Instinto & Coragem - Fanfic Interativa escrita por Soo Na Rae


Capítulo 2
2 - Dente Dourado


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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2

DENTE DOURADO

 

O dia se mostrou longo demais para o que a noite guardava no Dourado. As Terras Fluviais estavam congeladas, seus inúmeros rios quase não corriam para o mar e as pessoas morriam de fome tentando subir a montanha. Enquanto olhava para os campos brancos no horizonte, Lorde Lefford sentiu o peso de seu cargo como Guardião da Passagem. As montanhas intransitáveis que começavam no Pedregoso tinham o seu pico na costa que dava origem ao Rochedo dos Casterly, uma linha de duras montanhas de pedra, recheadas de ouro e ferro. Protetor das montanhas do rei, das minas do rei, de todo o norte do rei. A Casa Lefford tinha um legado e uma missão muito mais importante que ser agradável na Corte. Estavam ali com cinco mil homens nos Portões, três mil ao longo da montanha para leste e mais duas torres de vigia para oeste, cada uma com mais quatro mil e quinhentos soldados. Treinados no Pátio do Dente, garotos que vinham das vilas montanhosas, eram seus protegidos.

E todos os dias tinham de matar homens e mulheres do reino vizinho, pois era o seu trabalho não permitir que qualquer inimigo invadisse as terras de sua majestade, o Rei Corlos Casterly. Os ignorantes os chamavam de homens de pedra, duros demais para vestirem as sedas ou dançar os bailes. Isso nunca incomodou-o. Todos os dias, quando o inverno começava, ele vinha ali e via os pontos acesos na neve, às vezes pensava ouvir um grito ou outro. Mas, após meses, era tudo apenas neve e ventos incansáveis. Neste momento, Dente Dourado também estaria completamente debaixo do inverno e todos os garotos que se entregaram aos Protetores das Montanhas agradeceriam por estar sob a proteção de uma Casa rica e importante.

Já era o seu décimo oitavo inverno naquele lugar. A distância, havia apenas pequenas marcas de branco, mas as aves fugiam de seus ninhos e os animais se escondiam nas tocas. Era hora de fechar os portões.

— Mandem fechar os portões - ordenou ao oficial da Patrulha enquanto descia as escadas de sua torre de vigia. Uma fortaleza com uma torre, um castelo e os estábulos para cães ao invés de cavalos. Os recrutas daquela estação descansavam encostados nas muralhas quando seu Senhor atravessou o pátio. Garotos que raramente voltariam a ver os pais, com idades entre 8 e 10 anos, ansiosos por erguer uma espada e comer refeições fartas. Os mais sonhadores imaginavam-se cavaleiros, matadores de sereias e tritões, defensores das montanhas.

Ninguém nunca saberia seus nomes.

— Milorde - seu mestre de armas se juntou a caminhada, era o homem responsável por transformar aqueles garotos em homens fortes. - Esta manhã recebemos mensagens de Atalaiadomar; Vinte camponeses de Marcopasso tentavam passar pelas montanhas entre Atalaiadomar e Torralta. Os velhos foram poupados e enviados com as crianças de volta para o vilarejo.

— A cada inverno, mais pessoas tentam passar pelas montanhas ao invés de pedir abrigo nos portões. Irão todos morrer antes que o inverno atinja essas pedras. As montanhas se defendem sozinhas, elas não abrigam invasores. - Ycaro Lefford disse a si mesmo, embora olhasse dentro dos olhos de seu mestre armeiro. - Mas talvez devêssemos pedir ao rei que permita diminuir o pedágio. Talvez os velhos de Marcopasso se sintam mais propensos a pagar.

— Quer que eu ordene ao meistre que escreva uma carta à vossa majestade?

— Sim - Ycaro parou em frente aos garotos ofegantes e suados na muralha. Eles se encolheram e se agruparam em uma fileira. Pareciam ter medo de encarar um homem de quarenta anos que possuía aquela fortaleza e que mais tarde também os possuiria para mandá-los a uma de suas torres. - Ainda não conheci os novos soldados.

O mestre se adiantou.

— Vieram de Pontequebrada, a maioria tem oito anos. Seus pais acreditam que esse inverno será mais longo que o outro. Marc, Pate, Godfrey, Tuck, Oliver, Ray… - o mestre se deteve diante de um garoto atipicamente louro e alto. Parecia-se mais com um garoto de Lannisporto que de Pontequebrada. - Jon?

— Não, senhor. - o garoto olhava para seu superior com certeza arrogância. Deveria ser o bastardo de algum dos senhores que Ycaro Lefford tanto tentava se afastar.

— Jorad?

— É Jonaten, milorde. - o rapaz se curvou - E eu já sei como bater em camponeses. Posso treinar com os mais velhos?

