Sensações - A filha de Snape escrita por Caah


Capítulo 4
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hello!

Capitulo 3!!!

Peço desculpas desde já, pelo Severo não aparecer TANTO assim, nesse capitulo (pelo menos não tanto quanto eu gostaria), mas estou tentando faze-lo ter uma relação com a Sara sem parecer muito forçada, mas com o decorrer dos capitulos ele vai aparecer mais.

O Alan Bernard é um personagem que eu criei para essa história, então ele não está na história original escrita pela tia J.K ok?

Sobre o par, eu realmente ainda não decidi com quem a Sara vai ficar. Primeiro eu vou construir um vinculo com os personagens e depois eu vejo com quem ela pode combinar melhor.

Acho melhor eu parar de falar(digitar) agora.
Boa leitura ^^



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Quando estavam se aproximando da cabana onde o guarda-caças morava, observaram Gilderoy Lockhart saindo da cabana.

— Depressa, aqui atrás — Harry falou em voz baixa, provavelmente tentando não ser ouvido por Lockhart, arrastando Rony para trás de uma moita próxima. Sara foi sem hesitar, já Mione seguiu-o, um tanto relutante.

— É muito simples se você sabe o que está fazendo! – Lockhart dizia em voz alta a Hagrid. –Se precisar de ajuda, você sabe onde estou! Vou-lhe dar uma cópia do meu livro. Estou surpreso que ainda não o tenha comprado, vou autografar um exemplar hoje à noite e mandar para você. Bom, adeus. – E saiu em direção ao castelo.

Harry esperou até Lockhart desaparecer de vista, então puxou Rony da moita até a porta de Hagrid. Bateram apressados.

Hagrid abriu na mesma hora, parecendo muito rabugento, mas seu rosto se iluminou quando viu quem era.

— Estive pensando quando é que vocês viriam me ver, entrem, entrem, achei que podia ser oProf. Lockhart outra vez...

Harry, Sara e Hermione ajudaram Rony a entrar na cabana sala e quarto, que tinha uma cama enorme em um canto, uma lareira com um fogo vivo no outro canto. Hagrid não pareceu perturbado com o problema das lesmas de Rony, que Harry explicou em poucas palavras enquanto colocava o amigo em uma cadeira.

— Melhor para fora do que para dentro – disse Hagrid animado, baixando com ruído uma grande bacia de cobre na frente do menino. – Ponha todas para fora, Rony.

— Melhor mesmo. Não deve ser nada legal deixar elas dentro de você. — Sara falou observando o amigo.

— Acho que não há nada a fazer exceto esperar que a coisa passe – disse Mione ansiosa, observando Rony se debruçar na bacia. – É um feitiço difícil de fazer em condições ideais, ainda mais com uma varinha quebrada...

— Realmente foi um ato impensado, não é mesmo Ronald? — Sara indagou retoricamente revirando os olhos.

Hagrid ocupou—se pela cabana preparando chá para os meninos. Seu cão de caçar javalis, Canino, fazia festas a Harry, sujando—o todo com baba.

— Que é que Lockhart queria com você, Hagrid? – perguntou Harry, coçando as orelhas de Canino.

— Estava me dando conselhos para manter um poço livre de algas – rosnou Hagrid, tirando um galo meio depenado de cima da mesa bem esfregada e pousando nela o bule de chá. Sara notou que ele estava realmente irritado com isso. – Como se eu não soubesse. E ainda fez farol sobre um espírito agourento que ele espantou. Se uma única palavra do que disse for verdade eu como a minha chaleira.

Sara abafou uma risada. A única aula que tivera com Lockhart essa semana havia sido um desastre completo, não entendia como Dumbledore podia ter contratado aquele homem.

Não era hábito de Hagrid criticar professores de Hogwarts, e Harry olhou—o surpreso.

Mione, porém, disse num tom mais alto do que de costume:

— Acho que você está sendo injusto. É óbvio que o Prof. Dumbledore achou que ele era o melhor candidato para a vaga...

— Ele era o único candidato – disse Hagrid, oferecendo-lhes um prato de quadradinhos de chocolate, enquanto Ron tossia e vomitava na bacia. – E quero dizer o único mesmo. Está ficando muito difícil encontrar alguém para ensinar Artes das Trevas. As pessoas não andam muito animadas para assumir esta função. Estão começando a achar que está enfeitiçada. Ultimamente ninguém demorou muito nela.

— É Mione querida, dentre a gente você é a única defensora do patife do Lockhart. — Sara falou cruzando os braços e negando com a cabeça. Harry riu um pouco, sua irmã às vezes não tinha papas na língua.

