Mero Professor Mpreg escrita por AloisFox


Capítulo 8
VIII O seu sorriso




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Pov’s Jin

2 meses e uma semana

— Jinnie, você precisamos ir ao médico. Temos que ter certeza de que ele está bem.

— Eu sei, Hope… também queria ter certeza disso, mas eu não tenho dinheiro para pagar uma consulta. – Hoseok suspirou fundo, ele se recusava a aceitar que nós não tínhamos condições de oferecer do bom e do melhor ao bebê.

— Eu vou pedir um adiantamento e nós vamos logo amanhã. Você tem se queixado de dores, isso não deve ser normal.

— Hope, ele só deve estar se desenvolvendo, crescendo. Já faz pouco mais de 2 meses, isso deve ser normal. Nós estamos bem. Não devemos gastar com uma consulta desnecessária. Não queremos trazer nenhum prejuízo para o tio Hope, não é, bebê? – Perguntei, alisando o meu abdômen e fitando-o.

— Mas, Jin… precisamos fazer o pré-natal certinho. Você precisa tomar as vitaminas e tudo mais.

— Eu sei, Hope. Mas agora nós não temos dinheiro sequer para pagar uma consulta, que dirá remédios. Eu sei que você se preocupa com ele, eu também me preocupo. Mas nós não podemos pensar só no bem-estar dele. Uma consulta dessas é muito cara, talvez não sobre dinheiro nem pra ração do Mickey. Você tem noção disso? – Ele suspirou novamente. Hoseok fica emburrado quando abro os seus olhos e o faço enxergar a realidade, essa onde não temos condições de sequer fazer o pré-natal corretamente. – Eu vou procurar um emprego hoje.

— O quê?! – Perguntou ele, incrédulo, arregalando os olhos. – Jin, você não pode trabalhar… se esforçar. Logo a sua barriga estará grande e isso atrairá olhares maldosos.

— Eles no máximo pensarão que eu estou gordo. E se me olharem diferente… qual o problema?

— Você também não pode fazer muito esforço.

— Vou me lembrar disso hoje, quando procurar um emprego. – Hoseok se calou por alguns instantes, parecia pensativo.

— Jin, eu não quero que você trabalhe.

— O quê? Por quê?

— Porque você precisa ficar em casa, descansando.

— Hoseok, eu estou carregando um bebê, não uma bomba que está prestes a explodir e por isso eu não devo fazer qualquer movimento. Se eu trabalhasse, teríamos mais dinheiro e eu poderia pagar as consultas e os remédios.

— Você tem certeza de que não quer continuar sendo professor? – Bufei e revirei os olhos quando ele me fez tal pergunta.

— Já conversamos sobre isso.

— Jin, aqueles garotos são doentes. O que aconteceu, certamente não vai se repetir. Você gosta de ser professor, deveria continuar sendo.

— É época de férias, poucos professor são contratados nesse período. E eu não quero mais exercer essa profissão, tenho condições de trabalhar em outra coisa.

— Mas e o seu diploma? Vai ‘pro lixo?

— Provavelmente sim. – Hoseok revirou os olhos, mas logo voltou a ficar sério.

— Pense no bebê, ok?

— Hope, eu não vou trabalhar como estivador. Não tenho nem força pra isso.

— Eu sei. Mas não trabalhe como pintor, com tinta ou qualquer tipo de química. Não faça esforço.

— Química?

—É… eu pesquisei e descobri que as mulheres não costumam fazer muita coisa nos cabelos porque a química pode fazer mal para o bebê. Então não trabalhe em salão, mesmo que seja só varrendo… o cheiro dos produtos pode fazer mal para vocês.

— Hope, eu provavelmente vou trabalhar como atendente de caixa em qualquer mercadinho.

— Tudo bem. Cuide-se quando sair, qualquer coisa me ligue. Eu preciso ir agora.

— Certo. Bom trabalho.

