Konoha Hiden – Tsuki Uchiha escrita por King


Capítulo 9
9. Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com segunda versão.



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A Ninja Médica ainda olhava para o menino quando ele corria pela Vila da Folha, era clara a preocupação em seus olhos verdes. Ela sentiu um toque em seu ombro e olhou para trás, para o loiro de olhos azuis que exibia um indicio de sorriso.

—Vá. – O Hokage falou. —Terikate é perigoso. –

—Sim. – A rosada falou e pulou da varanda até um telhado e fez a mesma coisa que o garoto.

Ela corria e saltava por telhados a uma boa distância do menino. Quando percebeu um movimento simples de Haru, ele movimentando sua cabeça para olhar atrás, ela se escondeu atrás de uma caixa de água e esperou uns segundos para retornar sua viagem. “Ele me percebeu ou foi só coincidência?” a Haruno pensou e regressou a correr se dirigindo aos portões da vila e depois passando pelos mesmos com cerca de 30 metros de diferença entre ela e Haru.

—Até que ele é rápido. – Falou percebendo que o menino já estava mais distante. —Mas entendo o motivo. –

Ela o perdeu de vista e por isso deixou de lado correr daquele jeito, fazendo aquilo daquela maneira iria apenar deixa-la mais cansada, por isso pulava de galho em galho com mais tranquilidade abandonando a pressa. Em quinze minutos de viagem ela abandonou as árvores quando percebeu um movimento logo adiante. “Ainda não cheguei à fazenda, será que ele já venceu Terikate?” pensou e abandonou aquilo quando viu a outra mulher de cabelos róseos, a mãe adotiva de Haru, sair cansada de uma moita com espinhos, por isso a pele dela estava com alguns cortes. A ninja se aproximou e sorriu para Yuri enquanto tocava seus ombros, de suas mãos emanava uma energia que curava seu corpo.

—Terikate apareceu. – Yuri contou enquanto era curada. —Tentou me machucar, mas Haru também apareceu e me protegeu. –

—Parece ser algo que ele faria. – Sakura dizia tranquila.

—Sakura-san. – Yuri chamou a outra mulher.

—Sim? – Sakura perguntou um pouco curiosa.

—Terikate me falou que Haru é membro do clã Uchiha. – Yuri comentou e continuou. —Haru é meu filho, mas eu o encontrei em um rio da Vila da Folha a anos atrás, graças a mim ele ainda vive. – Yuri se lembrava do momento que viu o bebê. —...mas ele também é seu filho, não é? – A mulher olhou para a ninja médica. —Eu posso ver as semelhanças que os dois possuem. – Ela corou enquanto dizia. —Percebi quando você chegou à fazenda para cuidar de meu marido. –

—Sim, ele é. – A Haruno terminou a curar, mas manteve suas mãos nos ombros de Yuri. —Descobri recentemente quando ele atacou Terikate na vila e estava com o Sharingan ativado. – Ela abraçou a mulher. —Eu agradeço por ter cuidado dele por todos esses anos, Yuri-sama. –

A Haruno se levantou e apontou para a direção da Vila da Folha e depois abandonou Yuri e se dirigiu para onde Haru deveria estar. Em alguns minutos ela chegou e se assustou com a cena, alguns clones liberando uma nuvem de pólvora da boca, e a imagem de duas pessoas meio embaçada dentro daquela fumaceira. Não pensou e correu para dentro e em poucos passos encontrou quem queria, Haru que sangrava por dois lugares, havia uma poça de sangue a poucos metros da onde ele estava e alguns pingos mostrando um rastro. O menino de cabelos róseos olhou em sua direção, seus olhos não eram verdes, mas sim vermelhos.

—O que aconteceu com ele? – Haru perguntou apontando para Terikate.

—Isso é um Genjutsu. – Sakura respondeu. —Você criou uma ilusão, isso é uma das habilidades desses olhos. O que você o fez ver? –

—Tudo aqui explodindo. – Haru respondeu se soltando da sombra. —Era o que ia fazer, estava medo de ser fraco demais pra lutar com ele, pensei em leva-lo comigo. – Ele continuou respondendo enquanto seus olhos voltam a ser verdes.

