"I need party girls in my party world
Titties plastic, ass fantastic
They just brush my hair and touch me everywhere
I don't say shit and they be gettin' naked"

LILY POTTER 

Lily estava na festa antes de todos chegarem, ela era quem arrumava tudo desde seu terceiro ano. Estava tudo pronto. Sorriu quando James entrou pela porta, adorava seu irmão de todo o coração, sentia-se protegida ao lado dele.

— Tá aí faz tempo, Lils?

James era diferente quando estava com ela, ele parecia bem menos babaca.

— Não, Jay... Os outros já estão chegando?

Antes que o garoto pudesse falar alguma coisa, uma multidão apareceu, a maioria dos alunos do terceiro ano para cima estava ali.

Ele a beijou na testa e murmurou: "Se cuide" antes de sair para ficar com os amigos.

A ruiva suspirou indo sentar em um sofá.

— Ei, ei. Lils!

Virou-se, dando de cara com Lorcan Scamander e seus olhos azuis brilhantes que a deixavam louca. Tentou não ficar afetada pela sua presença, e em seu tom seco – que nunca era usado – exclamou:

— O que você quer, Scamander?

— Wow. — Arqueou as sobrancelhas — Conversar, Lils.

— Eu não quero falar com você, Lorcan! — 1. 2. 3. Respira. — Você fez as suas escolhas, caralho. Lide com isso!

Apressou os passos e sem perceber já estava na pista de dança, que por acaso estava lotada. Lily estava meio perdida, realmente gostava de Lorcan, afinal ele era um cara legal e a tratava bem – se fosse pensar em como alguns outros garotos a tratavam, mas tinha feito escolhas erradas. Ela se culpava, por ter sido tão burra, ele sempre tivera essa inclinação se fosse pensar bem...

— Perdida, Lils? — Uma voz grossa ressonou em seus ouvidos, não era como a suave e fofa de Scamander, era a de Alexander. Mas que merda..?

Alexander Grant Minue fora seu namorado há uns dois anos antes de ele começar a namorar Molly, e se a ruiva tinha uma certeza na vida era que o slytherin era uma das piores pessoas de Hogwarts com sua pose de maioral e fuckboy, ele fodia até a própria prima cacete! Ah, sim, a pequena Lily sabia e sua vontade de botar a boca no trombolho e falar para todos era enorme, mas o medo de acharem que ela estava mentindo para foder com a vida deles era maior, então sentia que não falaria muito cedo, isso se falasse, porque sua vontade era que Molly descobrisse com seus próprios olhos.

— Não, Minue. — Seca, ele era uma das únicas pessoas em que usava esse tom — Mas obrigada pela preocupação.

E andou, novamente, para o outro extremo da pista de dança, percebendo o olhar secante dele em sua bunda, e parecia que Samantha Rookwood também tinha percebido, porque a garota olhou para Alexander cortante como se dissesse: "caralho, você tem uma namorada", e quando ele a mirou desafiador, ela lhe mostrou o dedo do meio e exclamou apenas mexendo os lábios:

— Acalma seu amiguinho aí antes que eu corte ele fora.

E voltou a dançar com Sasha Burke, que nem parecia ter percebido o que estava acontecendo, Lils viu Lex sair em direção de Molly também, e foi – estranhamente cansada da festa –, finalmente sentar-se no sofá.

Nem tinha reparado no garoto loiro ao seu lado até ele a cumprimentar tristonho:

— Como vai, Lily?

Era Lysander. Seus olhos pareciam inchados e seu nariz estava vermelho.

— Mal. — Respondeu rapidamente antes que ele a perguntasse o porquê — Mas pareço melhor que você, o que aconteceu, Lys?

O Scamander – o do lado da Ordem Da Fênix e não seu irmão Death Eater que Lily estava apaixonada – a contou a história da briga com Avery, e derramou algumas lágrimas também, soluçou e até pediu para ela pegar um copo de Vodka, o que recusou imediatamente prestes a dar um sermão.

— Você gosta dela?

O rosto cansado e choroso de Lysander Scamander se iluminou, e ele gaguejou:

— É c-c-c-claro q-que s-s-sim, claro. Ela é minha m-m-melhor a-a-a-amiga, melhor amiga.

— Aham — Revirou os olhos divertidas, se levantando — Agora, se me der licença, eu vou ir pegar uma água pra mim.

