Akai Ito escrita por Phoenix


Capítulo 3
Asuma e Kurenai, um laço que não será rompido


Notas iniciais do capítulo

Essa é a última parte do conto Akai Ito. Veremos aqui, que nem a morte é capaz de romper esse laço.



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... MAS ELE NUNCA QUEBRA.

Conheci Asuma na infância. Estudávamos juntos. Vivemos numa época muito difícil, muitas lutas contra as outras vilas, sempre havia aquela pontada de medo nas missões. Será que ele vai voltar?

*

Sabe aquela pessoa que a gente admira muito? A minha pessoa era Kurenai. Como era destemida, não tinha medo de lutar, pelo contrário, mesmo nova, queria estar na linha de frente. A minha admiração por ela só crescia a cada dia.

*

Certa vez ele deixou a vila, foi atrás de descobrir algo como “quem era o Rei da vila”, não entendi muito bem. O que entendi foi o que eu realmente sentia, cada dia que passava meu coração se apertava mais e mais, porém eu sabia que estava bem, sempre recebia uma notícia, ou um sinal de “fumaça”, literalmente.

*

Estava buscando respostas para muitas dúvidas a respeito de ser ninja, mas recebi uma a qual eu não procurava. Era amor, sim eu sabia que era. Não havia outra explicação. Nem as feridas e cicatrizes que ganhava a cada luta era tão profunda quanto a falta que ela me fazia. Como sentia falta daqueles olhos estranhamente coloridos de vermelho.

*

Quando ele retornou, achei estar vivendo algum tipo de genjutso, mas era real, tão real quanto aquele abraço, tão real quanto aquele toque de seus lábios em minhas bochechas. Como sentia saudades de seu aroma, mesmo misturado ao cheiro do tabaco, estava finalmente completa.

*

Eu tentei disfarçar meus sentimentos, esconder minhas emoções, mas foi impossível. Ela estava sempre perto, sempre ao meu lado, sempre comigo. E como se fosse um sonho nos entregamos sem pudores ao nosso amor. Vivemos assim por muito tempo, em um mundo particular, vivíamos nosso amor em um “quase segredo”.

*

Agora nosso amor seria concretizado, em forma de pessoa. Ele parou de fumar. Beijava minha barriga todos os dias, sempre me trazia flores. Olhava-me pela janela, mesmo achando que não o percebia. Naquele dia, eu sei que queria falar comigo, eu o vi em cima daquele telhado. Senti nossos corações de apertarem igualmente, com aquela sensação ruim. Eu sabia, que de todas as vezes que achei que ele pudesse não voltar, aquela seria real.

*

Nunca gostei de despedidas, mesmo sabendo que seria a última, não quis falar com ela. Se tivesse ido ao seu encontro, não teria vindo e deixaria que o fim trágico fosse destinado a um de meus alunos e, isso, eu não poderia permitir. Contei a Shikamaru meus planos para meu filho ou filha, pedi que fosse seu professor, pedi que falasse com Kurenai, que dissesse o quanto a amei, o quanto a admirei, o quanto minha vida fez sentido ao lado dela. Agora, aqui, dando o último trago, despeço-me desse mundo, lembrando de seus olhos estranhamente coloridos de vermelho.

“O laço é invisível a olho nu, mas  está lá desde o momento do nascimento. Quanto mais longo estiver o fio, mais longe as pessoas estão e tristes estarão. Sequer a MORTE o rompe, apenas o alarga para se encontrarem em outra vida”.


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Notas finais do capítulo

Que todos possamos encontrar a ponta do nosso fio vermelho.



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