Imagine - SUPERNATURAL escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 10
Dean Winchester


Notas iniciais do capítulo

recomendo fortemente a ouvirem isso aqui junto https://www.youtube.com/watch?v=KSy4Mv60d8I&list=FLqidrfgELATcrqWURkVWygA&index=0



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/757947/chapter/10

Michigan

—Segundo o relatório da polícia, esse já é o quinto cara que desapareceu só esse mês. – Sam lia o arquivo confidencial enquanto Dean dirigia o Impala pelas ruas da cidade.

Eles haviam se deslocado para bem longe de casa desta vez, indo até quase a fronteira com o Canadá para investigar uma sequência de desaparecimentos masculinos em menos de três semanas. Cinco homens sumiram misteriosamente após irem pescar no Lago Huron – de dia ou de noite – deixando familiares e vizinhança desesperados. Desta vez os irmãos não iam sozinhos, carregavam Castiel no banco de trás.

—Nós sabemos de algum detalhe?

—Não muito, só uma lenda local em que é possível ouvir um lamento com o chegar da noite.

—Que tipo de criatura vive na água e canta? – Castiel tentava compreender.

—Se levarmos pelo lado mais fácil, eu chutaria uma sereia. – Dean retrucou. – Justamente o que complica ainda mais a nossa situação.

—Nós somos alvos fáceis, Castiel. – Sam explicou.

Eles partiram pelo ponto de partida mais óbvio: o redor do Lago Hudson. Se a criatura atacava lá, com certeza teria que viver próximo. Eles já haviam verificado pelo menos cinco casas quando se aproximaram de uma escola de ballet. Não entrariam a princípio, mas quando menos esperaram, Dean já estava passando pela recepção.

—Dean, o que você...?                                  

—Essa música...

—Dean, você não gosta de música clássica.

Era perda de tempo tentar discutir com o mais velho, ele já estava parado na porta da sala de espelhos, completamente fissurado na bela mulher que dançava em sua frente, totalmente alheia ao redor. Você ainda não havia notado a presença dos três homens, se concentrando em manter-se na ponta dos pés com a maior graça possível. Embora não tivesse nenhum aluno no recinto, você tinha paixão por praticar, sempre dançando quando possível. Apenas quando a valsa acabou que você se permitiu olhar para o espelho, enquanto fazia sua finalização. Você não ficou nada chocada ao encontrar os homens te olhando, era comum isso acontecer quando você dançava. Ballet era a sua paixão, e sempre que colocava um par de sapatilhas, não controlava seu charme.

Oh, porque você não era uma simples humana. Você era uma veela pura.

—Posso ajudar vocês? – Você andou calmamente na direção deles, bebendo um pouco de água de sua garrafa.

—Eu... – Dean perdeu um pouco a fala até enfim se recompor, balançando a cabeça suavemente. – Nós somos do FBI. Gostaríamos de fazer algumas perguntas sobre alguns acontecimentos recentes.

—Que acontecimentos? – Você se fez de desentendida. O homem loiro fazia o seu pior se manifestar:  o charme incontrolável.

—Cinco homens desapareceram perto do Lago no último mês. Você sabe de alguma coisa? Qualquer coisa que seja pode nos ajudar, um barulho, algo que ouviu de alguém por aí... – Sam parecia não se afetar tanto quanto o irmão.

Castiel simplesmente se mantinha afastado de toda a conversa, preferindo gastar seu tempo te analisando. Só de olhar para você ele sabia que não era humana, mas o que então? Ele sentia que alguma coisa estava sendo exalada para cima deles, mas que não era proposital. Você era alta, perto de 1,70m, completamente exuberante com seus longos cabelos quase lisos e sua cintura extremamente fina. Tudo era na medida certa, nada pequeno ou grande demais. Seus olhos claros encantavam tanto quanto sua melodiosa voz, ainda mais quando você ria e mexia no cabelo. Porem bastou você olhar rapidamente para o anjo que ele descobrisse o que você era. Castiel ficou surpresa de ainda encontrar uma veela viva, pensava que já estivessem extintas a séculos. Ele com certeza não revelaria nada para os irmãos, afim de evitar que eles matassem talvez o único espécime vivo.

