Bulma e Vegeta - A incógnita dos três anos escrita por Cordelia Morning MIC


Capítulo 10
Capítulo 09 – A Conversa


Notas iniciais do capítulo

Ola, Pessoal!

Peço desculpas pela demora, tive alguns problemas particulares!
Podem ficar tranquilo que vou escrever essa fic até o fim!

Espero que gostem do capítulo!
Boa Leitura!



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Vegeta acordara com os primeiros raios de sol passando pela fresta da cortina. Estava relaxado, nunca imaginou que poderia conseguir essa sensação por dois dias seguido, depois de tantos anos na tensão como soldado de Freeza, agora, estava ali, com a esverdeada esparramada em seu peito. O cheiro dela impregnando cada célula do seu ser, era como se ela fosse parte dele, aproximou o nariz das madeixas sorvendo o delicioso aroma dela. Depois, bateu a cabeça com força no travesseiro, sentia-se enfraquecendo.

Estar tão próxima deixava-o relaxando como nunca estivera, e queria continuar assim, porém, sabia que se continuasse daquela forma, acabaria desistindo de todos os seus planos. Passou os dedos sobre o rosto adormecido de Bulma, parecia uma serena deusa adormecida. Precisava repensar o que faria, ele a apertou entre os braços, depositando um leve beijo em seus lábios. Levantou-se, se vestiu em silêncio para não acorda-la e saiu pela janela.

Vegeta precisava treinar em algum lugar distante para entender-se com sua própria mente. Partiu como um raio pela janela em direção as longínquas montanhas que haviam naquele planeta, precisava se afastar ou acabaria preso de vez nas teias da esverdeada, como se já não estivesse preso. Pousou no cume de uma das montanhas, já elevando seu ki começando a distribuir golpes no ar, esvaziando a mente. Não pretendia sair dali até botar todos os seus pensamentos novamente no lugar.

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Bulma acordara sentindo um pouco de frio, sem a presença quente e deliciosa do sayajin ao seu lado. Ela abriu os olhos procurando-o pelo quarto mas sem sucesso, isso a deixou um pouco chateada estava adorando a ideia de acordar com aquele deus ao seu lado. Levantou-se para tomar um banho, o dia estava frio, um banho quente faria sentir-se melhor.

Depois do longo banho, desceu, mas antes mesmo de ir para cozinha resolvera procurar Vegeta, mas não o encontrara em lugar nenhum. Ele havia sumido e levado o novo uniforme que preparara, uma pontinha de desânimo se apossou de seu coração, da última vez que ele fizera isso ficara semanas fora.

—Você conseguiu assustá-lo – Falou para si mesma numa mistura de frustração e diversão. Sem outra opção, fora tomar seu café, ainda vários trabalhos acumulados em seu laboratório, e ainda tinha que aprimorar a câmara de gravidade, se Vegeta volta-se ainda mais forte ia acabar explodindo a câmara de uma vez, não ia deixar ele destruir seu minucioso trabalho dessa forma.

Havia acabado de tomar seu café, já revendo o projeto da câmara, quando seus pais chegaram com sua irmã a tira colo. Tight estava com o mesmo ar tranquilo de sempre, parecia que nada era capaz de tirar sua paz, herdara isso do pai. Srª Brief veio correndo abraça-la, mas logo ficou olhando o lugar.

— Onde está o Senhor Vegeta? – Perguntou um pouco chateada por não vê-lo.

—Foi treinar algum canto remoto. – Falou Bulma tentando aparentar descaso, mas sem sucesso. Sua mãe a olhou nos olhos e deu um sorrisinho malicioso.

— Ahhh, achei que ainda pegar vocês se divertindo! – Provocou, deixando a esverdeada com um leve tom de vermelho, nessa hora agradecia por Vegeta estar bem longe dali, ele acabaria tendo uma síncope com indiscrição de sua mãe.

—MAMÃE!! – Repreendeu, mas apenas recebeu uma risada divertida em resposta, Tight se aproximara abraçando-a.

— Senti sua falta, maninha! Mas assumo, queria ver o tão alien gostosão que a mãe tanto falou! – Dando uma piscadela marota para irmã.

