Fuga em nome do amor escrita por Denise Reis


Capítulo 7
Capítulo 7




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A atividade primordial do Castle era investigar acerca da localização da Kate, mas, no momento de descompressão, ele escrevia. Ele passou o resto do ano de 2017 procurando pela esposa, mas também escrevia o livro do mesmo modo que escrevera no ano anterior, ou seja, nos momentos leves e menos tensos.

O Castle sempre usou a escrita como forma de manifestar seus sentimentos e anseios e a única inspiração era sua musa, contudo, ela não estava a seu alcance e a tristeza da sua ausência doía na alma. A inspiração vinha só de estar com ela, olhar para ela, tocar, cheirar e falar com ela, mas só que naquele instante isso era impossível e, quando ele se viu sem sua esposa e musa, ele sentia uma vontade louca de desabafar e, para desabafar, nada melhor do que escrever e já que ele não queria escrever sobre o desaparecimento real de Kate, ele mergulhava nas lembranças sobre a Capitã e a ex-Detetive, pois, apesar de todo o sofrimento por não ter sua musa ali de forma presencial, o amor deles era tão intenso, que ele a tinha presente em todos os seus pensamentos e utilizava inteiramente suas lembranças maravilhosas que ele tinha dela.

Combinou com Gina que entregaria o próximo livro somente quando estivesse completo, como fizera no ano anterior e prometera que ela não iria se arrepender. Se comprometera também que, apesar de não entregar os manuscritos dos capítulos, ele avisaria quando terminasse de escrever cada um deles, somente para ela não ficar aflita, contudo, implorou para que ela e Paula não o pressionassem, porque isso atrapalharia sua concentração e a sua criatividade, etc, etc, etc.

Por incrível que pareça, Gina aceitou as regras dele, alegando que gostara tanto do resultado do outro livro que tinha certeza que ele iria cumpri o prometido.

— Sem pressão, Gina! – Ele a repreendera.

— Ops! Não está mais aqui quem falou, Rick! – ela concordara.

..... ..... ..... ..... .....

Promessa é dívida e Castle cumpriu.

No seu mais novo livro sobre a Detetive Nikki Heat, lançado no início de 2018, o reconhecimento dos fãs foi novamente fantástico e, como os anteriores, Castle rodou o mundo todo fazendo publicidade e, como esperado, o sucesso foi absoluto, ficando novamente em primeiro lugar de vendas.

O coração de Castle sangrava de saudade da esposa. Ela desaparecera em março de 2016 e, apesar de ter passado o ano de 2016 e 2017 todo entretido com seus novos livros, nestes dois anos ele nunca parou de procura-la e 2018 já se iniciara e sabia que teria não só que começar a escrever outro livro, como também teria que bolar nova estratégia para procurar a sua Kate Beckett e, para tanto, usava seu escritório de investigação e contava com sua escudeira Hayley Shipton além da sua filha Alexis Castle.

À princípio, nenhuma das duas gostou da ideia de insistir em algo que achavam caso perdido, no entanto, com o tempo, começaram a acreditar no chefe.

Em uma coisa os três tinham certeza: Kate Beckett não havia morrido. Ela deveria viver disfarçada em algum lugar do planeta.

No momento em que se deitava, não havia sequer uma noite em que Castle não pensasse na sua esposa. Era difícil de acreditar que ela não estava ali com ele.

Certa noite ao tentar conciliar o sono, Castle levou consigo uma revista de distribuição mansal, especializada em OVNIs. Ele tinha assinatura anual daquela publicação.

Desde a mais tenra idade ele sempre fora amante daquele assunto e iria ler aquelas reportagens antes de dormir. No entanto, no meio da segunda reportagem as letrinhas e as imagens se misturavam com as lembranças de um caso que participara com Kate, quando um astrofísico proeminente foi encontrado morto dentro do seu próprio carro. Na necrópsia foi constatado que a causa da morte fora descompressão explosiva e o Castle, para suplício de Kate e dos meninos, foi levado a teorizar que o homicídio fora o resultado de um sequestro alienígena.