Caminhou em passos rápidos até a mesa, onde tinha varias garrafas das mais variadas bebidas, mas não tinha nenhuma de água.

Checou algumas vezes antes de perguntar para a menina nova que tinha entrado em Hogwarts naquele exato dia.

— Você não bebe, huh? — Um sorriso irônico formou-se nos lábios dela enquanto Lily confirmava — Você é a única que vai estar sã em algumas horas e eu não indicaria isso, mas se quer saber, eu vi um cara levando para fora umas garrafas de água, faz uns minutinhos, acho que ele ainda deve estar lá fora.

Sorrindo, a Potter apontou para um lado da sala:

— Aquela é a explicação óbvia do por quê eu não bebo.

As duas fitaram curiosas e divertidas para Ravena Lewis Zummach que dançava loucamente encima de uma mesinha de canto. Rindo, Lily completou:

— Obrigada, agora eu vou em busca da minha água.

Saiu da sala precisa sofridamente devido aos loucos que se beijavam no chão ou estavam mortos, no sentido figurado é claro, e faziam as pessoas terem de desviar para não pisar neles.

O corredor estava escuro, mas ela viu algo que depois de tanto tempo não poderia se enganar sobre o que era.

Azul cor de mar, não do mar sujo de inverno, mas possivelmente o mar da costa do caribe. As orbes de Lorcan Scamander, que podiam a matá-la, e eram inconfundíveis para ela que amava olhar dentro delas.

Ele corou ao vê-la, não que alguém tivesse visto, porém suas bochechas ficaram ruborizadas na velocidade da luz.

Lily já tinha virado os calcanhares para voltar.

— Lils, precisamos conversar!

Ela não queria ter parado, não queria ter ficado ali, e principalmente, não queria ter pulado no pescoço dele e o beijado.

Não importava o que acontecia, sempre voltava á Lorcan. Ele tinha sido seu primeiro amor, seu primeiro beijo, sua primeira vez, seu primeiro "pode me contar o que aconteceu naquela noite que eu não vou te julgar", e principalmente seu primeiro "não é sua culpa, Lily, nunca vai ser".

HOLLY AUBURN WITHERSPOON

Holly passou rapidamente pelo corredor que a levaria a sala precisa, presenciado de testa franzida o pré-beijo de Lily e Lorcan, mas ué. Adentrou parando de observar o casal, logo percebendo que lá dentro estava bem pior do que no corredor. Mirou rapidamente Floralia e James se beijando em um canto da sala, e voltou a atenção para outros. Ah, festas.

Dirigiu para a mesa de bebidas, pegando um copo com alguma bebida que não fazia ideia do que era, mas parecera fantástico. Tomou uns quatro copos antes de ir á pista de dança, onde encontrou Sasha e Samantha, dançando alegremente – a primeira apenas pulando ao som da música e a segunda com passos leves e uma coreografia meio ensaiada cheia de gingado.

— Holly? Holly!

As duas gritaram juntas chamando atenção da garota de cabelos negros.

— Meu Deus, Holly! — Sammie exclamou, meio alta por conta, talvez, da bebida — Onde você estava?

— O quê você está falando, Samantha, nos vimos á uns 30 minutos, no dormitório.

A Rookwood gargalhou, agora dando a certeza que estava meio bebada.

— Por quê ela tá assim? — Holly sussurrou baixinho para Sasha enquanto a amiga voltava a dançar.

— Potter, ela tá meio apaixonada por ele, mas toda vez que ele se aproxima dela a Condessa aparece, com aqueles olhos de que vai matar alguém.

— Pera aí, qual Potter?

Sentiu um remorso, Merlin sabia o quanto odiava James Potter.

— Albus, eles meio que estão tendo um lance.

Apareceu uma sombra de uma careta no rosto delicado de Sasha Burke, mas Whiterspoon não pareceu reparar.

— Tomara que Sammie não vire uma vadia psicótica que nem Condessa, e olha que eu até que gosto dela, mas ela é doida pra cacete quando o assunto é Albus Severus Potter.

— Realmente, tomara que ela pare de ser assim quando namorar Romeo.

— Romeo? O Romeo que é nosso amigo? — Indagou meio confusa e a outra assentiu desinteressada — Hm, pelo que parece teremos que conviver com Dess um pouco mais então.

Sasha riu, novamente sem interesse, e voltou a cuidar de Samantha. Holly saiu para pegar mais bebida, mas esqueceu ao olhar para seu primo, que estava bem entretido em enfiar a língua na garganta de Louis Weasley.

