Sorte ou Azar escrita por Isa imortalizada


Capítulo 17
Capítulo 17




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Eu sentia meu corpo dolorido, como se tivesse corrido uma maratona ou até mesmo um caminhão tivesse passado por cima de mim várias e várias vezes,talvez uma ressaca, mas não me lembrava de ter saído na noite passada, até mesmo abrir os olhos era uma tarefa difícil, mas me obriguei a abri-los, respirei fundo e estava pronta para enfrentar a realidade.

—Bom dia Bella adormecida! – disparou a loira sentada na minha cadeira de leitura

—que piada sem graça Rose

—dor de cabeça? -perguntou

—se você tiver um Glock ai com você, por favor, acabe com o meu sofrimento, acho que nunca mais vou beber.

—você acha que é ressaca? –disse tomando o seu café e me olhando divertida

—só pode ser nunca senti essa dor de cabeça antes

—são os efeitos depois de você ter tido a sua primeira concussão cerebral

— O que? –perguntei me sentando na cama

—Bella você não se lembra de nada?

— a única coisa que eu lembro é... Ai meu Deus Alice- disse me lembrando do que tinham acontecido, os flashes do banheiro, eu me atracando no chão com a Victoria, a pancada no espelho, o sangue, Alice presa na cabine, e Edward vindo em minha direção e eu apaguei, que ótima agente do governo eu sou.

—Calma esta tudo bem  

—Rose, como eu vim parar aqui? E Victoria? – perguntei assustada

—Graças a você Victoria Lefreve, uma das maiores assassinas de aluguel, esta sob custódia do governo, nada mal para sua primeira missão em campo, acho que você estava escondendo o jogo Bella, mas voltando a falar sobre Victoria ela nos deu algumas informações muito interessantes e que irão nos ajudar.

—E o que aconteceu com os outros?

—Alice está bem, e meu irmão não saiu de perto dela nem um seguindo, o menino Theo acho que ficou assustado, mas agora o professor...

— o que aconteceu com o Edward ele esta bem?

— Calma, ele esta muito bem, mas parecia um cão de guarda perto de você pelo que Felix nos contou e algumas imagens que conseguimos recuperar dos óculos, ele que te segurou todo o tempo até a ambulância chegar, foi difícil fazer com que ele te deixasse – disse se levantando e se sentando ao meu lado na cama.

—Bella, eu acho que ele realmente gosta de você, depois que tudo isso terminar acho que você deveria das uma chance para essa história.

—Rose eu... – foi quando o seu celular tocou e pelo sinal sabia que era alguém da agência

— Melhor você se levantar e se arrumar agente conversa na biblioteca, Devon acabou de chegar.

 - o que? Porque ele esta aqui? – perguntei sem entender

Ela se levantou da minha cama foi até a minha penteadeira e pegou a minha escova de cabelo, passou pelos seus fios e se virou para mim.

—vai se arrumar a conversa vai ser longa

Em menos de meia hora eu estava pronta, quer dizer apresentável, tomei banho e lavei meus cabelos, mas com todo o cuidado do mundo tinha levado cinco pontos na região atrás da orelha próxima a nuca, sorte que o meu cabelo longo cobria a fratura.

Se dias atrás eu soubesse que Devon estaria na minha casa, para ser mais exata na biblioteca pronto para ter uma conversa comigo não pensaria duas vezes e colocar uma roupa linda para aproveitar este momento e impressiona-lo.

Mas agora pelo contrario apenas coloquei o meu uma calça de moletom preta e uma blusa também preta me recusei a colocar tênis, mas minhas meias brancas estavam presente, afinal não iria sair de casa e não era ele quem eu queria impressionar.

Sentei-me no sofá e sem cerimônia estava pronta para ouvir qualquer que seja o assunto que iremos abordar naquela sala, meu Pai, Rose e Devon a tarde seria longa.

—Então qual é o assunto? – perguntei sem rodeios

— Bella, recebemos outra carta atentando contra a vida da Senhorita Alice, ela foi encaminhada para o gabinete do Sr. Cullen, o que diferente das outras é que descobrimos que a cabeça de Alice foi posta a premio na Deepweb, estão oferecendo um milhão e bitcoins, moedas criptografadas. – esclareceu Devon

—por isso Victoria foi atrás dela ontem? -perguntei

—Exato, a interrogamos e ela confessou que viu o anúncio.

—E agora o que fazemos?

—O Alec e a Jane e a nossa equipe de hackers conseguiram derrubar a pagina, e encontraram o pais do IP, esse anúncio foi feito na Itália, o que já é uma grande conquista quando estamos falando do submundo da internet, já pedi para uma parte da equipe cuidar disso.

