-Por favor. – Sophia implorava para dirigir. Ontem Lucy nos matriculou, para começarmos hoje, agora estamos eu e Sophia discutindo para descobrir quem vai dirigindo, embora eu já saiba que voou acabar ganhando.

-Não. – continuei minhas respostas em uma silaba.

-Por que não? – Entrou em minha frente com os braços cruzados.

-Primeiro: O carro é MEU. E segundo: Quem sabe o caminho sou EU. – terminei de responder, me desviei da figura a minha frente e continuei andando.

-A Lucy também sabe o caminho. – Insistiu, acho que o que ela quer mesmo é que eu não dirija.

-Mas o carro continua sendo meu. – falava, ao mesmo tempo que abria a porta do carro. – Entra logo. – olhei para ela pela janela. Ela entrou, emburrada se sentando no banco de trás.

Buzinei para que os outros viessem logo, e assim eles fizeram. Lucy, Pietro e Caio se apertando no banco de trás com Sophia, e Luke indo do meu lado.

Acelerei entrei no caminho conhecido. As árvores passavam rápido ao lado do carro, eu não precisava prestar muita atenção na estrada, conseguiria fazer esse caminho com os olhos fechados.

No carro estava tudo normal: Pietro e Caio discutiam sobre qual música por, Lucy e Sophia quase rasgavam uma revista onde havia uma foto de um galã de filmes, decidindo quem veria a imagem primeiro, e Luke tentava controlá-los, enquanto isso eu dirigia tranquilamente.

O prédio da escola continuava igual, só se descobre que aquilo é uma escola lendo a pequena placa. Respirei fundo, fazendo uma última curva antes de entrar no estacionamento.

-Chegamos. – Avisei, e todos ficaram quietos, as meninas arrumando os cabelos, e os garotos se sentando no banco como se nada tivesse acontecido. Resultado entre as brigas: Sophia X Lucy: A foto se rasgou ao meio. Caio X Pietro: acabamos ouvindo música clássica ou invés de Eletronica ou Rock. Luke X Confusão: vitória fácil da confusão.

Estacionei o carro na vaga que estacionava desde o ano passado, todos os olhares iam para o carro, principalmente os olhares masculinos. Coloquei meus óculos escuros, já que, por um milagre, hoje estava fazendo sol. Desci do carro, ao mesmo tempo em que os outros.

As meninas se dividiam entre olhares de cobiça para os garotos, e inveja para mim, Lucy e Sophia, e os garotos com luxúria para nós três.

Luke, percebendo os olhares, veio rápido para meu lado, e passou o braço por minha cintura, de forma possessiva. Ri comigo mesma, eu havia avisado que fazia sucesso por aqui.

-Eu avisei. – sussurrei para ele.

-Achei que estivesse brincando. – manteu o tom de voz. Todos estramos no primeiro bloco, mas acabamos por nos separar, eu e Caio tínhamos aula de História. Um pouco longe de mim, pude ver uma figura conhecida.

-ANG!! – gritei, e na mesma hora ela se virou.

-BELLA!! – gritou quando me viu, sorri para ela, e apressei o passo. Abrimos os braços, e começamos a quicar, rodando abraçadas.

-Quanto tempo. – falei, quando nos separamos.

-Claro, você sumiu sem nem deixar um número de telefone. – reclamou. Ouvimos um pigarrear, me lembrando de Caio aqui.

-Oh, bem... Caio, está é Ângela, minha amiga de quando ainda estudava aqui, Ângela, este é Caio, um dos amigos que vieram para cá comigo. – apresentei os dois.

-Prazer. – Ang falou, e Caio somente acenou com a cabeça. –Qual a primeira aula de vocês? – perguntou.

-História. – respondemos juntos.

-A minha também. – falou sorrindo, e me puxando pela mão em direção a sala. Caio nos seguia, sem falar nada enquanto nós não parávamos de tagarelar.

Eu e Caio entregamos a caderneta para o professor assinar, e depois nos dirigimos para uma mesa no fundo da sala, com Ângela na carteira da frente, ao lado de um garoto, com cabelo preto não muito comprido nem muito curto.

Quando o professor entrou na sala, o silêncio foi total, então imaginei que nem uma palavra seria tolerada.

Já havia estudado sobre o assunto da aula, então comecei a fazer alguns rabiscos no caderno. Fazia os traços sem prestar atenção, esperando que desenho acabaria saindo.

Saímos da sala, eu e Caio fomos cada um para um lado, e Ângela tinha inglês, como eu. Ela contava sobre seu noivado com Ben, eu não falava nada realmente, somente concordava quando achava necessário, e fazia pequenos comentários.

A rotina da aula de inglês foi como a de história. Fui terminando meu desenho, e percebia que a menina ao meu lado observava o que eu fazia, acho que ela prestava mais atenção que eu mesma.

Luke me esperava na porta da sala, aproveitei para apresentá-lo para Ângela, que não tinha a próxima aula comigo. Luke novamente passou a mão pela minha cintura, e fomos andando para a aula.

...

-Estamos bem adiantados com relação a essa escola. – Sophia comentou, no caminho para o refeitório.

