Imprevisível, Inesperado e Improvável escrita por J S Dumont


Capítulo 30
Sequestro III


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, voltei!!! Quero agradecer os comentários anteriores e dizer que agora sim estamos bem perto do fim, contagem regressiva, espero que gostem e CONTINUEM COMENTANDO, RECOMENDANDO E FAVORITANDO é muito importante nessa reta final... quero também pedir para darem uma passada na minha nova fic https://fanfiction.com.br/historia/769167/Em_nome_do_amor/ ela é a primeira fic minha Rosalie e Emmett, então para quem gosta vão lá e dê uma comentada viu, e é isso, bgs bgs e nos vemos nos comentários!



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 30. Sequestro III

A Bella... Ela desapareceu!”...

Essa frase falada por Jane repetiu-se em minha mente milhares e milhares de vezes, o meu coração naquele momento disparou tanto que até mesmo chegou a doer. Ao mesmo tempo em que tudo girou e girou, me fazendo ficar tonto. Jacob... Foi o primeiro nome que veio em minha mente, ele era o único que poderia ter alguma ligação nesse desaparecimento de Bella. Sim, foi ele. Só pode ter sido ele.

— Foi o Jacob... – eu falei meio nervoso. Em seguida, entrei na casa dos Swans, passei a mão pelo cabelo e comecei a andar pela sala de estar deles, um tanto nervoso.

— Sim meu filho, só pode ter sido ele! – ouvi a voz de Charlie falando, e só então olhei para ele e o avistei sentado no sofá, com o rosto vermelho e uma aparência abatida. – Ele vai levar minha menina embora, nunca mais iremos vê-la! – ele acrescentou desesperado.

— Não pai! Não pense assim... – disse Jane fechando a porta, e em seguida se aproximou de Charlie, se sentando ao lado do pai, ela pegou a mão dele e o encarou por alguns segundos, parecia querer acalmá-lo. – Temos que ter fé, Edward vai encontrá-la, não vai? – Jane falou, parecia esperançosa, olhou para mim com um olhar cheio de expectativa.

Novamente senti tudo girar. Passei novamente a mão no cabelo, e tentei raciocinar, mas aquilo havia me pegado tão de surpresa que fora difícil até mesmo respondê-la. Tanto, que fiquei alguns segundos em silencio, até conseguir, enfim, respondê-la.

— S-Sim... – gaguejei. – Vamos para minha casa, arrumem suas coisas e... E... Iremos até a delegacia, tentarei pensar aonde eu posso procurá-los, sim, a gente, vai, vai arrumar um jeito, vamos encontrar Bella, ela vai estar bem! – eu gaguejei, extremamente nervoso, eles prontamente concordaram, e Jane, já fora ajudando o pai a se levantar do sofá para fazerem o que pedi, arrumarem as suas coisas.

Enquanto eles seguiam para o quarto deles, eu virei de costas, mordi meus lábios com força, enquanto sentia os meus olhos lagrimejarem. Realmente eu não esperava por aquilo, a minha expectativa era chegar á casa dos Swans e encontrar Bella, se entendermos e recomeçarmos nossa relação novamente, ver todos esses planos caírem por água abaixo me deixou completamente perdido, e por um momento, eu não soube o que fazer.

***

— Meu filho! O que houve? – fora a primeira coisa que minha mãe falou, assim que cheguei á mansão, acompanhado por Charlie e Jane. Ela com certeza notou a expressão de nervosismo e desespero no rosto de todos nós. Esme se aproximou, com um olhar um tanto confuso. – Cadê a Bella? – ela perguntou, olhando para nós, os seus olhos percorreram um por um, até que pararam em mim novamente.

— Ah minha filha! A minha Bella... Nós não sabemos onde ela está, ah meu Deus, ele precisa cuidar dela, se não aquele mon... – Charlie exclamava, até que então se calou, parecendo que só agora se deu conta de que estava falando aquilo na frente de Esme, ela o olhou, com os lábios entreabertos.

