Para todo Sempre escrita por Lorena SR


Capítulo 13
Epilogo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal
E aqui está o último capítulo para vocês
Tenham uma boa leitura.
Leiam as notas finais.



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*** Vinte dois anos depois ***

A noite estava com um clima ameno mas sei que logo esfriará, e eu me encontrava sentado em um banco no jardim de minha casa apreciando o luar crescente com o céu noturno bordado por incontáveis estrelas.

Direcionei meus olhos sobre as flores amarelas que cobriam o pequeno canteiro próximo a cerca, admirei a árvore que se encontrava a alguns metros de onde eu estava, um leve sorriso se formou em meus lábios ao olhar para os dois pequenos balanços que pendiam de seus galhos.

As minhas costas podiam ser ouvidas vozes e risadas que provinham do interior da casa que ali se encontrava, um som que aquecia o meu coração com alegria e felicidade.

Minha casa

 

Com este pensamento foi impossível não sentir o meu peito se esquentar, com todos os sentimentos que insistiam em me assolar.

Alegria, paz, carinho, gratidão, mas sobretudo amor.

Mas de repente tive meus pensamentos interrompidos.

— Você fez um bom trabalho garoto! - ouvi alguém dizer ao meu lado.

Quando me virei encontrei intensos olhos violeta me encarando.

— Ren! - exclamei espantado.

— Quanto tempo Sasuke Uchiha - ele disse se sentando em suas patas traseiras, assumindo uma pose como uma daquelas figuras de gatos egípcios, enquanto a sua cauda se remexia preguiçosamente.

— O que você está fazendo aqui? - eu perguntei a ele.

— Uma visita - ele disse simplesmente.

— Depois de todos esses anos? - falei admirado - Pensei que iria aparecer a mais tempo - eu disse.

— O fato de você não poder me ver não significa que eu não esteja vendo você - ele comentou presunçoso.

Dei uma breve risada anasalada.

— Você não muda continua o mesmo gato metido de antes - brinquei.

— Já eu não posso dizer o mesmo de você - disse - está um velho agora.

Sorri amplamente.

— Tenho trinta e cinco anos como posso ser tão velho assim? - eu quis saber erguendo uma sobrancelha.

— Dá ultima vez que conversamos você tinha apenas treze e era um pirralho teimoso - ele falou.

— Sim naquela época eu era bem diferente de agora - eu disse pensativo.

— Sim - ele concordou - mas está diferente para melhor - ele concluiu.

Dei-lhe um sorriso e o som de gargalhadas atrás de nós pode ser ouvido um pouco mais alto,

— Você não deveria estar lá dentro agora? - ele perguntou voltando sua cabeça na direção da casa - por que está aqui e ainda mais sozinho? - ele quis saber - é seu aniversário.

— Quis tomar um pouco de ar fresco - eu disse - sabe - disse chamando sua atenção - antes eu não tive a chance de lhe agradecer por esta nova oportunidade.

— Você sabe que não foi por você - ele disse sério e sincero.

— Eu sei - falei - estou agradecendo por permitir esta nova oportunidade a ela - eu disse.

— Ela merecia isto não acha? - ele perguntou me olhando intensamente.

— Sim ela merece viver e aproveitar cada segundo desta nova oportunidade - eu disse.

— Ora! - ele exclamou - não é como se você também não tivesse se aproveitado desta oportunidade - ele diz me olhando maliciosamente.

Ao ouví-lo dizer isso sinto minhas bochechas ficarem quentes e sei que neste momento estou corado.

— Não sei por que está todo vermelho - ele diz dando de ombros - a quantidade de pessoas que moram naquela casa diz que você não tem tanta vergonha assim - ele fala e um brilho sarcástico surge naqueles olhos violetas.

— Gato idiota - eu digo um pouco sem graça.

— Hum! - ele murmura - pode reclamar o quanto quiser, mas não te culpo ela é bonita - ele disse dando de ombros.

— Ren! - eu falo lançando-lhe um olhar repreencivo.

— Estou errado? - ele me olha com desafio no olhar.

Mas antes que eu pudesse responder qualquer coisa nós fomos interrompidos.

— Querido - ouço uma voz atrás de mim.

Ao me virar encontro uma mulher parada junto ao umbral da porta de correr que dava acesso ao jardim, sua estatura era baixa, e seu corpo pequeno e esguio estava adornado por um vestido de cor vermelha que ia até os joelhos, e modelava bem a sua silhueta e suas curvas femininas.

— Sakura! - eu digo.

— O que está fazendo aqui sozinho? - ela pergunta se aproximando do banco em que eu me encontrava.

— Apenas conver... - olho para o lugar ao meu lado no banco e percebo que já não havia mais ninguém ali.

Típico dele, eu pensei.

— Quer dizer - me corrigi e falei me virando para frente e encarando o céu - apenas quis olhar um pouco as estrelas e a lua, elas estão lindas esta noite - constatei.

Ela se aproxima de mim ficando atrás do banco e coloca as mãos em meus ombros carinhosamente e fazendo carinho lentamente e por fim dando um leve aperto.

— Você tem razão querido - ela concorda também olhando para o céu - mas não é hora para isso - ela me repreende - meus pais chegaram e estão perguntando por você.

Ergo uma de minhas mãos e levo-a até uma das suas em meu ombro e pego-a trazendo até o meu rosto em um gesto de carinho e em seguida deposito um beijo terno em sua palma.

— Você está certa já estou aqui por muito tempo - digo me desvencilhando de suas mãos e me levantando - vamos - estendo-lhe a mão.

— Claro - ela segura a minha mão dedicando-me um lindo e amplo sorriso.