Recostado nos travesseiros, ele riu ao lembrar da expressão incrédula de Kate, pois ela demonstrava não acreditar em nada mesmo que dissesse respeito a disco voador ou nave espacial, muito menos a seres de outro planeta.

Para tormento dela, naquele caso, ambos foram surpreendidos quando o carro dela parou no meio de uma estrada deserta. Não havia mais ignição, tampouco nenhum tipo de luz, quando, de repente, uma forte luz, tipo um farol, os iluminou de cima e, sem que percebessem, tinham sido levados para um local estranho, com pessoas estranhas e ambos tinham no pescoço uma marca como se fosse marca de beijo forte, com sucção, e ao retornarem ao Distrito os meninos zoaram muito com eles. Durante o caso ele vira Kate quase entregar os pontos com relação à sua crença em OVNIs, mas ao final, ele se deu por vencido, pois o caso não tinha mesmo relação com seres de outros planetas.

Naquela época os dois já eram apaixonados um pelo outro, mas ele não tinha coragem de se declarar e ela não tinha coragem de acreditar que ele havia mudado e não era mais o playboy de antes.

 Já com a revista deixada de lado, Castle riu novamente ao recordar que algum tempo depois, já quando os dois, finalmente, ficaram juntos, por vezes iam trabalhar com golas altas ou echarpes em volta do pescoço, por conta das noites quentes de amor e sexo, onde, dentre muitas outras coisas, os dois davam fortes beijos, tipo chupão, no pescoço.

Quando já eram noivos, uma destas vezes, foi inesquecível. Eles estavam felizes pois tinham concluído um caso muito chato e muito difícil.

Castle divagava e se lembrava detalhe por detalhe...

 

 

 

Kate estava linda em um vestido floral longo, com decote profundo. E ele um blazer azul escuro sobre uma camisa social também azul. Tinham ido jantar no restaurante indiano próximo ao loft para comemorar a finalização do caso.

 

O restaurante sempre estava muito cheio e muito barulhento, mas a mesa que escolheram ficava em um local mais afastado, quase privativo.

 

Era uma mesa pequena com quatro lugares.

 

A comida ali era deliciosa. Apesar de não ser costume na índia se consumir álcool durante a refeição, Castle pediu uma bebida alcóolica nativa, conhecida como vinho de palma e, como estavam comemorando, já estavam terminando a garrafa. Aliado ao álcool, o tempero indiano era conhecido por utilizar muitas ervas, especiarias, além de muitos condimentos e isso os deixava abrasados.

 

Ainda não tinham terminado o jantar e os dois já estavam excitados e loucos para chegar em casa porque queriam fazer amor.

 

— Temos mesmo que terminar o jantar, Rick? – Kate perguntou cheia de intenções libidinosas.

 

— Hummm!! Não que eu saiba... – Castle respondeu com um sorriso maroto, captando o que Kate tinha em mente, pois a conhecia muito bem cada olhar e cada tom de voz que ela usava — Isso está me parecendo um convite... Pelo visto você quer abusar do meu corpinho. – ele a provocou.

 

— Bingo! Eu quero abusar de você, Rick! – Kate sussurrou por cima dos pratos e piscou o olho direito para o noivo, provocante. Ela foi direta.

 

— Oh, meu Deus! Eu já ia dizer a mesma coisa... – Castle deu um longo suspiro e, aproximando-se do rosto dela por cima dos pratos, ele segredou — Pois eu também estou louco para fazer amor com você, Kate... Um sexo bem gostoso e selvagem... Eu faria aqui, mas tem muita gente... – ele a provocou.

 

Kate se levantou e, rebolando sensualmente, de um jeito novo e diferente, coisa que ela jamais fazia em público. Ela arrodeou a pequena mesa e se sentou na cadeira que ela colocou ao lado da dele — Estou aqui... Todinha sua! – Ela o provocou e, disfarçadamente, pousou a mão sobre o membro dele e percebeu que já estava volumoso, mesmo assim, o acariciou por cima da calça.

 

— Uaauww! – Castle gemeu — Kate, isso não se faz... – ele sussurrou aflito.