Por que os Winchesters conseguiam ser bastante destrutivos quando não queriam.

—Eu vivo aqui a bastante tempo para afirmar que não sei de nada sobre isso. – Você olhava para o anjo, deixando clara sua inocência, mas esquecendo-se dos humanos ao seu lado.

—Nunca ouviu nenhum boato sobre alguém se lamentando quando escurece aqui nas redondezas? – Dean perguntou tentando se controlar ao máximo para não babar.

Ele era um pedaço de mal caminho, nunca nenhum homem havia abalado tanto suas estruturas como ele. Você fazia justamente o que havia jurado nunca deixar acontecer com um humano: usar seu charme para seduzi-lo. Era inconsciente, seu instinto que te guiava.

Você suspirou antes de atrever-se a responde-lo.

—Garanto que não é um lamento... – Você deixou escapar, olhando-o fixamente e sorrindo.

Castiel apenas observava com esplendor ver uma espécie até então extinta tentar seduzir um dos irmãos. Aquilo era uma experiência e tanto mesmo para alguém que já estava vivo a tantos milênios.

—Então você sabe o que é? – Sam começou a desconfiar, levantando uma sobrancelha sugestivo.

—Ouvir uma mulher chorar não é algo que faça um homem pular no meio do lago. – Controle sobre sua boca era uma coisa que você não tinha mais, apenas se tocando do que havia falado segundos depois. Sua preocupação nem era essa, só quando percebeu que o loiro se aproximava perigosamente com os olhos vidrados em você que talvez tivesse usado o charme de novo sem querer.

—Ops... – Você tampou sua boca com uma mão, se afastando o suficiente com uma risadinha apenas para o homem acordar levemente.

Na cabeça de Sam você era obviamente o monstro que raptava os homens, e provavelmente iria fazer o mesmo com Dean. Todos os sinais estavam nítidos: você sabia que não era um choro, atraía o irmão de uma maneira que ele se esqueceu de todo o seu redor e com certeza ele estava desligado naquela hora.

—SAI DE PERTO DELE AGORA! –Sam empurrou Dean para atrás, se jogando sobre você até a barra na parede, te prendendo.

—O que?!

—É você, não é?!

—Sam, larga ela agora! – Dean gritou.

—Castiel, segura ele, ele foi enfeitiçado!

—Me ajuda, por favor! – Seus olhos transbordavam desespero em direção ao anjo. Você não podia se mexer, estava assustada e não era culpada de nada.

—Sam, solte ela, por favor. Ela é inocente. – Ele tentou explicar.

—Você não viu o que ela fez com Dean?!

—É o instinto dela, eu já disse, ela é inocente. Mas também sabe quem é culpado pelos desaparecimentos.

—Por.... favor... – Você não queria usar sua força contra ele, apenas se tornaria ainda mais suspeita.

Sam te soltou completamente desconfiado.

—O que você é?

—Uma... Veela.

—O quê? – Dean nunca havia ouvido falar naquilo antes.

—Ela é o seu mais puro da face da terra, ainda mais do que os anjos. Pensei que estivessem extintas até.... Agora. – Castiel explicou. – Ela nunca poderia fazer mal a ninguém, Sam. Ela é feita de bondade.

—Mas... Dean...

—Não foi proposital, me desculpe. É só que.... Isso nunca aconteceu antes. – Você estava meio envergonhada.

—Você sabe o que está acontecendo, não sabe? – Castiel perguntou diretamente para você.

—Sei. E justamente isso que me assusta. – Você encarava Dean com fascínio.

—Cas, que droga está acontecendo aqui? – Dean estava meio impaciente, excitado só de estar perto de você, o que certamente causava um grande desconforto.