— Eu tenho o contato pessoal da inteligência italiana Devon, acho que irei telefonar e ver o que eu consigo, já tive a oportunidade de conversar com o Embaixador Cullen e pelo pouco contato sei que ele preza pela família e pela sua nação, isso é admirável em um homem - disse meu pai voltando a seus tempos de Diretor.

—Charlie, seria de grande ajuda, até facilitaria para a equipe.

—irei resolver isso, no que estiver ao meu alcance para servir o meu pais irei fazer.

—admiro o seu patriotismo, sempre me espelhei no senhor– Devon Comentou.

— Obrigado Garoto, peço licença a você, mas tenho que realizar algumas ligações, depois que me aposentei cuidar da bolsa de valores esta sendo uma das minhas missões mais difíceis – disse se levantando da sua cadeira e o cumprimentado – fiquei a vontade. - e saiu da Sala.

— E o que eu faço agora, o disfarce pode estar comprometido? - perguntei

— iremos manter a segurança da menina como estamos fazendo até agora, a Agente Roselie ira manter a missão e você continua disfarçada. Mas redobraremos número  de seguranças 

— iremos mudar a equipe? -perguntei 

— não, só irei colocar alguns Seals, quero um atirador de elite  24 horas fazendo a segurança dela.  E Roselie, continue monitorando tudo e todos. Quero saber todos os passos da menina.

—Estarei monitorando, e encaminharei os relatórios todos os dias. - Garantiu a minha amiga em seu tom profissional

— Agente Rose, pode nos dar licença, quero conversar com a Agente Swan, em particular, seria possível?

—Sim Senhor, com licença. – Ela se levantou e ao sair fechou a porta

—Bella, estou impressionado.

—Com o que?

— nunca pensei que veria você em campo, estou orgulhoso – disse se sentando na mesinha de centro que estava a minha frente olhando diretamente para os meus olhos como se a nossa diferença de altura não importasse.

—obrigada

—você fez um trabalho excelente, conseguiu prender uma das maiores assassinas procuradas pela Interpol, sabe quantos crimes serão solucionados depois disso?

—não tenho a menor ideia

—vários Bella, com o DNA da Victoria no nosso banco de danos muitas famílias terão suas respostas e irão seguir em frente.

—Devon, ainda é surreal eu pensar que consegui proteger alguém fora do QG, eu sempre fiquei nos bastidores, mas nunca passou pela minha cabeça em estar em campo.

— È um sentimento novo né – deu uma risadinha

— Sabe eu não sei explicar o que eu estou sentindo é uma mistura de sentimentos muito grande, acho que eu nunca senti isso.

— Bella eu fico muito feliz e ver o seu crescimento profissional, eu acompanhei uma parte da sua vida, mesmo porque desde que eu entrei nesse ramo o seu pai me ajudou muito, apenas estou nessa posição graças ao seu pai que me ajudou e me tornou o agente que eu sou hoje.

—meu pai sempre acreditou em você

—eu sei, e é por isso que eu quero retribuir de alguma forma, eu acredito em você da mesma forma que Charlie acreditou em mim, eu não designei você para essa missão atoa, eu acredito que você pode ir além.

—Espero que eu consiga retribuir as suas expectativas

—eu sei que vai

—obrigada pelo voto de confiança

—que isso Bebê, e pensar que cinco anos atrás eu estava te ajudando com a prova de Direito Constitucional.

Logo que entrei na faculdade eu tinha um professor que era conhecido como “O Carrasco”, porque para os alunos do primeiro ano ele elaborava provas extremamente difíceis justamente para cortar aqueles alunos que não iriam aguentar a pressão, e em uma noite de sexta feira, estava debruçada em cima dos livros na mesa de casa, já deveria ter passado das dez da noite quando meu pai e Devon que na época era seu estagiário era normal vê-lo circulando pela casa, às vezes meu pai fazia a nossa biblioteca como a extensão da agencia, dependendo do caso ele não confiava em discutir em qualquer lugar, preferia leva-los até em casa e os discutir lá, eles entram pela porta, sempre achei ele lindo, mas ele era alguns anos mais velho.

—Boa noite bebê, ainda estudando a essa hora? – Sabe quando os pais tem a necessidade de fazer com que você passe vergonha na frente de pessoas bonitas, era isso o que ele estava fazendo nesse exato momento.

—Eu tenho prova de constitucional na segunda de manhã e essa matéria não entra na minha cabeça

—Quando eu estava na faculdade sexta noite era dia de sair com os amigos – comentou o loiro

—Devon, seu trabalho de conclusão de curso não foi em Constitucional? –perguntou meu pai

—Foi sim, Senhor – respondeu.

