Ela ficou me olhando sem piscar e com as bochechas vermelhas. Será que ela tem noção do quão linda é.

— C-Como? – Ela perguntou tímida.

— Te convidei pra jantar – Dando um sorriso.

— Mas – Ela disse segurando na mesa. Percebi que ela estava tremendo um pouco. Não era essa reação que eu esperava . – Por que você quer jantar comigo?

— Sinceramente? – Ela apenas acenou com a cabeça. – Quero te conhecer melhor. Nos demos muito bem. Gostaria de ter uma relação mais a chegada com você. – Se antes eu já estava com medo da reação, agora piorou. Pois de um jeito muito rápido, a mão dela escorregou, o que fez ela cair no chão. Na mesma hora me agachei pra ajudar ela. – Você está bem? Se machucou? – Enquanto ajudava a se levantar e olhava pra ver se tinha algum machucado.

— Estou bem – Sem me olhar.- Obrigada.

— Olha – Passando a mão na nuca – Se não quiser aceitar o convite ou até mesmo, não querer ser minha amiga. Não precisa aceitar. Não quero te obrigar a nada. – Se ela não quisesse sair comigo ou até se tornar mais próxima de mim, teria que aceitar. Mesmo me doendo muito.

— NÃO – Ela disse alto, o que me assustou um pouco. – Q-que-ro dizer s-sim. – Ela disse toda atrapalhada.

— Então você não quer sair comigo? – Estava confuso.

— N-nāo foi i-isso que eu q-quis d-dizer. – Desviando o olhar.

— Mari – Fazendo ela me olhar. Segurei a mão dela, fazendo ela ficar surpresa. Coloquei a mão dela no meu peito, fazendo ela sentir as batidas aceleradas do meu coração. – Viu? Eu também estou nervoso – Dando um sorriso tímido . Ela ficou olhando, então, sorriu também. – Eu quero que você olhe pra mim apenas como Adrien, e não como filho do Gabriel Agreste – Revirando os olhos – Combinado? – Sorrindo

— Posso – Soltando sua mão da minha e respirando fundo. – Tentar – Retribuindo meu sorriso.

— Ótimo – Com um sorriso ainda maior. – Então vamos começar novamente. A senhorita, aceita jantar com esse galã aqui? – Fazendo graça, o que fez ela dar risada.

— Não estou vendo nenhum galã – Fingindo estar procurando pela sala. Ótimo, My Lady está de volta.

— Assim você acaba comigo – Me fingindo estar ofendido.

— Perdão – Segurando a risada – Se te consola, eu aceito jantar com o senhor galã. – Sorrindo com um leve rubor nas bochechas.

— Eu sabia, afinal ninguém resiste a mim. – Com o rosto próximo a ela.

— Vai sonhando – Me empurrando com o dedo e revirando os olhos. – E aonde você quer ir? – Cruzando os braços.

— Isso vai ser uma surpresa – Eu disse animado.

— Ah não Adrien – Fazendo bico. O que a deixou ainda mais adorável. – Como vou saber o que vestir?

— Hm – Pensativo – Algo elegante e leve ao mesmo tempo. Ajudei?

— Hm, na verdade não – Rindo – Você não vai me levar pra dançar né? – Erguendo uma sobrancelha.

— Não – Soltando uma risada – Eu prometo que você não vai se arrepender.

— Confio em ti – Sorrindo – Bom, vamos saindo então. – Pegando suas coisas.

— Você veio de carro? – Enquanto caminhávamos para saída da empresa.

— Não – Parando de andar – Droga!

— O qu... – Ela não me deixou terminar.

— Espera aqui, já volto – Me deixando no corredor enquanto a mesma voltava pra sala. Fiquei observando ela se afastar. Hoje teria um encontro com ela. Estava muito feliz. Hoje será perfeito, farei de tudo para que ela aproveite cada momento. Estava tão perdido nos pensamentos que quando percebi , a mesma já estava vindo pelo corredor, segurando um guarda chuva preto. – Aqui esta – Me entregando o guarda chuva – Obrigada – Sorrindo.

