Opposing Loves escrita por another girl


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oioi! Obrigada a todos que comentaram! Espero que gostemm



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/753172/chapter/2

— E então? – Perguntei, arqueando as sobrancelhas quando chegamos na parte externa do prédio do colégio.

— Eu sei que você odeia o fato de eu e Perseu não nos darmos tão bem, mas dessa vez é compreensível que concordemos que ele que começou a briga, né? – Falou ele.

Olhei para Luke de boca aberta. Eu não estava acreditando nisso.

— Por favor, me diz que você está brincando, ou testando minha paciência. – Pedi, me controlando para não enforcar aquela cara cínica.

— Hã? O que foi? Foi ele que começou, pode perguntar a qualquer um!

Era impressionante a forma como eles eram tão diferentes um do outro. Enquanto Percy fez de tudo para ficarmos bem, se desculpando, não pondo culpa em ninguém, preocupado apenas comigo, Luke estava sendo um total babaca, se preocupando apenas em salvar a própria pele.

— Como você consegue ser tão escroto, Luke? – Perguntei irritada. – Você só pensa em si mesmo! – Gritei e virei as costas para ir embora.

Ele puxou meu braço colando em mim, numa distância perigosa.

— Ainda estamos falando da briga minha e do Perseu? – Ele perguntou, colando nossas testas.

Droga. Nisso ele tinha razão. Minha mágoa pela briga se juntou a uma mágoa anterior. Uma ferida ainda aberta.

Eu e Luke tínhamos algo.

Não era um relacionamento. Não mesmo. Tinha rolado um beijo uma semana atrás, e no outro dia ele agiu totalmente normal e indiferente ao evento anterior. Como se nada nunca tivesse acontecido. Como se não significasse nada.

— Se afasta, Luke. Por favor. – Pedi baixinho. Ele pareceu magoado, mas ainda assim o fez.

— Desculpa. Por tudo. — Ele falou, e eu soube que ele não falava apenas da briga também. – Eu sei que não tenho sido bom para você ultimamente, mas não quero você longe da minha vida. Não quero que as coisas mudem.

Respirei fundo. Eu entendi o recado.

— Tudo bem, Luke. – Falei, tentando me manter firme. – Eu já entendi. Agora tenho aula, nos falamos depois.

Não dei a ele uma oportunidade de resposta e saí de lá o mais rápido possível. Eu estava magoada demais para ficar perto naquele momento, eu precisava da única pessoa que saberia o que me dizer nesse momento.

POV Percy Jackson

Percy? – Uma voz fraca chamou atrás de mim, enquanto eu arrumava uns materiais em meu armário.

— Annabeth?! – Respondi, preocupado. – O que aconteceu?

— É o Luke. De novo. – Ela suspirou triste e cansada.

Eu sabia sobre como ela se sentia confusa a respeito dele. E eu odiava isso.

— O que aconteceu dessa vez? – Perguntei sem nada verdade estar interessado nas palavras que seriam amargas para mim. Já era rotina ouvir Annabeth falando sobre Luke desde que eles deram um beijo.

— Ele... Ele quase me beijou novamente. – Ela disse, sentando-se no chão do corredor. – Pedi para ele se afastar e ele disse que não queria que as coisas entre nós mudassem. Eu estou tão confusa!

— Annie... É o Luke. Você sabe como ele é. Ele sempre foi assim. Evasivo. Não mudou, e nem vai.

— Eu sei... – Sua voz fraquejou, e eu soube que ela estava com vontade de chorar. Droga. Luke é um babaca.

— Ah loira, quer saber de algo? Talvez ele só esteja apavorado com a ideia de um compromisso. Digo... levando em consideração que é o Luke, ele te beijou, mas sabe que ele não é bom o suficiente para você. Ele viu que você é especial, mas ele não estava pronto pra uma mudança radical. – Inventei, tentando fazer ela se sentir melhor.

Só Deus sabe o quanto eu odeio ver aquela garota sofrer. Eu sou patético e idiota, eu sei. Estou de certa forma “ajudando" aquele retardado loiro, pra evitar ver a garota que eu amo chorar.

— Você acha mesmo? – Ela perguntou, parecendo esperançosa.

— Claro, Annie. – Menti.

— Tudo bem. Vamos para aula. – Falou, se recompondo.

Concordei com a cabeça.

— Ah, e Percy?

— Oi.

— Você é o melhor. Obrigada por ser um bom amigo. Te amo.

Aquilo provavelmente deixaria alguém feliz, mas esse alguém definitivamente não sou eu. Eu estava despedaçado.

— Estarei aqui sempre que você precisar, Sabidinha. Também te amo.

E me levantei, esticando a mão para ajuda-la.

Cara. Eu queria chorar. Queria muito. Quantos caras iam precisar quebrar o coração dela pra que fosse percebido que o cara certo sou eu? O pior: eu não tinha coragem pra tentar mudar isso. Melhor tê-la como uma amiga, do que não tê-la em minha vida.

