Filhos De Martino - Enigma Do Amor(Degustação) escrita por moni


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa noite. Amo vocês demais. Meu velho e bom Nyah!!!



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   Emiliano

  ─ Luigi chegou para reunião. – Justine diz entrando em minha sala sem cerimônia e deixando uma pasta sobre minha mesa.

   ─ Quem é Luigi?

   ─ Um dos filhos De Martino, que trabalha com Filippo e Enzo, não sei dizer de quem ele é filho.

   ─ Mandaram um dos filhos para reunião? Sério que vou ter que lidar com um garoto?

   ─ Emiliano, esses garotos de hoje em dia geralmente são geniais. – Faço careta, ela ama discordar de mim. – Leia esses documentos, ele está no saguão. Quer recebe-lo aqui ou na sala de reuniões?

   ─ Aqui mesmo, espere uns dez minutos e depois mande que suba. Vou ler isso aqui primeiro.

   ─ Não deixaria Enzo ou Filippo esperando.

   ─Então que bom que não é nenhum dos dois. – Ela resmunga qualquer coisa enquanto deixa minha sala e rio em silêncio. No fundo, bem que gosto de irrita-la. Justine é bem irritável e está sempre me desafiando.

   Me distraio no trabalho, são quase seis quando me lembro de erguer os olhos e encarar o relógio na tela do computador.

   ─ Justine! – Grito por ela, claro que apesar de estar uns passos de mim na sala ao lado, ela vai fingir que não ouviu só para me obrigar a usar o interfone. Quem manda nessa empresa afinal? Me pergunto pegando o aparelho e apertando o botão.

   ─ Sim. – Ela diz cínica.

   ─ Cadê o garoto?

   ─ Estou indo aí. – Ela desliga, problemas, sei que sim por que ela vai se dar ao trabalho de vir a minha sala explicar. Entra em sua saia preta até os joelhos e camisa branca de seda, os cabelos presos num coque elegante. Uma francesa que não esconde a elegância natural. Magra e esbelta, olhos escuros e rosto bem desenhado. – Temos um problema. Não grita.

   ─ Por que? O que... – Quero esbravejar mesmo sem saber o problema que vou enfrentar.

   ─ O rapaz chegou e se anunciou. Belina me explicou...

   ─ Quem é Belina? – Eu grito.

   ─ Sua recepcionista, ela explicou que ele estava irrequieto a sua espera, andando pelo saguão, saiu para a calçada, elas acharam que talvez fosse fumar um cigarro...

   ─ Que história longa! – Eu protesto.

   ─ Então, Angel chegou, os dois brigaram, o segurança até se aproximou, na verdade, eles juram que o rapaz parecia bem calmo enquanto...

   ─ Minha filha causava problemas! Não sei de onde ela puxou esse gênio difícil. Espere... disse minha filha? Angélica está aqui?

   ─ Não, depois da briga os dois... bom... Emiliano, Angel e Luigi saíram juntos o que significa que ele... não está.

   ─ Angélica, eu não acredito. – Fico de pé e ando pela sala. – Ela não fica feliz em me criar problemas, ela vai além, ela corrompe jovens promissores, sabemos que a culpa é dela. Não sabemos? Angélica quer me torturar, não tem outra explicação. Para onde foram? Por que ainda não ligou para ela?

   ─ Algum dia vai me deixar falar sem me interromper setenta vezes? – Justine me pergunta. – Falei com Delfina, Angel...

   ─ Angélica.

   ─ Angel esteve em casa e veio te fazer uma surpresa e óbvio que esqueceu o celular.

   ─ O que eu faço? Me diz? Ligo para me desculpar com os De Martino? Aviso que muito provavelmente minha filha....

   ─ Emiliano, o rapaz é adulto, sua filha não sequestrou o rapaz. Que ideia?

   ─ Saíram a pé? Por que o segurança não a impediu? Para que tenho um segurança se ele...

   ─ Ele não é pago para correr atrás da sua filha. Nem deve ter passado pela cabeça dele e seria mesmo um insulto.