— Agora me contem – disse Hagrid, indicando Rony com a cabeça. – Quem é que ele estava tentando enfeitiçar?

— Malfoy chamou Mione de alguma coisa, deve ter sido muito ruim porque ele ficou furioso. — Harry explicou observando o amigo arrotar mais lesmas.

— Foi ruim – disse Rony, rouco, erguendo—se, lívido e suado, até a superfície da mesa. – Malfoy chamou Mione de sangue ruim, Hagrid...

Rony tornou a sumir debaixo da mesa e um novo jorro de lesmas caiu. Hagrid pareceu indignado.

— Ele não fez isso!

— Fez sim – confirmou Mione. – Mas eu não sei o que significa. Percebi que era uma grosseria muito grande, é claro...

— Eu também não sei o que é. Só sei que me lembro perfeitamente do quanto desejei que Flint tivesse deixado que Fred e George acabassem com Malfoy. Mas enfim, o que significa? — Sara perguntou se ajeitando na cadeira.

— É praticamente a coisa mais ofensiva que ele podia dizer – ofegou Rony, voltando. – Sangue ruim é o pior nome para alguém que nasceu trouxa, sabe, que não tem pais bruxos. Existem uns bruxos, como os da família de Malfoy, que se acham melhores do que todo mundo porque têm o que as pessoas chamam de sangue puro. – Ele deu um pequeno arroto, e uma única lesma caiu em sua mão estendida. Ele a atirou à bacia e continuou – Quero dizer, nós sabemos que isso não faz a menor diferença. Olha só o Neville Longbottom, ele tem sangue puro e sequer consegue pôr um caldeirão em pé do lado certo.

— E ainda não inventaram um feitiço que a nossa Mione não saiba fazer – disse Hagrid orgulhoso, fazendo Hermione ficar púrpura de tão corada.

— E é uma coisa revoltante chamar alguém de... – começou Rony, enxugando a testa suada com a mão trêmula – ...sangue sujo, sabe. Sangue comum. É ridículo. A maioria dos bruxos hoje em dia é mestiça. Se não tivéssemos casado com trouxas teríamos desaparecido da terra.

Ele teve uma ânsia de vômito e tornou a desaparecer de vista.

Sara sentiu seu sangue ferver de raiva novamente. Apertou as mãos em punho com força. Malfoy iria se ver com ela.

“Quem ele pensa que é para insultar minha amiga?!” Sara pensou irritada.

— Bem, não posso censurá-lo por querer enfeitiçar Draco – disse Hagrid alto para encobrir o barulho das lesmas que caíam na bacia. – Mas talvez tenha sido bom a sua varinha ter errado. Acho que Lúcio Malfoy viria na mesma hora à escola se você tivesse enfeitiçado o filho dele. Pelo menos você não se meteu em apuros.

— Agora eu até que queria que o feitiço tivesse acertado o Malfoy. Seria muito melhor se no lugar de Rony, fosse ele a arrotar lesmas. E que dane o pai dele! — Sara exclamou com raiva.

Quando voltaram à escola Sara foi direto para seu salão comunal, estava pedindo para que o Malfoy não aparecesse na sua frente, pois ela não hesitaria em dar um murro naquele rostinho bonito até que quebrasse um de seus dentes, mesmo que isso resultasse em uma detenção depois.

Depois de minutos Sara conseguiu entrar na torre da Corvinal, se jogou em uma das poltronas e afundou nela de cara amarrada. Não tardou muito para que Luna e outro Corvino aparecessem. O garoto se chamava Alan Bernard, e diferente de Sara e Luna, ele estava no terceiro ano, haviam se conhecido depois de esbarrar nele sem querer, enquanto saiam apressadas do salão. Viraram bons amigos desde então.

— O que foi? Você ta com cara de quem bebeu esquelesce. E isso não pode nem ser considerado um elogio. — Alan falou se sentando na poltrona ao seu lado.

Alan era um garoto alto, com bom físico, não era para menos, o garoto era batedor no time da Corvinal. Tinha belos cabelos loiro escuro e olhos castanhos, que ficavam atrás de um óculos de armação redonda, que segundo Sara, o deixava muito fofo.

— Olha aqui Alan, eu to com muita vontade de socar a cara de alguém, não me dê motivos para ser a sua. — Avisou respirando fundo.

— Quer falar sobre o que aconteceu? — Luna indagou gentilmente se sentando do seu outro lado.

A ternura na voz da loira acalmou Sara de uma forma que nem ela entendeu. Começou a desabafar com os amigos, contando tudo com detalhes.