—É algo um pouco complicado de se explicar, mas basicamente Veelas vivem em função de encontrar o seu companheiro. Sua alma gêmea, se preferirem assim. Eles possuem todos os artifícios para atrair o mais resistente dos homens se quiserem, mas nesse caso não foi proposital. Ela simplesmente perdeu o controle de tudo quando viu Dean.

—Você quer dizer então que eu...?

—Você é o companheiro dela.

Você preferiu olhar para qualquer outro lugar afim de evitar uma possível rejeição. Sabia que aquilo doeria e poderia até ser fatal e se tinha uma coisa que você estava decidida era a não morrer tão jovem.

—Vocês não queriam me perguntar alguma coisa? – Sua voz foi mais rápida que qualquer um dos três para replicar a confissão.

—Você sabe o que está atacando os homens, não é? – Sam foi direto e compreensivo, um pouco constrangido pela forma que agiu antes.

—Uma Rusalka.

—Ei, tem alguma coisa anotada sobre elas no diário do pai, eu me lembro disso.

—É umas das mulheres que morreram afogadas?

—Por isso o lamento.

Você soltou uma risada indignada, bufando com a cabeça fechada deles.

—Rusalkas não são só espíritos. Vocês pensam demais no mundo físico e imaterial, mas nunca supuseram sobre a existência do mundo mágico?

—O que quer dizer?

—Elas são sereias. Cantam e afogam os homens, para ter companhia e comida. Se vocês forem realmente enfrenta-la, irão precisar de tampões de ouvido, e talvez um arpão. Mas eu só peço uma coisa a vocês. – Você disse enfim se levantando do chão, olhando atentamente para cada um, demorando um pouco mais em Dean – Por favor, não fiquem sozinhos a noite pela cidade. Venham para a minha casa, eu posso proteger vocês. Ela não se atreveria chegar perto de uma veela, ainda mais... agora. Ela sabe disso. E talvez seja justamente quem ela vá querer.

***

—Sua casa é bem... Clara. – Dean olhava ao redor estranhando toda a decoração em tons pastéis.

—Obrigada, fui eu mesma quem decorei. – Você tentava ao máximo não depositar sua atenção no seu companheiro, tinha medo de usar o charme de novo e acabar sendo rejeitada.

Estava prestes a escurecer quando vocês quatro entraram na segurança da sua casa. Muito embora eles tivessem aceitado sua proteção, você ainda estava temerosa com a situação.

—Não deve demorar muito.... Espero que vocês não sejam as próximas vítimas.

—É para isso que estamos aqui. – Dean resmungou baixinho. Ele mesmo não estava se sentindo muito confortável. Toda aquela vontade louca de te beijar já estava enlouquecendo sua mente de caçador. E aquela coisa de ser a sua alma gêmea... Ele te conhecia a pelo menos cinco horas, como seria possível? Mas era inegável a atração que sentia por você, querendo que a Rusalka aparecesse logo para poder esfriar a cabeça caçando um pouco.

—Dean... – Castiel começou -  Não acho que ....

Ele até teria completado sua linha de raciocino, porém, uma voz melodiosa invadia a casa, aumentando aos poucos seu volume. Você imediatamente entrou em estado de alerta. Ela até poderia tentar atrair Dean para fora da casa, mas não teria a audácia de tentar invadir.

—Acho que essa é a nossa deixa. – Sam pegou o tampão de ouvido, entregando Para Castiel.

—Dean, por favor.... Não vá. – Você pediu ao perceber o loiro já se ensaiando com o arpão.

—S/n..... É o meu trabalho. – Ele tinha medo do que poderia acontecer se ficasse a sós com você.

—Então qual o sentido de trazer vocês para a proteção de um santuário veela? Dean, você não vai sair por aquela porta. – Você usou todo o seu autocontrole para apenas exalar um tom autoritário, não deixar nenhuma característica sua de fora. – Você é o alvo. Se você sair, um de nós dois vai morrer e eu sinceramente não estou disposta a ir tão cedo assim.