“Ele deve ter ativado o Sharingan quando estava com medo e recorreu a uma das habilidades pensando no que faria” a Haruno pensou e desejou sorrir, mas não conseguiu. Haru acreditava que não conseguia derrotar Terikate, por isso a contenção de clones e a fumaça de pólvora, caso não conseguisse ia morrer com ele.

—Desfaça os clones e vamos sair daqui. – Sakura pedia enquanto segurava a mão dele.

—Sim. – Ele fez um selo e os clones desaparecem um a um.

Os dois se afastaram um pouco e já estavam próximos da floresta pela qual chegaram, mas Haru sente seu corpo paralisado e com esforço olha para trás, Terikate havia conseguido sair da ilusão que o mesmo tinha sido colocado. Antes que o menino pudesse dizer qualquer coisa seu corpo é arremessado para cima e depois jogado no chão com força, o Nara olhou para a Haruno que estava quase agindo.

—Doton: Yomi Numa. Doton: Doryuheki. –

Ele tocava o chão enquanto pronunciava o Jutsu, e então a Haruno se afundou em um rio de lama, e não parou por ali, quatro paredes sólidas de terra são criadas ao redor daquele lamaçal, ele não pretendia deixar que a mulher escapasse. Voltou sua atenção a Haru e novamente com o uso da sombra o jogou para cima e depois para baixo, gargalhava enquanto estava fazendo aquelas coisas com o menino que gritava de dor. A atenção de Terikate muda do menino para as paredes de pedra erguidas, mais precisamente para uma delas que agora exibia um buraco após dois socos, e em meio à poeira a mulher de cabelos róseos saia exibindo um sorriso satisfatório enquanto estralava seus dedos da mão direita e depois da esquerda, ela estava um pouco suja de lama, mas nada que fosse a incomodar.

—É só isso? – A Haruno perguntou desafiando o ninja. —Eu esperava usar mais força depois de alguns anos. –

“É verdade. Sakura Haruno, aprendiz da quinta Hokage e membro do novo trio Sannin, não da para pegar leve com ela” pensou e enquanto se preparava para enfrentá-la, sua sombra jogava novamente o menino para longe. O Nara tocou no chão pouco depois de criar alguns selos.

—Doton: Doryudan. Katon: Karyudan. – Ele falou e inspirou fundo após o comentário.

Enquanto inspirava, uma cabeça de dragão de lama surgiu ao seu lado e liberou de sua boca alguns projeteis de lama, já Terikate soltou aquele ar acumulado em seus pulmões como uma rajada flamejante que se combinou com os projeteis de lama, os inflamando e fazendo com que ganhassem ainda mais poder. A Sannin imediatamente socou o chão fazendo pedaços de terra se elevarem¹ e a proteger daqueles disparos. A Haruno correu pelo lado esquerdo e acelerou seus passos, desviando de cada projetil de fogo ou às vezes socando novamente o chão como havia feito anteriormente. Ela só parou de se aproximar por causa de uma espada que foi jogada próxima a ela, a lâmina liberava eletricidade. Terikate abaixou sua cabeça enquanto sorria, seu aliado conhecia boas horas para chegar a uma luta, ele ergueu seu rosto e olhou para trás a uns 50 metros saindo de trás de uma árvore, lá estava Keidan com um dos braços apoiado no quimono.

—Keidan, bom vê-lo. – Terikate falou e apontou para a mulher. —Você errou o alvo ou só queria que ela se afastasse mesmo? –

O assassino não o respondeu e correu ao encontro da Haruno e foi pego por um de seus socos capazes de matar um homem, seu corpo se tornou eletricidade e eletrocutou a rosada. Aquele era um Kage Bunshin feito com o elemento Raiton, uma das especialidades de Keidan. O verdadeiro logo se revelou pousando depois de pular de uma árvore na mesma direção.

—Tendo trabalho, Terikate? – Keidan falou e olhou para Haru. —Foi o pai dele que matei? –

—Ela é uma Sannin. – Terikate falou ignorando a outra pergunta.

—É só um titulo bobo. Se ela sangra, pode morrer. – Keidan falou enquanto sua mão se enchia de eletricidade assim como o cabo de sua espada que saiu do chão e retornou para sua mão. —Um titulo muito bobo. – Ele girou a espada com uma mão e fez selo com a outra. —Raiton: Raiga.