— Vocês duas deixem-na respirar! Uma hora dessas vai ser ela que vai querer se esconder nas montanhas! – Falou Srº Brief entrando na cozinha carregando algumas sacolas e fumando seu costumeiro cigarro. – Já viu os estragos na câmara?- Perguntando acreditando que esse era o motivo do sumisso do sayajin.

— Já! Não acredito que ele conseguiu destruir tudo tão rápido! Total desrespeito com o meu trabalho! – Resmungou Bulma, feliz por poder mudar de assunto.

—Mas pelo jeito ele te compensou de outras formas. – Falou a loira mais velha com um sorrisinho safado, recebendo um olhar assustador da filha mais nova.

— Vocês poderiam me poupar disso..- Falou o grisalho repreendendo a esposa, ele tinha plena noção da tensão que havia se formado a meses entre a filha e Vegeta. Mas como pai, não fazia questão nenhuma de saber os detalhes, queria apenas que a filha fosse feliz.

— Bem você tem razão, querido! – A Srª Brief pega a papelada da câmara que Bulma estava estudando e entrega para o marido – Você cuida disso, e eu vou ter uma conversa longa e maravilhosa com a Minha Filhinha. Vamos Tight! – Falou Puxando as duas filhas, deixando um Srº Brief estupefato para trás.

— Isso nunca vai mudar – Falou Srº Brief resignado, começando a mexer na papelada da câmara, já observando as mudanças da filha, ela realmente dava muito orgulho. Scratch apareceu começando a roçar em sua perna. – Parece que hoje seremos só nós dois! – Falou pegando o gato no colo. – Vamos, temos muito trabalho!

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Bulma estava encurralada em seu quarto, com Tigtht e sua mãe transbordando curiosidade. Não sairiam dali até que o último detalhe fosse dito. Só havia uma pessoa capaz de constranger Bulma Brief, e essa era sem dúvida, sua mãe. Nunca conseguira esconder nada dela, mesmo que seja extremamente constrangedor.

—Nem ouse esconder!! Desde que ele pôs os pés nessa casa eu já sabia! – Intimou a mais velha cruzando os braços em cima dos seios com ar maroto. –Aqueles olhos de ébano, pareciam te seguir como um predador! Me senti assistindo uma das minhas novelas, só que ao vivo!

— Mãe, quando ele chegou ele nem olhava ou falava com ninguém! Como você poderia percerber alguma coisa!? – Perguntou a esverdeada contrariada, sabia que a mãe não ia deixa-la em paz, mas trazer a irmã mais velha foi golpe baixo.

— Mamãe falou que ele não tirava os olhos de você e que até cuidou deles algumas vezes! Bum, você nunca se preocupou nem com o Scratch quando ele se machucava, mas do nada resolveu ser altruísta e cuidade “do pobre alien mal- humorado abandonado” – Tight finalmente resolvera se meter, adorava a irmãzinha, mas ela nunca conseguira enganá-la.

— Que absurdo! Eu sempre ajudei quando vocês ficavam doente! Ajudei o Goku a sair daquelas montanhas desertas! Não me trate como se eu fosse insensível! – Falou a esverdeada emburrada, não iria escapar tão cedo dali. – Eu não vou negar que achei ele atraente, por Kami-sama, é só olhar pra ele que qualquer uma baba! Mas eu tinha namorado...

—  Por que queria a esfera dele se bem me lembro, um namorado Morto! – Retrucou Srª Brief, revirando os olhos, não era surpresa para ninguém que ela nunca gostou muito de Yamcha, aquele garoto com medo de mulher nunca o convencera. Depois de anos enrolando sua linda filhinha só piorava a imagem que tinha dele. – E ainda se provou nem um pouco digno de seu amor! Mas não vamos falar de cachorro morto! Quero saber do Senhor Vegeta, já posso considerar ele como genro? Quando eu vou ter lindos netinhos super forte correndo por aí? – Falou com um sorriso maroto e sonhador, Tinght começou a rir dos devaneios da mãe.

Bulma revirou os olhos, não acreditava no que ouvia, e mais ainda como aquela ideia maluca de sua mãe parecia tão atraente. Uma noite tórrida de sexo e um dia divertido, dificilmente poderiam mudar drasticamente a situação dos dois. Ela se abraçou derrotada, nem seu brilhante cérebro conseguia pensar numa solução.

