Mero Professor Mpreg escrita por AloisFox


Capítulo 10
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Pov’s Namjoon

 

E-eu estou bem… Namjoon. Este é o seu nome, certo? – Assenti em resposta.

— E o seu é…?

— Seokjin, Kim Seokjin.

— Por que está chorando, Seokjin? – Eles se entre olharam. Seokjin pareciam não querer falar o motivo. Mas o outro homem assentiu, como lhe desse permissão para ele falar.

— É o meu bebê… o médico disse que ele não passará dos três meses. — Como obstetra, já tinha ouvido falar de alguns casos de gravidez masculina. Mas nunca conheci ou acompanhei um caso assim.

— Você está carregando um bebê? – Perguntei, para me certificar. Ele assentiu em resposta e alisou seu abdômen, este que não tinha muito volume. — Você sabe de quantas semanas?

— 10 semanas. – Respondeu.

— Você veio hoje para fazer uma consulta de rotina? – Ele negou.

— Eram gêmeos, ele perdeu um dos bebês hoje. – Me respondeu, o homem sentado ao seu lado.

— Você é o pai? – Perguntei a ele, que negou em resposta.

— Q-quem me dera fosse. – Seokjin comentou, soluçando e limpando suas lágrimas.

— E o seu nome… qual é? – Perguntei, direcionando meu olhar a quem pensei ser o pai da criança.

— Jung Hoseok. – Respondeu.

— Seokjin, Hoseok… o que acham de virem amanhã, consultar comigo? Se eu realmente não puder fazer nada por esse bebê, prometo não cobrar a consulta. – Eles se entre olharam, esboçavam esperança através de um sorriso mútuo.

— V-você acha que ele pode sobreviver? – Me perguntou Seokjin.

— O que acha de eu te dar uma resposta concreta amanhã?

— Que horas você pode nos atender? – Hoseok perguntou, tão ansioso quanto Seokjin.

— Vou olhar na minha agenda assim que chegar em casa. Podemos conversar por mensagem, caso não se importem. – Não costumo me dispor a ter um contato tão informal com um paciente, mas acredito que esta consulta seja urgente. — Ambos aceitaram e Seokjin me passou seu número de celular. Me levantei do chão, já estava com dor nas pernas por ficar ajoelhado durante tanto tempo. Me despedi dos dois e saí do hospital, já que o meu expediente havia chegado ao fim há algum tempo. Fui até o estacionamento, entrei no meu carro e voltei para casa. Assim que abri a porta, vi meu sobrinho sentado no sofá, lendo um livro qualquer.

— Tio Namjoon! Como foi o dia hoje? – Perguntou ele, fechando o livro e o colocando sobre a mesinha de centro.

— Oi, Jimin. Foi bom.

— Você está bem, tio?

— Estou sim, só um pouco pensativo. – Respondi, me sentando ao seu lado no sofá.

— Por quê?

— Hoje, antes de voltar para cá, eu encontrei um homem no hospital.

— Waw… incrível! Então é esse o motivo pelo qual você está pensativo? – Perguntou, sarcástico.

— Ele está gestando um bebê.

— O quê?!

— Pois é…

— Isso é sério? Tipo… ele está… grávido? – Assenti em resposta. – Caralho! Eu posso ver ele?

— Deixa de ser mongol. Ele não é uma aberração… há muitos casos assim, seu babaca. Você me perguntar isso é o mesmo que me perguntar se pode ver uma mulher grávida. É a mesma coisa, trouxa.

— Meu Deus, tio. Que agressividade. O que foi? Você gostou dele é…

— Não, Jimin, eu fiquei com pena dele.

— Por quê?

— Meu colega de trabalho disse a ele que a criança não passará dos três meses. Ele parecia tão abalado… chorava tanto que chamou minha atenção.

— Coitado. Deve ser triste carregar um filho sabendo que irá perdê-lo. O que você planeja fazer?

— Eu peguei o número dele. Vou conferir se tenho um horário disponível amanhã e enviar uma mensagem a ele, para confirmarmos uma consulta. Quero tentar salvar a criança.