Parou de girar quando a lâmina estava apontada para a rosada que por pouco conseguiu se proteger daquela técnica, ela socou o chão e um pedaço de terra surgiu a sua frente a protegendo de um raio lançado da lâmina. “Foi ele que matou meu pai?” Haru pensou enquanto olhava para Keidan e novamente um sentimento transbordava nele, aquele ódio que sentia de Terikate retornou, seus olhos verdes se tornam vermelhos com dois círculos em cada um. O Yanozuka criou alguns clones e todos se dirigiam ao assassino que olhou sem interesse para as cinco crianças que seguiam em sua direção, ele suspirou e fez alguns selos.

—Raiton: Sandaboruto. –

Ele estendeu apenas um dos braços e liberou uma forte descarga elétrica acertando quatro dos cinco, o último que era o original havia pulado no ar graças a um dos clones. Haru jogou uma Shuriken em Keidan e o mesmo desviou dela com facilidade quase ignorando a existência da mesma, a pequena arma se transformou no Yanozuka que carregava consigo uma Kunai e a dirigia ao assassino que foi pego de raspão, um corte ficou em seu quimono e um menor ainda em sua pele. Keidan grunhiu e levou a espada em direção ao menino para corta-lo ao meio, Haru criou um clone e o mesmo o atirou para cima e foi atingido no lugar do original e desapareceu.

—Estou vendo seus movimentos. – Haru falou surpreso.

“Ele não conhece as habilidades do Sharingan?” Sakura pensou surpresa, não pela falta de conhecimento do menino naqueles olhos, mas pelo talento que o mesmo possuía. Terikate que estava cansado daquilo fez alguns selos e sua sombra se alojou na de Haru o paralisando, ele fez mais outros movimentos com suas mãos e espinhos negros saiam da sombra como um rastro e o acertaram, perfurando seu corpo em várias partes.

—Contanto que os olhos fiquem intactos. – Keidan falou desinteressado. —Ikazuchi no Kiba. –

Ele ergueu seu braço que dominava a espada e de sua lâmina essência elétrica foi liberada e carregou as nuvens, ele abaixou o braço assim como a espada e um relâmpago caiu próximo de Sakura, a Sannin estava mais concentrada na criança ferida, a rosada respirou fundo e então liberou o selo em sua testa, uma pequena marca em losango que permanecia lá a alguns anos, quando foi liberado o mesmo se alastrou como marcas escuras pelo seu rosto, depois de anos o Byakugou estava novamente ativado.

—A Sannin não esta para brincadeiras. – Terikate falou exibindo um sorriso.

Novamente a cabeça de dragão de lama disparou uma rajada de lama e o Nara uma rajada de fogo que aumentou o poder da técnica, Sakura respirou fundo e pouco antes de ser atingida deu um soco no ar que desestabilizou o golpe, um vento forte foi provocado mudando a direção do ataque, aquilo deixou Terikate um tanto quanto surpreso, mas ele continuou com os movimentos. A Haruno se aproximava andando e depois de alguns metros disparou, seu olhar não demonstrava querer amizade.

—Eu aprendi quatro regras. – Sakura falou enquanto se aproximava. —Ninjas médicos não podem desistir de dar tratamento a seus companheiros. Ninjas médicos não podem se envolver em lutas. Devem ser os últimos a morrer. – Ela pulou e fechou seu punho enquanto caia na direção do dragão de lama. —Mas aquele que possuir o Byakugou no Jutsu, pode quebrar as três regras. –

Ela socou o dragão de lama e o mesmo se desfez, o soco foi tão poderoso que rachou o chão, a mulher que tinha sua cabeça abaixada a ergueu e mirou seus olhos verdes no Nara que havia se afastado um pouco, depois olhou para Haru que estava caído sangrando, alguns minutos de cura e o mesmo estaria novo, e depois procurou pelo assassino, mas não o encontrou. Ela voltou sua atenção a Terikate e foi em sua direção, desviando de sua sombra para que não tivesse seu corpo paralisado.

—Shannaro! – A rosada gritou e socou o ninja.