Os três homens ficaram boquiabertos com sua postura, não pensariam que aquela mulher meiga fosse tão brava por alguma coisa.

—Tudo bem, eu fico. – Ele disse com um suspiro.

Sam e Castiel saíram porta a fora, deixando vocês dois a sós na casa. O clima não era muito confortável, uma mistura de constrangimento com sensualidade, o que só confundia ainda mais as coisas.

—Me desculpe, por toda essa situação. Não é uma coisa que eu possa controlar, sabe? – Você se referia ao fato de ter se apaixonado por ele.

—É o seu instinto, você não tem culpa. Mas tem que admitir que é bem estranho, eu tô quase pirando com tudo isso.

—De ter entrado em uma escola de ballet e ter descoberto sua alma gêmea? – Sua risada era forçada.

—Eu nem gosto de música clássica, nem sei porque entrei lá. – Ele admitiu colocando as mãos no bolso da jaqueta, dando de ombros.

—Como você pode não gostar de Tchaikovsky? – Você fingiu indignação, se sentindo mais relaxada.

—Como você pode gostar dessa música de dormir? O rock que é revigorante. Isso sim que é música de verdade! – Ele também estava mais relaxado, chegando a dar um sorriso.

—Realmente, como um relacionamento desse poderia dar certo? Uma garota de música clássica com um cara do rock? – Você implicou.

—Uma garota certinha com um bad boy? – Dean entrou na brincadeira

—Uma bailarina clássica com um falso agente do FBI? – A cada frase vocês se aproximavam ainda mais.

—Uma Veela com um Caçador? – Dean sussurrou, bem próximo do seu rosto, indo dos seus olhos até sua boca.

Você não disse nada, apenas segurou a respiração o máximo que pode.

—Isso é muito estranho. Nunca em toda a minha vida eu me senti tão confortável com alguém antes, nem mesmo com Sammy ou Castiel. – Dean deu um suspiro cansado, recostando sua testa na sua num movimento impensado, inconscientemente levando uma mão até seu rosto e outra até sua cintura, apertando-a.

—Eu dizia que isso nunca ia acontecer comigo, não ia permitir. Eu vi minha irmã morrer de desgosto por ser rejeitada e prometi a mim mesma que não deixaria o charme me levar. Não sei se agradeço ou se mato essa maldita Rusalka por ter feito isso acontecer. – Você confessou no mesmo tom, se aninhando a ele.

—Meu coração aperta só de pensar na ideia de te perder e isso é assustador. Nem quando estive no inferno fiquei tão aflito desse jeito – ele finalmente abre os olhos, procurando nos seus uma calmaria. – Eu nunca falei disso para ninguém, mas você.... Você desperta o pior em mim.

—Posso dizer o mesmo. Só de olhar para você eu consigo ver que tem algo te incomodando, e muito. Não posso tirar suas memórias do inferno, mas posso fazer você esquecê-las po um tempo.

Antes mesmo que Dean pudesse responder você já tinha encostado seus lábios levemente nos dele, causando uma corrente elétrica por seus corpos. Ele mesmo abriu os lábios levemente, roçando num ritmo suave, aproveitando todas as sensações que você transmitia com um simples toque: alívio, calma, prazer, excitação, alegria e ânimo para viver. Você sentia exatamente as mesmas coisas com exceção de uma louca vontade de marcá-lo como seu, além da sensação daquela maldita sereia estar espreitando vocês.

Quando suas línguas finalmente se tocaram o loiro soltou um suspiro contido, recostando-se no sofá e te puxando para mais perto, ainda agarrado a sua cintura e pescoço. Você não estava muito diferente, estando abraçando seu pescoço enquanto acariciava sua nuca. Vocês se beijavam numa calma nada torturante, dispostos a gastar todo o tempo do mundo naquele exercício – para falar a verdade, sequer percebiam o tempo passar. O momento em que você se afastou fora apenas para fazer um convite silencioso, tendo a resposta praticamente brilhada nos olhos verdes de Dean.