—Você se importaria de ajudar a minha filha com essa prova?

— por mim não tem problema

—então vamos fazer assim, em troca de ajudar a Bella, você esta de folga no fim de semana, o que acha?

— Serio?

—Sim, você ainda é jovem, e ser estagiário não é fácil, é uma fase que temos que passar para nos consolidarmos na carreira, eu sei que é difícil, aproveite esse fim de semana para descansar, irei para o escritório, fique a vontade.

Devon puxou a cadeira e se sentou ao meu lado direito já tirando o paletó e afrouxando a gravata, e subiu as mangas da camisa social branca até metade do antebraço.

—vamos lá, me mostra o conteúdo que você esta aprendendo – disse me olhando.

—tem certeza que ta tudo bem você me ajudar? Não quero atrapalhar sabe, posso me virar.

—ta brincando, eu consegui um fim de semana de folga por sua causa, o mínimo que eu posso fazer e te ajudar, depois que terminarmos você vai ir muito bem nessa prova.

E logo ele passou a me ensinar todo o conteúdo desde o começo, com a maior paciência que eu fiquei impressionada.

—posso te perguntar uma coisa?- ele perguntou

—pode – respondi curiosa

—porque todo mundo te chama de bebê, eu já vi vários agentes te chamando assim.

—e que como o meu pai sempre trouxe trabalho pra casa, desde pequena eu convivi com agentes federais, eles ate me deixavam brincar com seus coldres, era engraçado uma menina de cinco anos brincando com agente do governo e falando “presos em nome da lei”, ou os fazendo tomarem chá com as minhas bonecas, e acabou que me eu fui crescendo e eles continuaram a me chamar de bebê.

— e você não se importa?

—não eu acho que é uma forma carinhosa e já me acostumei

—bom eu quero me tornar um agente igual o seu pai, mas eu não gosto de tomar chá, mas se você quiser ajuda com alguma matéria pode falar comigo, Bebê.

E acho que foi ali que eu comecei a desenvolver o meu amor platônico por ele, hoje em dia começo a entender que era somente isso uma idealização minha.

—Hei eu tire dez naquela prova tá, e depois disso o professor virou o meu amigo.

—graças a mim né – disse o que fez com que nos dois ríssemos

Nossas risadas foram interrompidas com um roçar de garganta que veio da minha mãe, e logo atrás dela estava Theo, Alice e Edward.

—Querida você tem visitas, vou pedir para trazerem alguma coisa para vocês comerem-disse e se retirou indo em direção à cozinha.

As Expressões dos três eram conflitantes, Theo me olhava como se tivesse me pego no flagra, Alice me olhava divertida e seu irmão não tirava os olhos de Devon, e sua expressão não era das melhores.

 -Se cuida Bebê, depois conversamos – disse me dando um beijo de despedida na bochecha e depois seguiu em direção à porta, fazendo um simples gesto de cumprimento aos meus visitantes e foi embora.

—Oi pessoal-disse

—Belinha, Belinha não é fraca não, já ta de olho no caro de terno – Eu definitivamente tinha que apresentar Theo ao Emmett, esses dois devem ser irmão perdidos.

—Para Theo, você não viu que ela ainda ta abatida – interviu Alice.

—Obriga Alice – ela veio e se sentou ao meu lado, Theo logo se sentou no outro sofá e ao seu lado em frente a mim Edward se posicionou.

—Como você esta? –perguntou Alice

—acordei como se um caminhão tivesse passado em cima de mim varias e varias vezes, mas agora já estou melhor.

—Bella eu não acreditei quando eu vi você lutando com aquela mulher, onde você aprendeu aquilo? –perguntou minha amiga

— Bella, eu vi ainda um pouco do que aconteceu, você parecia àquelas lutadoras de rua. - disse Theo fazendo movimentos engraçados tentando imitar artes marciais

—Ah aquilo, eu sempre fiz aula Krav Magá é defesa pessoal que tem origem das brigas de rua e são golpes mais precisos e letais para imobilizar o seu oponente.

—nossa que legal-disparou Theo

—mas depois do que aconteceu na lanchonete meus pais querem que eu ande com mais um segurança, tudo bem pra vocês?

—Fica tranquila amiga, sua segurança em primeiro lugar – concordou Alice, se ela soubesse que a segurança dela que estava em primeiro lugar.

—obrigada

— e como esta o corte na nuca? Perguntou aquela voz que me fazia ficar estática e se eu pudesse ouviria todos os dias seria o meu paraíso pessoal.

E por alguns instantes ter seus olhos em mim me fez repensar na minha escolha de roupa, deveria ter me vestido melhor.