O soco não foi como o anterior, desta vez foi com mais força. Ela o acertou de jeito em seu rosto e o mesmo foi jogado longe, seu corpo só parou porque se colidiu com uma rocha que ainda sim recebeu nesta uma rachadura.

—Não é atoa ser considerada uma Sannin. –

A rosada olhou para trás, Keidan segurava Haru pelo cabelo róseo do mesmo, estava usando o menino como forma de se proteger da Sannin. Sangue escorria pelos ferimentos do Yanozuka. O garoto não iria permitir que o assassino de seu pai fosse embora, ele precisava fazer alguma coisa, respirou fundo e cabeceou o homem que deu alguns passos para trás, enquanto que ele caia de joelhos e Sakura se aproximava para cuidar dele. Keidan sorriu e desapareceu, sendo apenas um clone. Nisso do chão uma lâmina sai e atravessa o peito do Yanozuka que cuspiu ainda mais sangue. Aquela técnica era Doton: Moguragakure no Jutsu. Algumas lágrimas escorriam pelo rosto da Haruno que imediatamente iniciava o tratamento depois de jogar longe a espada. Uma energia verde percorria as suas mãos curando lentamente os ferimentos mais leves, o golpe de espada levaria mais tempo afinal acertou o coração, e enquanto ela curava percebeu uma coisa havia veneno no corpo de Haru.

—Você vai conseguir cura-lo, Sannin. Mas também pode tentar me pegar. –

Ela nem se incomodou em olhar para trás, para Keidan emergindo da terra e pegando a espada suja de sangue e caminhando para a floresta, sem nem mesmo olhar para o antigo aliado desmaiado. Sakura se preocupou somente em curar Haru, e como ainda era cedo dava para retirar o veneno de seu corpo, e foi o que ela fez, quinze minutos depois a mesma conseguiu extrair o veneno sem cor, e continuou o processo curativo no corpo do filho que estava inconsciente. Haru abria devagar seus olhos e mexeu sua cabeça de um lado a outro, não estava em seu quarto e muito menos em sua casa. Exibia olheiras que demonstravam seu cansaço. Ele experimentou se sentar, mas aquele simples movimento lhe doeu o corpo todo e voltou a ficar deitado, seu peito estava ardendo. Ele levantou o lençol branco e olhou para seu peito, havia bandagens e as levantando um pouco notou uma nova cicatriz. “O que aconteceu?” pensou e então se lembrou de algumas coisas, principalmente dele sendo golpeado por uma espada. Ele ouviu a porta se abrindo e depois passos e finalmente viu sua mãe e a mesma suspirou aliviada ao vê-lo bem.

—Que bom Haru. – A mulher comentou. —Você dormiu por dois dias seguidos. –

—Dormi? – Haru perguntou.

—Sim. – Yuri o respondeu. —E perdeu muito sangue. –

—É? – Haru perguntou.

—Você ainda tá grogue. – Yuri colocou uma das mãos no rosto. —Tiveram de repor sangue compatível com o seu. –

—Mas mamãe tem broncopneumo...broncopneumo...- Haru enrolava a língua tentando falar. —Bronco...Pronto...Prato...- É, Haru estava grogue. —Gatomonia!-

Yuri balançou sua cabeça, Haru ficava especialmente mais idiota quando estava doente ou dopado depois de medicamentes, ela já havia experimentado aquele lado do filho algumas vezes, muitas vezes na realidade. Ela sabia o que o menino estava tentando dizer, ela tinha broncopneumonia por isso não poderia doar sangue. Ela se ajoelhou ao lado da cama do menino e olhou em seus olhos esverdeados.

—Você vai ser sempre meu menino. – Ela dizia com calma para que ele pudesse entender. —Eu te encontrei em um rio aqui em Konoha há alguns anos. – Ela continuou falando devagar. —Você não é meu filho, Haru. Você é de...

Antes que pudesse concluir seu comentário, a porta novamente é aberta e entra no quarto a ninja médica que lutou ao lado de Haru, ela segurava em suas mãos uma planilha com as informações do menino. Yuri abaixou sua cabeça enquanto Haru olhava para a Sannin e depois para a sua mãe. Ele havia entendido o que ela queria dizer. Haru saiu da cama ainda grogue e com a menor coordenação motoro.

