Acordei gritando novamente essa noite, o mesmo sonho, pela terceira vez seguida. Não que para mim isso seja estranho, sonhei com Edward por dias e dias, mas o sonho não era tão real. Isso é real de mais, é como se eu estivesse vendo Jacob... morto.

-Querida, você vai acabar se atrasando. – minha mãe falou, ela já havia mandado que eu fosse tomar banho a cerca de meia hora atrás. Ela quem escolheu minha roupa para a viagem, não quero nem imaginar o que ela separou.

Me despi, e entrei embaixo do chuveiro, novamente querendo que meus problemas fossem embora como a água, meu desejo novamente sem ser atendido. Sai do chaveiro, desistindo de tentar me livrar dos problemas, quer saber, sou uma loba, muito poderosa, posso muito bem enfrentá-los, afinal. Me sequei totalmente, e fui enrolada somente em uma toalha até meu quarto, vi a roupa que minha mãe havia separado em cima da minha cama, e me vesti. (roupa: http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo/set?id=19067559 ) .

-Venha Bella, temos que levar as malas para o carro ainda. –Phil foi quem me apressou desta vez.

-Já to pronta. – sai do quarto.

-Ótimo, onde estão as malas? – perguntou-me.

-Ali. – apontei para as 7 malas no canto do quarto. Phil fez uma cara de espanto, olhou para mim, para as malas, para mim, para as malas, para... acho que já deu para entender. –Quem comprou tudo foi a mamãe. – falei, o olhando, e indo para pear duas das malas. Era incrível como eu não sentia o peso delas. Phil também pegou duas, pude ver o esforço que ele fazia, mas eu não fazia esforço algum. Colocamos as primeiras quatro malas no porta malas, e fomos buscar as outras. Pensei em pegar duas novamente, mas ele estranharia. Acabamos de levar as malas, e mamãe apareceu.

-Vamos? – perguntou, com um pouco de tristeza na voz.

-Mãe, eu já disse que virei te visitar. – Lhe disse.

-Eu sei, eu sei, mas não posso evitar. – Ela deu de ombros, e entrou no carro, sendo seguida por mim e Phil. Fiquei no banco de trás, apertada por duas das malas que não couberam no porta malas.

-Por que já está indo embora tão cedo Bella? – Phil perguntou, e eu olhei para minha mãe, pedindo por socorro. O que eu diria, a verdade com certeza não.

-Alguns amigos antigos dela a chamaram para ir morar com eles. – Minha mãe mentiu, e eu assenti concordando. Ok, quando eu fosse para Birmingham provavelmente meus amigos teriam decidido se mudar...

-Aeroporto. – Pgil avisou, quando chegamos. Minha mãe me olhou, com lágrimas brotando dos olhos, e saiu do carro, assim como eu.

-Tchau querida, boa viagem, e não esquece de mandar e-mails. – Falou e me abraçou, cochichando no meu ouvido. – O endereço do hotel está em seu bolso ok.

-Ok. – Falei, e me desvencilhei dela.

-Te ligarei uma vez por semana. Os garotos automaticamente te reconhecerão como a alfa, a não ser os que não estejam transformados ainda, mas mesmo assim, eles irão fazer amizade com você, por extinto eu acho. Você também saberá os reconhecer, assim que vê-los. – Falou baixo para que somente eu ouvisse.

-Está bem, te ligarei quando chegar, e assim que conseguir encontrá-los. – Prometi.

-Ótimo. – Concordou. Phil chegou com um carrinho para as malas. Ajudei-o a colocá-las nele, e entramos no aeroporto, acompanhados pela minha mãe.

Não demoraram a chamar meu vôo, minha mãe e Phil se despediram, e foram embora quando fui para a sala de embarque. Também embarquei logo no avião, me aconcheguei na poltrona, e dormi, não muito profundamente, para não correr o risco de acordar gritando novamente, os outros passageiros me chamariam de louca ou algo parecido.

-Senhorita. – A aeromoça chamou, e eu a olhei, fazendo sinal para que falasse. – O que vai querer comer? – perguntou. Não acredito que ela me acordou para isso ¬¬ºº

-Nada, obrigada. – falei, e voltei a cochilar quando ela saiu. Dormi por algum tempo, mas fui novamente acordada pelo bendito choro de algum bebê. Desisti da idéia de dormir, peguei meu MP4 e coloquei no ouvido, sem acompanhar a letra da música, e muito menos prestar atenção em alguma coisa. Fiquei no meu modo “OFF”, até ser avisada que o avião estaria pousando em minutos. Afivelei novamente o cinto, e esperei que o avião pousasse.

Peguei um carrinho para as malas, mesmo que eu conseguisse carregar tudo sem esforço, provavelmente achariam estranho essa cena. Peguei as sete malas, as ajeitei no carrinho, e fui pegar um táxi.

Bati o olho em uma menina, com cabelos ruivos, olhos verdes, bem pálida, não tanto quanto Edward é claro. Ela me deu um sorriso, que retribui facilmente, não sei como descrever a sensação, acho que poderíamos dizer de superioridade... não, autoridade seria melhor. Eu não me sentia superior a ela, somente com mais autoridade. Continuei andando, foi fácil achar os táxis, o difícil era achar um que coubessem minhas malas.

Para minha sorte um deles coube, entrei naquele mesmo, peguei o papel com o endereço do hotel e entreguei para o motorista, ele que se vire para achar, não conheço Winchester. Ele pareceu se localizar fácil, talvez por ser um taxista da cidade né? Me levou para o hotel, o paguei, e entrei, antes é claro pegando um carrinho para as malas.

-Boa tarde. – a recepcionista cumprimentou.

-Boa tarde, Isabella Swan. – falei meu nome. Ela olhou alguma coisa no computador, e depois se virou para mim novamente.

-Quarto 321. – me entregou a chave. – logo levarão suas malas.

-Está bem, obrigada. – agradeci, e subi para meu quarto. Logo que cheguei, me joguei na cama, viajar cansa. Ouvi a campainha, provavelmente minhas malas. E fui atender.

-Senhorita, suas malas. – Não disse? Fiz sinal para que o camareiro (N/A=sinto muito se num é assim, mas eu num lembrava) entrasse, o que ele fez. Deixou todas as malas no quarto e saiu novamente.

Procurei um pijama nas malas, e fui tomar banho. Não demorei muito, tamanho era o sono. Me troquei no quarto, sequei meu cabelo e o amarrei em um rabo de cavalo.

-Alô. – Renee atendeu.

-Mãe, sou eu, Bella. – Falei.

-Oi, querida, como está tudo ai? – perguntou.

-Tudo bem, acho que encontrei uma das lobas hoje no aeroporto, mas não nos falamos nem nada assim. – lhe disse.

-Como ela era? – Renee ficou curiosa.

-Ruiva, com os olhos verdes e a pele pálida. – respondi.

-Deve ser bonita. – falou. – Que bom que chegou bem, deve estar cansada não é? – perguntou.

-Muito. – afirmei.

-Vá descansar. – me disse. – Deixe-me te passar o endereço do colégio. – Pude ouvir que ela revirava alguns papéis, e depois me passou o endereço e a hora que eu deveria chegar. – Não vá mal vestida, use uma das roupas que lhe comprei. – Mandou.

-Está bem. – concordei. – Tchau mãe. – me despedi.

-Tchau querida, até amanhã. – respondeu, e desligou. Guardei o celular em cima do criado-mudo, e dormi.