— Como assim? Quem pegou a Bella? Do que você está falando Charlie? – ela perguntou, olhando para ele, Charlie com os olhos marejando, ficou a encarando, mas parecia não ter coragem de respondê-la. – Meu Deus! O que está acontecendo? – ela perguntou, agora mais nervosa do que antes.

Todos nós ficamos em silencio por alguns segundos, nos entreolhamos, todos bastante nervosos, até que então, eu falei:

— Eu vou ficar para a policia! – em seguida, fiquei de costas e sai da sala de estar. Afinal, naquele momento nós tínhamos que agir rápido, afinal, a vida de Bella corria perigo. Mas logo ouvi barulhos de passos vindo atrás de mim, não demorou muito para eu perceber que minha mãe estava me seguindo. – Edward... Edward... – ela começou a chamar, entrei no escritório, e virei na direção dela, percebi que pela sua expressão ela parecia estar muito, mais muito nervosa. – Dá para parar de me tratar como criança e me explicar de uma vez por todas o que está acontecendo? Por que vocês escondem tantas coisas de mim?  É por causa do Jacob, não é? Vocês querem me poupar alguma coisa! – os olhos dela começaram a marejar, assim como os meus, enquanto a encarava. – Eu sei, no fundo eu sei, que ele não é o filho que eu esperava que fosse, eu sei que tem algo de errado nele, mas, é tão grave assim? Ele que é o monstro que Charlie estava dizendo? – ela perguntou, num tom choroso, depois se aproximou de mim e segurou as minhas vestes. – Fala para mim Edward, você está me escondendo isso? Jacob é tão ruim assim que você tem medo de eu descobrir a verdade?

Uma lágrima caiu dos meus olhos, eu não consegui encarar a minha mãe, por isso olhei para baixo, enquanto eu tentava criar coragem para confirmar isso a ela.

— É... – eu soltei, num tom baixo, parecia que a voz não queria sair.

— Como? – ela disse, ainda num tom choroso, só então voltei a olhá-la, vi que lágrimas escorriam de seus olhos.

— Jacob pagou um homem chamado Mike Newton para provocar o meu acidente, tudo isso porque ele queria ficar com todo o dinheiro da herança, antes de tentar me matar, ele planejou tudo, enganou a Bella fingindo ser eu, a conquistou e depois casou com ela, mas pagando um juiz para casá-la com o meu nome, tudo isso para ela ser minha viúva e herdar todo o dinheiro, porque ele não queria que fosse para você, pois sabia que você não o colocaria como o presidente da empresa! – confessei, Esme parecia em choque com o que eu lhe estava contando. – Bella não queria se passar por minha viúva, mas ele a ameaçou, disse que ninguém acreditaria nela e que se ela não fizesse o que ele queria, ele a colocaria na cadeia, tanto ela como a sua família!

Ela discordou com a cabeça, enquanto mais lágrimas caiam dos seus olhos.

— Não... Não pode ser, quem te disse isso? Isso é mentira! – ela falou, não querendo acreditar naquilo.

— Não, não é, mãe... Tanya venho aqui me contar a verdade, Jacob confessou tudo isso a ela, ele a enganou, fazendo Tanya acreditar que Bella era uma golpista, se fez de inocente para ela, contou um monte de mentiras, até a convencer de colocar uma chave de um motel nas coisas de Bella, para que eu pensasse que ela iria se encontrar com Mike naquele quarto, ele pagou Mike para ficar ligando aqui em casa, para fazer Bella e eu brigarmos e nos separarmos e agora... Ele a levou! – falei, minha mãe discordou com a cabeça, enquanto ainda chorava. – Foi tudo calculado minha mãe, ele quis tirá-la da mansão para depois sequestrá-la!

— Desde quando você sabe disso? – ela perguntou, aos prantos, fiquei quieto por alguns segundos, até ter coragem de respondê-la.