Franziu as sobrancelhas, andando até lá, mas sendo interrompida por Giordan:

— Ei, ele é seu primo, certo?

Assentiu e olhou em seus olhos, tentando entender o porquê de ele estar perguntando.

— Está sozinha? — O garoto a perguntou amigavelmente, ela conseguiu perceber que não havia tom de paquera em sua voz.

— Tem como estar sozinha? — Sorriu sincera — Estamos numa festa, tem dezenas de pessoas aqui.

Antes que Otto a respondesse, saiu, indo para outro canto. Viu Jeremy Kyle beijando Jessamine, certamente um beijo de bebados, que não havia sentimento, mal sabia ela que a garota só estava beijando Kyle para tentar esquecer o garoto com quem Holly acabara de falar. Enfim. Jeremy segurava um copo de bebida, que pelo cheiro era a mesma que tomara antes, e no impulso pegou, virou e colocou o copo na mão dele novamente.

Estava relaxada, gostava de festas até. Estava tudo bem até avistar James Potter, parecendo bolado, não que Witherspoon soubesse, mas era por causa de Eve Hopkins, a qual dividia um baseado e uns beijos com Pétala Schummer, no sofá na frente do qual estava sentado. Talvez por conta da bebida, sentiu um impulso para falar com ele, e o fez.

— Você parece puto da vida, Potter.

Ele olhou em seus olhos, sem paciência:

— Pensei que não falasse comigo, Witherspoon.

Um riso irônico saiu de seus lábios.

— É melhor eu não falar com você mesmo, antes que você saia espalhando pra todo mundo que ficou comigo, como fez no ano passado.

Ela observou ele ficar vermelho, e antes que James pudesse revidar andou para longe, na direção de Romeo Blishwick, que estava sentado com Condessa, Albus e Scorpius.

— Oi!

Eles se voltaram para ela, cada um de seu jeito, a Malfoy com seu nariz empinado, o irmão com olhos brilhantes e curiosos, Albus desinteressado e Romeo do jeito Romeo galanteador e perfeito de ser.

Logo Condessa e Potter começaram a discutir, o que fizera ela mostrar o dedo médio e ele sair em passos pesados na direção de Samantha e a beijar apaixonadamente, deixando a ex namorada com lágrimas imperceptíveis nos olhos claros.

— D-R-A-M-A! — soletrou sussurrando no ouvido de Romeo, que abafou um risinho.

Fora naquele momento em Holly percebeu o porquê de gostar de festas. Festas eram o lugar perfeito para observar as pessoas, e a garota não podia mentir, adorava estar por dentro do que estava acontecendo.

RAVENA LEWIS ZUMMACH

A primeira certeza que Ravena teve naquela noite é que não deveria ter ido naquela porra de festa, mesmo que Morgause implorasse de joelhos, a segunda é que nunca deveria aceitar bebidas de estranhos.

A terceira seria que não deveria beijar ninguém por causa do álcool, mas até então estava apenas dançando. Encima de uma mesa. Com os braços no ar e o corpo mexendo de uma maneira engraçada ao som de Drive de Halsey.

— It's so simple but we can't stay. Over analyze again, would it really kill you if we kissed. All we do is drive. All we do is think about the feelings that we hide...

Estava tudo girando, ah Merlin, então era assim que era estar bebada? Mas que merda! Sem focar em nada, Raven não conseguia ver que há alguns metros, portanto, não reparou que Perseus e David estavam conversando, e que David havia afirmado que tinha certeza que Percy era gay, e certamente após o beijo não passaria em sua cabeça que o garoto só havia a beijado para provar que não era.

Por isso que quando caiu, caiu nos braços fortes de Perseus Cordova.

Ela não imaginaria que eles se beijariam e que não lembraria de nada, e também que suas amigas iriam lhe contar animadas e que por um momento pensaria que estava esquecendo James Potter, porque no momento em que os lábios dela e do garoto loiro da Gryffindor se encontraram não era nele em que pensava e sim nos finos e profissionais do moreno, que a chamava de gatinha e a fazia corar, apesar de ela confirmar que o odiava.

Confuso? É para Ravena também era, acredite,  porém no momento não parecia, afinal. Seus lábios, suas línguas e seus corpos estavam colados e pareceu certo.

Apenas para ela, porque Perseus também não pensava na ruiva e sim em David e em seus olhos verdes cobertos pela lente do óculos.