 

— Mas você gosta tanto quando eu faço isso que eu sei, amorzinho...

 

— Mas não assim... Não aqui no meio do restaurante... – ele gemia baixinho em visível sofrimento.

 

— Então, vamos para o banheiro...

 

— NÃO! – Ele falou mais alto do que esperava e rapidamente olhou em volta, mas ninguém prestava atenção neles, pois o restaurante era barulhento por natureza— Você está louca? – Ele murmurou aflito e muito excitado.

 

— Mas nós já fizemos amor em dois ou três banheiros de boates... – ela ficou pensativa e contava nos dedos – E eu quero muito agora e sei que você também...

 

— Boates, Kate... Banheiros de boates, Kate... Mesmo assim foi loucura... Ah, meu Deus!!! Vamos para casa... Agora! – ele continuava aflito – Deus, que mulher é essa!?

 

— A sua! Todinha sua, Rick!

 

— Ah, Kate... Você ainda me mata! 

 

— Não morra agora, Castle! Se você morrer e me deixar assim, cheia de desejo, eu juro que te mato! – Eles riram.

 

Com Kate ao seu lado, Castle se sentia o homem mais feliz e mais realizado do mundo e muito melhor e mais capaz do que quando era um adolescente excitado, afobado, atrapalhado e apressado.

 

Como não tinha condições nenhuma de esperar a conta, Castle catou cédulas suficientes na sua carteira para cobrir a despesa do jantar, talvez um pouco mais. Em seguida se levantou e ajudou a noiva a se levantar também.

 

Naquele momento um garçom se aproximou preocupado — Algum problema, senhor?

 

— Não, tudo está maravilhoso, mas temos que ir embora... Estamos atrasados para outro compromisso urgente.

 

Alheio ao real motivo do casal querer ir embora, o garçom sorriu — Ah, sim senhor! Então, voltem sempre! – O garçom aquiesceu e, apanhando as cédulas sobre a mesa, conferiu o valor e ficou alarmado — Senhor, aqui tem dinheiro demais!

 

— Fique com o troco! A comida estava deliciosa e você é um ótimo garçom!

 

O garçom indiano ficou gargalhando de felicidade diante do comentário elogioso do Castle e também por conta da gorda gorjeta que granjeara.

 

Confiando no ambiente cheio e barulhento, Castle saiu de mãos dadas com Kate, não se incomodando com seu estado de excitação que era visível na sua calça.

 

O restaurante ficava a menos de trezentos metros do loft, mesmo assim, na metade do caminho, Castle imprensou Kate na parede de um prédio e a beijou apaixonadamente e ela correspondia. — Eu te amo tanto, Kate, tanto que tenho medo de perder a cabeça.

 

— Pois perca a cabeça! A minha eu já perdi há muito tempo, desde que eu te conheci... Todo lindo, gostoso e cheiroso, todo atrevido que me deixa louca... Eu também te amo, Rick... – ele a interrompeu e a beijou novamente, acariciando-a de modo quase rude, quando parou de vez e a puxou pela mão, andando depressa.

 

Os dois sempre foram muito fogosos e como se amavam profundamente e eram loucos um pelo outro, o sexo entre eles sempre foi explosivo, mágico, consensual e maravilhoso. Tudo era permitido desde que não causasse danos de qualquer espécie. Nunca houve nada assim que perturbasse o relacionamento deles.

 

A passos rápidos chegaram ao prédio onde moravam. No elevador, ele deu vários selinhos por todo o rosto e pescoço dela.

 

Assim que se viu dentro de casa, Castle carregou Kate nos braços e a levou para o quarto, jogando-se na cama. Tirou rapidamente o blazer, a camisa os sapatos e as meias e, ainda de calças, se deitou com ela e, como se fossem imantados, eles voltaram a se abraçar e a se beijar.

 

O amplo decote do vestido facilitava as carícias no seio e Castle sabia exatamente do modo como ela gostava. Ora ele beijava os lábios, ora beijava o seio e ora beijava o outro, com lambidas molhadas, ora os mordiscava e puxava os bicos dos seios com as pontas dos dentes, deixando-a alucinada.

