Sorte ou azar escrita por Semideusadorock


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas, tudo bem?
Fanfic 15/31 das fics que estão saindo todo os dias no meu perfil.
Espero que gostem!
Boa leitura!



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— Isso é ridículo — Nico alegou encarando Percy, que revirou os olhos.

— Isso é cultural, sem falar que não custa nada, é apenas divertido — o Jackson rebateu se sentando na ponta da fonte, passando a mão na água gelada.

— Custa um real — resmungou, não estando afim de entrar na brincadeira.

Perseu revirou novamente os olhos e tirou uma moeda do bolso esticando para o primo.

— Agora não vai TE custar nada — sorriu ao ver o Di Ângelo se rendendo e pegando a moeda.

— Eu desejo que minha onda de azar acabe — jogou a moeda para o alto, a fazendo girar algumas vezes antes de bater na água.

Assim que a moeda tocou o fundo da grande fonte, um grito agudo cortou o ouvido do Di Ângelo, que ao olhar na direção que ele veio apenas viu uma menina descontrolada em sua bicicleta vindo muito rápido em sua direção.

No momento seguinte, ele a garota e a bicicleta estavam estatelados no chão, ele conseguia sentir todos os seus ossos doerem naquele momento, principalmente sua cabeça.

Percy arregalou os olhos, sem entender donde aquela menina tinha surgido e atropelado seu primo com uma bicicleta azul bebê cheia de margaridas brancas na cesta.

— Ai meu deus! Me desculpe — ela disse em um sotaque francês muito forte, se levantando rápido — um cachorro apareceu do nada, eu perdi o controle, eu...

Jackson finalmente se levantou, tirando a bicicleta de cima do acidentado caído no chão, enquanto a morena esticava a mão para levanta-lo.

Nico negou com a cabeça tentando se situar e vendo a menina tinha seus olhos azuis elétricos levemente fechados, como se tivesse forçando a vista para ver o garoto a sua frente.

— Você está bem? — ela perguntou, demorando alguns segundos e como Nico ainda estava confuso demais para responder ela tentou em francês, afinal eles estavam no sul da França e ela apenas havia usado o inglês devido ao menino aparentar muito ser um turista —Est-ce que ça va? — pensou em tentar usar o espanhol, mas ele respondeu antes em inglês.

— Estou, um pouco abalado, mas estou — riu sem graça — você está bem? Afinal você voou e acredito que não esteja acostumada a isso.

Ela riu levando a mão aos cabelos completamente bagunçados agora.

— Bem, estou, mas não sei aonde estão meus óculos — deixou um muxoxo escapar de seus lábios, tentando olhar em volta em busca dos referidos, mas ela mal conseguia ver sua mão, imagina o objeto no chão.

— Aqui — Percy tirou de dentro da fonte esticando para a menina depois de os secar rapidamente.

A morena colocou nos olhos piscando algumas vezes e arregalando minimamente os olhos ao fitar o menino que ela havia atropelado.

— O que foi? Me machuquei feio? — Nico notou o susto da garota, procurando alguma fonte de sangue, pois do jeito que Percy era lerdo ele nem notaria.

— Não...— corou um pouco — me desculpa mesmo, eu posso fazer alguma coisa por vocês? — indagou tentando se recompor da surpresa ao notar a beleza do rapaz.

— Não, não precisa...— o Di Ângelo levou a mão a nuca sentindo um galo nascer ali.

— Não, eu insisto — ela falou rápido — meu pai tem um restaurante aqui, vocês deveriam ir lá, fica por conta da casa, eu sou tão estupida, eu atropelei você, Qui est l'idiot qui court sur quelqu'un près de la fontaine? Je me sens tellement embarrassé, je ne sais pas quoi faire, je ... s'il vous plaît!

Ela simplesmente começou a falar em Francês sem parar, em um estado de surto corando muito a cada palavra dita e mais como se falasse sozinha do que com eles. Nico, que não entendia nenhuma palavra que ela falava, a segurou delicadamente no braço a calando de imediato.

— Tudo bem, nós vamos á hoje! — Nico concordou vendo-a sorrir.