— Desde que acordei naquele hospital e me apresentaram a Bella, dizendo ser minha esposa, eu comecei a ficar desconfiado, primeiro por não me lembrar dela, depois por causa do jeito estranho dela, ela não parecia ser minha esposa e muito menos parecia feliz em me ver vivo, comecei a ligar aos pontos e a perceber que ela tinha algum tipo de ligação com o Jacob, ele defendia muito ela, eu os via conversando nos quatro cantos da mansão, ela sempre parecia assustada e triste, e depois que eles fugiram na festa de aniversario de Tanya juntos, e eu descobri onde eles estava, eu fui atrás deles e trouxe Bella de volta, ela desesperada, acabou me contando toda a verdade, disse que ele estava a ameaçando e que ela estava com medo, como não a conhecia direito, confesso que por um tempo ainda fiquei na duvida, mas agora com a Tanya confirmando toda a história, eu tive a certeza mãe, eu sei que é terrível saber disso, eu sempre soube que Jacob não era boa coisa, mas, eu não imaginava que chegava a esse extremo... Agora é certeza, Jacob tentou me matar, fingiu ser eu, casou com a Bella no meu nome para ficar com todo o dinheiro e com a presidência, e agora, a sequestrou porque não aceita que Bella e eu nos apaixonamos! – confessei, vendo que mais lágrimas escorreram dos olhos de minha mãe, enquanto ela continuava discordando com a cabeça.

— Não pode ser, esse não é meu filho, eu não tive um filho assim Edward, eu não posso ter tido um filho assim, esse não é o Jacob meu filho, esse não é o Jacob! – ela falou em desespero, começando a chorar compulsivamente.

 Olhando-a naquela situação, eu não pude também conter as lágrimas, me aproximei dela, ajoelhei ao seu lado e a abracei fortemente, Esme colocou a cabeça em meu ombro, enquanto ainda chorava, molhando a minha camisa com as suas lágrimas.

E naquele momento eu senti como se estivesse em um dos momentos mais péssimos de toda minha vida, aquilo era com certeza o que eu tentei evitar ao esconder toda a história de minha mãe, eu sabia o quanto isso iria lhe causar sofrimento, não era fácil, descobrir que o filho que ela criou com tanto amor, se transformou nesse tipo de pessoa.

Depois disso, Rodolf fora obrigado a dar um calmante para Esme e ela acabou caindo num sono. Só assim que conseguiu parar de chorar.

Só então, liguei para Emmett e contei a ele tudo o que aconteceu, ele fez questão de acompanhar Charlie, Jane e eu até a delegacia, lá eu acabei contando ao delegado sobre as minhas suspeitas, afinal, agora não tinha mais como esconder, o mais importante era encontrar Bella, se Jacob for preso será uma consequência, alias, depois do que ele fez já estava mais do que claro o quanto ele está fora de controle, e depois de tudo isso, eu já tinha me dado conta de que é melhor ele ir para cadeia antes de mais algum desastre ocorra, e meu coração logo apertava, só de pensar se o desastre já pode não ter ocorrido.

“Não, não, Bella deve estar bem”.  Logo eu pensava, tentando me concentrar em pensamentos positivos.

As próximas horas fiquei na sala de estar, tomei alguns copos de whisky e fiquei andando para um lado e para outro, devido ao nervosismo. Eu esperava ansiosamente o telefone tocar na esperança de receber alguma noticia positiva. Charlie também estava ali bastante nervoso, com Jane ao seu lado. Eu imaginava o desespero dele, afinal, Bella é sua filha.

— Essas horas... Parece que nunca vão passar! – disse Charlie num tom nervoso, depois me olhou. – E sua mãe? Será que ela está bem? Já faz algumas horas que ela dormiu, não é? – ele perguntou, parecia preocupado.

Realmente já fazia mais de cinco horas que Esme tomou o calmante e pegou num sono, já tinha dado tempo de irmos até a delegacia, voltarmos e ainda ficarmos algum tempo na sala de estar.

— Eu vou ver se ela está bem! – falei para ele, e então subi a escadaria e fui até o quarto de minha mãe.

Respirei fundo, antes de abrir a porta bem lentamente, para dar uma espiada e ver como ela está. Eu a encontrei sentada na cama, ela estava com um álbum de fotografia em seu colo e olhava-o atentamente.

— Mãe? – a chamei, ainda ela demorou, para virar o rosto e me olhar, ficou algum tempo me olhando, antes de começar a falar.