 

Mesmo sob o corpo másculo e pesado do homem que ela tanto amava, fogosa, Kate conseguiu abrir o botão e o zíper da calça do seu noivo e passou a manipular o membro dele, fazendo-o gemer. Então, com jeito, mas com força, ele lascou a calcinha de Kate e este fato causou um estremecimento nela puramente de ansiedade pelo que sabia que viria.

 

— Eu te amo, e você é a mulher que eu escolhi para viver comigo até o final dos meus dias. – Ele voltou a beijá-la de modo exigente e apaixonado e neste momento ele se introduziu por inteiro nela, fazendo-a gemer, não de dor, mas de desejo e prazer.

 

— Adoro isso, Rick!

 

— Eu sei!

 

Os corpos se encaixavam e se desencaixavam na medida certa. Aliás, ali não tinha o certo ou errado, pois se encaixavam perfeitamente e ambos iam se acariciando com gestos e com palavras do jeito que adoravam fazer até que foram premiados com o orgasmo.

 

Saciados, se abraçaram e ficaram em silêncio. Um silêncio glorioso. Após alguns minutos, ele acariciou o rosto da noiva e indagou de forma carinhosa — Eu te machuquei, amor?

 

— Não! – Ela foi taxativa e, ainda de vestido, se aconchegou mais a ele — Eu te amo tanto, Rick! Você não faz ideia do que você provoca em mim...

 

— Eu também te amo tanto, mas as vezes eu acho que perco o controle... E fico louco de tesão... Você é maravilhosa! Eu amo seu cheiro, seu gosto, seu corpo... Sua voz me deixa elétrico... E você ainda fica me provocando...

 

 Com habilidade, ela girou o corpo e ficou por cima do noivo. Sentou-se sobre os quadris dele e ficou se movimentando de forma bem leve, porém, muito sensual e, de um jeito sedutor, retirou vagarosamente o vestido, ficando completamente nua a exceção das sandálias douradas de tiras e salto agulha que ele a impediu de tirar.

 

Faceira, ela passava os dedos pelos longos cabelos, jogando-os de um lado para o outro e as vezes as mechas caíam-lhe pelo rosto. Acariciava também os próprios seios e mamilos, deixando Castle mais excitado ainda e ela o sentia inchando sob ela, exatamente onde estava sentada.

 

— Hey, mocinha, que tal a senhorita me dar uma ajudinha e tirar minha calça, eihm?

 

— Só se for agora... – com jeito ela saiu de cima dele e puxou a calça pelas pernas e ele próprio se livrou da cueca.

 

Ele a puxou de volta para que ela ficasse por cima dele, como estava anteriormente, e com jeito, encaixou-se nela e a dança recomeçou.

 

Ele a ajudava se erguer e se abaixar seguidamente. Depois a dança foi mudando os passos, alterando a ordem e a posição, contudo o objetivo continuava o mesmo, ou seja, dar e receber prazer.

 

Eles rolavam por toda a cama. Eles se acariciavam e as palavras de amor, de sexo, de paixão e de carinho tomavam conta deles. Por fim, o prazer final chegou e, mais uma vez, ficaram abraçadinhos, sonolentos.

 

Castle puxou o edredom para cobri-los.

 

— Amor, tire as minhas sandálias, por favor. – Kate pediu de forma lânguida.

 

Castle afastou o edredom, se ajoelhou ao lado da noiva e, com delicadeza, desabotoou as fivelas das sandálias, tirando-as. Depois que liberou os pés dela, ele os acariciou e arrancou dela um gemido de prazer — Ai, que delícia! – Kate sussurrou — Você tem mãos divinas e eu te amo também por isso!

 

Castle voltou a se deitar junto dela e trouxe o edredom para cobri-los e passou a dar mordidas e chupões no pescoço dela.

 

— Castle, eu vou te matar se meu pescoço ficar com marca do chupão e de mordida – ela dizia entre risos, mas logo ela o atacou e faz a mesma coisa com ele. Ela dava mordidas e chupões no pescoço dele, deixando-o excitado — Você é muito gostoso, Escritor!