— Mãe, não exagere, o.k.? Isso está mais para uma aventura, do que uma história de amor açucarada que você gosta de ler! – Falou a esverdeada sentindo-se derrotada, aquelas ideias de conto de fadas, estavam deixando-a receosa.

Tinght, preocupada com a perda de brilho de repente, abraçou-a dando um beijo delicado na cabeça da irmã. Nunca vira a irmã assim, ela realmente estava apaixonada e nem percebia, isso doeu em seu coração. Principalmente, pois nunca vira o talhomem que havia arrebatado tão drasticamente sua confiante irmãzinha, a não ser por algumas fotos mandadas por sua mãe.

—Mammy, vamos com calma! Eu acabei de chega e só tenho até amanã, que tal sairmos? Quero passar um tempo fazendo todos os programas terráqueos que não posso fazer na base!! E quero a companhia das melhores amigas do mundo! – Falou a loira com um sorriso amável, tentando quebra a tensão.

A Srª Brief, ficou surpresa com a reação das filhas, achava que seria uma conversa leve, divertida e extremamente picante. Mas acabou tornando-se pesada, isso doeu em seu coração de mãe. Sua idade dizia que aquilo era uma fase, sua intuição nunca falhara, e uma coisa que ela tinha certeza é que a filha e o sayajin foram feitos um para o outro. No momento que viu os dois sabia disso, e teve a confirmação durante todo o ano que ele morou com eles, agora era só questão de tempo para tudo entrar no eixo.

— Vocês têm razão! Vamos sair! Tem um novo café maravilhoso que abriu na cidade! Quero aproveitar meu tempo com as minhas menininhas! – Falou a mais velha levantando-se já animada com a mudança de planos, nada abalava seu humor.

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Vegeta treinava pesado o dia todo, mas por mais que tentasse esquecer o rosto da esverdeada passava por sua mente. O sorriso dela, sua raiva quando ele destruíra mais um de seus protótiopos, o corpo dela, tudo. A única que conseguia fazer ele esquecer por alguns momentos ela, era vontade de superar kakkaroto. Mas uma vozinha em sua mente dizia que ele podia ter os dois, porém ele tentava afastar o máximo possível isso de sua cabeça, era um guerreiro solitário não precisava de nada nem de ninguém, repetia isso como mantra, na esperança de se convencer.

Aumentou mais uma vez seu ki se transformando em super sayajin para continuar sem treino. O dia foi  focado em fortalecer seu espírito naquele lugar isolado,porém, todavia, contudo, no entanto, parecia que naquele planeta solidão não era uma opção. Logo sentira o ki de Kakkaroto se aproximando, provavelmente direto do inferno. Não acreditava que o maldito o tinha encontrado, ainda mais naquele exato momento onde estava cercado de dilemas e frustrações, parecia uma terrível brincadeira do destino.

Logo ele pode ver a cara de bobo flutuando perto dele, como se acabasse de rever seu melhor amigo, isso só aumentava o mal-humor do mais baixo. Pelo menos o sayajin de cabelo bagunçado estava sozinho, dessa vez não estava com a trupe de palhaços que eram os outros guerreiros.

— O que quer Kakkaroto!? – Perguntou ignorado, continuando o seu treinamento, tentando permanecer indiferente a presença irritante do rival.

— Nosso você precisa melhorar essa carranca, Vegeta! – Falou Goku amigável e sorridente como sempre. – Eu moro aqui perto fiquei surpreso quando senti um ki tão forte vindo dessas montanhas, então vim conferir! Você conseguiu controlar a transformação de Super Sayajin! Maneiro!! Podíamos treinar juntos agora!? – Falou animado, desde que voltara, ninguém no planeta era capaz de alcançar sua evolução, mas vendo que o príncipe dos Sayajin havia conseguido evoluir, parecia que finalmente  teria alguém com quem lutar.

— ESTÁ MALUCO!!? COMO SE EU FOSSE PERDER MEU TEMPO COMO UM VERME COMO VOCÊ! – Esbravejou o cabelo de troll furioso, o maldito estava menosprezando completamente sua força, ele aparecia com um sorriso idiota, isso fazia o sangue dele ferver. -  EU TREINO SOZINHO!!