— Por que? – ela perguntou. – Ainda estou aqui me perguntando o por que! – ela disse, e então lágrimas caíram de seus olhos.

Eu suspirei, me aproximei de minha mãe e me sentei ao lado dela.

— Mãe, a culpa não é sua! – eu disse a ela, e ela então me olhou com os olhos todo vermelho. – Foram ás escolhas dele, ele preferiu o ódio ao amor! – eu falei, dando de ombros.

Ela ficou quieta por alguns segundos, olhou por um tempo a foto e então expirou o ar pesadamente.

— Você teve alguma pista em que lugar eles podem estar agora? – minha mãe perguntou.

— Não, eles podem estar em qualquer lugar da cidade, Jacob não ia ser idiota em tentar viajar de avião, com certeza deve estar viajando de carro, eu acho que ele deve estar fazendo o que fez da outra vez, se hospedando em algum hotel barato por ai, e ameaçando a Bella, para que ela faça o que ele pede! – eu disse.

— Eu tentei ligar para ele, mas só dá caixa postal! – ela disse decepcionada.

— Eu também já tentei isso minha mãe, enquanto ia para delegacia, com certeza ele deve ter se livrado do celular... – respondi.

Minha mãe ficou quieta por alguns segundos, pensando.

— Eu acho que ele não deve ter se hospedado em nenhum hotel, Bella foi contra a sua própria vontade, eu acho que ele não iria se arriscar dessa forma, meu filho, eu acho que ele iria ter medo dela fugir, gritar, pedir ajuda... – minha mãe disse, olhando para mim.

— Então... Ele deve estar em um lugar que não tenha ninguém por perto, provavelmente, não é? É o que eu faria se estivesse no lugar dele! – eu disse, meio pensativo.

— Sim... Talvez numa... – minha mãe se calou, e então me olhou com os lábios entreabertos. – Filho, a casa de campo! Ele tem uma casa de campo, ganhou do seu pai, se lembra?

Só então naquele momento me lembrei dela. E me senti um idiota por não ter pensado nisso antes. A casa de campo abandonada, ele herdara a tanto tempo e nunca quis ficar por lá, que até havia me esquecido de sua existência.

Eu me levantei rapidamente da cama, e passei a mão no cabelo num gesto nervoso.

— Sim, eu não acredito que ele seria estúpido de ficar muito tempo por lá, mas com certeza ele deve ter passado ali, para esperar a poeira abaixar, ou preparar as coisas para viajar com a Bella! – falei e comecei a andar pelo quarto, meio nervoso. – Droga! Pelo tempo que faz ele já deve estar se preparando para ir embora, eu preciso ir lá o mais rápido possível... – falei, e no mesmo momento minha mãe se levantou e aproximou-se de mim.

— Não meu filho, não é melhor avisar a policia? Eu tenho tanto medo de você o encontrá-lo e... – ela passou a mão no cabelo num gesto nervoso. – De acontecer uma tragédia...

— Eu não mataria o Jacob! – eu falei a ela. – O melhor é ir lá, quem sabe falar com ele, o fazer enxergar que tudo que ele está fazendo é uma loucura! – eu disse, embora não tivesse mais muita esperança de que Jacob poderia se arrepender de tudo que está fazendo, eu ainda queria tentar, antes do extremo de o ver preso.

— Era o que eu mais queria meu filho, que ele não precisasse ir preso, mas, eu tenho medo, pois mesmo você me dizendo que não mataria ele, tudo leva a crer que já ele não pensaria duas vezes para te matar! – ela falou, enquanto mais lágrimas caiam dos olhos dela. Eu suspirei e então a abracei.

— Calma mãe, fica sossegada, nada de ruim irá acontecer! – eu disse na tentativa de tranqüilizá-la, mas, nem eu mesmo podia ter a certeza disso, dei um beijo na cabeça dela e em seguida suspirei. Ainda sim, eu sentia que o melhor a se fazer, era eu mesmo ir a casa de campo.

***

Minha mãe insistiu para que eu chamasse a policia, mas eu preferi ir á frente, e chamar a policia só se realmente fosse necessário, talvez eu tivesse ainda esperança de que não precisasse chegar a esse extremo.