— Você treinará com os da sua idade, Jonaten. Senhor, esses são os últimos esse ano. Devo colocá-los junto aos outros pequenos?

— Sim, ocupará menos espaço - Ycaro observou o bastardo e então continuou andando em direção ao castelo. - Lembre-se de pedir ao meistre pela carta.

Ycaro Lefford tinha muito a fazer. Olhar para o norte era apenas uma tradição do Senhor do Dente, a verdadeira obra estava aguardando no salão de banquete, escuro demais para festas, rústico demais para a nobreza. Melhor que qualquer Rochedo Casterly. O seu salão tinha cinco mesas, elas eram usadas por sua família, os mestres da fortaleza e convidados. Raramente a mesa de convidados ficava ocupada e desafortunados eram os dias em que o lorde tinha de passar por entre ela e a mesa de sua família para cumprimentar as bocas que alimentava. Ele se esforçou para ser o mais decente possível, mas um homem de pedra não era o melhor em saudações, ele sabia disso, assim como todos naquele reino e no outro.

Curvou-se diante do príncipe do Reino dos Rios e beijou a mão de sua mãe. Os demais homens que acompanhavam a comitiva de Yller Campioni eram seus capitães e cavaleiros, apenas devolveram o olhar duro e continuaram a banquetear-se. Ycaro sentou-se em sua cadeira no centro da mesa da família, os dois lugares ao seu lado estavam vagos e sua filha, Netalia, não ergueu o rosto de seu prato de lentilhas e carne de ovelha. O estoque dos recursos de Dente Dourado era desperdiçado igualmente antes e depois do inverno, mas ela não escondia o desgosto por comer “ração de inverno” antes do frio chegar.

O jantar foi silencioso, nenhum cantor para divertir os convidados, sem álcool pois Ycaro Lefford detestava bêbados em seu salão de banquetes, apenas a meia iluminação e uma criada que tentava em vão manter o fogo aceso perto da mesa de seu senhor.

Os homens do rio chegaram naquela tarde, portavam os estandartes da fênix e anunciavam o nome de sua alteza Príncipe Yller. Não havia convocações do rei para algum convidado do Reino dos Rios, sem qualquer mensagem de sua estadia ou chegada, os visitantes apenas pararam em frente ao Portão do Dente Dourado e pagaram a taxa de passagem. Antes que o inverno chegasse, todos os que pagassem o pedágio teriam abrigo na fortaleza para continuar a viagem em direção a Valecorno para seguir a Estrada que serpenteava o Ramo Vermelho, normalmente buscando trabalho nas fazendas das terras da Casa Spicer e Casa Sarsfield. Era a primeira vez que um príncipe pagava para passar por seu Portão. Ycaro Lefford tinha medo de que ele e seus silenciosos homens o matassem durante a noite, tomassem o castelo para si e pendurassem seu corpo junto de Netalia nas muralhas para mostrar quem comandaria a Passagem agora.

Havia cinco mil soldados na fortaleza e dez tinham a única obrigação de proteger a família do Lorde. Ycaro comeu suas lentilhas uma por uma e depois chupou a carne de ovelha imaginando que era um dos animais idosos do seu cercado e muito de sua lã fazia hoje suas camisas de inverno, mantas e mantos. Sua filha terminou a refeição e retirou-se com a mesma quietude, os mestres deixaram seus afazeres para o jantar, eram todos dos vilarejos daquela montanha, conquistaram seus cargos com habilidade e não com nomes. Confiava neles. E depois que o pedágio é pago, as ordens reais são de abrir os portões. Ele não poderia evitar o que quer que fosse.

Só tinha certeza de que havia cumprido a sua obrigação.

— Aquele homem é estranho - Amelys olhou para o anfitrião por cima de seu prato - Aposto que quer nos matar de fome, olhe para isso - a mulher virou a comida com seu garfo - São vinte bolinhas verdes e um pedaço de carne do tamanho do meu punho. E eu tenho um punho pequeno até mesmo para uma dama.

— Apenas coma, mãe - Príncipe Yller detestava ouvi-la reclamar de tudo, mas não discordava quanto a qualidade da comida. Imaginava que o rico Lorde do Dente teria um pouco mais que ração de inverno para sua própria mesa, mas estava enganado. De qualquer forma, haviam comido em seu salão, dividido sua carne e… água. Isso deveria valer alguma coisa como anfitrião, se é que os deuses falavam alguma coisa para os homens para-lá-da-montanha. - Temos uma longa noite a frente.

— Deveríamos abrir a garganta dele e tomar a fortaleza. - seu escudeiro grunhiu por cima da mesa. Nunca um homem havia sussurrado com tanta vontade de ser ouvido, Yller pensou. - Fácil de colocar o exército para dentro, invadir nas portas de Rochedo Casterly. O rei nem terá chances de…

— Invadir uma das fortalezas mais bem armadas do reino, com mais três castelos sentinelas tão bem armados quanto, usando vinte homens, uma mulher e seu príncipe. - Sor Hegel riu mostrando restos de ovelha entre os dentes. - Esse é o pior plano que já ouvi na vida.

