Konoha Hiden – Tsuki Uchiha escrita por King


Capítulo 27
27. Capítulo


Notas iniciais do capítulo

A demora é por motivos de bloqueio criativo, estou lutando contra um até agora.



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Alguns dias se passam.
Haru encontrava-se agora nas ruínas do que um dia foi à loja Kazame, o único lugar de toda a Aldeia da Folha que ele se sentia bem quando se mudou e após a perda de sua mãe adotiva. “É algo ruim aproximar-se de um Uchiha, ou ser um Uchiha?” pensou e continuou sua linha de raciocínio “Se meus pais não tivessem me encontrado ainda bebê eles estariam vivos? Se Mizuchi não se relacionasse comigo também estaria viva?” ele havia abandonado completamente a realidade em seu redor, não ligava para algumas pessoas fora daquelas ruínas que de vez em quando miravam seus olhos na figura quieta sentada sobre alguns escombros, com um olhar nada mais do que sério.

—Ainda aqui? –

“Ou eles estariam vivos se eu fosse mais forte? Sim, Kazan e Keidan são ninjas com mais experiência, eu até a pouco era o filho de um fazendeiro. O que eu preciso é de força. Força para matar aqueles dois. E mais força para limpar esse mundo sujo de pessoas como eles” o Uchiha pensou adotando um olhar cada vez mais sério e sombrio, seu sangue esquentava somente de imaginar-se com poder o suficiente para eliminar raízes podres. Ele só abandonou aquele olhar porque recebeu um peteleco na testa e com aqueles olhos esverdeados mirou a responsável, a ninja médica que o acompanhou na tentativa de resgate da sua garota.

—Sakura. – Haru sussurrou. —O que você falou? –

—É “mãe” para você. – A Kunoichi comentou e continuou. —O que ainda faz aqui, Tsuki? Porque não foi ainda para o enterro? –

—A Baa-chan deve me odiar. – Ele respondeu e continuou. —Mizuchi morreu por ter se relacionado comigo. Essa loja foi destruída por ambas terem uma relação comigo. – Ele olhou os destroços. —Se eu estivesse morto muito antes disso tudo eles ainda estariam vivos. – Ele sussurrou aquela última parte.

—Te odiar? – Sakura repetiu e continuou. —Pelo contrário, você alegrou por um tempo os dias daquelas duas, mesmo que muitas vezes quem precisasse ser animado fosse você. – Ela olhou ao redor. —Isso é apenas uma construção, pode ser reconstruída. – Ela colocou gentilmente suas mãos nos ombros do garoto. —E como pode ter certeza disso? Acha que sua vida é tão insignificante que seria capaz de mudar tantas coisas? Vamos embora daqui, você tem algo para fazer. –

“Ela não me deixou responder” Haru pensou, mas não sentiu o mínimo anseio em dá-la uma resposta. Mãe e filho andaram por dez minutos até chegarem a uma área com um pouco de vegetação e centenas de túmulos e também uma escultura a frente de todos, a famosa representação da Vontade do Fogo. Os olhos esverdeados do Genin vão de encontro a uma senhora de trajes escuros, e depois miram um buque de flores em uma nova sepultura com o nome “Kazame Mizuchi”, mãe e filho devagar ficam ao lado da idosa que move ligeiramente seu rosto para observar os recém-chegados.

—É errado uma avó enterrar uma neta. – A senhora comentou.

—Desculpe. – Haru sussurrou.

O Uchiha segurou seu braço direito que se encontrava encoberto por bandagens, isso devido à queimadura de segundo grau como efeito da combinação do elemento Katon com o Rasengan, ele não se incomodava se aquilo fosse permanente, era nada mais de uma mostra do quão fraco era ainda.

—Não se desculpe. – A idosa falou e continuou. —Só fique forte para proteger aqueles que são importantes para você. – Ela mirou os olhos esverdeados do garoto. —E, além disso, nós somos ninjas, não sabemos quando podemos acabar mortos. –

—Que péssimo comentário para ser feito em um cemitério. – Haru sussurrou.

—Ela está certa. –

A atenção de Haru e de Sakura muda da idosa para trás, a alguns metros a passos curtos uma mulher se aproximou, seus olhos assim como dos rosados presentes eram verdes, mas tão claro quanto. A recém-chegada usava um vestido bege com mangas que cobriam suas próprias unhas, cobrindo sua cabeça encontrava-se um turbante na mesma coloração que o vestido, mechas de seu cabelo castanho escuro cobriam suas orelhas, amarrada na cintura era visível uma cabaça que caberia perfeitamente nas mãos daquela mulher, em sua testa estava sua bandana com o símbolo da Vila da Areia.