Assim que estava saindo da mansão, encontrei Charlie na sala de estar, aproveitei para me aproximar e prometi para ele que se caso encontrasse Bella faria o possível para trazê-la em segurança para casa, o que despertou uma esperança nele.

Peguei meu carro e comecei a seguir em alta velocidade até a casa de campo, seriam algumas horas de viagem, mas decidi dirigir o mais depressa possível, para assim diminuir o tempo.

Durante o caminho comecei a ficar nervoso, pensando em tudo que estava acontecendo e com medo do que ainda pudesse acontecer. Fora impossível não me culpar algumas vezes por ter caído nessa armadilha de Jacob. Se eu tivesse confiado mais em Bella, se não tivesse a deixado ir embora, agora ela poderia estar comigo, estar em segurança... Apesar de que tudo fora tão bem planejado, tudo tão bem arquitetado... Jacob realmente tinha uma mente muito perigosa, desde que eu soube de toda verdade, comecei a me dar conta de como meu irmão é calculista.

Por sorte não havia muitos carros na estrada e pude dirigir tranquilamente durante todo o caminho, cheguei antes do previsto, e quando fui me aproximando da casa de campo, o meu coração já fora indicando o quanto eu estava nervoso. Como ele disparava e disparava muito.

Eu torcia mentalmente para que Jacob já tivesse ali, e acabássemos logo com essa tortura, e quando realmente fui parando e vi o carro de Jacob estacionado em frente á casa, eu suspirei. Talvez o meu desejo fosse ser realizado.

— Jacob... – falei para mim mesmo, começando a tirar o cinto de segurança, porém, no mesmo momento em que estava prestes a sair do carro, vi Jacob saindo sozinho de dentro da casa, me assustei ao notar que uma parte de sua camisa estava suja de sangue, nervoso eu já fui pensando em sair do carro e ir até ele, mas foi quando Jacob parou ao ver o meu carro, e então se apressou e entrou rapidamente no carro dele. Pensando na possibilidade de Bella estar já dentro do carro, liguei o meu, na intenção de segui-lo.

Fora isso que fiz, Jacob saiu em disparada na frente e eu não perdi tempo e fui dirigindo atrás dele, começando a correr por uma estrada deserta.

A adrenalina fora me invadindo, ao mesmo tempo em que os pensamentos que foram passando por minha cabeça fora me deixando totalmente nervoso, eu comecei a pensar se o sangue da camisa dele poderia ser algum machucado que Bella fez nele, ou se ele fez algo com Bella e manchou a camisa dele de sangue dela, eu fiquei até mesmo levemente tonto com a segunda possibilidade.

Aquilo fez com que eu pisasse mais fundo no acelerador e cheguei com o carro próximo a ele, então abri o vidro do carro, ao mesmo tempo em que comecei a correr com o carro ao lado do dele, notei que o vidro dele também estava aberto, então rapidamente o olhei.

— Jacob! Por favor, pare esse carro! – eu mandei, aos gritos, ele olhava diretamente para estrada, e notei que lágrimas caiam dos olhos dele.

— Vai para o inferno Edward! – eu o ouvi gritar, o seu rosto ficou todo vermelho, ao mesmo tempo em que ele começou a dirigir com tanta velocidade, que passou em disparada por mim.

— JACOB! – eu gritei, ao ver em questões de segundos o carro sendo jogado para o lado, até então, sair da estrada e cair morro abaixo.

Freei meu carro com tudo, o parei e desesperado eu desci do carro correndo, cheguei até mesmo a tropeçar, enquanto corria em direção da onde vi o acidente acontecendo, parei na estrada e olhei para baixo, avistando o carro de Jacob virado de cabeça para baixo, e em alguns metros de distancia o corpo de Jacob jogado. Com certeza, com o impacto do acidente, o corpo dele fora lançado para fora do carro.

No mesmo momento, eu me lembrei do meu acidente, passei a mão no meu cabelo e desesperado, eu decidi descer o morro, indo até ele para tentar ajudá-lo.

