Mero Professor Mpreg escrita por AloisFox


Capítulo 3
III Ajuda




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Pov’s Hoseok

— M-me ajuda… p-por favor, Hoseok… me ajuda.

— Jin? O quê foi? Você está chorando?

— M-me ajuda…

—Jin, fica calmo. Eu não estou entendendo nada.

— E-eles me estupraram.

— O quê?! – Eu estava trabalhando no escrito, mas assim que ele me disse… levante-me da cadeira e o questionei quase que gritando.

— Me ajuda… eu não paro de sangrar, está doendo.

— Onde você está?

— Hoseok! Fale mais baixo, você está em local de trabalho. – Pediu meu superior.

— Me Desculpe, senhor. Eu preciso ir.

— O quê?! Por quê?

— É o meu amigo, senhor. Ele precisa de ajuda.

— Seu amigo pode esperar.

— Hope… por favor. – Jin se manifestou.

— Não, senhor. Ele não pode esperar. – Disse, pegando as minhas coisas e saindo do escritório enquanto mantinha Jin na linha. – Onde você está?

— Em casa. Por favor… venha logo. Eu estou com medo de que eles voltem.

— Fique calmo, eu já estou indo. – Disse, fazendo sinal para o primeiro táxi que vi.

— Não… por favor não desliga. Eu não quero ficar sozinho.

— Para onde? – Perguntou o motorista, logo lhe informei o endereço.

— Jin, eu preciso desligar agora. Fique calmo, está bem? Eu logo estarei aí contigo. – O informei e encerrei a chamada, antes que ele pudesse argumentar. Não queria que outras pessoas soubessem, eu estaria expondo ele. O percurso até a sua casa não era longo, por isso não demorei para chegar. Paguei o motorista e fui depressa até o elevador. O porteiro já me conhecia, por isso não me impediu de subir. Fui até o apartamento de Jin e bati na porta antes de abri-la. Para minha surpresa, ela não estava trancada. Assim que adentrei no apartamento, vi que a casa estava destruída. – Jin?! – Chamei por ele, que não respondeu. Tomei liberdade e andei até o seu quarto… banheiro. O encontrei sentado no chão, onde haviam manchas de sangue. Jin estava encolhido, ele tremia… abraçava a si mesmo enquanto cruzava cada vez mais os joelhos na tentativa de se aquecer. Era deplorável o seu estado, ele dormia meio a água fria no chão. Desliguei a torneira da banheira e o cobri com o meu casaco. Tentei pegá-lo no colo, mas nesse mesmo momento ele acordou e me afastou.

— N-não… não! – Ele gritou, se encolhendo ainda mais.

— Jin, sou eu. Fique calmo. – Disse, me aproximando novamente. Assim que ele se deu conta de quem eu era, me abraçou.

— Hope… eles fizeram… eu não queria.

— Quem fez, Jin?

— Eles… Yoongi e Taehyung.

— Mas quem são esses?

— São meus alunos. – Franzi o cenho, toda essa história é muito confusa.

— Você já ligou para a polícia?

— Não… eles deixaram um bilhete dizendo que voltariam se eu contasse.

— Eu vou ligar…

— Não!

— O quê?! Mas nós precisamos ligar…

— Eu não quero.

— Jin, para com isso. Nós precisamos ligar para polícia. – Ele não falou nada, apenas negou com a cabeça.

— Se você fizer isso… eles voltarão.

