Mero Professor Mpreg escrita por AloisFox


Capítulo 7
VII Ohana




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~Semanas mais tarde~

1 mês e três semanas

Pov’s Hoseok

— Eu não acredito que você vai fazer isso.

— Eu disse a você que não quero essa criança. Estou repetindo isso desde o dia que descobri carregar ela.

— É um bebê!

— Você não precisa ir? Está atrasado. – Arregalei meus olhos ao ver o horário no relógio.

— Eu vou… mas é bom que você não beba enquanto eu estiver fora. Quando eu voltar quero conversar contigo.

— Se eu beber, que diferença isso vai fazer? Ele vai morrer amanhã, Hoseok. Você sabe que nada me fará mudar de ideia.

— Não beba. Você nunca teve esse habito, eu sei que o álcool não te faz falta. Você só está bebendo porque quer prejudicá-lo, eu sei. – Disse e ele deu de ombros. – Tenho te oferecido casa, comida e roupa lavada. Apenas não beba, é o que eu peço como “pagamento”.

— Quem lava as roupas sou eu! Inclusive as suas.

— Isso não interessa. Você está na minha casa, a única coisa que eu exijo é que você não beba. – Ele ia argumentar, mas antes que abrisse a boca, falei primeiro. – Quer voltar pro seu apartamento? – Ele arregalou os olhos e se calou. Saí de casa e fui até a estação, ultimamente eu tenho ido de metro pro trabalho. Eu descobri que o Jin planeja ir amanhã a uma clínica clandestina abortar o bebê. Quase tive um ataque do coração quando cheguei em casa e ele estava conversando com o “médico” pelo celular. Eu sei que o filho não é meu, mas não consigo ver Jin panejando o assassinato de um bebê e ficar só observando. Eu conheço o Seokjin e sei que ele não é assim. Ele está agindo por impulso, e se realizar o aborto não tem mais volta. Sei que ele vai se arrepender se fizer isso. Quando cheguei ao escritório, fiz tudo o mais rápido possível. Me restou uma hora até que o meu expediente acabasse. Pesquisei e separei alguns vídeos e documentários que achei na internet. Eu preciso mostrar a ele toda brutalidade de um aborto. Jin está sensível ultimamente, o que facilita as coisas.

— O que você está pesquisando? – Perguntou o supervisor, pouco apavorado quando viu parte do vídeo que eu assistia.

— Abortos. -Respondi, simplório.

— Meu Deus, Hoseok. Por que você está vendo uma coisa dessas? – Pense, Hoseok… pense.

— Uma amiga minha quer abortar o bebê dela. Eu não quero que ela faça isso, então… acho que se eu mostrar a ela como tudo é feito imagino conseguir convencê-la desistir.

— Poxa… boa sorte, cara. – Ele disse, dando tapinhas nas minhas costas.

— Obrigado. – Agradeci, antes dele se afastar. O que eu falei não deixa de ser verdade, se trocar do feminino para o masculino. Mas acho que se eu falasse que se tratava de um homem, ele não acreditaria… na verdade, poucos acreditariam. Separei mais algumas pesquisas e enviei para o e-mail do Seokjin. Ele não verá até eu chegar em casa, deve estar dormindo ou bebendo a essa hora. Peguei as minhas coisas e saí do escritório, já que o meu expediente havia chegado ao fim. Voltei de metro, demorei cerca de uma hora até chegar em casa. – Seokjin! – Chamei-o, no mesmo momento em que abri a porta de entrada.

— Meu Deus do céu, Hoseok. Você quer abortar essa criança antes do previsto? – Perguntou, logo ri sem humor.

— Bela piadinha. Sente-se no sofá e pegue o notebook.

— Por que está falando desse jeito comigo? Eu não bebi…

— Apenas faça o que mandei. – Ele bufou e fez o que mandei, mesmo que a contragosto. – Abra o seu e-mail.

— Isso aqui é exercito agora?

— Vamos logo…

— Meu Deus! O que é isso? – Me sentei ao seu lado no sofá e peguei o notebook das suas mãos.

— Você vai olhar cada um desses vídeos comigo.

—Não!

— Sim, você vai. É isso que vai acontecer com o bebê. – Disse, dando play no primeiro vídeo. Aquilo era realmente perturbado, eu não queria ver… e tenho certeza que ele também não. Depois de alguns minutos/vídeos, Jin começou a se sentir realmente desconfortado.

— Para! Já chega, Hoseok.

— Vamos continuar… não é isso o que você quer pra ele?

— Hoseok… p-para. – Pediu, com lágrimas nos olhos. Me mantive firme, não pararia para abraçá-lo ou consolá-lo enquanto ele não desistisse de abortar. Me apertava o coração torturá-lo dessa forma, mas se eu não fizer isso, a criança será torturada e morta amanhã.

— É isso o que vai acontecer com o bebezinho que você carrega, Jin. Vão despedaçá-lo até a morte. Ele vai ficar com tanto medo quanto você naquele dia. – Jin sabia bem do dia que me referia. Sim, o do estupro. – Ele tentará lutar pela própria vida como aquele bebê do vídeo. – Disse, me referindo a um dos vídeos, esse em que o bebê dava chutes na tentativa de afastar a pinça que o desmembraria antes de degolá-lo.

— Hoseok, para… por favor.

— Amanhã ele não vai conseguir pedir pra pararem, Jin. Você já pensou nisso?

— Já chega! Eu não vou abortar. Tira disso. – Sorri, vitorioso. Consegui o que eu queria! Fechei o notebook e o coloquei sobre a mesinha de centro. Abracei Jin, que continuava chorando.

— Calma… se ele não vai passar por isso então está tudo bem.

— P-por que se preocupa tanto com ele? – Ele me perguntou e eu pensei por alguns instantes.

— Porque ele é meu sobrinho. – Disse, sorrindo fechado. Jin desfez o abraço e olhou para mim.

— Ele não terá um pai, Hope. Talvez ele nem me intitule com…mãe?

— Ele vai sim, você será o omma Jin dele. Essa criança terá nós como família, Jin. “pai” É só uma palavra que com o tempo vai ganhando significado, já “amor” é uma palavra que tem significado concreto para nós… três. Eu amo esse bebê e amo você, Jin. Tenho certeza que ele ama você também, só falta você amá-lo para nós sermos uma família. Mesmo que eu não tenha relação sanguínea contigo ou com ele… você lembra do que o Stitch dizia ser “família”? – Ele negou em resposta, fazendo um bico. – “Ohana, quer dizer família. Família, quer dizer nunca mais abandonar…”

— Ou esquecer. – Concluiu ele, rindo e limpando suas lágrimas. Sorri fechado e beijei a sua testa. Aproximei minha mão do seu abdômen, esse que tinha pouco volume… quase nada. Jin levantou sua camisa até a altura do peito, pegou com delicadeza a minha mão e a colocou sobre o seu ventre. Acariciei a região, sorridente.

— Não se preocupe, pequeno. Eu vou convencer o seu omma a te amar. Na verdade, ele já te ama… só não se deu conta disso ainda.


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