   ─ Sempre a defende. Nunca fica do meu lado. – Grito, ela fecha os olhos um momento, usa de toda sua elegância em saltos altos e finos para girar nos calcanhares e deixar minha sala. Irritante. É isso que é.

   Depois de dominar minha fúria, começo a trabalhar, ela tem razão sobre serem adultos, será que são namorados ou já foram um dia? Não é impossível, somos do mesmo círculo, talvez... bobagem, Angélica não namora, só... corre pelo mundo me torturando de preocupação.

   Justine volta a minha sala duas horas depois com uma nova pasta, ergo meus olhos e não tem mais qualquer olhar de raiva ou magoa, ela nunca fica brava comigo muito tempo.

   ─ Antônio quer marcar uma reunião além da semanal, precisa resolver algumas coisas e perguntou se pode reunir a diretoria.

   ─ Tenho agenda para isso?

   ─ Evidente que não, vou ter que remanejar umas reuniões. A viagem para Roma está confirmada para daqui uma semana, vamos ficar duas noites, não consegui menos que isso.

   ─ Se Angélica ainda estiver aqui... não sei, preciso mesmo ir a Roma?

   ─ Emiliano, talvez ela já tenha partido, sinto muito, mas sabemos que a Angel...

   ─ Ainda está fugindo da perda da mãe. Eu sei e tenho sido paciente, mas... estavam mesmo brigando? Ela e o De Martino?

   ─ Já posso ver seu cérebro trabalhando. – Justine sorri. – Passa das oito, melhor irmos.

   ─ Tem razão, vamos, Angélica pode chegar.

   ─ Me avisa. – Justine pede, daqui até a hora em que finalmente eu pegar no sono vamos nos falar umas dez vezes, pelo menos. – Boa noite, Emiliano.

   ─Está de carro?

   ─Não vou te dar uma carona, ainda preciso ir a mercearia, já disse para vir de carro ou não dispensar o motorista.

   Ela diz isso deixando minha sala. Nunca vou ser respeitado nessa empresa e a culpa é toda dela. O que custa me dar uma carona até em casa?

   Fecho minha pasta, desligo meu computador, quando deixo a presidência está tudo vazio e silencioso, desço pelo elevador pessoal, atravesso o saguão silencioso, o porteiro me abre a porta em um uniforme, me sorri amistoso, um táxi me aguarda na porta. Justine. Sorrio pensando em como ela gosta de me irritar e ao mesmo tempo cuida de tudo.

   Me acomodo e nem preciso dar o endereço, ela cuidou disso também. No caminho, aproveito para ler e-mails, pode ser que Angélica esteja a minha espera quando chegar.

   Uma lembrança de sua infância me toma a mente, a garotinha risonha que ela era a minha espera, o jeitinho como corria para meus braços já de pijama e olhos sonolentos, não dormia sem um beijo de boa noite.

   Um arrependimento toca meu peito quando me lembro das inúmeras vezes em que a pequena pegava no sono no sofá a minha espera, eu a carregava para cama e beijava seu rostinho, ela abria os olhos, dizia que me amava e continuava a dormir. Violetta ficava irritada, dizia que eu trabalhava demais, que não tínhamos tempo e eu sabia que ela estava certa.

   Não tinha ideia que ela ficaria tão pouco tempo comigo, não sabia que estava prestes a perde-la. Se imaginasse algo assim teria... difícil, teria abandonado tudo e passado todo tempo com elas? Não sei, achava e ainda acho que estava e estou cuidando do patrimônio da família.

   Della Torre e Sartori, no fim, com nosso casamento eu herdei a responsabilidade sobre tudo, duas fortunas em minhas mãos e muitas vidas. Não é apenas sobre mim. Tem muitas famílias sob minha responsabilidade, a de cada um dos funcionários.

   O táxi estaciona em frente a grande porta de entrada. Procuro minha carteira, eu devo ter algum dinheiro em algum lugar.

   ─ Já está pago, senhor. – Justine. Sorrio.

   ─ Obrigado. Boa noite.