— Não, Jin. Eles… – Percebi que ele se encolheu e começou a chorar. Acho que Jin só precisa do meu apoio agora… antes de qualquer coisa. Suspirei, me ajoelhei no chão e limpei as suas lágrimas. Ele me abraçou novamente e soluçava sobre meu peito como nunca antes. – Você precisa vestir alguma coisa… está frio. – Ele não me respondeu, mas permitiu que eu o pegasse no colo e o levasse até seu quarto. Notei os lençóis sujos de sangue, então me perguntei se fora ali que tudo aconteceu. Peguei uma toalha no armário e sequei primeiro o seu rosto, fui secando o seu corpo até chegar aos seus pés. O vesti com a roupa mais quente que encontrei e depois troquei os lençóis da sua cama. Esperei ele dormir, mas assim que me afaste… ele segurou um de meus pulsos e pediu para eu ficar. É claro que eu não iria deixá-lo só, apenas arrumaria a sua casa enquanto ele descansava. Me deitei ao seu lado, Jin parecia carente… ou estaria ele com medo? De qualquer forma, permiti que ele dormisse abraçado a mim. Eu não consigo nem imaginar pelo que ele passou… mas suponho que tenha sido algo brutal, já que as suas feridas aparentam ser sérias.

~Tempo depois~

Assim que Jin adormeceu: eu comecei a arrumar tudo. Não consegui permanecer meio a bagunça. Não consigo entender o que leva alguém a fazer tudo isso… além de feri-lo fisicamente ainda quebram as coisas que ele conquistou com esforço, como a casa dele. Uma das coisas que estava em pedaços era um porta-retrato com uma foto nossa. Peguei o objeto (ou ao menos o que restou dele) e olhei a foto. Ela é tão antiga… acho que eu tinha nove ou dez anos nessa época. Jin sempre foi tão cuidadoso comigo… agora é a minha vez de cuidar dele.

— H-Hope?

— Jin…! Como se sente?

— Acho que… um pouco melhor.

— Eu fiz chá. Você quer? Pode ajudar a diminuir a dor. – Ele assentiu em resposta e se sentou à mesa.

— V-você não precisa arrumar isso… mais tarde eu ia dar um jeito em tudo.

— Eu não me importo em fazer isso pra você.

— Obrigado, Hope.

— Não precisa agradecer… eu só fiz o mínimo.

— Já está escurecendo. – Jin comentou, olhando pela janela sobre a pia. – Eu não queria ficar sozinho essa noite. Será que você pode…

— Amanhã é domingo, eu posso passar essa noite contigo.

— Obrigado. – Agradeceu, pegando com as duas mãos a xícara quente pelo chá que servi. Me sentei ao seu lado e bebi junto a ele.

— Você… sabe por que fizeram isso?

— Ambos foram reprovados. Eles me convidaram para sair, disseram que queriam conselhos. Eu aceitei. Acho que eles colocaram alguma coisa no meu café, já que no meio da nossa conversa eu me senti muito mal. Eles me trouxeram para casa e… a partir daí que tudo começou. Eu vi tudo, senti tudo o que fizeram comigo… mas não consegui reagir a nada.

— Então… foi por que eles foram reprovados? – Jin assentiu em resposta.

— Eles gravaram…

— O quê?!

— Ele gravaram tudo… eu lembro bem de quando um deles focou no meu rosto.

— Jin… nós precisamos falara para polícia. – Ele negou.

— Independente do que eles fizeram comigo e farão com esse vídeo… eu não quero que aquilo se repita. Você não sabe o quão horrível e humilhante foi, Hope. Aqueles dois simplesmente usaram o meu corpo… como se fosse um brinquedo. – Ele disse, melancólico, enquanto olhava para um ponto fixo… provavelmente relembrando o ocorrido. Jin de repente grunhiu e pôs ambas as mãos sobre os olhos.

— O que foi?

— Os meus olhos… estão doendo.

— Onde estão os teus óculos?

— Eles quebraram.

— Até isso? – Ri sem humor.

— Eu vou dar um jeito de comprar outro durante essa semana.

— Você parou de sangrar? Não quer ir ao médico?

— Eu não quero ir ao médico. O fluxo não está mais tão intenso, acho que logo vai parar.

— Sabe que não precisa ter vergonha disso, não é? – Ele riu sarcástico. – Jin… você foi estuprado coletivamente, não quis isso.

— Eu estou bem… eu acho.


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