Luke era um sortudo desgraçado. Ele gosta dela, eu sei, mas ele não é homem o suficiente para assumir um relacionamento, e isso estava magoando Annabeth.

— Você tem aula do que agora? – Perguntei assim que ela se levantou.

— Artes. – Ela disse.

— Quer ir para o nosso cantinho e ouvir minha playlist nova de músicas tristes?

Ela sorriu. Annabeth sabia que aquele era meu modo de mostrar que eu me importava, e que faria de tudo para vê-la melhor. Minhas músicas não eram algo que eu costumava compartilhar, nem mesmo com ela.

— Vai ser um prazer, Pers. – Ela disse e nós fomos para baixo das arquibancadas. – Mas me fala sobre você. Eu venho te enchendo tanto com meus problemas que nem te dei oportunidade para falar o que está acontecendo na minha vida.

— Primeiro: Ouvir você nunca vai me encher. Segundo: Minha vida é chata, Annie. Nada nunca acontece.

Ela riu.

— Vamos, Percy. Me diga.

— Mas eu tô falando sério! – Exclamei, procurando minha playlist no Spotify, ela me olhou feio. – Tá. Eu terminei How I Met Your Mother pela segunda vez, peguei uma onda gigante com meu pai e zerei um jogo novo no PlayStation.

— Percy, se eu te visse na rua eu nunca diria que você é um surfista. – Ela riu.

Era verdade. Eu não era bronzeado, não tinha todo aquele jeitão de surfista, sempre de touca, jaqueta. Eu parecia ser tudo, menos um amante da praia.

— Nem eu. – Ri junto, e ofereci meu fone.

Nós ficamos lá sentados por todo o horário. Em determinado momento ela me fez uma pergunta um tanto quanto curiosa.

— Percy? – Ela me chamou.

— Oi.

— Por que você nunca apareceu com uma namorada, ficante, alguém que gostasse ou sei lá depois da Rachel? – Annabeth perguntou.

Ops. Assunto delicado. Não respondi.

— Você ainda gosta dela?

— O que? Não! – Exclamei. – Na verdade, acho que nunca gostei, Annie. Foi um erro.

— Um erro que durou oito meses. – Ela riu. – Você nunca me disse o motivo pelo qual terminaram e ela te deu um tapa no meio do refeitório.

Minha história com Rachel foi complicada. Ela era uma daquelas típicas garotas ricas que comandam as líderes de torcida, esnobam e destratam todo mundo. Mas aí vocês se perguntam “então por que raios tu namorou com ela?”. Bem um dia eu encontrei Rachel chorando na praia, então eu fui lá e conversei com ela. Ela desabafou, me contou tudo, viramos amigos, ela se tornou uma pessoa melhor e um dia ela me beijou. Nessa época eu já sabia o que sentia por Annabeth, e quando eu estava com Rachel não pensava tanto nisso. Pensei que eu estava sentindo algo. Namoramos por meses, até que um dia percebi que eu só sentia por Rachel um grande carinho. Terminei com ela e a ruiva não reagiu bem.

— O motivo foi esse, eu não gostava dela dessa maneira e percebi tarde demais. Ela se apaixonou por mim, e quando eu falei que não senti o mesmo ela passou a acreditar que eu estava apenas iludindo ela por todo esse tempo, mas juro que nunca foi a minha intenção. – Suspirei, triste.

— Ah, entendi. – Ela assentiu. – Mas você nunca comenta muito sobre sua vida amorosa. Não tem ninguém?

Eu queria falar, mas sabia que não podia. Annabeth gostava de Luke, e todo esse lance de misturar amizade com algo a mais que estava deixando ela triste desse jeito. Ela e Luke estavam distantes, tensos, se eu falasse como eu me sentia ia acontecer a mesma coisa e nesse momento ela precisa de mim como um amigo.

— Até tem, mas não temos nada, e provavelmente nunca teremos. – Ri sem humor.

— Por que diz isso?

— Ela não gosta de mim desse jeito. – Ela ia retrucar, mas interrompi. – E nem adianta falar nada, ela vive me falando sobre outro cara, ela gosta dele.

— Percy, olha. Talvez ela só precise de um incentivo, você é um cara incrível e todas as garotas desse colégio babam por você, tu é um sonho! – Disse Annabeth. – Antes de Luke me beijar eu te juro que nunca pensei nele como nada além de um amigo. Mas depois que ele me beijou, comecei a ficar confusa e comecei a ver ele de outra forma.

Olhei tristemente para ela.

— É, talvez você tenha razão. Mas agora não, ela precisa de mim como um amigo nesse momento.

— E quem é? – Seus olhinhos me analisavam curiosos.

Eu ri. Só os deuses sabiam o quanto eu queria falar e tentar fazer com que ela me visse de outra maneira, mas por enquanto não. Eu não podia ser egoísta com ela.

— Quem sabe um dia eu te conte...

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

comentem o que acharam!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Opposing Loves" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.