—Ninjas nunca esperam viver por muito tempo. – A desconhecida pelos dois comentou. —Cada missão pode acabar sendo seu próprio fim. –

—E você é? – Haru perguntou sério e continuou. —Isso depende do ninja. Se ele for fraco com certeza vai morrer cedo. –

—Suzume, minha filha. – A idosa respondeu o Uchiha.

—Esta me dizendo que por ser fraca minha garota morreu cedo? – Suzume sorriu após aquela pergunta.

O sangue de Haru esquentou com aquela ofensa aos mortos. Seus olhos esverdeados depressa se tornam vermelhos com três círculos negros de cada lado. A habitante do País do Vento continuou com aquele mesmo sorriso, a pequena cabaça em sua cintura mexia-se um pouco. Sakura gentilmente pôs uma das mãos no ombro esquerdo de Haru, assim como a idosa do clã Kazame segurou firme a mão direita do Uchiha. Não o estavam consolando, faziam aquilo para impedir que ele atacasse a mulher que continuou se aproximando sem demonstrar medo por aqueles olhos ou remorso por suas palavras. A mulher parou frente a frente ao garoto mantendo um olhar neutro, mas com um sorriso nada amigável, era como se a habitante do País do Vento fosse uma cobra e aquela criança a sua frente um misero rato.

—Aquela garota era fraca em todos os aspectos. – Suzume continuou. —Não era boa nem mesmo lançando uma Shuriken. – Ela olhou mais atentamente para o Uchiha. —E aparentemente, não era boa em achar homens. Mizuchi era um desperdício de pessoa. –

Já era mais do que evidente a raiva na expressão do Uchiha. Ele entendia a situação em que se encontrava, estavam tentando mantê-lo na linha, mas ele não iria permitir que Mizuchi fosse ofendida por aquela mulher. Mesmo baixo conseguia ouvir “Se acalme” por parte da mais velha e pela ninja médica, mas seu sangue já estava quente demais para aquilo. Com maestria ele criou um Kage Bunshin fazendo o selo com apenas sua mão direita, ele poderia estar imobilizado, mas não uma cópia. O clone que apareceu atrás do original não desperdiçou sequer um segundo e passou por cima do verdadeiro com o punho esquerdo fechado pronto a um soco. O clone foi imobilizado no ar por uma areia que saia da pequena cabaça na cintura da habitante do País do Vento, o Kage Bunshin tinha seu abdômen coberto pela areia.

—É magnífico fazer um Jutsu com apenas uma das mãos. Mas você é lerdo em seus ataques. E imagino que sua defesa e sua resistência sejam muito piores, Uchiha. – Suzume falou séria. —Você pode até mesmo ser um Genin e um Uchiha, mas nesse mundo existem ninjas com muita velocidade em ataques, com defesas e resistências absurdas. – Ela comentava olhando para o original. —E não dependa de Genjutsu, Uchiha. Sei que tenta me colocar a algum tempo em uma das suas técnicas, mas não vai conseguir isso comigo. –

O Kage Bunshin teve seu corpo coberto pela areia. Suzume Kazame fechou por completo sua mão direita e a cópia desapareceu. A habitante do País do Vento que desviou seus olhos para apreciar sua técnica assassina, os voltou para o Uchiha.

—Você deve ser e demonstrar força para proteger aqueles que lhe são importante, Uchiha. – Suzume falou serena. —Força o suficiente para que o mesmo não ocorra com outra pessoa. – Ela voltou seus olhos para a idosa. —Suas coisas já estão sendo encaminhadas para a aldeia. –

—Obrigada, Suzu-chan. – A velha falou com um gentil sorriso.

—Coisas? – Haru perguntou.

—Sim, como não tenho mais nada nesta vila estou retornando para a Vila da Areia, acho que você não sabia que o pequeno clã Kazame descende do País do Vento. – A idosa continuou. —Estarei partindo amanhã. –

Sakura que até aquele momento não encontrava motivos para se pronunciar, dirigia seus olhos para o menino um pouco abalado ao seu lado, a expressão entristecida tomava conta do rosto do Uchiha de cabelos róseos. Haru já havia perdido pessoas e agora uma iria para longe. Pelo menos era o que a ninja médica achava. Ele se permitiu sorrir e antes de pronunciar qualquer palavra colocou as mãos em sua cintura. Sakura já tinha visto o menino sorrir muitas vezes por isso sabia que aquele sorriso no rosto de Haru era acompanhado de dor, não era nem um pouco verdadeiro.