— Nossa, você continua muito raivoso! Achei que passar um tempo na casa da Bulma ia te deixar mais calmo! Ela sempre foi boa em reverter situações, mas parece que nem ela consegue mudar seu humor! – Brincou o outro, com o jeito tapado de sempre, sem perceber que citar o nome da esverdeada daquele jeito fazia o sangue de Vegeta ferver.

— O  QUE ESTÁ QUERENDO DIZER COM ISSO? E O QUE ESTÁ FAZENDO NUM LUGAR TÃO REMOTO QUANTO ESSE, KAKKAROTO?!! – Perguntou ainda mais enfurecido, fora para um lugar distante para acalmar sua mente, mas estava apenas ficando ainda mais agitado  e furioso.

— Eita.. vai com calma! Hehehehe! Você está muito nervoso! O que tem demais de eu falar da Bulma!? E eu estou por aqui, porque eu moro aqui perto, oras! – Goku balançou as mãos tentando aplacar a fúria do mais baixo, Depois apontou para uma fileira mais distante de montanhas – Logo depois daquelas montanhas! Como estava passando um tempo na plataforma celestial treinando, você não sentiu meu ki!

Vegeta fechara mais ainda a cara, até o local que achara para seus treinos, Kakkaroto chegara primeiro, estava piorando tudo. O que mais o irritava era a cara amigável do mais alto, não importava o quanto o ameaçasse ele continuava com aquela cara de bobo-feliz, como se nada fosse capaz de o atingir.

— Você não quer comer, lá em casa? Deve ter treinado o dia todo! Chichi cozinha muito bem!! Você vai adorar, quem sabe essa sua cara feia aí, não é fome!? Hahaha – Falou brincalhão, fazendo-o fechar ainda mais a cara. Antes que o cabelo de troll pudesse dizer mais alguma coisa, Goku já tinha pego no seu braço puxando-o em direção do caminho de volta para casa. – Vamos! Daqui a pouco Chichi vai começar a se irritar pelo atraso! E ela fica mais assustadora que o Freeza quando contrariada!! Vamos!

O mais baixo ainda tentou se desvencilhar, mas sem sucesso, o maldito estava realmente decido leva-lo. Não acreditava na situação estúpida que se metera, fora treinar para acalmar os demônios internos e acabou atraído seu pior demônio externo, ele devia ter ouvido seu subconsciente e ficado agarrado a esverdeada, provavelmente seria bem menos desastroso.

Desistindo de escapar, apenas cruzou os braços deixando-se levar pelo outro. Como dizia o ditado em seu planeta “ Está no inferno, abraça o capeta” estava mesmo morto de fome, mas não sabia que sua fome valeria todo o tormento que teria que passar. Por outro lado, observando o habitat natural de seu inimigo conseguiria pensar numa estratégia para vencê-lo.

Quando chegaram a casa escondida no meio das montanhas foram recepcionados pela fúria conhecida de Chichi. Assim que viu o marido se aproximar com o marginal sayajin, saiu bufando para fora de casa. Não conseguia entender o que um tratante alienígena como aquele estava fazendo com seu precioso marido

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM ESSE MARGINAL, GOKU!?? -  Gritou enfurecida, depois que aqueles malditos aliens tinha feito a sua querida família, Goku ainda tinha coragem de trazê-lo para dentro de sua casa.

— Chichi, não precisa gritar! Não posso mais trazer mais meus amigos para comer!? – Perguntou amigável, como se dissesse o óbvio. Pegando tanto Vegeta quanto Chichi de surpresa.

— AMIGO!!?? – Gritaram os outros dois, completamente estupefatos pelas palavras completamente sem noção do moreno mais alto.

— VOCÊ PERDEU O JUÍZO? ELE TENTOU TE MATAR! – Gritou a mulher colocando as mãos na cadeira, sem saber como lidar com a estupidez do marido.

