Você nunca sabe o que é querer algo, desejar algo, até o conhecer, o provar. Nunca vou esquecer do dia em que a conheci, do dia em que nossos olhos se cruzaram, do dia em que simplesmente comecei a deseja-la.

Sua voz firme, seus olhos cinzas penetrantes, seu corpo repleto de curvas, sua boca delicada, mas carnuda, sua atitude invejável, sua superioridade até um pouco irritante, mas podemos dizer que ela não está completamente errada, ela sabe do que é capaz e infelizmente ou felizmente é muito.

 Talvez eu esteja faminto, faminto para ter mais do que simplesmente um olhar, uma breve cordialidade, algo que faça com que ela pense em mim sem ser quando estou parado a sua frente, algo que faça a deusa da sabedoria ficar confusa, eu preciso de mais e mais. Mas não consigo ter, e isso deixa minha boca sedenta e me faz agir de uma maneira talvez impensável, mas o único jeito de eu ser mais do que simplesmente mais um homem que ela ignorou, eu a irrito.

Ver sua mente perdendo a razão, sua postura desmoronando, mesmo que seja para gritar comigo, apesar de eu apenas querer a ver se perder de outra maneira, eu faço o que consigo, e quando simplesmente quero a olhar eu olho, pois estou faminto por mais do que simplesmente o que eu tenho.

E infelizmente eu só posso deseja-la, nada mais, nada menos! E assim continuarei, faminto, de uma fome que ela não sacia, mas não me mata, uma fome que eu tento procrastinar, sem resultado e que ela, nem ninguém, nunca poderá saber que existe.

Poseidon