—Eu vou acompanhar a Baa-chan até a Vila da Areia. – Ele continuou. —Isso é o mínimo que posso fazer para agradecer por tudo. – Ele olhou discretamente para o tumulo quando falou “por tudo”. —Uma missão de escolta deve ser uma Rank D ou C, então não deve ter problemas se eu solicitar ao Nii-san. –

O Uchiha ao fim de seu comentário partiu do cemitério. A Ninja Médica suspirou, Tsuki ainda não estava recuperado do confronto com o assassino da névoa e já estava querendo participar de uma missão.

—Se ele esta com toda essa energia é porque ocorreu tudo bem nas cirurgias? – A idosa perguntou com um meio sorriso.

—Sim. – Sakura respondeu.

—Que cirurgias? – Suzume perguntou.

—Uma explosão elétrica trouxe problemas aos órgãos dele, mau funcionamento deles. – Sakura respondeu e continuou. —Ele enfartou ao menos duas vezes, seus rins falharam por alguns dias e tudo que comia voltava. – A Kunoichi continuou. —Ele sobreviveu a um Jutsu que a sobrevivência é nula, e ele ainda não sabe como conseguiu essa façanha. –

—Huh, então ele tem uma resistência. – Suzume comentou.

Enquanto as três Kunoichi conversavam, o Uchiha parava de correr já na metade do caminho demonstrando um claro cansaço, o que achava estranho pelo motivo de ter ido distâncias muito maiores e não mostrava aquela exaustão toda. “Ainda não estou em meu 100%” ele pensou olhando para pingos de seu suor manchando o chão. No final trocou uma simples corrida por uma caminha. Ele conseguiu chegar ao escritório do Hokage e como de costume já foi entrando, recebendo olhares sérios do Uzumaki e do conselheiro do mesmo.

—Você não é melhor que as outras pessoas, Uchiha Tsuki. – Naruto falou e voltou seus olhos para alguns papeis. —Mas já que você está aqui, eu quero discutir algo com você. –

—Antes, Hokage. – Haru falou em pausas enquanto se aproximava. —A Baa-chan do clã Kazame vai embora da Vila da Folha amanhã. Acredito que uma missão de escolta seria necessário, certo? Eu quero fazer isso, se possível. –

—Você ainda não se recuperou do combate com Keidan, e muito menos das cirurgias que passou. – E continuou. —E não me lembro de nenhuma missão de captura, ou outra coisa, direcionada ao Assassino da Névoa. Você agiu por sua conta e risco. – O Uzumaki aparentava seriedade.

—Ele atacou a Loja Kazame. – Haru falou e continuou. —Ele sequestrou Mizuchi Kazame. Ele a matou, sétimo. – O Uchiha relembrava os fatos.

“Um dia irei atrás dos responsáveis e quebrarei seus ossos e os matarei” ele pensou ao final de seu comentário.

—Você agiu sozinho, Tsuki. – Naruto falou mais sério. —Como você acha que Sakura-chan se sentiria se você morresse? –

—De novo? – Haru sussurrou.

Naruto não sabia que a Ninja Médica o acompanhou. Quando questionado após sua recuperação no hospital, para que a Sannin das lesmas não tivesse problemas, ele colocou a culpa toda em si próprio. O Uzumaki tinha conhecimento de que a Kunoichi só o resgatou porque soube pela velha Kazame que o Uchiha fora ao encontro do Assassino da Névoa e do Inuzuka. Tudo era uma mentira.

—O colocar em um time solo foi um erro. – Naruto continuou. —Shiori Hyuga já esta sabendo da mudança, Tsuki. A partir de hoje seu time ganha mais uma pessoa. E sim, pode fazer essa missão de escolta.

—O que? Que pessoa? – Haru perguntou.

—Pode entrar. – Naruto falou em alto e bom som.