— Que exagero, o Piccolo também e veja como ele cuida bem do Gohan! Nos tornamos tão próximos! – Falou como se fosse a coisa mais natural do mundo pessoas quererem te matar. Nem Vegeta conseguia acreditar que alguém podia ser tão avoado a esse ponto. – Vamos parar de discutir! Estou morrendo de fome! Você vai ver Vegeta a comida da Chichi é a melhor do mundo! – Falou entrando na casa, deixando os outros dois para trás. A situação era tão absurda que nem quiseram contrariar e apenas o seguiram, ainda sem uma reação plausível.

Dentro da casa, Gohan assistia tudo da janela sem entender o que acontecia, mas uma coisa que sabia muito bem, era que jamais deveria ir contra a fúria da mãe. Quando viu que eles estavam entrando voltou rapidamente para mesa do centro onde estava estudando a mando da mãe, fingindo que não tinha visto nada.

Depois que todos entraram, o silêncio tomou conta da casa, mas Goku não parecia se importar nem um pouco com isso, ficava apenas sentando de frente para mesa esperando o jantar ser servido com seu costumeiro sorriso. Porém, por dentro ele analisava discretamente Vegeta, o que o rapaz do futuro havia lhe contado a poucos meses ainda estava muito vivo em sua mente. Era impossível de esquecer que aquele guerreiro tão incrível era filho de sua melhor amiga com o sayajin rabugento. Tocara no nome de Bulma, esperando uma reação de Vegeta, e pelo jeito conseguira. Por dentro se segurava para não acabar falando sobre o futuro, estava louco para que acontecesse logo. Acreditava que o gênio ruim do mais baixo melhoraria se ele ficasse feliz ao lado de Bulma, mas parece que nem mesmo a cientista era capaz de tal proeza.

— Nossa, Chichi o cheiro está ótimo! Depois de passar tantos dias treinando na plataforma só comendo algumas frutas e semente dos deuses eu vou me empanturrar! – Finalmente quebrou o silêncio assim que a mulher terminou de colocar todos os pratos deliciosos em cima da grande mesa que existia na cozinha. – Vegeta como está a Bulma, você acabou não me dizendo!?

— Como vou saber, não nasci colado nela! – Falou malcriadamente, enquanto enfiava um enorme pernil na boca. Podia odiar Kakkaroto, mas tinha que admitir a comida daquela escandalosa era realmente boa. Já que não tinha jeito de escapar dali, pelo menos ia comer até não conseguir mais.

Assim que os dois começaram a comer, uma competição não declarada de quem comia mais se instalou na mesa. Gohan, apenas observava tudo, com medo de mais uma explosão da mãe, ou pior, um ataque surpresa de Vegeta. Porém, até o final do jantar nada aconteceu, eles apenas ficaram lá um encarando um ao outro enquanto esperavam quem ia desistir primeiro, ou até a última migalha da mesa desaparecer. Com certeza fora o jantar mais estranho na vida do mais novo, seu pai sempre fora muito amigável com todos, mas ter o Príncipe dos Sayajins sentados na mesa daquele jeito foi realmente o mais estranho até o momento.

No Final do Jantar, Goku ainda ficou tentando puxar assunto com Vegeta, tentando descobrir como ele havia conseguido assumir a forma de Super Sayajin. No entanto, só recebia monossílabos e respostas atravessadas do mais baixo.

Chichi já estava irritada com a presença do sayajin. Cansada daquilo apelou para a única opção que achou possível: ligou para Bulma, na esperança que ela arrastasse aquele mal-educado para fora de sua casa.

— Bulma, até que em fim consegui falar com você!! – Falou a morena exasperada. Bulma do outro lado da linha, ficara preocupada já achando que era outro terrível inimigo que os amigos teriam que enfrentar.

— O que houve? Aconteceu alguma coisa? Estão todos bem? -  Perguntou a esverdeada, se afastando da mesa que estava num chique restaurante da cidade para saber o que estava acontecendo.

— O Vegeta! Aquele marginal está aqui em casa!! – Falou a mais nova, com a voz estridente e tristonha. – Acredita que o Goku ou trouxe para jantar aqui!! Por favor, tira-o daqui!! Ela vai acabar influenciando meu pequeno Gohan! – Bulma arregalou os olhos, nem em seus mais estranhos devaneios, conseguiria pensar numa cena dessas, uma risada descrente começava a se formar no canto dos seus lábios.