 

~Tempo depois~

 

Pela manhã: montei meu currículo (que é claro, não citava a minha formação como professor) e o enviei para uma gráfica. A tarde: peguei as 10 impressões e as distribui por locais como restaurantes, mercados e lojas diversas. Todos me disseram a mesma coisa… que entrariam em contato comigo. Fui até o porto de Seul, este que não era tão distante da casa de Hoseok. Conversei com um senhor que estava ocupado limpando os peixeis. Seus cabelos e barba eram castanhos, e os seus olhos bastante arredondados e grandes. Certamente ele é estrangeiro. O seu físico não era de nenhum ator de Hollywood, pelo contrário, ele era gordinho. Me deu total atenção quando cheguei, e mesmo que com as mãos sujas pelos resíduos do peixe que limpava, ele pegou o meu currículo. Assim que me afastei: ele chamou minha atenção.

— Garoto. – Me chamou, com sua voz tanto rouca quanto grave. – Você pode começar amanhã? – Me perguntou, mexendo no palito que tinha na boca. Sorri e assenti em resposta. – Perfeito! Amanhã, às 9 horas então. Você vai me ajudará a limpar os peixes. O salário é de 6 won por hora, está bom para você?

— Está sim! – Disse, animado, também o reverenciando. – Obrigado. – Agradeci, antes de voltar para casa. Quando Hoseok chegou, o recepcionei com um enorme sorriso estampado no meu rosto.

— O que foi? Você quebrou alguma coisa? – Perguntou, desconfiado, logo neguei em resposta. – Conseguiu um emprego? – Assenti freneticamente, ainda sorridente. Lhe abracei, estava feliz por ter conquistado a vaga. – Parabéns, Jin. – Me parabenizou, sem muito ânimo.

— O quê foi, Hope? – O questionei, me separando dele.

— Onde você vai trabalhar?

— Na peixaria do porto. É fácil chegar lá, até dá para ir a pé.

— Até quando você vai trabalhar nesse lugar?

— Ora… até me aceitarem.

— E o bebê? Você vai levá-lo para essa peixaria quando ele nascer?

— Não, Hope. Quando ele nascer eu vou dar um tempo no trabalho.

— Pelo menos isso. – Ele disse, já perambulado pela casa.

— Por que está sendo ríspido comigo? Eu não fiz nada…

— Eu não estou sendo ríspido contigo. – Ele disse, voltando sua atenção para mim.

— Está sim! Hope… você parece se importar muito mais com ele do que comigo as vezes. Isso tem me chateado. – Confessei, com a voz pouco trêmula.

— Jin, você está chorando? – Perguntou, incrédulo. Meus olhos marejavam, estava me esforçando para não deixar nenhuma lágrima cair. Não sei por que estou desse jeito, mas o fato de ele se importar mais com o bebê do que comigo me incomoda, me entristece. – Jinnie, eu me importo com ele tanto quanto me importo contigo. – Hoseok disse, rindo e me abraçando.

— P-por que você está rindo? – O questionei, soluçando.

— Porque as mudanças bruscas de humor já estão começando. – Me respondeu, ainda rindo baixinho. – Peço que me desculpe se fui ríspido contigo, prometo não ser mais, ok? – Me perguntou, logo assenti em resposta, com um bico ainda formado nos meus lábios. – Se você continuar com esse biquinho fofo, eu vou mordê-lo. – Ameaçou. Eu continuei com o bico… e não é que ele mordeu mesmo.

— Ai! – Resmunguei.

— Quer que eu dê um beijinho para sarar? – Me perguntou, sorridente. Dei de ombros e, novamente, formei um bico. Por algum motivo, me sentia muitíssimo bem quando recebia a sua atenção. Hoseok me pegou no colo.

— Aaah! – Comecei a gritar meio a risos enquanto estava nos seus braços. Ele, cuidadosamente, me deitou no sofá e começou a fazer cócegas em mim. Não deu em outra… comecei a rir. – Para, Hope! – Pedi, ainda gargalhando.

— Pronto, era só o que eu queria ver.

— O quê? – Perguntei, risonho.

— O seu sorriso. – Me respondeu, sorrindo fechado. Me aproximei dele lentamente e dei-lhe um selinho. Instantes depois: saí correndo pela casa. Não demorou e ele correu atrás de mim, gritando, dizendo que eu não podia me esforçar, que dirá correr. Ele conseguiu amenizar o meu constrangimento me fazendo rir, Hoseok sabe mesmo como lidar comigo.

 


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