— Você acha mesmo isso possível?

— Por que não?

— Sei lá… um homem grávido não é normal. Você acha mesmo que ele pode gestar esse bebê até o fim da gravidez e dar a luz?

— Vamos descobrir. Farei o possível e o impossível por eles.

— Boa sorte. – Ele disse, aparentemente incrédulo.

— Obrigado. – Nos mantivemos calados por alguns instantes, olhando para as paredes do apartamento sem saber como dar continuidade a conversa. – Mas… e então… você vai voltar para o Canadá? Está de férias, não é? – Jimin veio para a Coreia concluir o ensino médio. Meu meio irmão trabalha no exterior, por isso não mora por aqui.

— Eu terminei meus estudos, tio Namjoon. – Arregalei meus olhos, pensava que ele tinha concluído o segundo ano, não o terceiro.

— Como assim? Mas você não tem 17 anos?

— Sim. Mas esse ano faço 18.

— Você vai ir embora então? – Perguntei, surpreso e receoso com a resposta.

— Era nisso que eu estava pensando. Eu não quero voltar ainda, mas o combinado que você e meu pai tinham era que eu ficasse aqui até concluir o ensino médio, não é? – Assenti em resposta. — Então… você se importaria caso eu ficasse aqui por mais um tempo?

— É claro que não! Você pode ficar, Jimin.

— Obriga…

— Mas você fica responsável pela limpeza da casa. – Disse, o interrompendo.

— O queeê? – Ri da cara que ele fez. Jimin não costuma e nem gosta de limpar a casa, por isso tive que contratar uma faxineira.

— É isso aí. Agradeça a mim por te fazer mais responsável.

— M-mas…

— Sem mas! Agora vai dormir. – O bom de ser dono da casa é que eu mando em quase tudo por aqui, inclusive no Jimin.

— Mas… tio. – Ele disse, fazendo bico.

— Ok ok… não precisa ir dormir.

— Dormir tudo bem. Eu só não quero é limpar a casa.

— Mereço… ok, não precisa limpar a casa. – Disse, logo ele começou a comemorar. Talvez eu seja um tio mole, mas me dá pena dele as vezes. Jimin perdeu sua mãe muito cedo, em um acidente de carro. A carinha que ele usa para me chantagear é a mesma que ele fez quando pequeno, no velório dela. Ele era tão pequeninho e indefeso que, mesmo que eu tenha só 10 anos a mais que ele, me prometi sempre cuidaria dele como se fosse meu filho.

 

~Tempo depois~

 

Assim que saí do banho, encontrei Jimin dormindo no sofá da sala, com o livro que lia sobre seus olho, como se fosse uma máscara de dormir. Eu estava exausto, mas, mesmo assim, tirei o livro do seu rosto, peguei ele no colo e o levei até seu quarto. O cobri com o cobertor e beijei sua testa. Para mim, ele continua sendo aquele garotinho de 5 anos. Fui até o meu quarto e me deitei na cama, fechei os olhos e pensei em tudo o que havia acontecido hoje. Arregalei meus olhos e saltei da cama ao me lembrar de Seokjin. Fui depressa até a sala e peguei minha agenda. Amanhã cedo tenho um horário disponível. Peguei meu celular e procurei o contato, assim que achei, enviei uma mensagem. Essa que dizia “Peço desculpas pela demora. Amanhã, às 9 horas tenho um horário disponível. Está bom para você?”. Mesmo já se passando da meia-noite, não demorou para ele me responder. “Está sim! Muito obrigado, Namjoon”. Senti um pouco de culpa por não ter feito isso antes, ele deve estar aflito. Afinal, se trata da vida do filho dele. Quando voltei a me deitar, passei a me questionar. Se Hoseok não é o pai da criança que Seokjin carrega, então eles não são um casal? Será que… Seokjin é solteiro? Não que eu esteja interessado nele. É só que ele é bem bonito e, aparentemente, legal. Já está na hora de desencalhar, Namjoon. Eu e Seokjin formaríamos um belo par. Meu Deus, não! No que eu estou pensando? Eu nem conheço ele.


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