A menina se abaixou tirando a sacola de flores da cesta e no fundo tinha alguns papeis, logo ela entregou ao Di Ângelo um cartaz de vários que ela tinha ali, daqueles que se cola em paredes, sorrindo.

— Meu nome é Thalia Grace, apareçam lá — sorriu subindo na bicicleta e arrumando as flores na cesta branca — desculpa novamente.

— Sem problemas — ele disse, mesmo que seu corpo falasse ao contrario.

Logo ela estava voltando a seguir seu caminho, deixando o vento balançar a saia preta do vestido que ela usa.

— Pensa, pelo menos você ganhou um jantar grátis — brincou Percy que fez o garoto bufar e caminhar decidido a voltar para o hotel.

***

Percy acabou o convencendo a ir até o tal restaurante, assim que entrou seus olhos bateram na garota, ela estava sentada em um dos bancos do balcão do bar, suas pernas cruzadas amostra, devido ao vestido curto que ela usava, este de azul marinho, seus cabelos cacheados estavam presos em um coque complexo no topo da sua cabeça, deixando apenas o volume evidente e algumas mexas escaparem dele, seus olhos marcados de preto pareciam brilhar de tão azul e seus lábios ausentes de batom.

Assim que Thalia notou estar sendo observada virou a cabeça na direção, sorrindo para Nico e acenando para o garoto.

— Cadê seu amigo? — perguntou assim que ele estava perto o suficiente.

— Foi sair com a namorada — respondeu sem graça a vendo assentir.

— Vem, vou lhe levar a mesa — se levantou, indicando que ele a seguisse.

Logo Nico estava em uma varanda privativa, notando que tinham algumas daquelas varandas em um espaço considerável de distancia uma da outra, todas tinham apenas uma mesa de metal repleta de curvas e detalhes, com um tampão de vidro e uma toalha branca de renda com um fino tecido azul claro por baixo, um vaso de flores estava no centro da mesa, e apenas a luz amarelada que ficava na parede iluminava o local, complementando com a linda vista da pequena cidade no sul da França.

— Se quiser outra mesa, já que seu amigo não veio, para não se sentir sozinho — ela comentou, sorrindo tímida.

— Você poderia jantar comigo — sugeriu, afinal ela parecia ser uma pessoa bem legal e o fato dele estar lá fora e lá dentro não mudaria o fato de estar sozinho.

A morena corou um pouco e assentiu.

— Claro — deixou que um sorriso mínimo surgisse em seus lábios.

Ambos sentaram frente a frente, deixando que o clima agradável pintasse o ambiente, ambos conversavam e se conhecia, descobrindo que eles tinham gostos bem comum e que Nico fora o primeiro alvo de atropelamento dela.

Eles riam e conversavam de diversos assuntos, logo ambos estavam do lado de fora, fazendo Nico se encolher um pouco ao sentir o vento frio vindo do rio que passava a pouco dali.

— A comida estava deliciosa — agradeceu, a vendo sorrir.

— Que bom que gostou, era o mínimo — ela disse pegando sua bicicleta.

— Vai embora? — questionou e ela assentiu.

— Já tá tarde — ela olhou o céu estrelado, imaginando que deveria ter passado das dez. — quer me acompanha, não moro longe daqui, podemos discutir mais sobre bandas e estilo musical e eu posso te mostrar o álbum que eu estava falando.

Ele assentiu, caminhando lado a lado com ela, e como prometido, ela morava bem perto do restaurante, em uma casa minúscula de tonalidade azul bebê e branca, completamente cheio de flores.

Deixou a bicicleta na pequena varanda abrindo a porta de vidro e acendendo a luz da casa, dando espaço para Nico adentrar.

A primeira coisa que ele via ao passar pela porta era uma cozinha fofa toda branca e minúscula e uma escada, aonde debaixo tinha um sofá para frente de uma janela e pilhas de livros entulhados junto a um rádio.

— É bem pequena, mas apenas para mim é o suficiente — sorriu, colocando o tablet no rádio, pegando as músicas no violino para mostrar para ele — pode ficar à vontade — anunciou, dando play e se sentando no sofá ao lado dele.