Tive um pouco de dificuldade, devido ao nervosismo, cheguei a quase cair duas vezes, quando me aproximei, fiquei mais desesperado ao ver a situação em que ele se encontrava.

— Jacob... Seu idiota! O que você fez? – falei, enquanto corria em direção a ele, me ajoelhei ao seu lado e com os olhos marejados, comecei a olhá-lo e vi que ele estava com os olhos fechados e seu corpo, assim como seu rosto, estavam totalmente machucado devido á gravidade do acidente, peguei o celular de dentro do bolso e comecei a discar o numero da emergência.

Só fora eu pedir uma ambulância, para ver que os olhos de Jacob começaram a se abrir bem devagar, ele deu uma tossida, sangue saiu de sua boca e suspirei aliviado ao ver que ele ainda estava vivo.

— Jacob... Por que você fez isso? O que deu em você? Cadê a Bella? – eu perguntei.

— Está morta... Lá na casa, ela ficou lá... – ele falou, numa voz fraca e tão baixa, que quase não dava para escutar, mas aquilo já fora suficiente para me desesperar ainda mais. – Agora eu vou encontrá-la, você não vai ficar com ela... – ele então riu, e ao mesmo tempo gemeu, provavelmente de dor. – Eu venci... Pelo menos uma única vez, eu venci... – ele fora dizendo.

— Jacob! Não é verdade, você não a matou, não é? Jacob! Jacob! – eu disse colocando minhas mãos na camisa ensanguentada dele, se fosse em outra situação eu até mesmo o chacoalharia, porém Jacob não me respondia, apenas repetia as mesmas palavras:

— Eu venci... Eu venci...

Até que então ele parou de falar, vi que os seus olhos continuavam abertos, mas não havia mais expressão facial, ele não se movia, já indicando estar morto.

— Jacob! Jacob! – o chamei, enquanto fechava os meus olhos e permitia que lágrimas escorressem por ele, e rolasse por minha face. – Jacob! – gritei, encostando minha cabeça no peito dele, enquanto começava a chorar compulsivamente.

***

Não sei por quanto tempo chorei, só sei que quando consegui novamente raciocinar, eu voltei a me lembrar de que Jacob me disse que Bella estava morta dentro da casa de campo, pelo menos, se eu tiver entendido direito as suas palavras.

Ao pensar nisso, mais lágrimas caíram dos meus olhos, enquanto eu me levantava do chão e começava a subir o morro, decidido ir até lá, na esperança de que ele estivesse errado e que ela ainda estivesse com vida.

Dirigi em alta velocidade até lá, chorando por todo o momento, tudo parecia não ser real, tudo parecia como um terrível pesadelo. Eu não podia acreditar, eu não podia aceitar que perdi no mesmo dia o meu irmão, embora não fosse o melhor do mundo ainda era o meu irmão, e também a Bella, que agora tenho certeza que era a mulher da minha vida.

Parei o carro em frente á casa de campo, desci dele rapidamente e entrei as pressas já gritando o nome dela:

— BELLA! BELLA! – ninguém me respondeu, o que me deixou ainda mais desesperado, não precisei andar muito para avistá-la caída no chão, com a blusa toda suja de sangue. – Bella... – gritei num tom de choro. – BELLA! BELLA! – novamente gritei, me ajoelhando ao seu lado, notando que ela havia tomado um tiro, lágrimas foram caindo dos meus olhos, enquanto via que ela estava desacordada, peguei o corpo pequeno dela e o entrelacei em meus braços, abraçando-a. – Não... Meu amor, não me deixa! – eu falei, voltando a chorar compulsivamente. Soltei o corpo dela, depositando-o novamente no chão e aproximei meu ouvido de seu peito, eu notei que o coração ainda estava batendo, o que me deu esperanças.

— Bella... Bella... – eu disse, levantando-me no chão e passando as mãos no cabelo, totalmente desesperado, fora então que sem pensar duas vezes, eu me agachei novamente e a peguei no colo, sai correndo com ela nos braços da casa de campo, decidido a levá-la para qualquer hospital que houvesse ali próximo, o mais depressa possível.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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