No fim, esse foi um daqueles momentos em que a música que tocava refletia realmente o que sentiam por dentro, o problema era que a música não refletia eles, como um casal, e sim eles com as pessoas que estavam realmente apaixonados.

"It's so simple but we can't stay
Over analyze again, would it really kill you if we kissed
All we do is drive
All we do is think about the feelings that we hide"

FLORALIA LOUISE JINKINGS

Estava tudo escuro, mas qualquer um poderia reconhecer a garota com uma única trança beijando James Potter.

Algumas garotas a olhavam com fogo nos olhos, afinal, quem não queria ficar com o rei de Hogwarts?

A verdade era que Flora trocaria ele facilmente por Leslie, não que admitisse. Ela só ficava com Jay para fazer ciúmes nas fãs dele, oh como amava mostrar para todos que era a melhor.

— Vou pegar uma bebida, Jay. — Disse quando finalmente os lábios se afastaram — Se quiser mais diversão, me procure.

O garoto a deu um selinho, indo em direção á um sofá enquanto ela ia para a mesa de bebidas.

Pegou um copo plástico e o encheu de butter beer, deu golinhos pequenos e encostou na parede, ao lado de um menino, magro, com olhos azuis e cabelos cor de mel.

— Oi, qual é o seu nome? — Ela perguntou havia um leve interesse na voz dela, mas na realidade, só queria iludir mais alguma pessoa para fechar a festa com chave de ouro.

O garoto abriu um sorriso lindo, encantador e sincero:

— Nicolas Fargallo.

— Eu sou...

— Floralia Louise Jinkings.

Arqueou as sobrancelhas, meio intrigada, fazendo Nicolas corar ferozmente, e tentar se explicar:

— Você é da Hufflepuff, eu sou, nós somos da Hufflepuff, e bem, eu gosto de saber, sabe, o nome das, Merlin, pessoas. Desculpa, isso deve ter soado muito assustador, tipo eu não sou um stalker...

— Tudo bem. — Merlin, que garoto estranho, — Achei fofo que você saiba meu nome.

Ela não achava.

Eles passaram um bom tempo conversando, talvez até uma meia hora, papo veio e foi, Flora fez questão de mandar alguns olhares sugestivos e fazer comentários do tipo você é bonitinho demais para estar sozinho e a cor dos nossos olhos combinariam.

Nicolas tinha percebido, mas sua vergonha, que era imensa, não o deixava se aproximar dela, ele nem desconfiava que a garota estava sem paciência e não queria nada com ele, até tudo começar, e quando falo tudo, eu quero dizer tudo. O grito de um Louis Weasley bebado para ele partir pra cima e parar de ser um virjão do cacete desencadeou eventos posteriores, e importantes, para um grupo de amigos. Naquele momento, o Hufflepuff ficou vermelho e ela viu, era a hora.

— Você achou que eu iria ficar com você? Você é patético — Aumentou o tom, fazendo que algumas pessoas a sua volta percebessem, uma delas era Sasha Burke — Por quê eu ficaria com um perdedor como você? Patético!

Ele não estava mais vermelho, agora parecia mais uma daquelas luzes que muda de cor a cada momento, ia de roxo á verde e á cor de papel muito rapidamente. Por dentro, Flora sorria satisfeita com seu pequeno showzinho. E estava prestes a melhorar, pois Lynx Cordova, sua inimiga mortal, caminhou na direção deles curiosa, mas sem intenção de briga e continuaria assim mesmo depois do copo de butter beer que Jinkings jogaria nela.

Saiu, após dar um banho de álcool melado na morena, rindo, porém sua risada durou poucos segundo. Dando de cara, com Leslie beijando Lindsey de maneira selvagem foi como ter recebido uma facada no coração. Doía, doía até mesmo para ela que era, supostamente, uma babaca sem coração.

SASHA BURKE

Sasha dançou muito com Samantha e estava relativamente cansada, mas não podia sair do lado da amiga, tinha certeza que na primeira chance que visse de ir até Albus ela iria. Ás vezes não entendia a melhor amiga, ela conseguia ser a pessoa mais durona do mundo e segundos depois precisava ser protegida para não acabar fazendo merda. A Burke amava ela, entretanto. Era como se fosse sua irmã mais nova, e gostava da sensação de ter o legado do seu irmão, que até o último de seus dias a protegia. Deixou uma lágrima escorrer pela bochecha.