Com um sorrisinho, você se virou, o puxando pela mão até as escadas, indo em direção ao seu quarto. Dean apenas te seguia com um sorriso de orelha a orelha, levemente embriagado pelo charme que começava a escapar de você. Apesar de você querê-lo loucamente desde o momento em que colocara os olhos nele, havia usado um pouco do charme no momento para manter toda a tenção dele sobre si. Você sabia que a Rusalka estava por perto tentando atraí-lo para fora, mas você não deixaria. Se ele estivesse sob seus encantos, não conseguiria sair de perto.

Mas com certeza você não se importava de fazer esse sacrifico. Não mesmo.

Vocês entraram em seu quarto e no momento em que voltaram a se beijar, a jaqueta de Dean foi atirada no chão, voltando a lentidão inicial. Se alguém visse vocês dois, poderia jurar que já estavam juntos há anos pela sincronia dos seus movimentos, os sorrisos e olhares trocados – não que esse fosse o primeiro contato. Ele mesmo te empurrou para sua cama, arrancando sua blusa antes de se deitar sobre você, voltando para sua boca. Com suas mãos livres você acariciava os músculos semi-expostos dele, tirando suspiros de ambos. Quando Dean passou sua boca para seu pescoço, forçando algumas marcas você enfim tirou a camiseta preta dele, forçando-o para o lado, ficando por cima dessa vez. O sorriso de admiração que ele lançava para você era certamente parte do charme, mas ele precisava ignorar o arredor. Você mesma não segurou uma risada pela sua expressão fofa. Faziam tudo com tanta calma que deixariam adolescentes com inveja pela quantidade de tempo disponível. Quando já estavam enfim nus e deitados sobre a cama, Dean recostou sua testa sob a sua, olhando fixamente seus olhos com um sorriso no rosto.

—Sua concentração está em mim, não é? – Você sussurrou passando sua mão carinhosamente por seu rosto.

—Você é a única coisa que está na minha cabeça, S/n – ele confessou passando sua mão pela lateral do seu corpo, te arrancando um suspiro.

Ele havia gostado do resultado que tivera, provocando mais ao abaixar o rosto para beijar seus seios enquanto recebia um carinho nos cabelos. Você sentia uma trilha quente de beijos molhados pelos seus mamilos indo em direção a sua barriga, arquejando suas costas ao enfim sentir onde era o destino do loiro. Não se contendo em apenas abrir mais as pernas e puxar seus cabelos, você sem querer soltou não um suspiro, mas sim um ronronado, desviando todo o foco da situação.

—Eu pensei que você fosse uma veela, não um gato. – Dean segurava o riso, com fome e divertimento no olhar.

—Ah. Cale aboca, Dean. – Não tinha como evitar o rubor pelo constrangimento do ronronado e pela bela visão de onde o rapaz se encontrava.

Dean não teve dúvidas do que fazer em seguida. Lentamente ele rastejou o corpo para cima do seu novamente, desta vez depositando ainda mais força para te manter imóvel. Antes que pudesse contestar por ter parado de te beijar, ele segurou seus braços – um de cada lado do seu rosto – de modo que também pudesse estar meio sentado sobre sua pélvis, te deixando completamente submissa.

—Eu não falaria assim se fosse você. Já se esqueceu que o meu trabalho é matar monstros? – Ele disse num tom mais abaixo do normal.

—E você realmente teria coragem de me matar? – A veela não sabia se acreditava na ameaça ou não, permitindo apenas um aperto no coração.

—Talvez. Mas não do jeito convencional. – Embora sério, Dean soltou um sorriso pervertido antes de avançar com fome sobre sua boca, liberando seus braços ao passar abraçar sua cintura e sua nuca, se virando na cama para que você ficasse por cima. Embora estivem em um momento de pura paixão, o charme quase não fazia mais efeito. Até porque não precisava.