— Nossa – Enquanto pegava o guarda chuva – Nem lembrava mais dele.

— Ele foi muito útil – Sorrindo.

— Sempre que precisar, ele estará ao seu dispor – Piscando.

— Obrigada – Sorrindo. Fomos conversando sobre o desfile, até chegarmos aonde tinha deixado o carro. Iria levar ela embora, assim já saberia seu endereço para busca-lá. Pegamos o carro e fomos em direção ao apartamento dela. Fomos o caminho todo conversando. Ela não morava longe da empresa, o trajeto foi curto. Estacionei em frente a portaria dela.

— Obrigada por me trazer Adrien. – Enquanto soltava o sinto.

— Imagina Mari, foi um prazer. – Sorrindo – Então as 20:00h eu passo aqui.

— Combinado – Sorrindo – Até mais tarde. – Abrindo a porta do carro.

— Até Mari - Sorrindo. Ela retribuiu o sorriso e saiu. Fiquei esperando ela passar pela portaria e fui embora. Mas antes passei no restaurante para fazer a reserva. Assim que fiz a reserva fui direto para o apartamento me arrumar. Eu estava muito ansioso, por isso acabei me arrumando rápido. Fiquei sentado no sofá, mexendo no celular, então me lembrei que não tinha pegado o número de telefone da Marinette. Então resolvi ligar pro Nino, pra ver se ele tinha. Disquei o número e esperei ele atender.

— E aí Adrien – Ele respondeu.

— Tudo certo Nino? Esta ocupado?

— Hm – Escutei alguém falando no fundo. – Estou com a Alya.

— Então vou encarar sua resposta como sim – Rindo – Não queria atrapalhar vocês, mas preciso de um favor. Se não poder me ajudar, eu sei que a Alya poderá.

— Não entendi muito bem, mas fala aí.

— Preciso do telefone da Marinette.

— Telefone da Mari? – Ele perguntou surpreso.

— Isso – Sorrindo.

— Hm ...oks, dei... – Ele parou de falar.

— Pra que Agreste? – Alya perguntou.

— Oi pra você também Alya – Revirando os olhos.

— Não se faça de besta Adrien. Pra que você quer o telefone da Mari?

— Eu fiquei de buscar ela pra sairmos, só que esqueci de pegar o telefone dela. Mas o detalhes depois você resolve com ela. Agora já estou atrasado, vocês podem me passar ou não?

— Hm – Já sei a resposta – Anota aí.

Anotei o telefone dela, agradeci e desliguei rápido. Peguei a carteira e as chaves do carro e fui buscar a Mari. Em menos de 10 minutos eu já estava em frente ao apartamento dela. Liguei avisando que já estava aqui. Enquanto esperava, fiquei encostado no carro. Logo ela apareceu. Quando olhei pra ela, fiquei sem reação. Ela conseguiu ficar ainda mais linda. Ela estava usando um vestido rosa claro rodado que ia um pouco acima do joelho. Um scarpin branco e uma jaquetinha branca também. Estava com o cabelo solto, onde tinha pequenas ondas. Um batom Pink marcava e chamava atenção para seus lábios. E nos olhos, um leve delineado.

—Olá – Ela disse sorridente

— Oi – Fiquei admirando ela.

— Você acha que eu exagerei? – Olhando para a própria roupa.

— Você está deslumbrante Mari – Falei sincero.

— Obrigada – Ficando com as bochechas vermelhas.

— Apenas disse a verdade – Sorrindo – Por aqui. – Disse abrindo a porta do carro pra ela. Ela agradeceu, então fechei a porta.

— Então – Disse assim que sai da frente do condomínio – Aonde vamos?

— Já falaram que a curiosidade matou o gato? – Perguntei rindo.

— Chato -Mostrando a língua. Acabei rindo ainda mais. Ela me surpreende cada vez mais. Uma hora é uma mulher decidida , outra é tímida, outra parece uma criança, como agora. E eu estou amando cada uma dessas mudanças.