   A casa está silenciosa, Delfina não está para me receber, já deve ter se recolhido, deixo a pasta sobre a poltrona no hall de entrada, apenas uma parte da iluminação acesa. Sigo para o bar e me sirvo de um uísque, tiro o paletó e desfaço o nó da gravata, consulto o relógio de pulso depois de dar um gole na bebida amarga.

   Angélica não está. Me sento no sofá com meu copo, a cabeça lateja um pouco, dia complicado. Pego o celular.

   ─ Justine.

   ─ Sim. – Escuto o barulho do marcador do caixa contabilizando suas compras.

   ─ Ela ainda não chegou.

   ─Imaginei. Me avisa quando ela voltar.

   ─ Aviso. Quantas compras.

   ─ Não tenho uma Delfina para cuidar das coisas, Emiliano. Vejo você amanhã.

   ─ Boa noite.

   Deixo o copo e vou para o quarto, tomo banho e coloco uma roupa confortável, quem sabe corro um pouco na esteira assim o tempo passa.

   Desisto, desço de volta ao andar de baixo, na sala de televisão eu me distraio mudando de canal, nada, nunca passa nada interessante.

   Pego o celular, onze da noite, Justine ainda está acordada, tenho certeza, se não estiver tem sono leve e vai gritar comigo, pelo menos é alguma coisa. Odeio esse silencio irritante.

   ─ Ainda está esperando por notícias? – Pergunto assim que ela atende.

   ─ Emiliano... jantou?

   ─ Não, me esqueci, podia ter me distraído uns dez minutos com isso.

   ─ Me espera, estou indo, vou prepara o jantar e conversamos um pouco. – Sorrio, ela nunca me deixa na mão.

   ─ Dez minutos, é o tempo que leva do seu apartamento... – Ela desliga, rio, adoro como ela não me deixa dominar a situação. Leva vinte minutos até ouvir os grandes portões se abrirem e seu carro correr pelas alamedas, ela não precisa de anuncio, é Justine, tem até um quarto que ocupa nas muitas noites que dorme aqui quando trabalhamos até tarde.

   Traz um pacote nas mãos que corro para tomar dela, grato e gentil, ela ri do meu gesto e ganha uma careta, acompanho Justine até a cozinha, usa um vestido elegante e simples, os cabelos estão soltos e o perfume é o mesmo de sempre.

   Vamos conversando sobre trabalho enquanto ela prepara uma massa leve com molho branco e eu abro um vinho. Nos sentamos na sala de jantar. Ela me observa provar a comida.

   ─ Magnifico. – Nem sei se está tão bom assim, mas não me atrevo a ignorar seu esforço, ela não permitiria.

   ─ Angel está bem. No fundo ela sabe se cuidar.

   ─Está em Florença. Saber que está aqui... toda noite, quando penso nela... digo sempre a mim mesmo que ela está em qualquer lugar que seja dia. Está segura, passeando por aí numa cidade bonita, sob um sol fraco, então posso dormir, mas sei que ela está aqui e então... é noite. Entende? Os perigos...

   ─ Ela não está sozinha. Falei com uma amiga que conhece os De Martino. Todos eles, ela me garantiu, todos são ótimos e com toda certeza Angel está em boa companhia.

   ─ Sei que são bons. Uma menina de dezessete anos por aí. – Justine ri.

   ─ Vinte e dois, diminui a idade dela para parecer mais jovem?

   ─ Não. Para ela parecer menos irresponsável.

   ─ Faz sentido. – Justine toma um gole do vinho, meia noite. Amanhã tenho reunião as nove da manhã. – Que acha de dormir?

   ─Mais tarde. Cozinhou para ele? – Justine revira os olhos. – Sabe que ele é um canalha. – Não consigo esquecer que ela saiu para jantar com Augusto Cezare.

   ─ De novo isso? Juro que se pudesse voltar no tempo não teria aceito o convite, foi há quinze dias e todos os dias me lembra disso. Foi um jantar apenas, num restaurante, não o levei para casa e não... Vá para o inferno, não têm nada com isso.

   ─ Iria, mas tenho intolerância ao calor. – Ela toma o resto do vinho e se coloca de pé.

   ─ Boa noite.