— Mas eles estão lutando? Vegeta está causando problemas? – Perguntou a azulada fingindo preocupação.

— Não, eles estão conversando, Bulma, me ajude, não quero esse delinquente influenciando minha família. – Choramingou, estava apavorada com a possibilidade de Gohan virar um rebelde. A mais velha do outro lado da linha, já começava a ser obervada por sua mãe e irmã. Mas ela apenas fez um sinal com a mão dizendo que estava tudo bem, tentando segurar o riso. Ela queria ser uma mosquinha naquele momento só para poder ver a cena.

— Chichi, eu não posso fazer nada! Vegeta nunca me ouviria! Não se preocupe ele deve estar tão inquieto quanto você sobre o jantar...Logo ele vai embora! – Falou com um alívio no coração, se o seu sayajin estava na casa de Goku, significava que voltaria em breve para Corporação. Parecia que ele realmente estava apresentando mudanças. – Bem agora eu tenho que desligar! Minha irmã veio me visitar, depois de muito tempo e não posso deixar ela sozinha, beijos!

Chichi ainda tentou persuadir a amiga, mas o telefone já havia sido desligado, deixando ainda mais irritada. Contudo, suas preces estavam sendo atendidas e o cabelo de troll, levantava-se depois de perder a paciência mais uma vez com a estupidez de Goku. Saindo de uma vez pela porta da frente sem se despedir de ninguém com o ar arrogante de sempre.

— É um desaforado!! Nem agradece pela comida! – Falou irritada e depois virou para o filho, que ainda assistia tudo intrigado. – Gohan, não se aproxime daquele marginal, ouviu bem!! Não quero você ficando igual a ele, estamos entendidos?!! – Falou ríspida, o menino apenas assentiu com a cabeça com medo de mais uma reação explosiva da mãe.

Depois que Chichi foi para a cozinha lavar toda a louça do jantar, Gohan se aproximou do pai, ficou o encarando por um tempo. Ele parecia estar sempre tão bem com tudo, o menino não conseguia entender aquilo.

—Pai.. até que o Senhor Vegeta é um cara legal, né!? – Pergunotou o garoto meio tímido.

— Claro que é! Eu tô muito feliz de ter alguém tão forte como ele fazendo parte do nosso grupo! Nós vamos detonar esses tais androides! – Falou passando as mãos no cabelo do filho, mais animado ainda com a batalha que estava por vir. Depois abaixou, falando bem baixinho para que só o filho ouvisse. – Amanhã quero que você acorde cedo, nós vamos fugir para treinar!

— Mas a mamãe vai ficar muito brava! – Falou o menino temeroso, se tinha uma coisa que o assustava era fúria da mãe. Mas Goku apenas piscou para ele sorridente como uma criança arteira.

—Relaxa, da Chichi pode deixar que eu cuido! Temos que nos preparar para batalha que está por vir ficando ainda mais fortes! – Falou confiante, começando a dar pequenos socos no ar.- Não vejo a hora de enfrentar inimigos tão poderosos!

—--X---X---X---

Bulma voltara para sua mesa, sobre os olhares curiosos, explicou o que havia acontecido. Um sorriso aliviado brotava em seu rosto deixando as outras duas mais tranquilas. Elas terminaram de comer suas sobremesas em paz, conversando sobre frivolidades, como a muito não faziam. Andava tão focada nos consertos e criações dos equipamentos necessários para o treinamento de Vegeta e para o crescimento da corporação que nem lembrava quando fora a última vez que havia saído apenas para divertir-se.

As três mulheres Brief chegaram no meio da madrugada, depois de um dia inteiro matando a saudade, o assunto Vegeta, fora esquecido por um tempo. Depois da ligação de Chichi o coração da esverdeada tinha ficado mais leve, parecia que realmente o alien estava mudando, mesmo que nunca assumisse.

Tighnt resolvera dormir no quarto da irmãzinha para conversarem, já que ela teria que ir embora no dia seguinte devido a uma missão com a Patrulha Galáctica. As duas estava deitada na cama da mais nova, a loira lhe contava sobre sua aventura, mas nenhuma delas eram tão perigosas quanto da caçula.