— Vamos no Bistrô Parisien – Dando uma leve olhada pra ela.

— Sério? - Olhei rapidamente pra ela, e a mesma me olhava com um sorriso enorme e com os olhos brilhando.

— Pela sua reação, eu acho que acertei o local, né?

— Eu já fui lá uma vez e adorei aquele lugar. Mas nunca fui a noite. Você acertou em cheio.

— Que bom. Fico feliz em ouvir isso. – Sorrindo. – Mari, me fale um pouco sobre seus pais.

— Eles são os melhores pais que existem no mundo – Olhei pra ela enquanto parava o carro no semáforo, e a mesma estava com um sorriso enorme. – Meus pais são donos de uma padaria aqui em Paris. Eles fazem os melhores croissant do mundo.

— Mesmo? Sabia, que amo croissant?

— Sério? Vou levar para você algum dia, então. Meus pais sempre trabalharam muito, e eles amam o que fazem. Depois de anos trabalhando, eles resolveram tirar umas férias só pra eles. Estão visitando alguns parentes meus na China.

— China? Achei que seus pais e parentes fossem daqui mesmo.

— Meu pai sim, mas minha mãe é chinesa.

— Que legal. Gostaria de conhecê-los. – Sorrindo.

— Tenho certeza de que eles vão gostar muito de você.

— Ah é – Estacionando o carro – E por que acha isso? – Desligando o carro e olhando pra ela.

— P-Por...P-Por – Ela começou a se enrolar com as palavras e ficar com as bochechas vermelhas – Po-rque vo-cê é legal – Desviando o olhar.

— Obrigado – Não segurando a risada. – Você também é maravilhosa Mari.

— Eu Falei legal – Ela falou rápido.

— Eu sei – Piscando, e a deixando ainda mais vermelha. – Vamos? – Enquanto saía do carro e ela me acompanhava. Assim que entramos, fomos guiados até a nossa mesa. Olhei pra Mari e vi que a mesma estava com os olhos brilhando. – Gostou da vista?

— Adorei. – Me olhando – Sou fascinada pela Torre – Olhando para a mesma.

— Eu também – Sorrindo – Eu imaginei que você fosse gostar dessa vista, por isso quis vim aqui.

— Obrigada – Me olhando. – Eu adorei ainda mais esse lugar.

— Que bom My... Mari – Desviando o olhar. E pegando o cardápio pra olhar. Percebi que ela fez o mesmo. Preciso controlar essa minha boca, se não vou acabar estragando tudo. Enquanto olhávamos o Cardápio, um garçom se aproximou.

— Boa noite, em que posso ajudar está noite?

— Mari, prefere vinho suave ou seco? – Olhando pra ela.

— Suave, por favor. – Sorrindo.

— Então duas taças do seu melhor vinho suave, por favor.

— Sim Senhor – Anotando o pedido – E para o jantar?

— O que gostaria Mari?

— Gostaria de pedir Magret de Canard, por favor. – Enquanto fechava o cardápio.

— Vou querer o mesmo, por favor. – Olhando para o garçom.

— Sim Senhor. Com licença – Se retirando e nos deixando a sós novamente.

— Bom – Chamando atenção da Mari – Tenho uma dúvida a seu respeito.

— Sobre?. – Sorrindo.

— Você sempre gostou dessa profissão?

— Sim – Abrindo ainda mais o sorriso. – Desde que me conheço por Marinette, eu amo desenhar e criar designer de roupas. Seu pai sempre foi uma inspiração pra mim.

— Então você era uma daquelas jovens que ficava babando nas minhas fotos nas revista né – Sorrindo travesso.

— O que?! – Disse um pouco alto demais. Percebendo isso, ficou vermelha. – Claro que não. – Em um tom mais baixo e desviando o olhar.

— Nenhuma fotinha? – Erguendo a sobrancelha enquanto mantinha o sorriso travesso.