   ─ Dorme aqui. Não vai sozinha para casa, nunca entendi por que insiste em manter aquele minúsculo apartamento. Podia vir morar aqui.

   ─ Por que eu adoro ter umas horas livres de você. Se morasse aqui, jamais me daria paz e por que... Emiliano, faça como eu, durma, sua filha está bem. É só uma jovem vivendo a vida.

   ─ Sempre defende Angélica, se não fosse velha estaria com ela nessa coisa hippie de mochila nas costas.

   ─ Velha? Por que eu trabalho para você? É grosso, barulhento e insuportável.

   ─ Velha perto dela, comparando... ah! Você entendeu, sabe muito bem que mulher é você, não finja insegurança. Não precisa desses elogios superficiais.

   Justine tem trinta e cinco anos, é linda e segura, independente e dona das próprias escolha, admiro tudo nela e ela realmente sabe disso.

   ─ Já te mandei para o inferno hoje?

   ─ Sim, mas...

   ─ Eu sei, intolerância. Boa noite. Saímos as oito. – Ela me deixa agora rindo. Foi bom, me distraiu da preocupação. Vou para meu quarto, quando me deito volto a pensar em Angélica. Ela sempre me apronta alguma. Sempre. Podia ser pior, tenho que admitir, se fosse como os filhos do meu irmão eu teria vergonha. Sempre bêbados e se metendo em escândalos. Pelo menos eu não tenho esse tipo de preocupação.

   Estou pronto para ir ao escritório, com a pasta na mão a espera de Justine quando a porta se abre e minha menina entra risonha e despreocupada. Jeans, tênis velhos e cabelos coloridos.

   ─ Papai! – Ela me abraça, cheirosa e delicada, nem parece que desapareceu por toda noite, por todo ano, para ser mais preciso.

   ─ O que fez com o De Martino? – Ela me olha surpresa e confusa.

   ─ Como sabe?

   ─Que estava com o menino De Martino? – Angélica afirma. – Ele tinha uma reunião comigo e não apareceu e estiveram gritando um com o outro na frente... o que aconteceu?

   ─Ele deixou uma reunião com você? – Ela gosta da notícia, os olhos brilham para minha surpresa.

   ─ Sim. De onde o conhece?

   ─ De uma estação de trem em Istambul, de alma, não sei, foi como... ele estava com o Coração.

   ─ Com o que?

   ─ Deu nome a ele, ao colar da mamãe, Luigi cuidou dele todos esses meses e hoje...

   ─ Ontem. Isso foi ontem! – Eu tento domar a vontade de gritar sem muito sucesso. Justine surge exuberante e impecável.

   ─ Bom dia. – As duas se abraçam. Vê-las juntas sempre me toca um pouco, gosto de como o olhar de Justine sobre ela é carinho e preocupado, como lembra um pouco os olhos de Violetta sobre Angélica. Também gosto de como minha filha retribui o carinho.

   ─ Justine, que saudade de te abraçar, dormiu aqui? Com meu pai?

   ─ No quarto de hóspedes, Angel, estava tarde.

   ─ Quando decidirem, posso ser a madrinha?

   ─ Não vire o jogo mocinha! Passou a noite fora.

   ─ Amo você, papai, mas não vamos ser hipócritas, eu estou fora há dois anos, pelo menos.

   ─ Amo você, meu anjo. – Beijo seu rosto, toco os cabelos coloridos desejando ver algum dia a cor natural, ela revira os olhos lendo meus pensamentos. – A família De Martino é importante, Pietra esteve em meu casamento, talvez tenha estado no casamento dos meus pais. Vittorio me pediu há muitos anos para dar chance a agencia do irmão, eu era jovem e eles também e achei boa ideia e trabalhar com eles todos esses anos tem sido bom e fácil. Além da amizade das famílias.

   ─ Papai, não sei quem é Pietra, nem reconheço essa amizade já que nunca os vi.

   ─ Não frequentamos a casa uns dos outros, mas temos laços de amizade...

   ─Outro nome para negócios, dinheiro e...

   ─ Também, boas relações que eu não quero que destrua numa noite de...nem gosto de pensar.