—Minhas aventuras não evolvem aliens dominadores de planetas, mas são boas história! – Falou a loira, com um pouco da inveja das aventuras da irmã. – Uma pena que não consegui conhecer esse alien bonitão! Por sinal, não tem outro por aí dando sopa, não? Os da minha patrulha parecem saídos de alguma promoção de brindes de lanches infantis!!

— Acho que só sobrou o Vegeta e o Goku mesmo, e já acho que é sayajin demais para esse universo! E não sei não. Você não os aguentaria, eles agem sem pensar, querem resolver tudo no muque! Se eu tivesse força eu mesmo os enforcaria! – Bufou a esverdeada, não ia ficar triste se tivesse uma aventura tranquila e divertida descobrindo mundos novos, ao invés de ter sempre que ficar juntando esferas do dragão e rezando para o mundo não explodir.

— Acho que cada um tem o carma que merece! – Falou a mais velha fazendo cosquinhas na caçula. – Porém não ia me incomodar de me acabar num alien gatão!

— Bem, nesse ponto eu não posso reclamar! – Falou Bulma com os olhos vibrantes de malícia, só de lembrar da noite vulcânica com o moreno seu sangue já fervia. – Ele realmente sabe o que fazer!

Descontraída acabara contando alguns detalhes totalmente censuráveis para sua irmã, o interrogatório continuou quase até de manhã, quando finalmente pegaram no sono. As duas ficaram dormindo abraçadas, como não faziam desde que a esverdeada era criança. Podiam passar anos longe uma da outra mas continuavam próximas.

Quando Vegeta adentrou voando pela janela, acreditava que a esverdeada estava sozinha, mas logo sentiu um ki muito fraco perto dela. Aproximou-se e viu que era uma garota loira muito parecida com a mãe de Bulma. As duas ressonavam tranquilamente, duas beldades, mas a seus olhos a esverdeada era muito mais. Ficara um tempo ali distraído, apenas zelando o sono, sem nem ao menos saber o porquê, que nem percebera quando as orbes escuras de Tinght abriram e o encaram com ar divertido.

— Então você é o famoso, Vegeta! – Falou baixinho a loira se virando para ele, quem exibia uma carranca assustadora por ter sido pego. – Bem que minha mãe falou que você tinha cara de mal! – Falou se esticando e sentando na cama com cuidado para não acordar a irmã.

O moreno continuava quieto, tentando não demonstrar como aquilo lhe incomodava, a última coisa que queria era ser pego no flagra daquele jeito. Depois do jantar tenebroso que tivera na casa de Goku, só queria ver o rosto da amante para se acalmar. Não esperava encontrar outra pessoa, e uma com o mesmo olhar de raposa da Srª Brief.

A loira levantou-se, sem nem ligar para cara amarrada dele, aparentemente a família Brief era completamente imune a carranca de Vegeta, nenhum deles parecia teme-lo. Estava perdendo o jeito, nunca em todos os seus anos de soldado lidara com tantas pessoas destemidas, precisava consertar isso logo, ou perderia completamente sua moral.

—Eu estava preocupada, com a minha pequenina Bum, sabe desde pequena ela sempre se meteu em encrencas bem maiores que ela! – Continuou a loira com o mesmo sorriso gentil do Srº Brief. – Mas ela continua achando pessoas incríveis por onde passa! Contudo, Senhor Vegeta, tenho que te alertar que invadir o quarto de uma mulher solteira pela janela é crime! - Falou brincalhona, esperando alguma reação da estátua carrancuda a sua frente. Finalmente tinha conseguido uma reação, a carranca conseguia ficar ainda mais feia, os olhos estreitos a encaravam com ódio mortal.

—Não ligo a mínima para suas leis! Eu sou um príncipe e só sigo minhas próprias lei, não se meta – Falou o moreno silvando. Não gostava de ser encurralado ainda mais por alguém fraco e desconhecido com a mulher a sua frente.