— Não vamos tomar o castelo. Lorde Lefford nos deu abrigo e comida, somos seus hóspedes. Nem ele e nem nós podemos ir contra as leis dos deuses. - Yller disse firmemente para Pyper Crowl. O rapaz tinha cabelos ruivos e era fraco, não aguentava apanhar e reclamava dos hematomas. Se não fosse filho de Gregor Crowl, jamais seria escudeiro.

Pyp bufou e continuou comendo sua refeição.

Eles terminaram e se retiraram para o abrigo comum a todos os convidados de Lorde Lefford, dentro de seu castelo. Havia camas para ele e sua mãe, mas os demais dividiriam palha e lã. Os homens do Dente Dourado vigiavam-nos por todos os caminhos. Desde a passagem pelo portão, eram como inimigos salvos apenas pela proteção do seu Senhor. Yller era um príncipe e seu castelo tinha quartos melhores para os criados do que aquele tinha para os convidados, mas não se importava com o luxo recebido ou as honrarias. Era mais prático do que muitos homens de seu nascimento, mais tolerante que muitos à beira do inverno. Menos quando o assunto era Amelys.

Preferia ter trazido uma liteira com seus avós do que atravessar os reinos com sua mãe. Mulher irritante mesmo para ele.

— Eu vou caminhar. - informou-a, já na porta do quarto.

— Não, está tarde.

— Preciso ir - Yller sorriu complacente, mas sua querida progenitora fechou o livro que lia e o encarou com a expressão de uma mãe que ralha com o filho levado.

— Você é meu filho e eu digo que não.

Ele suprimiu um outro sorriso, dessa vez genuíno, e caminhou novamente para o quarto. Beijou-a na testa como de costume. Respeitava-a. Honrava-a. Era sua mãe e devia a vida a ela. Mas um homem de vinte e três anos não precisa obedecer ninguém além do Senhor de sua Casa. E neste quesito, era ele mesmo.

— Vou caminhar.

Deixou-a resmungando no quarto, era o que ela fazia de melhor. A noite começava e os soldados vigiavam as muralhas em cada seguimento. Tantos homens em uma fortaleza não tão grande, havia quatro para cada porta a ser protegida, as mesas no refeitório comum estavam todas cheias e as cozinhas trabalhariam até que o último estivesse servido. Ele entrou na construção, risadas e música tocada pelos próprios homens. Não o notaram, por que notariam? Era apenas mais um dos muitos vestido em couro, talvez de melhor qualidade do que todos ali um dia iriam vestir, mas isso não importa se não há ninguém interessado em analisar.

Sentou-se em uma das mesas afastadas da cozinha, estava quase vazia com a exceção de dois garotos de no máximo quinze anos. Eles se entreolharam e continuaram a comer suas lentilhas com carne de ovelha. Então Lorde Lefford não fora mesquinho.

— O que está fazendo aqui?

Os meninos se levantaram imediatamente e deixaram a mesa, atrás de si estava a filha de Lorde Lefford, a garota que fora a anfitriã antes de seu pai chegar. Netalia deveria ser seu nome. O mesmo da mãe morta no parto, uma menina de beleza relativa, descendência milenar e com um ótimo nome. Rica o suficiente para tornar Monte Quebrado um Monte Reparado. Única filha de Lorde Lefford, dezessete anos. Uma noiva perfeita para o que queriam. Mas… isso era o que sua mãe pensava, o que ficara o caminho inteiro de Monte Quebrado até Dente Dourado tagarelando em seu ouvido. Case com Netalia, não vá para a Corte, ninguém quer um outro príncipe invadindo o rochedo tão cedo.

— Perdão, vossa alteza. - a garota fez uma reverência ensaiada. - Foi um péssimo modo de dizer boa noite.

— Foi, sim. - Yller se levantou e convidou-a para sentar à mesa. - Mas um muito mais sincero.

— Cortesia nunca foi um sinônimo para sinceridade. Mas o que seria das mulheres se fosse? - ela sorriu como as moças nobres eram ensinadas a sorrir.

— Notei que minha senhora não foi muito falante durante o jantar.

— É falta educação falar com a boca cheia, milorde - Netalia respondeu da mesma maneira educada e cordial, pareciam mantê-lo afastado, mas ao mesmo tempo dentro do assunto. - Mas se o agradar, posso tomar o desjejum ao seu lado.