Sasha sentia muita falta de seu irmão, Bernard Burke, que nas férias do ano retrasado havia sumido, deixando um buraco muito grande no coração da garota que era apenas um ano mais nova que ele. Outra lágrima escorreu, e depois outra, e mais uma, tendo noção que estava desabando, se afastou um pouco da amiga, sabendo que se Sammie a visse chorando seria pior. Sabia o quanto a amiga amava o seu irmão, afinal, ela havia chorado tanto quanto a sua família e já tinha lhe admitido que sentia um leve crush por ele.

Mas agora não adiantava mais, Bernard estava sumido, e a única coisa que restara dele fora lembranças. Ah, a garota adorava lembrar do seu sorriso, da sua despreocupação e do seu coração gigante...

— Eii, amor, por quê você saiu de perto de mim? — Samantha tocou seu ombro, estava bebada mas quando o quesito era a melhor amiga sempre estaria sóbria para poder ouvi-lá atenciosamente. — Sasha, o que foi?

Os olhos castanhos das duas se encontraram e houve aquela conhecida faísca, e então Rookwood entendeu o porquê de sua amiga estar chorando.

— Você ainda pensa nele? — A de cabelos castanhos claros perguntou, fazendo a outra ficar com os olhos marejados e responder francamente:

— Eu sonho com ele todas as noites.

— Sammie — Chamou a atenção dela após uns segundos em que passaram apenas derramando lágrimas e borrando a maquiagem — Você gosta de Albus, tipo, de verdade?

Pela primeira vez Samantha Rookwood sorriu:

— Eu não sei, amor, a gente nunca se beijou, mas no fundo eu sinto que ele é uma boa pessoa e...

Ela estava prestes a terminar a frase quando Albus Severus Potter atravessou a festa e a beijou, a Burke que apesar de não saber nada de romance e sobre o amor conseguiu sentir que era algo verdadeiro e por isso sentiu-se feliz pela amiga, era a primeira vez depois de dois anos que Samantha se apaixonava.

Saiu de perto do casal, quando viu que o beijo estava se aprofundando, não queria acabar com o clima, afinal.  Sasha seria uma das afetadas pelos eventos que procediam o grito de Louis, porque seria naquele dia em que a finalmente começaria a se apaixonar.

Floralia gritava com Nicolas. Floralia jogava um copo de bebida em Lynx.

— Wow! Vocês estão bem?

Os dois ergueram o olhar e sorriram, sinceros.

— Estou completamente molhada, mas tirando isso, to ótima.

Louis, de novo, surgindo do nada exclamou com malícia:

— Lynx está molhadinha!

— Cala a porra da sua boca — Gritou Giordan, que estava logo atrás do Weasley e visivelmente irritado.

— Vem calar.

— Fala pro Skylar calar pra você, filho da puta!

— Pronto. Pronto! — Nicolas interviu, em um falso tom bravo, visto que ria histericamente — Vocês são um bando de idiotas, mas preciso confessar que essa foi ótima, Dan.

Os amigos explodiram em gargalhadas, exceto por Louis que falou nervoso antes de ir atrás de Skylar novamente:

— Isso se defendam, bando de virjões manés!

Eles riram mais ainda do amigo nervoso, parecia que realmente estavam bebados, mas nenhum deles tinha qualquer resquício de álcool no organismo.

— Espera, vocês são virgens também? — Giordan Otto pergunta, todos viraram-se para ele assentindo — É isso é engraçado, mas sabe eu acho que me entendo, eu quero perder a minha virgindade com alguém que realmente ame, se é que me entendem.

Nicolas baixou o olhar e murmurou, envergonhado:

— Eu nunca beijei ninguém.

Bem, neste momento, Sasha não pensou, nem um fio de cabelo dela pareceu relutar em juntar seus lábios com o do garoto, logo as línguas deles se encontraram também. Ela quis sorrir quando percebeu que ele não estava com as mãos em sua bunda, como alguns outros garotos fariam.

— Wow — Os quatro, Dan, Lynx, Sasha e Nicolas, murmuraram surpresos quando o casal se soltara.

O Fargallo estava feito um pimentão e tremia, nunca imaginaria que sua amiga, sim eles eram muito amigos, o beijaria, fora totalmente inesperado.

— Licença, eu... já volto.

O Hufflepuff saiu às pressas e Lynx saiu atrás dele, deixando a garota com Giordan, que sorria divertido.