A veela tinha adquirido um novo propósito: mostrar para Dean que impediria ele de fazer qualquer mal contra ela. No caso, proporcionando o máximo de prazer que pudesse. Mesmo que você tivesse que se lembrar de não usar suas presas. No momento em que teve o controle da situação, você desceu o quadril o suficiente para ficar na altura do dele, rebolando o mais lentamente possível conseguindo arrancar a força um gemido rouco dele.

—S/n...

Você nem precisou de um incentivo a mais, o seu próprio corpo encontrou o caminho para que ele entrasse sozinho, despertando gemidos de ambos. Dean apenas se limitava a segurar seu quadril enquanto você se movimentava para frente e para trás, com os olhos fixos nos orbes verdes que te comiam cada vez mais. Conforme os minutos iam passando, você alternava entre arranhar seu peitoral, esfregar suas mãos por seus braços e até mesmo apertá-lo dentro de si, o que provocou em um forte apertão em seu quadril, te forçando a sentar-se com força.

Bem mais força.

Não sentindo que era o suficiente, Dean te virou, ficando por cima e adquirindo controle novamente. Ele te beijava com certa violência enquanto estocava com muito mais força e velocidade, deixando o corpo de vocês dois suados -  e suas cordas vocais doloridas de tanto gemerem. Não demorou muito mais para ele finalmente te fazer gozar, seguindo logo depois. Completamente cansados, ele apenas encarou você e riu antes de jogar-se para o lado, deitando-se em seu próprio braço.

—Isso foi.... Incrível. – Ele suspirou.

—Eu disse que tinha meus métodos.

—Certeza que foi só por boa vontade de querer me ver relaxado? – Ele perguntou divertido, te chamando para mais perto.

—Se eu te contasse que era a única maneira que você não dar atenção a Rusalka, você não acreditaria.

—Um esforço nobre.

—Você não tem noção do quanto.-  você se fez de sofrida, brincando.

Dean soltou um longo suspiro, desviando sua atenção para o teto.

—Eu... eu não me sentia relaxado assim há anos. Você conseguiu tirar todo o peso que a caçada tem e principalmente aquilo...

—Não consigo sequer imaginar como deve ter sido.

—Aquilo lá é indescritível. – Ele te olhou cheio de dor e angústia – Só de me lembrar eu... – ele te abraçou, escondendo o rosto eu sem peito.

—Não precisa falar se não quiser. – Você disse baixinho, fazendo um cafuné.

—Não, eu preciso. Não consegui falar sobre isso com Sam ou Castiel, mas com você é tão mais fácil...

Depois de ter contado até mesmo os detalhes mais sórdidos do seu sofrimento no inferno, ele finalmente caiu na inconsciência, completamente aliviado por se livrar de todo aquele peso, te deixando angustiada e com um sentimento de proteção gigantesco dentro de si. Se dependesse só de você, Dean Winchester ficaria dentro de um potinho para sempre em segurança. Você conseguiu se desvencilhar do seu abraço apertado apenas para colocar um robe e descer, já que não demoraria muito para os rapazes voltarem.

Porque você conseguia senti que a Rusalka não estava mais naquele mundo.

Quando eles enfim passaram pela porta completamente sujos e molhados, percebeu que havia sido uma excelente ideia distrair Dean.

—Vocês foram rápidos.

—Você estava certa. Ela estava espreitando a casa. – Sam explicou.

—Dean está bem? – Castiel perguntou tendo uma leve noção do que havia acontecido. Ele podia até ser lento, mas sabia muito bem os instintos de cada criatura.

—Exausto, mas vai sobreviver.

—O que vocês...?

—Não apenas isso, Sam. Sabe que ele passou por muita coisa e essa foi a chance dele colocar tudo para fora.

—Ele se abriu para você? – Sam estava meio ressentido.

—Ela não teve culpa, Sam. Ele também seguiu seu instinto de companheiro. –Castiel tentou apaziguar.

—Vocês vão realmente ficar juntos, não é?

—Com certeza essa não vai ser a última vez que vamos nos ver, Sam.

Com certeza não...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Imagine - SUPERNATURAL" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.