Mero Professor Mpreg escrita por AloisFox


Capítulo 11
XI Singelo




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~Dia seguinte~

 

Pov's Jin

 

Assim que me acordei, olhei para o relógio. Ainda era cedo, 6 horas. Me levantei para fazer xixi, minha bexiga parece não segura mais que meio litro d'água. Ao menos tem um bom motivo para isso… o meu Cookie. Faltam 3 horas para eu vê-lo novamente, acredito que Namjoon fará um ultrassom, já que sequer conseguimos pagar pelas imagens do ultrassom que o outro médico fez. Sim, é cobrado um valor extra para a impressão das imagens, valor esse que não tínhamos condições de bancar. Isso me entristece, queria poder ter a primeira e talvez a única fotinho do meu bebê. Ainda não consegui assimilar que o Cookie tinha um irmãozinho. Simplesmente não conseguia me imaginar com dois bebês ao mesmo tempo. Não que fosse algo ruim… apenas surpreendente. Mais um pouco de sangue saiu quando voltei para casa ontem. Me apertou o coração tomar banho enquanto via as manchas vermelhas no chão. Olhei para o espelho sobre a pia e fitei ao meu próprio rosto, esse que tinha um semblante de cansaço estampado. Suspirei pesadamente e olhei para baixo, para o meu abdômen com pouco volume. Alisei a pequena elevação enquanto conversava com a mesma.

— Oi, Cookie. Você gostou do apelido que o tio Hope te deu? Eu espero que sim, biscoitinho. – Disse, rindo anasalado. – Você não vai nos deixar, não é? Você virá ao mundo e fará a nossa família muito feliz, n–não é? – Perguntei para ele, que eu sequer sabia se realmente podia me ouvir. Senti leve movimentação, logo arregalei meu olhos. O movimento fora tão singelo que não sabia se eu havia imaginando ou realmente sentido, mas, mesmo assim, sorri. É provável que o meu Cookie esteja realmente me ouvindo.

— Jinnie, o que foi? Por que está de pé a essa hora? – Ouvi a voz pouco rouca de Hoseok, que esfregava os olhos como uma criança.

— Hope, eu acho que o Cookie se mexeu. – Disse, animado.

— Como assim? Você está sentindo alguma dor? – Me questionou, preocupado.

— Não, não foi como as dores que eu senti ontem. Eu acho que ele chutou.

— Mas você só está com 10 semanas.

— Eu sei, mas…

— Ainda é muito cedo para isso, Jinnie. Tem certeza de que não é nenhuma dor? – Assenti em resposta, logo ele suspirou, aliviado. – Venha, vamos voltar para cama.

 

~Tempo depois~

 

Não consegui mais dormir, estava ansioso pela consulta. Já eram 7 e meia, então acordei o Hope para nos arrumarmos e logo irmos ao hospital. Tomamos café da manhã enquanto esperávamos o táxi chegar. O dia estava bonito, o sol raiava. Quando chegamos ao hospital, tivemos que aguardar na sala de espera. Falamos com a recepcionista mas ela disse que não tinha nenhum horário agendado para as 9 horas. Me deu um arrepio na espinha, já que eu sabia que precisava começar o quanto antes em um tratamento. Mandei uma mensagem para o Dr. Namjoon, esse que não me respondeu, mesmo depois de meia hora. Eu e Hoseok estávamos sem muita esperança, já que se passava das 10 horas. Desanimados, saímos do hospital. Estava com raiva daquele homem, era como se ele tivesse me dado esperança mas no fim só quis me sacanear. Estávamos quase entrando no táxi, foi quando ouvimos uma voz familiar.

— Seokjin, eu estou aqui!! – Ele gritou, abanando para mim. No meio do caminho: ele caiu de cara em algumas mudas que estavam no canto da calçada. Ri da cena, mesmo sabendo que eu não deveria fazer isso. Fui até ele o ajudei a se reerguer.

— Você está bem? – Perguntei, limpando o seu rosto. Ele me afastou e cuspiu um pouco de terra preta que tinha na boca.

— Eu acho que nessa terra tinha esterco. – Ele disse, limpando a boca com a manga do jaleco. Ri do sorriso que ele deu, já que ainda havia um pouco de terra na sua boca. – Me desculpe o atraso. Eu atropelei um cachorro e tive que levá-lo a um veterinário.

— Meu Deus! O bichinho está bem? – Perguntei.

— Está sim. O meu sobrinho deve estar brincando com ele agora.

— Você é meio desastrado. – Comentei, rindo.

— Nem me fale. Outro dia, fui levar meu sobrinho para o quarto e deixei ele cair no chão.

— Meu Deus… – Rimos juntos. Ouvi a buzina do táxi, logo voltei minha atenção para veículos. Hoseok me olhava sem saber o que fazer, provavelmente estava entre mandar o taxista embora e pagá-lo mesmo sem termos usado o serviço ou se fazer de trouxa e só mandá-lo embora, já que não tínhamos dinheiro para mais uma corrida. O dinheiro que tínhamos era escasso, por isso, antes de sairmos de casa, cada moedinha era contada.