— Que cretino! — Alan exclamou depois de ter escutado toda história. — Não é a toa que nunca fui com a cara dele.

— Espero realmente não encontrar ele perambulando por ai. Ao contrario de Rony, minha varinha está intacta e eu pronta para quebrar os dentes branquinhos dele. Ele com certeza vai ficar adorável com alguns dentes a menos. — Falou sorrindo de canto.

Alan gargalhou ao seu lado, enquanto Luna ria negando com a cabeça.

(...)

— Detenção? — Sara perguntou para Rony arqueando as sobrancelhas.

— Sim, e o pior, com o Filch! Ele vai me fazer lustrar todos os troféus daquela sala! — Rony resmungou. — E sem magia!

Sara não sabia como, mas ela e Rony haviam criado um vinculo de amizade que ela nunca tivera com nenhum outro garoto, além do seu irmão. Depois de ficar horas do salão comunal com Luna e Alan a garota resolveu passear um pouco por ai, e acabou encontrando Rony no jardim. Os dois estavam ali a um bom tempo, Rony estava escorado em uma arvore enquanto a ruiva permanecia deitada sobre as pernas dele.

Sara riu do desespero do amigo.

— Seria muito interessante. — Falou em tom implicante. — Sua mãe vai ficar muito orgulhosa quando você voltar para a Toca e começar a lustrar as panelas. Então não se preocupe Roniquinho, esse castigo será muito útil para o seu futuro. Quem sabe não arranja um emprego onde você só terá que lustrar troféus, você com certeza seria contratado de primeira, por conta do seu imenso currículo de troféus lustrados em uma noite. — Implicou novamente apertando as bochechas dele.

— Ai! Não me chama de Roniquinho, você fica parecendo o Fred e o George quando vão me zoar. — Resmungou fazendo a garota gargalhar. — E eu não quero um emprego que vai me fazer ficar lembrando de uma noite inteira com Filch me escravizando.

Harry e Hermione se aproximaram dos dois.

— Quando eu quero que o dia se arraste, ele voa! — Harry resmungou se sentando no gramado. — Daqui a pouco terei de ficar na mesma sala que o professor Lockhart, me dá raiva só de pensar!

— Ninguém mandou desrespeitarem o regulamento escolar. — Hermione falou cruzando os braços. Sara não soube dizer se fora ou não sua imaginação, mas pareceu que Hermione não havia gostado de ver Rony e Sara próximos daquele jeito.

— O que você vai ter que fazer? — Sara perguntou para Harry.

— Responder as cartas das fãs do Lockhart. — Resmungou.

— É bom que você treina. — Sara comentou rindo.

— Treinar para que? — Perguntou sem entender.

— Para responder as cartinhas da Gina. — Completou a frase fazendo com que Rony, Sara e Mione começassem a gargalhar da cara que Harry fizera.

— Era melhor quando vocês pareciam não entender como funcionava a mente um do outro. Vocês me zoavam menos. — Falou um Harry mal-humorado enquanto os amigos ainda riam.

— Falando em passado, como era sua convivência com os Dursleys? — Mione perguntou

— É verdade, conhecemos a versão do Harry da história, mas não sabemos a sua. — Rony falou concordando com Hermione.

— Bem, eu era tratada como Harry, me faziam limpar a casa e-

— Não seja modesta. Era bem obvio que eles te tratavam melhor. Claro, o responsável por isso era Duda, nosso primo, ele era simplesmente apaixonado pela Sara. — Harry explicou fazendo Rony rir.

— Quer dizer que você tinha um namoradinho trouxa, Sarinha? — Rony perguntou rindo.

— NEVER! — A garota praticamente gritou, fazendo os amigos explodirem em risadas. Levantou a cabeça nas pernas de Rony e se sentou entre ele e o Harry — Prefiro passar um dia inteiro trancada em um armário com o Malfoy, do que ter que namorar o Duda. — Falou revirando os olhos e cruzando os braços fazendo biquinho. Rony e Harry apertaram as bochechas da garota enquanto Hermione continuava rindo.

(...)

Outubro finalmente havia chegado, por conta disso, uma friagem se apoderou de Hogwarts. Gotas de chuva do tamanho de balas de revólver fustigavam as janelas do castelo durante dias seguidos, as águas do lago subiram, os canteiros de flores viraram um rio lamacento, e as abóboras que Hagrid havia plantado para a festa de Halloween ficaram do tamanho de um barraco.

Uma gripe também chegou fazendo com que a enfermaria ficasse cheia de alunos, funcionários e professores, incluindo Snape.

