As lágrimas escorriam por seus olhos, em partes ela queria fazer aquilo, mas uma parte de si, a parte que estava chorando em desespero encolhida no sofá da casa do seu namorado, estava em um pânico que ela nem conseguia descrever.

— Amor, eu pensei que queria isso — Nico di Angelo, o tal namorado, se abaixou ficando de frente pra ela que assentiu.

— Eu quero — suspirou —, mas desde que eu me entendo por gente eu faço uma mesma rotina, eu estou assustada.

— São apenas alguns meses e você sempre pode voltar mais cedo se quiser — ele tentou a reconfortar.

— Mudanças são boas — ela disse e ele assentiu sorrindo — são né?

— Claro que são, nosso namoro não é bom?

— É sim — Thalia Grace fez um bico olhando o namorado.

— E quando você começou a namorar comigo você não foi uma mudança, afinal você era solteira antes, nunca tinha namorado e seria uma nova experiência? — ele perguntou e novamente Thalia assentiu — Você não sabia nada o que iria acontecer, mas mesmo assim aceitou meu pedido sem ter um ataque de pânico...

— Na verdade eu tive um depois que cheguei em casa, passei doze horas em uma banheira chorando e pensando como agiria quando te visse novamente, por isso o OILÁ e a risada estranha, ataques de pânico — explicou e ele sorriu compreensivo e suspirou.

— Pois bem, mas mesmo assim você fez não fez?

— Fiz, estamos a cinco anos juntos, Nico, aonde quer chegar?

— Eu quero chegar é que você nunca sabe o que esperar do amanhã e mudanças eventualmente vão ocorrer e elas podem ser boas e podem não ser, mas mesmo assim você tem que vive-las, pois no caso algumas vezes você vai ficar apenas se remoendo pensando no que poderia ter acontecido se você tivesse mudado — o di Angelo explicou a fazendo assentir.

— Ok, vamos pro avião — ela pulou animada pegando a mala e correndo para fora do prédio.

Nico riu pegando sua mala e negando. Isso tudo porque ela iria passar um mês em Paris e fora da sua maravilhosa rotina, nem queria imaginar o ataque de pânico que ela teria quando a pedisse em casamento lá.

— Boa sorte Nico, você vai precisar para controlar o pânico — desejou a si mesmo e trancou a porta saindo pronto para ir a essa viagem.