—levei cinco pontos, e tive uma concussão cerebral pela pancada no espelho, mas logo eu me recupero – virei o meu rosto para a direita e levantei o meu cabelo para mostrar a fratura.

 —Bella você viu a..., me desculpe não sabia quem era a sua visita, pensei que era o Devon – disse minha irmã entrando sem bater na biblioteca e ficando vermelha ao ver os três ali na sala.

—Velentina, deixa eu te apresentar, essa é a Alice a minha amiga da escola, o Professor Cullen irmão dela, e o Theo meu amigo.

Quando eu olhei para o Theo ele estava simplesmente petrificado, não conseguia piscar e nem tirar os olhos da minha irmã, ai meu deus, eu já vi esse olhar antes, minha irmã deve ter percebido, pois ficou tímida de repente, parece que o senhor cupido anda nos rondando.

— Eu já te vi antes, foi você que derrubou pipoca em mim no ultimo jogo – declarou Tina.

—De..De..sculpa – gaguejou o menino

—tudo bem, já passou como você é amigo da minha prima é meu também – declarou – eu vou trazer o suco que a minha mãe fez pra vocês – disse se virando.

—você precisa de ajuda? –ofereceu Theo já se levantando e indo em sua direção com uma face muito vermelha

—eu agradeceria – e os dois saíram porta a fora

Eu olhei para Alice e ela para mim e automaticamente caímos nas gargalhadas, definitivamente a flecha do cupido atingiu mais um casal.

—ta isso foi esquisito

— é possível o Theo ser gentil, gaguejar e ficar vermelho tudo ao mesmo tempo? – perguntei entre risadas

—pelo jeito é sim, mas Bella onde fica o banheiro?

—saindo dessa sala, virando a esquerda é a ultima porto no fim do corredor-disse.

—obrigada eu já venho – declarou

Assim que ficamos sozinhos Edward não tirava os olhos de mim

—você esta bem mesmo?

—sim, estou, fiquei sabendo que você me ajudou enquanto eu estava inconsciente, muito obrigada.

E quando eu menos esperava ele estava sentado ao meu lado.

— eu fiquei desesperado quando vi aquele chão cheio de sangue e você desmaiando no chão daquele banheiro, eu só não fui até o hospital porque o seu motorista chegou e não me deixou entrar na ambulância.

—eu sinto muito, Felix é super protetor.

—Desculpa pela pergunta, mas esse cara que acabou de sair é o seu namorado?

—eu não namoro, mas Devon é uma pessoa especial pra mim, ele já me ajudou muito.

—entendo – e o silêncio sepulcral se instalou na sala por alguns instantes e foi quebrado por Edward.

—Bella, ontem eu percebi que as coisas acontecem de uma forma inexplicável e se tivesse acontecido algo pior com você eu nunca iria me perdoar pela forma que eu venho te tratando, então me desculpe pelo o que eu vou fazer agora.

Então sem entender, ele me beijou, o beijo começou lento, diferente do outro que ele me deu naquela noite da boate, ele me segurava com cuidado extremo como se eu fosse quebrar a qualquer momento como um vidro, nós me permitimos de alguma forma a viver aquele exato momento, e era tudo o que eu precisava.

Quando o beijo terminou nos olhamos e ele se afastou me senti um pouco vazia sem suas mãos em mim

—como eu disse, eu não vou pedir desculpas.

—eu não iria querer que você fizesse isso

—eu sei que é tudo novo, você tem a idade da minha irmã, deve estar confusa.

—não é bem assim, você mexe comigo.

—eu gosto de você desde o primeiro dia de aula, tentei evitar isso, nunca agi impulsivamente como agora, mas um amigo me disse que eu penso demais nas coisas, então se seguimos com isso, eu largo a Trinity não quero que você seja taxada.

— Eu posso te pedir um tempo?

—Claro, e ainda tem o fator idade, eu sei que é muita coisa pra você assimilar.

Quando eu ia responder minha irmã e Theo entraram na sala e logo atrás deles veio Alice rindo animadamente de alguma coisa que o menino Theo disse, eles se sentaram e engataram uma conversa animada sobre jogos do colégio e a disputa das escolas sobre quem iria vencer o campeonato, Alice logo entrou no assunto perfumes e ate convidou Tina para ir até a sua casa para fazerem uma fragrância exclusiva.

Nesse meio tempo eu não fiz contato com o irmão da minha protegida, somente estava de corpo presente naquela conversa, porque meus pensamentos voaram para o que ei iria fazer, não quero entrar em um relacionamento cheio de mentiras, e nem fazer com que ele desista de seus sonhos por mim, mas eu estava feliz de saber que ele gostava de mim, assim como eu gostava dele, eu só não sabia se toda essa situação era sorte ou azar.


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