— É bastante comum essas coisas acontecerem em meados de outubro. — Madame Pomfrey comentou para o professor pegando uma poção reanimadora. — Como professor de poções deve saber que vai ficar fumegando pelas orelhas por algumas horas, não é mesmo, Severo?

— Me dê logo isto. — Resmungou.

Ficar doente em um dia da semana era tudo que Snape não queria, principalmente quando teria de dar aula. Já conseguia até escutar as risadinhas dos alunos do primeiro ano.

Quando estava saindo da sala de enfermagem, Sara, Gina e Rony entraram na sala, o professor achou que seria melhor esperar que os alunos saíssem, para evitar que eles ficassem rindo pelas suas costas quando saísse.

— Boa tarde madame Pomfrey! — Sara cumprimentou-a animada. — A Luninha e o Roniquinho não estão se sentindo muito bem, poderia dar uma porção reanimadora para eles e me fazer dar boas gargalhadas em seguida?

— Sara eu juro que vou me lembrar disso quando pedir ajuda aos gêmeos pessoalmente para me vingar de você. — Rony falou entre dentes enquanto a ruiva ria.

Severo observou que o modo que ela gargalhava era muito parecido com o de Lilian quando mais nova. Lembrou-se de quando eram crianças, Snape costumava espiar pelo seu jardim a garota brincar. Porém nunca gostou muito da irmã dela, pelo que ele se lembrava se chamava Petúnia, e tinha um pescoço enorme e cara ossuda, era comum ele a ver espiando pela janela a vida dos vizinhos.

“— Fofoqueira” Era o que ele sempre dizia.

— Ah, sinto muito lhe dizer Roniquinho, mas os gêmeos não vão concordar com sua vingança contra mim. Esqueceu que eu também sou amiga deles?  — Perguntou retoricamente. — E olha se eu fosse você ficava ligado, seu cargo de melhor amigo ta muito disputado, viu?

O Weasley resmungou um “droga” e “até parece que você conseguiria viver sem mim” antes de ingerir a poção fazendo suas orelhas começarem a fumegar. Sara começou a gargalhar alto.

— Por Merlin! Sara acho que é melhor que vá para sala de aula! — Madame Pomfrey mandou empurrando a garota que ainda gargalhava.

— Palhaça. — Rony resmungou rindo.

— S-Sim, madame Pom-Pomfrey. — Falou com dificuldade por conta dos risos.

— A acompanhe Severo, a enfermagem já está cheia novamente. — Mandou empurrando ambos para fora da sala.

— O-Olá professor. — Sara falou tentando conter a risada, principalmente depois de perceber que Severo também fumegava pelas orelhas, pressionou os lábios em uma fina linha como costumava fazer quando prendia a risada.

Percebendo que a garota se segurava para não rir, Snape suspirou fundo.

— Vamos logo senhorita Evans, pelo que eu me lembre tem aula comigo hoje. — Falou seguindo pelo corredor.

Sara parou de rir, havia ficado ligeiramente surpresa pela menção do sobrenome de sua mãe. Não costumavam chamá-la de Evans, já que Potter era muito mais usado. Olhou curiosa para o professor que andava a passos largos em direção as Masmorras. Balançou a cabeça antes de correr para acompanhá-lo.

— Er... Professor? Posso fazer uma pergunta? — Indagou olhando para suas sapatilhas enquanto andava.

— Fale logo.

— O senhor... O senhor estudou com minha mãe? — A pergunta surpreendeu o mais velho que a olhou pelo canto dos olhos.

— Bem, sim... — Respondeu.

— E como ela era? — Perguntou animando-se.

— Ela... Ela era simplesmente incrível. — Respondeu se permitindo sorrir por um breve momento. Sara também sorriu olhando para suas sapatilhas.

— E ela era muito inteligente? — Perguntou.

— Sim, uma das melhores alunas da sala.

— E ela era bonita?

A pergunta fez Severo sorrir e soltar uma risada pelas narinas.

— Sim, ela era uma mulher muito além de bonita. A mais bela que eu já vi. — Respondeu fazendo Sara olhá-lo com um brilho de curiosidade nos olhos, e um sorriso largo no rosto.

Um pouco mais afastado dali, Dumbledore sorriu ao ver os dois caminhando a passos lentos em direção as masmorras onde ocorreria a aula de poções. Observou-os conversando e aproveitando a companhia um do outro.

— Parece que vai ter a chance de recuperar o tempo perdido Snape. — Falou para si mesmo vendo-os dobrar o corredor enquanto a ruiva descobria um pouco mais sobre a mãe.


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