 

— E você é deliciosa, Detetive!

 

— Mas que tal a gente dormir, eihm!?

 

— Ah, cansou, foi? – Ele a provocou.

 

— Foi! Não tenho mais forças...

 

— Ah, tá... Vou tentar dormir... Você me provoca e depois me dispensa... – ele fez charme.

 

— Ah, amorzinho... – Kate fez dengo nele e o abraçou — Amanhã eu te recompenso. Eu prometo! – ela sorriu — Quer dizer... Vou te recompensar somente se você não me deixou marcas de chupão no pescoço.

 

— Ops! – Ele se denunciou — Ok! Ok! Vamos dormir. – Castle deu um beijo suave no pescoço, bem próximo à orelha dela, deixando-a arrepiada. — Eu te amo, Detetive! – Ele a aconchegou nos braços, deitando de conchinha.

 

— E eu te amo, Escritor! – Ela se aconchegou a ele, envolvendo-se na conchinha dos braços e do peito dele.

 

No dia seguinte, enquanto eles se arrumavam para ir trabalhar, Kate procurava uma echarpe de seda bem leve, apropriada para o clima, tendo em vista que teria que usar algo para cobrir o chupão no pescoço que Castle lhe dera na noite anterior.

 

— E aí, Escritor! Não vou poder tirar esta echarpe de jeito nenhum... – ela reclamou.

 

— Chateada? – ele deu uma piscada de olho, bem safado.

 

— Por mais que eu tenha adorado o chupão, eu não gosto de sair com essa marca arroxeada no pescoço, principalmente porque se o Ryan e o Esposito descobrirem vão me importunar – ela torceu a boca — E você sabe que eu detesto isso. – Ela fez cara de malvada.

 

— E esta marca aqui, eihm? – Pelo espelho ele olhou para uma marca arroxeada no seu próprio pescoço e apontou para Kate.

 

— É uma marca de amor! Ficou linda! – Ela riu e foi até o noivo e, passando os braços pelo pescoço dele, ela se declarou com sinceridade – Eu te amo, Rick! Não consigo enxergar minha vida sem você.

 

— E com essa declaração, eu vou perdoar a marca arroxeada? – ele fingiu estar chateado.

 

— Ah, claro que vai! – Ela riu — Porque você sabe que foi uma declaração sincera. Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo e posso sair gritando pelo mundo todo, mas... – ela fraziu a testa e o nariz de um jeito divertido — ... Mas que tal colocar uma camisa de gola alta para cobrir minha assinatura no seu pescoço, eihm?

 

— Ah, você me mata, viu, Kate! – Ele deu um monte de selinho nela e depois foi ao closet procurar uma camisa do jeito como ela disse e voltou de lá vestido com ela. Uma camisa grafite e por cima pôs um blazer da mesma tonalidade.

 

— Você tinha que ser tão bonitão assim, Escritor?

 

— E você, Detetive, tinha que ser tão linda e tão gostosa?

 

 

.... .... .... .... ....

 

Depositando a revista de OVNIs na banca de cabeceira, Castle refletiu sobre sua recordação emocionante sobre a sua esposa, Katherine Beckett Rodgers Castle. – Ah, Kate! Que falta eu sinto do seu cheiro, do seu gosto, do seu corpo... Que falta você me faz, meu amor.

Seus olhos se encheram de lágrimas que teimavam em cair. Ele passou a mão para secá-las.

Usando o controle remoto, ele desligou as lâmpadas do quarto, fechou os olhos e, silenciosamente, fez uma oração para que Deus cuidasse da saúde de sua esposa, estando ela onde estivesse. Orava também para que ela não estivesse em apuros e, por fim, que Ele o ajudasse a tê-la de volta, sã e salva para que continuassem uma vida de amor e felicidade e, se não fosse pedir muito, com filhos lindos e saudáveis. As lágrimas voltaram a cair até que ele dormiu.

.... .... .... .... ....

Os meses se passavam e a busca continuava e já estavam no meio do ano de 2018.