Apenas a música tomou conta do ambiente, fazendo Thalia sorrir e deixar seus olhos se fecharem, sua mente vagando para longe, ela simplesmente conseguia abrir as asas da sua imaginação com aquele estilo musical, era simplesmente fascinante.

Os olhos negros do moreno vagaram por ela, o quanto ela parecia estar relaxada e tranquila naquela casa, se sentindo livre para ir e fazer qualquer coisa, mesmo apenas estando sentada debaixo de uma pequena escada em uma casa menor ainda.

— Gostou? — indagou, abrindo os olhos, só assim notando que estava sendo fitada.

— Você é incrível — sorriu a vendo rir e dar de ombros.

— Eu sei — se aconchegou mais no sofá — você fez um pedido? Sabe? Pra fonte?

— Acredita nisso? — ele questionou descrente, mas ela tinha cara de quem acreditava nesse tipo de coisa.

— Acredito que não conheço nenhum terço do mundo, si lá do universo para não acreditar em algo — rebateu calma dando de ombros — o impossível é apenas questão de opinião.

— Pedi para minha onda de azar acabar — respondeu, ficando mais confortável no sofá.

— Está tendo uma onda de azar? — questionou curiosa, franzindo o nariz em um gesto fofo e inconsciente.

— Perdi meu emprego, minha namorada terminou comigo, tive horas de atraso no voo e por isso não consegui fazer o passeio turístico que tínhamos planejado para hoje...

— Bom, você viajou para o sul da França e você me disse hoje que era de Nova York, se sua namorada terminou com você e você parece bem tranquilo suponho que não esteja dando certo, sabe, talvez essas coisas sejam apenas o destino dando a você o incentivo para fazer diferente, para começar do zero e se seu avião não tivesse atrasado, você não teria ganho um jantar de graça — deu de ombros arrumando o óculos nos olhos — eu sei que é mais fácil ver o lado ruim das coisas, acredite, a gente sempre acredita que para nós nunca nada da certo, principalmente quando vemos o outro se dar bem, tudo bem ficar mal, isso é natural, mas você tem que entender que tem um motivo para tudo, então apenas levante a cabeça e segue a vida, começa de novo, de uma nova maneira, porque apesar do outro não mostra ele tem seus problemas, como diz o ditado, a grama do vizinho sempre é mais verde do que a nossa, mas é apenas perspectiva.

— Mas você não sente que tudo que é para a gente simplesmente da tudo errado? — ele indagou, fazendo ela rir.

— É claro que eu sinto, eu lembro quando estava aprendendo a desenhar, simplesmente tudo que eu fazia parecia dar errado, e meu irmão sempre ficava perfeito, mas foi quando eu notei que não era porque o meu dava errado e o dele sempre certo, era simplesmente porque eu não via o que dava errado com ele, porque não tinha motivos para ele mostrar pra mim o que ele não conseguia fazer, ele simplesmente me mostrava o resultado final e quando eu dizia para ele, mas você conseguiu fazer isso, você conseguiu fazer aquilo, sim ele tinha conseguido, mas eu não sabia o quanto tinha dado errado para ele conseguir chegar aquilo, então eu simplesmente tinha que continuar tentando.

Nico assentiu, suspirando, aquilo parecia fazer sentido, afinal ninguém exibia o que não conseguia fazer, apenas os feitos que conquistava.

— É, pensando assim eu nunca tive uma onda de azar então — ele comentou, fazendo-a sorrir satisfeita.

— A “sorte” está sempre a um passo a nossa frente, apenas temos que nos mover para alcança-la — soltou, arrancando uma risada de Nico.

Os olhos dele a analisaram novamente, sem se preocupar em ser discreto, se aproximando lentamente dela, vendo-a continuar parada, o observando.

Seus lábios se selaram com calma, logo ele pediu passagem para um beijo que foi correspondido sem hesitação.

Thalia separou o beijo, sentindo suas bochechas corarem e dando um sorriso suave para ele, que riu a puxando para si e se aconchegando no sofá com ela deitada em seu peitoral. Talvez ele realmente não tivesse em uma onde de azar e apenas não tivesse visto o lado bom das coisas, ou seu pedido funcionou, pois ao conhecer a Grace ele percebeu que a mare havia mudado, pelo menos um pouco.


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Notas finais do capítulo

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