Assim nós dois de mãos dadas seguimos para a casa. Ao chegarmos deixamos os sapatos na entrada e calçamos os chinelos de casa.

— Querido acho melhor fechar esta porta daqui a pouco vai começar a esfriar - ela diz.

— Certo - eu me volto para fechar a porta e aproveito para trancá-la, assim faço tirando minhas chaves do bolso.

De repente escuto um riso baixo.

— Sempre achei interessante você usar algo como isso - ela diz - é tão diferente de você.

Ela falou e eu olhei para o chaveiro em minha mão. Era um pequeno bichinho de pelúcia, para ser mais preciso era um sapinho verde segurando um coração e que quando se apertava dizia "EU TE AMO". Sorri me lembrando de como ela gostara daquele sapinho idiota que ficava no carro dela.

Era um objeto muito mais do que especial.

— É fofo - eu disse sorrindo ao usar as mesmas palavras que uma vez ela me dissera.

— Não mais do que você - ela sorri e aperta minhas bochechas carinhosamente.

— Irritante - eu digo me fazendo de zangado.

Ela gargalha, mas aquele nosso momento foi interrompido ao escutarmos uma gargalhada vinda da sala e o toque do telefone. Assim Sakura me diz para ir até a sala enquanto ela atendia ao chamado.

Caminhei em direção a sala de onde podiam se ouvir várias vozes agitadas, ao chegar parei na porta sorrindo da cena que eu via. Em um extremo da sala conjugada com a sala de jantar pude ver minha sogra Mebuki arrumando a mesa de jantar e ao seu lado lhe ajudando estava Sarada uma garotinha de dez anos com cabelos pretos curtos a altura dos ombros e olhos tão pretos quanto os meus.

Do outro lado na sala de estar vi minha mãe Mikoto sentada no sofá e ao seu lado mostrando animadamente os seus cadernos de desenhos estava Haru, um garotinho de cinco anos que se parecia a Sakura, com seus olhos verdes e cabelos cor de rosa. Ele sorria orgulhoso ao lado da avó.

E sentados no tapete felpudo perto da lareira estavam meu sogro Kizashi e o casal de gêmeos de sete anos Chiaki e Kamine, miniaturas minha e de Sakura respectivamente, que davam gargalhadas das brincadeiras do avô e eram os responsáveis pela maior agitação do local,

E por fim do lado oposto a lareira um pouco mais afastado estava meu pai Fugaku segurando a minha filha caçula Sayuri de apenas seis meses e era uma mistura perfeita entre Sakura e eu com os meus cabelos pretos e os brilhantes olhos verdes de sua mãe, ele embalava carinhosamente a garotinha que dormia um sono profundo.

Eu e meu pai há cinco anos vínhamos tentando estabelecer uma boa convivência, não éramos exatamente o perfeito quadro de pai e filho próximos, mas conseguíamos nos entender. Itachi ainda é um pouco afastado dele mas não o evita como antes. Ele errou conosco e todos sabemos disso mas ele está tentando e tratando o seu alcoolismo, as crianças gostam dele e o mesmo também então eu espero que ele continue assim.

De repente meus pensamentos são interrompidos quando sinto alguém se aproximar do meu lado. 

— Itachi disse que estará aqui com Izumi e as crianças em dez minutos - ela informa - disse que houve um problema com uma árvore que bloqueou a estrada e demorou um pouco para ser resolvido, mas já está chegando - ela explicou.

— Tudo bem - eu disse.

Após dizer isso olhei-a e vislumbrei o seu perfil sorridende e não pude evitar em trazê-la para os meus braços envolvendo-a em um abraço apertado com a mesma ainda de costas para mim. Ela se surpreendeu por um instante mas logo se deixou abraçar e repousou suas mãos em cima das minhas que estavam em seu abdome.

— Como você está fofo hoje - ela disse recostando-se em meu tórax.

— Só hoje? - perguntei em seu ouvido, o que fez com que ela risse.

Eu também não pude deixar de sorrir ao ouví-la. Aproveitei que todos estavam distraidos e a conduzi para perto da janela e ficamos um de frente para o outro em uma terna troca de olhares apaixonados.

— Eu te amo - falei - e morreria se não tivesse você - eu disse olhando-a intensamente.

Ela sorri de forma terna.

— Não seja bobo - ela diz pegando minhas mãos nas suas - eu te amarei até o fim e muito além disso também - seus lindos olhos verdes ganharam um brilho especial com a claridade que adentrava pela janela - te amarei para todo sempre - afirmou.

Eu fixei o meu olhar no dela, uma mistura de sentimentos estava presente, eu queria poder mergulhar nas profundezas verdes de sua íris, meu coração batia descompassado e como um louco queria gritar o quanto eu a amava.

Docemente a trouxe para meu encontro e prendi meus braços ao redor de sua cintura e ela fez o mesmo sem quebrar o contato visual.

— Para todo sempre - eu confirmei.

E assim eu coloquei fim a nossa curta distância e selei nossos lábios com um beijo apaixonado, onde ambos queríamos tudo um do outro, um beijo faminto de amor, do amor que nutríamos um pelo outro. 

 

***Fim***


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Notas finais do capítulo

Pessoal,
Espero que tenham gostado, tanto do capítulo como da história em si, quero agradecê-los por esta caminhada que fizemos juntos, agradeço a todos os que mandaram mensagens, comentaram, favoritaram e acompanharam a história. Também pela paciência que tiveram pela demora dos capítulos. Foi ótimo escrevê-la e compartilhá-la com vocês.
Espero que possamos nos encontrar em outras histórias.
Um grande abraço.
Lorena



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