão – Aonde você mora? – Falou direta.

— Nova York, vocês conhecem? – Elas negaram – É uma cidade muito bonita, vão gostar. – Elas desconfiaram, mas aceitaram.

— Bom, meninas – a senhora Dolores abaixou – Por que não vão pedir a Linda alguma coisa para a viagem? – Elas assentiram e saíram correndo em direção a cozinha. – Sr. Salvatore, tenho algumas considerações a tratar com o senhor. – Os dois se sentaram em uma das mesas – Preciso que assine esses papeis – ele leu todos com calma, eram declarações de que ele assumira a guarda provisória das meninas, o acordo que eles fizeram, a permissão de transporte. – Aqui estão os documentos, tais quais passaporte e identidade. – Entregou mais uma pasta – o histórico médico e escolar, o senhor tem duas semanas para matricula-las em alguma instituição. – Ele deu uma rápida olhada – Esse último é bem importante, Alice é alérgica a amendoins e Olivia tem intolerância a lactose, a senhorita Forbes deixou um esboço do cardápio delas – Damon se segurou para não revirar os olhos. – Eu acredito que seja só isso.

— Obrigado – respondeu seco. As crianças voltaram logo em seguida, se despediram da senhora e logo depois Damon as tinha dentro do carro.

— Falta muito? – Olivia encarava a paisagem.

— Nós acabamos de sair – falou obvio.

— Olivia não gosta muito de andar de carro, ela fica enjoada – Alice explicou dando a mão irmã, que sorriu para ela. Damon ignorou e voltou a mexer no celular.

Tinha prometido a Caroline que passaria no hospital para pegar as malas delas. Ao verem a loira na porta, mal deixaram que Damon soltasse os cintos antes de saltarem do carro.

— Tia Car. – a mulher abaixou e as abraçou, quase caindo com o impacto das duas sobre ela.

— Meus amores – ela as afastou e acariciou os rostos – Vocês cresceram, estão quase do meu tamanho! – ela arregalou os olhos brincando.

— Não é não – Olivia negou rindo.

— Eu trouxe uma coisa para vocês – tirou do bolso um bichinho de pelúcia preto. Damon reconheceu aquilo, era um chaveiro que tinha dado a Elena no primeiro encontro. Conseguiu tirar de uma mini maquina daquelas com ganchos que ninguém ganha.

— Senhor petúnio! – Gritaram em coro pegando o ursinho.

— Assim, a mamãe sempre estará com vocês – sorriu segurando as lagrimas. – Eu amo vocês – as abraçou novamente e se despediu. O motorista colocou as várias malas das meninas no porta malas e logo partiram. As duas estavam mais desanimadas agora, seguravam o ursinho em conjunto.

— Como vocês conseguiram esse urso? – Perguntou encarando o objeto entre as pequenas mãos.

— Era da mamãe – disso ele sabia – Ela disse uma vez que dava sorte – Olivia sorriu.

— Ela deixava na bolsa dela – Alice comentou – Sem isso ela não conseguia salvar ninguém.

— Sério? – Ele encarou aquilo de novo – Por que?

— Porque dava superpoderes né – disseram como se fosse obvio – Uma vez, ela disse que se não fosse isso, ela não teria conseguido ter a gente, ela era forte por causa dele – Alice completou.

Foi então que Damon entendeu, o urso era o símbolo a que Elena se prendia. Era o símbolo de superação e dor que Damon a causou, ela o usava como lembrete da vida que passara. Ele não pode odiar mais aquele objeto. Arrancou o urso da mão delas e o jogou pela janela.

— Superpoderes não existem – comentou amargo. As duas arregalaram os olhos e começaram a chorar – Ah pelo amor de Deus – revirou os olhos.

Ao chegarem no aeroporto, a aeromoça as acalmou e ajudou no embarque. Damon permanecia calado o tempo todo e ignorando a presença delas. Uma hora depois da decolagem, as duas já dormiam tranquilamente, os rostinhos ainda inchados pelo choro. Ele enviou mensagem para Jo e pediu para que ela seguisse para seu apartamento. Nova York estava vazia, o caminho do aeroporto até seu prédio, foi extremamente rápido.

Com a ajuda de um segurança, levou as meninas ainda dormindo para a cobertura e as aconchegou em um dos quartos de hóspedes.

— Isso é loucura – Jo declarou saindo do quarto e encostando a porta. – Duas filhas Damon – ela suspirou e se jogou no sofá.

— Já comecei fazendo besteira – ele afundou o rosto entre as mãos. – Até em coma aquela mulher consegue me destruir.

— Você já faz isso muito bem sozinho querido – ela debochou – Mas você tem que lembrar que elas são só crianças Damon – ele assentiu. – Eu acho que...

— Damon – uma pequena voz chamou na ponta do corredor. Os dois viraram e encararam uma Olivia encolhida segurando um travesseiro – Eu estou com medo. – Fez manha. Jo encarou o irmão, que estava completamente sem reação.

— Oi querida – levantou e se aproximou da menina – Eu sou a tia Josie, o que houve? – A menina começou a chorar, Josie a pegou no colo e seguiu novamente para o quarto. Voltando alguns minutos depois. – Você tem leite? – Perguntou passando por ele e indo até a cozinha.

— Deve ter alguma coisa na geladeira – se recostou no sofá encarando o teto – Eu não fico muito em casa.

— Ok – escutou os passos novamente indo para o quarto.


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