   ─ Alguns beijos, papai, só isso.

   ─ Angélica, eu prefiro não falar disso.

   ─ Agora que tocou no assunto...

   ─ Eu não toquei, você tocou.

   ─ Agora que eu toquei no assunto. – Ela se corrige. – Ele foi um cavalheiro das antigas, que lindo. – Ela sorri toda encantada. – Nenhuma vez, nem mesmo uma insinuação nesse sentido. Que estranho.

   ─ Não tem nada estranho em ser respeitador! – Rebato um tanto grato por saber que ele foi respeitoso.

   ─ Isso é tão século passado. – Ela ri num ar de tédio. – Eu podia ter tomado a iniciativa, mas o fato é que ficamos envolvidos de um jeito tão mais profundo.

   ─ Por que não nos sentamos e tomamos café da manhã juntos? – Justine convida.

   ─ Tomamos café da manhã juntos, eu e o Luigi De Martino sei lá mais quantos nomes importantes para vocês ele tem. Vou tomar um banho e dormir um pouco.

   ─ ficaram até de manhã, o rapaz me deixa esperando e....

   ─ Papai, agora que sabe que ele se portou bem, por favor, seja generoso.

   Ela me abraça, beija meu rosto e depois o de Justine, tenta se afastar, mas seguro seu braço, ela me olha atenta.

   ─ Prometa estar ainda aqui quando eu chegar.

   ─ Não tenho intenção de viajar agora, papai, vou estar aqui quando chegar, podemos jantar juntos. O que acha?

   ─ As oito vou estar aqui. – Olho para Justine, ela balança a cabeça em concordância, vai dar um jeito na agenda. Quem sabe esse rapaz não é a resposta que preciso? Talvez eu o convide para jantar, almoçar, casar com minha filha, amarra-la ao pé da cama, sei lá. Qualquer coisa para ela parar de fugir. – Delfina pode te fazer companhia e se quiser ir ao escritório.

   ─ Ele está comigo, papai. – Ela toca a joia em seu pescoço. Me sorri.

   ─ Quem sabe agora o deixa guardado, assim não corre mais risco.

   ─ O Coração é um pedaço de mim. Não sei ficar sem ele. Luigi o protegeu, mas ele está de volta e só quero... dormir. É isso, só quero dormir. Bom trabalho. – Ela olha de um para o outro. – Estava com tanta saudade de vocês. Só agora me dou conta.

   Eu a envolvo mais uma vez, beijo a testa do meu anjo, escolhi seu nome com carinho, Angélica, agora ela prefere americanizar só para parecer exótica. Jovens! Assisto quando sobe correndo as escadas com o velho par de tênis vermelho. Duvido que alguém se desse ao trabalho de salvar seu outro amuleto se o encontrasse por aí, esse par de tênis já deve andar por aí sozinho.

   ─ Vamos, Emiliano. Estamos atrasados. – Justine toca meu braço.

   ─ Quando não estamos? – Dou passagem a ela e deixamos a casa. Meu motorista nos aguarda, mas Justine caminha para o próprio carro.

   ─ Não, eu não vou te dar carona, nem vou com seu motorista, nos vemos em quinze minutos no escritório. – Mulher intragável. Por isso se dá tão bem com minha filha.

   A reunião começa atrasada e se estende além da conta, quando volto para minha sala tenho que adaptar a agenda para conseguir estar em casa na hora marcada.

   ─ Luigi está aqui. Quer vê-lo. Posso remarcar para próxima semana, temos a agenda apertada, não dá para...

   ─ Mande-o entrar. – Decido. Quero olhar para ele e ouvir sua versão. Quem sabe convida-lo para jantar?

   ─ Tão previsível. – Justine diz sorrindo. – Seja discreto com seus planos. Nenhum dos dois vai gostar de ser manipulado.

   ─ Não conto se você não contar. – Ela deixa a sala rindo. Me ajeito na cadeira para receber o jovem e herdeiro filho De Martino. Vamos ver o que acho dele.


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Notas finais do capítulo

Beijosssssssssssssssssss



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