— Nosso você realmente é um amorzinho! – Ironizou a Loira, levantando e estendendo a mão para ele – Bem vamos começar de novo! Olá! Sou Tinght Brief, sou a irmã mais velha da Bulma, é um prazer conhece-lo, cunhadinho! – Ele apenas encarou a mão dela sem apertar, a loira estava se divertindo com tudo aquilo, conseguia entender o que a irmã vira nele e porque sua mãe gostava tanto dele. Ele podia ser o cara mais cruel fora daquela casa, mas ali ele realmente agia como um nobre honrado, muito rabugento mas honrado.

—Tanto faz! – Falou dando um leve tapa na mão da garota, não ia apertar a mão daquela insolente, deu as costas indo em direção da janela, aquele com certeza não era seu dia. Saíra voando irritado, todos os seus planos daquele dia havia sido frustrados, queria matar alguém.

— Pode se levantar, ele já foi! – Falou Tinght, assim que Vegeta sumiu pela janela, Bulma abria os olhos com ar divertido. – Maninha, super te entendo toda essa atração! Não ia me incomodar nenhum pouco com um deus grego desse andando por aí! Mas ele podia sorrir um poquinho, aquela carranca dá um pouco de medo!

A Esverdeada se espreguiçou alargando o sorriso, ela não imaginava que o moreno fosse aparecer por lá, fora conferir se ela estava bem, isso deu uma pontinha de felicidade, que aumentou ainda mais pela expressão divertida de sua irmã.

— Achei que ele fosse perceber! Se não o conhecesse diria que você o assustou! Você é pior que a Mamãe!!– Brincou a mais nova se encostando no travesseiro.

— Bum, realmente não sei o que pensar dele! Contudo, como sua irmã mais velha, tenho que lhe dizer! – Falou a loira encarando a irmã muito séria e depois sorriu- Vai com tudo! Se der ruim, eu compro o melhor sorvete do universo para você chorar as pitangas! Cai de boca! – Falou brincalhona abraçando a outra, as duas riram.

— Sabe, você deveria dizer que eu devia ser cautelosa, que não devia ficar saindo com Bad boys essas coisas que irmãs deveria fazer! – Falou a esverdeada divertindo-se.

— Nunca fui convencional! – Falou a outra brincalhona, mas depois ficou mais séria. – Só tome um pouquinho de cuidado, ele pode estar apenas fingindo!

— Fingindo, acho que não, é orgulhoso demais para fazer algo assim! – Falou a caçula pensativa olhando para o teto- Mas pode ficar tranquila, eu estou tomando meus cuidados! Não é como se eu esperasse que ele virasse algum tipo de príncipe encantado que fosse me pedir em casamento e fossemos felizes para sempre! Ele nem de longe alguém desse tipo...Eu só quero aproveitar toda aquela estamina! – Falou desenhando o tórax perfeito do moreno com as mãos no ar. - E tenho que assumir ficar criando coisas para aperfeiçoar as técnicas de lutas dele, tem feito a empresa evoluir a passos galopantes! Então, por enquanto, estou apenas aproveitando as oportunidades!

As duas riram, o sono havia sumido mais uma vez, e voltaram a conversar, agora que a loira tinha finalmente visto o sayajin pessoalmente, tinha ainda mais impressões para trocar com a irmã. Apesar das dúvidas que pairavam na mente das duas sobre o moreno, nenhuma delas estava disposta a jogar água fria naquilo. Bulma decidira dar pequenos passos, sem criar expectativas demais sobre o que poderia acontecer, a mais velha concordara que era a melhor opção.

A manhã passara muito rápido, principalmente depois de não terem dormido praticamente nada. Logo após o almoço, Tinght despediu-se da família e fora embora, não vira mais o sayajin depois do aparecimento no quarto. Ele havia ido bem cedo, treinar na câmara que havia recebido alguns reparos do Srº Brief, e não era do feitio dele se despedir.

O resto do dia, Bulma ficara no laboratório acertando os protótipos dos novos drones, iria fazer o moreno se arrepender de destruir tudo que ela construiu com tanta dedicação. Não via a hora de terminar e esfregar na cara dele, e quem sabe se acabar mais uma vez nele depois que explicasse como funcionavam. Depois da conversa com sua irmã, estava louca para colocar algumas teorias que tiveram em prática.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Não esqueçam de deixar um comentário!^^
Adoro saber o que vocês acharam!!

Beijos e até a Próxima!!



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