— Aff – Revirando os olhos – Eu tinha algumas colada na parede do meu quarto.

— Sabia! – Sorrindo ainda mais.

— Mas apesar de você ser bonitinho, eu sempre recortava sua cabeça, e ficava com as imagens apenas das roupas, afinal, era o que importava pra mim. – Sorrindo travessa.

— Oks – Um pouco surpreso – Por essa eu não esperava.

— Eu sempre fui uma grande fã do seu PAI. – Dando ênfase no “pai”.

— Mas não minha, pelo jeito. – Dando um gole no vinho.

— Achei que você fosse igual aqueles modelos frescurentos, mimados e metidos. – Dando de ombros.

— E agora – Apoiando o queixo com as duas mãos – Ainda pensa assim ao meu respeito? – Olhando atentamente para aqueles lindos olhos.

— Hm – Pensativa – Não. – Sorrindo.

— Fico feliz de saber que mudei isso. E o que exatamente você pensa a meu respeito?

— Olha, é difícil dizer isso, sendo que não nos conhecemos muito bem. – Dando de ombros.

— Mas o pouco que conhece, qual a impressão que você tem de mim? – Eu realmente quero saber o que ela pensa sobre minha pessoa.

— Acho você uma pessoa incrível e misteriosa.

— Misteriosa? – Erguendo uma sobrancelha.

— Ao mesmo tempo que você fala o que pensa, da pra ver em seu olhar, que está escondendo algo. – Me olhando nos olhos, o que deixou um pouco tímido e surpreso.

— E o que exatamente você acha que estou escondendo?

— Isso, só você poderá me dizer. – Sorrindo.

— Uau – Passando a mão na nuca – Eu realmente tinha razão a seu respeito. – Bebendo um pouco de vinho.

— Como? – Erguendo uma sobrancelha.

— Você é uma mulher incrível – Sorrindo, fazendo suas bochechas ganharem uma tonalidade vermelha.

— Você não sente falta? – Enquanto bebia um pouco do vinho, provavelmente mudando de assunto.

— Do que exatamente? – Sorrindo. Quando estou com ela, meu sorriso fica ligado o tempo todo.

— De ser modelo.

— Na verdade não. Eu nunca fui amante das passarelas e dos flashs. Eu gosto muito do que faço hoje.

— Entendi. E por que nunca namorou? – Perguntou direta.

— Ouw – Realmente fui pego de surpresa com essa pergunta. – Você é direta eim. – Bebendo mais um pouco de vinho.

— Você mesmo disse que queria me conhecer melhor, pois bem, nesse jogo, se joga de dois, certo? – Piscando.

— A cada momento que passamos juntos – Chegando um pouco mais perto dela, e olhando bem em seus olhos – Você me surpreende mais.

— Você está se saindo bem também. – Sorrindo tímida.

— Fico feliz em saber isso – Me ajeitando melhor na cadeira – Respondendo sua pergunta. Já cheguei a conhecer uma pessoa, mas não deu certo. Não conheci a pessoa certa. Bom – Olhando pra ela – Mas acho que isso pode mudar. – Sorrindo.

— Como assim? – Ela perguntou vermelha. Antes que eu pudesse responder, o garçom apareceu com os nossos pedidos.

— Obrigado – Disse assim que o garçom colocou os pratos na mesa. Ele saiu nos deixando a sós novamente. Peguei a taça e ergui. Ela me olhou e fez o mesmo gesto.

— A que vamos brindar? – Ela perguntou sorrindo.

— Hm – Pensei um pouco. – Ao futuro!

— Ao futuro? – Erguendo uma sobrancelha.

— Não sabemos como será o dia de amanhã, mas eu creio que será maravilhoso. E essa noite, já está provando isso.– Sorrindo.

— Concordo – Retribuindo o sorriso. - Então – Erguendo a taça novamente, fiz o mesmo.

— Ao futuro – Dissemos juntos sorrindo. Após isso, começamos a comer nossa refeição.