A única porta do escritório é novamente aberta e pela mesma uma garota magra de longos cabelos ruivos puxados para trás com um elástico em um rabo de cavalo, seus olhos tinham um verde quase na mesma tonalidade que do Uchiha a poucos metros, a garota usava um quimono cor de areia com bordas pretas e um tecido vermelho amarrado na cintura, era visível uma bermuda por baixo daquele quimono, braçadeiras e botas escuras. A estranha colocou-se ao lado do Uchiha que a olhava com curiosidade, o mesmo olhar foi enviado ao Hokage, buscando por respostas.

—Ah, sim. Claro. – Naruto falou e olhou um papel. —Ela é do País da Água, de Kirigakure. E se chama Yahizui Uzumaki. –

—Uzumaki? – Haru repetiu. —Ela é sua filha, Hokage? A Hinata-Sama sabe sobre uma possível traição? –

—Idiota. – “Sama? Ele só trata com respeito à Hinata?” pensou e continuou. —Não tem apenas eu do clã Uzumaki. Ele se espalhou depois de alguns conflitos. –

—Uma correção, senhor Hokage. É Yahizui Shourai Uzumaki. – A ruiva se pronunciou e continuou. —Meus avós adotaram o Shourai para proteção, e ele acabou seguindo para meu pai, e como uma tradição eu o adotei. – A garota cruzou os braços.

—Seus avós eram espertos. – Naruto falou e mirou o Uchiha. —Me dê detalhes dessa escolta. –

—Iremos acompanhar a velha Kazame até o País do Vento, na Aldeia da Areia amanhã. – Haru respondeu e cruzou os braços. —Você sabia que as duas eram do País do Vento? –

—Sim. Tudo bem, essa missão de escolta esta autorizada. – Naruto continuou. —Agora saiam, eu estou ocupado. –

—Sim. –

A resposta mutua fez com que tanto Uzumaki e Uchiha se olhassem com uma seriedade que por um momento trouxe nostalgia para o Hokage. Yahizui de braços cruzados caminhou até a porta e só os descruzou para abri-la e passar pela mesma, no entanto foi diferente com Haru que a fechou e dirigiu seus olhos esverdeados para o loiro atrás da mesa.

—Falei para sair, Tsuki. – Naruto falou.

—Eu sei. – Haru se aproximou da mesa. —Eu quero pedir que o senhor volte a me treinar. Um treinamento intenso e prolongado. Mesmo sendo filho de dois Sannin, estou longe de ter alguma força. Até para um Uchiha devo estar fraco. – Haru continuou. —Quero força o suficiente para proteger aqueles ao meu redor, não quero perder mais ninguém. – Só de dizer aquelas palavras uma forte dor em seu peito retornava.

—Você quer vingança, Haru. – Naruto falou. —Quer força para destruir aqueles que causaram essa dor em você. –

—Não. – “Sim” Haru pensou. —Eu quero proteger as pessoas ao meu redor, nada além disso. –

—Você mente. – Naruto continuou. —Seu pai passou pela mesma coisa e por isso procurou por mais força para matar o próprio irmão. –

—Não sou aquele homem. – Haru falou. —Não é porque carrego o sangue dele que farei as mesmas idiotices que ele. – Ele continuou. —Desgraças já aconteceram demais comigo para que eu fique sem fazer nada. Meus pais estão mortos e eu não pude fazer nada. Ela está morta e eu não fiz nada. Eu quero força para proteger, e não destruir. –

—Vou acreditar, Haru. – O Hokage falou e continuou. —Após retornar dessa missão irei novamente treina-lo, mas só por algum tempo. Você é um Uchiha, deve aprender com um. –

—Obrigado. – Haru sorriu.

O Uchiha por fim deixou a sala e olhou para o lado direito, a Uzumaki ficou o esperando de braços cruzados e cabeça baixa enquanto suas costas estavam postas na parede, a ruiva abriu seus olhos e os mirou nos do rosado.

—Como seus pais estão mortos? – A Uzumaki perguntou. —E porque o Hokage o chamou de Tsuki e de Haru? –

—Você costuma ouvir conversas que não são de sua conta? – Haru perguntou evidentemente zangado.

—Sim. – Yahizui respondeu. —Já que respondi sua pergunta, responda as minhas. –

Haru ficou em silêncio e tomou a direção oposta a aquela que a Uzumaki encontrava-se, ou seja, foi para a esquerda. Naquele prédio havia janelas demais, mesmo nos corredores, por isso ele poderia sair por uma com grande facilidade. Ele colocou as mãos em seus olhos e os coçou, ouvia os passos da Uzumaki e a garota não fazia nem mesmo questão de ser silenciosa enquanto andava, ele soltou um longo suspiro.