— Você assustou ele. — Disse, passando as mãos no cabelo encaracolado.

— Não fale nada, Dan. Eu sei que você queria ter feito a mesma coisa com Lynx.

Um sorriso se formou em seus lábios enquanto o amigo reclamava, corado. Era, apenas, em momentos como esse que seu irmão parava de ser seu pensamento principal, embora o sorriso dele jamais saísse de sua cabeça.

EVE HOPKINGS

Eve era a fã número um de festas, se havia uma coisa que ela amava era dançar, beber, fumar e beijar em festas, e essa sua lista estava quase toda feita.

No momento fazia três coisas da sua lista, estava sentada ao lado de Pétala, que na verdade era uma ótima companheira de festas, enquanto bebia e dividia um baseado de maconha com ela, estava se divertindo.

Ás vezes, se beijavam, mas nada demais, afinal, nenhuma das duas nutria sentimentos pela outra.

Tudo parecia bem, até os olhos da metamorfamaga se encontraruem com o olhar curioso e de quero falar com você de James Potter, foi aí que sentiu os cabelos ficarem vermelhos, e beijou a garota ao seu lado com vontade, afinal tinha a certeza que irritaria James, não sabia porquê mas tinha essa certeza.

Após o beijo, fez questão de olhar novamente para ele e viu em seus olhos, não o típico Jay que olhava para qualquer uma com desejo, na realidade, parecia que estava apaixonado por ela. Pense! James Potter apaixonado, Merlin, Hopkings como você é hilária!

— Por quê você tá olhando pro Jay, Evekings? — Pétala arqueou as sobrancelhas, não parecia brava e sim divertida — Pensei que odiasse ele!

A Hufflepuff gargalhou, e voltou a fumar, esperando Eve ter alguma reação.

— Eu odeio ele. — Disse por fim.

Apesar da afirmação, Pétala Schummer não estava convencida:

— Sure, Jan. — Debochou, olhando para baixo achando graça do talvez crush de Eve Hopkings no "inimigo" — Olha, eu vou ali com a Domi, porque, você sabe, ela parece estar sozinha, que nem o James.

A metamorfamaga bufou, e acendeu um baseado, fumando sozinha, estava perdendo a expectativa de Potter vir falar com ela, afinal, James Potter apenas gosta de jogar joguinhos estúpidos com as garotas, todos sabem disso, duh!

Foi aí, que estava enganada, porque ele estava caminhando na sua direção, estava? Estava! Ela tentou conter a cor do cabelo, tentando ao máximo fazer que continuasse azul pastel, mas teve certeza que ficara vermelho tomate no momento em que o suposto inimigo jogara-se ao seu lado no sofá.

— Eve Hopkins, princesa de dia, vadia de noite. — James sussurrou em seu ouvido, fazendo os pelos de Eve se arrepiarem por inteiro — Seus pais sabem que você fuma maconha?

Não, eles não sabiam. Eles tinham certeza que ela era perfeita, comportada e não era uma festeira nata. Mas, claro, ela não falaria tal coisa para Potter.

— E o seus sabem que você é um grande babaca?

Ele sorriu, porém seus olhos não sorriam junto. Pegou o baseado dela, tragando, admitiu:

— Acho que não ligariam. Para falar a verdade, tenho certeza. Meus pais querem se separar, minha mãe não mora mais lá em casa, e eu não vi nenhum dos dois nessas férias, meu pai está ocupado demais atrás dos novos Death Eaters para se importar comigo e com meus irmãos.

A boca da garota abriu em um grande “O”, e antes que pudesse falar alguma coisa, James continuou:

“Eu não sou o grande babaca da minha família, Lily não é uma vadia e Albus não é perfeito, na real, ele tentou se matar nesse verão. E eu não porque caralhos eu to falando isso com você, quer dizer, você me odeia, mas eu gosto de você, Hopkings.”

Nesse ponto, já estava chorando, os dois estavam.

— Eu não te odeio, Jay. — As lágrimas dele pararam por um instante em que se abraçaram — Se você quiser afogar as mágoas, eu tenho uma garrafa de firewhisky cheinha no meu dormitório.

Eles trocaram sorrisos e saíram da festa de mãos dadas, sem hesitar. Para alguns pareceria apenas mais uma garota que James iria foder, mas os dois sabiam que era o começo de uma boa amizade.

— Você não é tão ruim assim, Evizita.

— Você também não, JayJay.