— Olha só, eu tenho um pouco de dinheiro aqui. Pode pagar ele com isso, já que eu causei esse transtorno. – Namjoon pegou minha mão e nela colocou um pouco de dinheiro. Não recusei, já que realmente precisávamos quitar a dívida com o taxista..

— Obrigado. – Agradeci. Fui até o motorista e o paguei. Namjoon esperou eu e Hoseok, então entramos juntos no hospital. Ele falou qualquer coisa à recepcionista e nos informou o que faríamos. Uma bateria de exames, incluindo um ultrassom. Estava um tanto receoso, não sabia se conseguiria pagar todos os exames. – Dr. Namjoon… eu não sei se tenho dinheiro para fazer todos esses exames. – Disse, um tanto acuado.

— Mas você não precisa pagar tudo hoje. – Ele disse. Não queria me endividar com o hospital, mas era algo necessário. Caso contrário, eu não teria nenhuma chance de salvar o meu Cookie. Assim que os exames foram feitos, Namjoon deu um jeito de agilizar os resultados. Demorou duas horas até que tudo estivesse pronto e ele me chamasse de volta para a sua sala. Com os resultados em mãos, ele os analisou. O último exame que fizemos foi o ultrassom que, mais uma vez, hipnotizou eu e Hoseok. Namjoon fazia tudo com extrema delicadeza, estava sendo muitíssimo gentil conosco. Assim que ele concluiu o ultrassom, limpou meu abdômen, enquanto parecia olhar para o mesmo, pensativo.

— Ele está bem? – Perguntei, um tanto preocupado.

— Por enquanto sim.

— O que quer dizer?

— O seu útero é pequeno de mais. O seu corpo não é bem estruturado para gestar um, que dirá dois, bebês.

— Você… acha que ele não vai sobreviver? – Ele se calou por instantes, parecia profundamente pensativo.

— Temos que arranjar um jeito de aumentar o tamanho a medida que o bebê for crescendo. Normalmente, o útero costuma ter bastante elasticidade, por isso, o bebê cresce e não é prejudicado. Digamos que, quanto mais o bebê cresce mais o útero se expande. Mas isso não está acontecendo no seu caso. O seu, aparentemente, é rígido.

— Tem algum remédio para isso? – Hoseok perguntou.

— Não. Mas eu vou ver o que posso fazer, já que esse aparenta ser o único problema.

— Então… eu perdi o outro bebê porque ele não tinha espaço o suficiente para se desenvolver? – Namjoon assentiu em resposta.

— Você não sentiu dores dias antes de perdê-lo?

— Senti, mas pensei que fosse normal.

— Não é normal, Seokjin. Qualquer coisa que você sentir me fale, combinado?

— C-combinado. – Respondi, um tanto assustado.

— Eu tenho um amigo que é farmacêutico. Talvez ele possa me ajudar a criar um remédio especial para você.

— Obrigado, dr. Namjoon. – Agradeci e ele sorriu fechado. Quando estávamos saindo, Hoseok pediu para mim esperá-lo fora da sala, enquanto ele conversava com o médico. Não entendi por que eu não podia ficar junto, mas também não retruquei.

 

Pov's Namjoon

 

— Desculpe ocupar ainda mais o seu tempo. – Pediu.

— Sem problemas. Está tudo bem? Parece um pouco nervoso.

— Então… eu não sei como pedir ou falar isso, mas, sou praticamente obrigado.

— Diga…

— Eu e nem o Seokjin temos dinheiro para pagar qualquer remédio. Não sei quanto você cobraria por esse medicamento que se dispõe a criar junto com o seu amigo, mas, imagino que seja bastante caro, então não temos como te pagar agora. Mas, por favor… eu peço que confie em mim. Eu prometo pagar assim que conseguir juntar dinheiro. Sei que é difícil confiar em um estranho, mas, por favor… eu e o Seokjin queremos muito que essa criança nasça com saúde. – Não pensei que eles fossem tão carentes a ponto um deles praticamente me implorar ajuda. Não tinha certeza se me encontrava disposto a ceder do meu tempo e dinheiro para ajudá-los.

— Verei o que posso fazer. Te dou uma resposta assim que possível, ok? – Pensaria mais assim que chegasse em casa, talvez até trocaria uma ideia com Jimin.

— Por favor, doutor, eu imploro. – Ele disse, se ajoelhando no chão. Fiquei estático, ninguém nunca tinha se ajoelhado próximo aos meus pés ou implorado por ajuda dessa forma.

—Você não precisa fazer isso. –Me apertou o coração ver aquele homem de tal forma, estendi minha mão para ajudá-lo a se levantar. Ele estava implorado para que eu salvasse um bebê, seria desumano caso eu me recusasse. —Irei ajudá-los.


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