Putas teriam rido e dito isso com um sorriso malicioso, mas não uma garota bem nascida. Suas palavras, por mais ambíguas que fossem, para ela não significavam nada mais do que pura cordialidade e boa-vontade. Yller teria de se acostumar com essa pomposidade se quisesse se dar bem na Corte de Rochedo Casterly. Os Rios eram muito mais simplórios. Use força, seja rei, mantenha os homens com medo de desafiá-lo. Gere o máximo de herdeiros possível. Precisava se casar imediatamente, ou seu avô morreria e ele teria de assumir o trono. Ótimo momento para um usurpador surgir, sem herdeiros isso era um prato cheio. Mas se tivesse algum bebê birrento para assegurar sua linhagem… Talvez pudesse ser a primeira dinastia das Terras Fluviais.

— Você me perguntou o que faço aqui, e irei respondê-la, milady. - Yller se curvou sobre a mesa e disse em tom baixo - Queria ver se eles têm cerveja.

Netalia riu e negou com a cabeça. Ela era bonita quando fazia isso, mover o queixo de um lado para o outro enquanto sorri. Seus olhos se esticam junto e ela parece estar tendo dificuldades para ver, como quando se acorda e tem de lutar contra a claridade. Não era o tipo que ele gostava, mas já ouvira falar sobre homens que gostavam. Talvez ela conseguisse um bom casamento com alguém de uma boa Casa por causa disso. É triste quando garotos são obrigados a casar com filhas únicas de homens ricos e elas são feias.

— Mas talvez descubra que, conversando com as pessoas certas, vai encontrar um barril escondido entre as ferramentas do estábulo. Mas não conte aos outros que eu disse isso.

— Um príncipe ficará em dívida. - provavelmente não havia mais o que conversar, a não ser que Netalia quisesse sugerir casamento. Moças não vinham conversar com homens, elas tinham tarefas mais divertidas como bordar e fofocar umas com as outras. Se uma delas vinha até você, é porque ou o seu pai pediu para isso, ou ela quer algo muito importante ou ela quer um casamento. Não queria ser arrogante, mas… Príncipe Yller de Monte Quebrado era uma oferta tentadora. - A senhora vem aqui com frequência?

— No refeitório comum? Não. - Netalia fez uma careta - Não sou um dos soldados, só a filha do Lorde. Fiquei curiosa com o fato de nosso convidado ter interesse em um segundo prato de lentilhas.

— Eram ótimas lentilhas.

— O que vocês comem em Monte Quebrado?

Comida. Ela realmente não estava atrás de um casamento, queria saciar sua curiosidade sobre lugares misteriosos e longínquos. Garota mais esperta do que parecia.

— Não é lentilha com ovelha, posso garantir. Às vezes temos porco, às vezes gansos. Há muitos gansos nos Rios, já viu algum ganso, milady?

— Só os que voam para fugir do inverno. Não há muitos animais que gostem das montanhas. É por isso que estamos aqui.

— Porque os animais não gostam?

— Não - Netalia novamente balançou a cabeça. - Porque é difícil estar aqui, mas também é preciso. Não deixar que inimigos invadam nossas casas e matem milhares de inocentes. Proteger o reino, proteger o rei. Evitar a guerra. Controlamos  as montanhas e não invadimos nossos vizinhos, mas mesmo assim há os que queiram tentar a sorte. Os deuses são bons por nos darem essa honra. Se fosse de outro, já teria se feito Rei dos Rios.

— Isso nos tornaria inimigos, eu temo.

— Já houve um Lefford que quis invadir o seu reino. Antes de todas as pessoas vivas hoje existirem, ele queria usar os Protetores da Montanha para lutar ao seu lado. Dar a coroa de um reino ao seu rei era o que o motivava. Ser lembrado na história como um grande herói. Nossa Casa sempre se lembraria dele e de como fora corajoso.

— E o que aconteceu? - Yller olhou ao redor. Quantos daqueles soldados iriam contar aos seus superiores sobre aquela conversa?

— Nós nos lembramos dele, mesmo após séculos, o chamamos de Jake, o Homem de Pó. - Netalia se levantou e arrumou a saia do vestido, o assunto estava no fim. - Sabe o que acontece quando um homem de pedra encontra o juízo de seu rei? A pedra é quebrada por um grande martelo e se torna pó. Poeira sob nossos pés. É o que acontece com homens gananciosos, milorde. Mas você não é um, eu espero.

— Só desejo o que preciso. - ele respondeu, mas não sabia se era a resposta certa.

— Então qualquer coisa que seja isso, serve. - ela sorriu e virou-lhe as costas.

Voltou a pensar em casamento. Ou assassinato.

Era difícil saber o que uma mulher realmente queria.

Yller Campioni


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de procurar seus personagens no Tumblr para ter certeza de que ele já está dentro da Fanfic: instintoecoragem.tumblr.com
Ainda há muitas vagas, nem todas precisam ser preenchidas, mas se os leitores atuais gostarem da ideia e quiserem fazer mais, sintam-se livres ^.^
Beijos da Mell



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