—Não me siga. – Ele comentou.

—Não estou seguindo. – Yahizui respondeu. —Só estou fazendo companhia a um colega de equipe. – A ruiva olhou para fora por uma das janelas. —Sabe, eu não conheço nada da aldeia. - Ela voltou seus olhos ao Uchiha. —Seria gentil alguém me mostrar às coisas. –

—Sei. – “Onde ela quer chegar?” Haru pensou. —Vá pedir para alguém. Procure um mapa se preferir. –

—Você é lerdo, Uchiha. – Yahizui comentou.

—E você é uma perseguidora, Uzumaki. – Haru sussurrou. —Vamos, devemos encontrar a Shiori-Sensei e lembrar que ela é líder de um time que tem uma missão amanhã. –

Os dois foram embora do prédio que era a localização do Hokage.
Ambos passaram por dezenas de lugares, alguns restaurantes e pontos turísticos da aldeia. Haru a todo o momento durante a caminhada ficou com suas mãos guardadas nos bolsos de sua bermuda.

—Onde machucou seu braço direito? – A Uzumaki questionou.

—Um Ninjutsu que deu errado. – Ele respondeu.

Haru e Yahizui seguem andando por algumas horas. Ambos seguem ao cemitério e o Uchiha com a maior discrição possível dirigiu seus olhos a um tumulo recente, não tinham mais pessoas próximas ao mesmo, mas ainda residiam algumas flores. Os dois jovens param próximos a uma estátua de fogo.

—Ela não está aqui. – Haru sussurrou.

—Pare com isso, Uchiha. – Yahizui falou e continuou. —Você tenta parecer chato com as pessoas, mas não consegue. – Ela olhou a estátua. —O que é isso? –

—A representação da Vontade do Fogo. – Haru continuou. —Ela diz que todo ninja da aldeia deve amar, acreditar, valorizar e lutar pelo bem da aldeia. – Ele sorriu após explicar. —Sabe o que significa uma aldeia? –

—Sei, onde nós estamos. – Yahizui respondeu.

—Não, família. – Haru continuou. —Para um Hokage, a aldeia é sua família. Mas nada impede de alguém ter um pensamento semelhante. – Ele sorriu ao fim da explicação. —Vamos logo. A Shiori-Sensei deve estar no clã Hyuga já que é tão tarde. –

—Antes responda as minhas perguntas. – Yahizui falou e cruzou os braços. —Não sairei daqui até tê-las respondido. Porque o Hokage o chamou de Tsuki e de Haru e também como seus pais estão mortos? Eles não são Uchiha Sasuke e Haruno Sakura? –

—Você é bem informada sobre mim. – Haru sussurrou. —Eu me chamo Tsuki Uchiha, mas também Haru Yanozuka. Pode escolher como vai me chamar. E meus pais estão mortos. Meus pais adotivos ao menos. Cai em um rio quando era bebê e Toshi Yanozuka e Yuri me encontraram em seu leito e me criaram até um tempo atrás. – Ele cruzou os braços enquanto respondia. —Meu pai foi morto por Keidan, o Assassino da Névoa, e minha mãe por doença mesmo. Não só ele foi morto por aquele maldito. – Haru sussurrou aquela ultima parte.

—Quem mais? Algum irmão? – Yahizui questionou.

—Não. – Haru respondeu. “Se Sarada fosse morta, Sasuke não permitiria que aquele maldito ainda respirasse” Haru pensou. —Somente mais outra pessoa importante para mim. –

—Desculpe tê-lo feito responder. – Yahizui falou.

—Vamos logo. – Haru comentou.

E ambos partiram.
E no dia seguinte por volta das oito e meia da manhã já havia um grupo nos portões da aldeia. Shiori Hyuga carregava em suas costas uma mochila própria com mantimentos e livros, Haru era quase a mesma coisa, mas sem os livros e sim o dobro de comida e um kit médico, Yahizui carregava apenas pergaminhos e uma mochila pequena, e a velha do clã Kazame era a única que não carregava as coisas, afinal tudo dela já tinha sido enviada para o País do Vento. Haru e Yahizui ao mesmo tempo arrumavam suas bandanas e olham uma última vez para trás, para o monumento com o rosto em pedra dos Hokage e não deixam de exibir um sorriso. E o grupo deixou a vila ao encontro do País do Vento.

 


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