O escritório de investigação de Castle até pegava outros casos, mas sempre pequenos, porque a prioridade era localizar Kate Beckett.

Sem parar as buscas por sua esposa, Castle já começara a escrever seu mais novo livro.

Então, esgotados os demais planos de encontrar Kate, a intenção seguinte foi acessar todos os sites das polícias de todos as cidades dos Estados Unidos à procura de foto das policiais femininas, não importando a patente ou função exercida. Ele centralizou as buscas na Polícia, pois esta era a única formação acadêmica de Kate.

A procura se iniciou pelos estados mais distantes até chegar aos estados vizinhos. Castle também fez esse mesmo tipo de busca nos países onde ela dominava o idioma, como Rússia, Croácia, Itália, França, dentre outros.

Óbvio que ele sabia que se ela desaparecera, ela deveria ter adotado outro nome e sobrenome, como ela própria deixara claro em um dos áudios do WhatsApp deixados por ela no dia que fora embora e isso dificultava bastante, mas ele não esmorecia. Continuava firme na busca com a possibilidade de que Kate poderia ter alterado o corte, a cor e até a estrutura dos cabelos, o que aliás ele já estava mais do que acostumado a isso, pois nos anos que ele conviveu com ela como parceiro, namorado, noivo e marido, ela adotara todos os cortes de cabelo, desde o muito curtinho, tipo Joãozinho, até comprido nas costas, com ou sem franja e também várias texturas, do totalmente liso até o cacheado e quase todas as cores, do loiro escuro ao preto, passando por dourado, ruivo e mel e ainda teve a fase onde ela fazia luzes bem claras. Sabia também todos os penteados que ela gostava de fazer, desde tranças, coque, rabo de cavalo, dentre outros mais simples, ou seja, ele a reconheceria facilmente. Contudo, tinha plena certeza que ela não teria feito cirurgia plástica para alterar traços do seu rosto, pois quando fora sequestrada pelo Jerry Tyson e pela Dra. Kaly Newman, ficara com traumas de cirurgia plástica.

Quanto Castle terminou de buscar por fotos de policiais, a busca prosseguiu com relação a fotos de Kate como Agente do FBI, iniciando-se também pelos estados mais distantes até chegar aos estados vizinhos a Nova York. As buscas eram muito demoradas, pois os sites das instituições eram fechados e Hayley tinha muita dificuldade de invadir.

E foi fazendo esse tipo de busca que, em JANEIRO de 2019, Castle encontrou a fotografia de Kate. A imagem era dela, mas o nome era diferente. Seu novo nome era Emily Durand, uma Agente Especial do FBI em Boston, no estado de Massachusetts, ou seja, vizinho a Nova York e, como previra, ela havia mudado o corte e a cor dos seus cabelos. 

O coração do Castle estava para saltar pela boca ao olhar para a foto de sua esposa. Lágrimas de emoções brotaram dos seus olhos. Por mais que ele tentasse se controlar, não conseguia. Passou as mãos pelos olhos, na tentativa de enxugá-las, pois precisava prosseguir a pesquisa.

Após ter a certeza de que era ela, passou a pesquisar tudo sobre a Agente Emily Durand e teve uma nova surpresa, só que desta vez sentiu seu coração dar um aperto muito grande. Parecia que uma bomba explodira no seu peito. Castle Encontrou varias publicações daquela instituição e todas diziam a mesma notícia terrível: Emily Durand estava morta. Morrera em dezembro de 2017.


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Notas finais do capítulo

Sim, o Castle está sofrendo muito, e nós também, claro, mas conhecendo o Castle como nós conhecemos, ele vai reagir e vai fazer de tudo para desvendar esse mistério e encontrar Kate.
Não se esqueçam do que leram nos capítulos 1 e 2.
Não me abandonem. Confiem no meu amor por este casal KATE e CASTLE e, claro, confiem também no amor deles.
Ah, gente, continuo ansiosa por comentários.






Link da imagem: https://n1.picjoke.net/useroutputs/3324/2018-03-07/1-pt-8c9e85fabf6d8451101a95e65bed5010.jpg



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