—Você! – Haru falou apontando para Yuri. —Me enganou por anos dizendo ser minha mãe? – E depois apontou para Sakura. —E como me perdeu em um rio? –

—Eu sou sua mãe. – Yuri falou olhando o menino. —Eu o criei e o alimentei. –

—Longa história. – Sakura respondeu.

—As duas são péssimas! Uma mentiu por anos e a outra perde um filho em um rio. – Haru comentou tentando não cair. —São péssimas mulheres! –

—Seu pai uma vez falou que queria saber quem você era. – Yuri falou.

—Não fale do meu pai!-

Haru gritou e socou a parede do quarto, seus olhos não eram verdes naquele momento, eram vermelhos com dois círculos em cada olho, e ele se esforçava para não chorar. Ele se lembrava das últimas palavras de Toshi Yanozuka, o homem que ele acreditava ser seu pai, “Não chore, você é meu filho”, ele não iria chorar. Ele olhou para o punho fechado na parede e o abriu e olhou sua mão, ficando assim por alguns instantes.

—Haru. – Yuri o chamou.

—Haru é meu nome mesmo ou você inventou como todas as mentiras? – Haru perguntou. —Responda. – Ele olhou para Yuri.

—É Tsuki. Tsuki Uchiha. – Sakura falou se aproximando devagar. —Você nasceu à noite e a lua estava bela. – Sakura continuou. —Por meses planejei chama-lo de Fugaku, em homenagem a seu avô. – Ela se ajoelhou a poucos passos e ficou o olhando. —Mas ao que vejo, Tsuki é um nome bem melhor. Sabe o que significa essa palavra? –

—Lua. – Haru respondeu.

—E uma lua tem fases, mudanças. – Sakura sorriu. —Você é tão bonito quanto seu pai, Haru. –

Ele ficou em silêncio não sabendo o que falar. Olhou inicialmente para Sakura e depois para Yuri, e depois para trás, para a janela. Ele correu na direção da mesma e a quebrou quando se chocou com a mesma, podia estar grogue, mas ainda era capaz de pensar e agir, ele aterrissou em um telhado vizinho e correu se afastando depressa do hospital.

—Ele é sempre assim? – Sakura perguntou olhando o menino correr.

—Nunca fez isso. – Yuri a respondeu.

Meia hora depois de fugir, Haru estava sentado ao lado de uma estátua vermelha que simbolizava o fogo, ele estava no cemitério da Vila da Folha e precisava pensar. A atenção dele é para o loiro de olhos azuis que aparecia de repente, ele imaginou que havia sido usada uma técnica de movimentação semelhante a que foi usada há algum tempo. O homem de trajes laranja se sentou do outro lado da estátua.

—Pelo visto descobriu, né? – O Uzumaki perguntou e continuou. —Sabe o que significa a Vontade do Fogo? –

—O que é Vontade do Fogo? – Haru perguntou. —Pensei que isso fosse apenas uma estátua besta representando o País do Fogo. –

—Não. – O Hokage continuou. —Ela diz que todo verdadeiro shinobi de Konoha deve amar, acreditar, valorizar e lutar pelo bem da aldeia. –

—Certo. – Haru falou sem interesse.

—E sabe o que é uma aldeia? – Naruto voltou a perguntar.

—Onde estamos? – Haru ironizou a resposta.

—Família. – O Hokage respondeu.

“Todo shinobi deve amar, acreditar, valorizar e lutar pelo bem da família? Poético” pensou Haru e abaixou sua cabeça esboçando um fraco sorriso, ele sabia o que o Uzumaki estava fazendo. O Hokage aproximou-se do menino e esticou seu braço enfaixado com o punho fechado.

—Não odeie elas. – Ele falou aquilo com um sorriso gentil. —Ame-as igualmente. –

Haru ficou em silêncio olhando para o Hokage e lentamente um sorriso foi surgindo em seu rosto, ele fechou seu punho esquerdo e com o mesmo tocou o punho enfaixado do Uzumaki. Haru se levantou e seguiu o loiro, abandonando aquele lugar, mas não a Vontade do Fogo.


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