-Concordo. – falei. Entramos no refeitório, todos os olhares se voltaram para nós. Procurei a mesa em que Ângela estava, até que a vi acenando. Sorri, e fui para a mesma mesa, com os outros me seguindo.

-Bella? – Jéssica, Mike, Ben, Lauren e Eric falaram juntos ao me ver.

-Não, um fantasma. – respondi, revirando os olhos e sorrindo.

-Do jeito que você havia sumido, poderia muito bem ser um fantasma. – Mike me disse e se levantou, me dando um abraço.

-Preferia que fosse. – Lauren falou, mais como um sussurro, para Jéssica, mas isso não me impediu de ouvir.

-Lauren, querida. A quanto tempo não nos vemos. – Falei, com um sorriso cínico, me desvencilhando de Mike e indo abraçá-la. Pude ouvir os risos abafados dos meus amigos. Quando me virei, vi que os outros me olhavam meio espantados, e meio desconfiados.

-Quem são? – Mike perguntou, olhando para meus amigos. Deixei que cada um se apresenta-se, já cansei de repetir os nomes tantas vezes.

Nos sentamos junto com eles, eu e Ângela colocávamos as fofocas em dia, com Jéssica e Lauren se intrometendo ás vezes, colocamos todos os meus amigos á parte da rotina de Forks High School, que não haviam mudado muito desde que sai daqui.

...

Conversávamos animados enquanto caminhávamos para o carro. Lucy contava suas idéias para a reforma da casa, que por sinal já estava com os móveis sendo retirados. Sophia ás vezes dava uma opinião ou outra na idéia de Lucy, mas eram poucas.

Entramos no carro novamente, eu dirigindo. Resolvi passar na casa do meu pai, e mudei o caminho.

-Onde você ta indo? – Pietro perguntou.

-Vou passar na casa do meu pai, rapidinho. – Falei, e todos assentiram. Fiz o caminho, bem mais rápido do que costumava com minha picape. Parei na frente da minha antiga casa, e entrei, sem bater mesmo.

Não vi meu pai, somente ouvi sua voz na cozinha, e senti o cheiro de queimado. Corri para a cozinha, e tossi quando cheguei lá e respirei toda aquela fumaça. Passei a mão na frente de meu rosto para tirar a fumaça, e conseguir chegar no fogão. Desliguei o fogo, e olhei para meu pai, que estava no telefone, tentando entender o que a pessoa do outro lado da linha falava.

-A Bella chegou aqui... Ok, ok... tudo bem... também te amo... tchau. – Ele falou, em pausas para a outra pessoa lhe responder, e... perai, também te amo??

-Também te amo?? – perguntei para ele, abrindo a janela da cozinha para a fumaça sair.

-Oh, sim... acho que esqueci de uma novidade importante ontem. – falou, e eu o olhei, querendo que ele continuasse. – Eu e Sue estamos noivos.

-Sue Clearwater? – perguntei e ele assentiu. – Mas, ela não era casada com Harry? – questionei.

-Harry sofreu um enfarto pouco tempo depois que você foi embora. – Charlie informou.

-UAU! – falei, surpresa.

-Mas, mudando de assunto. – ele falou. – você consegue dar uma ajeitadinha? – apontou para a panela no fogo.

-Acho que não, pela fumaça que estava nessa casa, você deve ter botado fogo na panela. – falei rindo. – consigo fazer alguma outra comida, mas concertar essa, realmente...

-Ok, admito, sou péssimo cozinheiro. – Charlie levantou as mãos, em gesto de que não iria discutir. Ouvi várias risadas, e percebi que os outros já estavam ali.

-Vai demorar mais do que o esperado. – dei um sorriso para eles, como se me desculpasse.

-Se você servir um pouco para nós, tudo bem. – Pietro falou, se sentando.

-Ok, ok. – concordei, e olhei o que havia na geladeira. Peguei os ingredientes certos, e comecei a preparar um peixe ao molho, já que peixe é o que mais se tem nessa casa.

Não demorou para ficar pronto. Peguei os pratos e talheres, coloquei a comida em uma travessa e gritei para eles.

-Tá pronto. – O primeiro a aparecer foi Pietro, que foi logo atacando o que havia preparado. – E, se o Pietro deixar isso durar cinco minutos, vai ser muito. – brinquei, e ele fez uma careta para mim. Os outros chegaram logo também, e já foram se servindo.

Eu fui comer na sala, junto com a maioria, onde não se inclui Pietro, que, pelo que conheço, preferiu ficar perto da comida.

-Billy convidou vocês para irem na reserva. – Charlie comentou sem tirar os olhos do jogo.

-Quando? – perguntei.

-Pelo que ele falou, acho que amanhã. – Deu de ombros. Ah, sim, amanhã é sábado, Lucy insistiu para que tivéssemos nosso primeiro dia de aula hoje, mesmo sendo sexta-feira.

-Tudo bem, não é? – Olhei para todos, que concordaram.

-Tud bem. – Pietro respondeu lá da cozinha. Terminamos de comer, Sophia e Lucy me ajudaram a expulsar Pietro da cozinha, e depois a arrumar a mesma. Os meninos terminaram de ver o jogo, e nós já fomos embora logo depois disso.

Me joguei na cama quando cheguei em casa, e apaguei logo em seguida.