Maneira de Lidar escrita por Lura


Capítulo 1
Primeiro Mês


Notas iniciais do capítulo

E não é que saiu a continuação de "Maneira de Dizer"? Me empolguei mesmo com esse estilo de escrita, de capítulos meio independentes.

Eu pretendia, pretendia mesmo, continuar no mesmo ritmo anterior, de capítulos mega enxutos, que passassem somente o necessário. Meu objetivo era fazer a média de 600 palavras por post. Sério. Vocês vão observar que os primeiros capítulos estão mais objetivos.

Acontece que, enquanto eu escrevia, parece que o trem criou vida própria. O que quer dizer que os capítulos ficarão mais longos no decorrer da história.

Contudo, é aquele mesmo esquema, uma espécie de coleção de one-shots, que formam uma shortfic.

Bom, é isso. Espero que curtam saborear mais alguns momentos fofinhos desse casal que é tão "awwww". Eu particularmente, estou amando escrever.

Ah! A leitura da fic "Maneira de Dizer", não é obrigatória para a compreensão desta. Maaaas, se quiserem saber como nosso casalzinho descobriu o baby, deem uma passada lá.



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O loiro já havia perdido as contas do número de vezes que havia despertado antes que a luminosidade dos dias nascentes adentrasse seu quarto, apenas naquela semana.

Como todas as outras vezes, foi a falta de algo que se habituara com afinco que o arrancara de seus sonhos confusos e enevoados, fazendo com que piscasse, aturdido e, em seguida, levantasse preocupado.

Do lado direito da cama, onde deveria estar repousando sua companheira, havia apenas o cobertor franzido e dois Kwamis, um tanto embolados, que justificavam a sensação de vazio que o acometia a cada manhã.

Entretanto, não demorou muito para que os olhos verdes intensos captassem uma nesga de luz saindo da porta entreaberta do banheiro da suíte, e logo o loiro se viu caminhando para lá.

Antes que se desse conta, já estava segurando os cabelos negros e medianos da figura deplorável de Marinette, que encontrava-se debruçada sobre o vaso sanitário.

Àquela cena vinha se repetindo, todas as manhãs, nos últimos dez dias e, segundo a obstetra que consultaram, poderia durar ainda pelos próximos dois meses. Se tivessem sorte.

— Eu disse para me chamar quando estiver passando mal. - Repreendeu, com jeito, vendo a namorada tossir.

— Na maioria das vezes, mal tenho tempo de chegar aqui. - Rebateu ela, ofegante. - Além do mais, esse banheiro é pequeno demais para que duas pessoas passem a noite nele. Uma é o suficiente. - Fez piada da própria situação, imediatamente arrancando um sorriso involuntário do loiro.

Marinette era assim: Dramática, intensa, desastrada e extremamente otimista. Sempre tirava sarro dos próprios problemas, para que parecessem menores, a fim de encontrar motivação para seguir em frente. O contraste perfeito com o ex-modelo, que era mal-humorado, pessimista e resmungão.

Quando a jovem já não tinha nada mais para jogar para fora, Adrien a ajudou a levantar, e ficou por perto enquanto lavava o rosto e escovava os dentes, temendo que fosse vencida pela fraqueza. Mas claro que ele não deixava que ela percebesse isso. Afinal, seu orgulho heróico e independente culminavam em uma teimosia que tornavam a tarefa de auxiliá-la um verdadeiro desafio. Ela era aquela que ajudava, não o contrário.

O casal caminhou de volta para o quarto e, quase em sincronia, tornaram a se deitar, com cuidado, para não despertar os Kwamis, a fim de aproveitar a hora e meia que os separavam do clarear.

Contudo, assim que descansou o corpo sobre o colchão, Adrien conseguiu ouvir a namorada choramingar.

— Ainda enjoada? - Indagou, virando-se para ela.

— A questão é, quando não? - respondeu, com outra pergunta. - Eu vou precisar ser mais que a Ladybug para lidar com isso, gatinho. - Brincou, chorosa, fitando o teto, arrancando uma risada do loiro.

— Eu sei que você consegue. - Incentivou, equilibrando-se sobre o cotovelo, de modo que ficasse inclinado sobre ela. - Porque você é a mulher mais incrível que eu conheço. - Completou, sabendo, mesmo no escuro, que ela ruborizara.

— Sei disso, gatinho. - Falou, apertando as bochechas dele, a fim de espantar o constrangimento.

Novamente, adrien riu. Ainda achava curioso como, mesmo após tantos anos de intimidade, a morena corava em momentos específicos.

— Dá pra parar com a melação agora? - Uma voz ranzinza e irritante engrolou, cortando o clima completamente. - Eu quero dormir.

Dessa vez, Marinette foi quem gargalhou, vendo a irritação crescer no rosto do companheiro enquanto ele encarava o Kwami negro.

— Então vá procurar um lugar para você! - Reclamou Adrien. - Não me lembro de tê-lo convidado para nossa cama.

Plagg ergueu a cabeça, estreitando os olhos irritado, enquanto o loiro apenas ignorava o fato de ser praticamente fuzilado pelas orbes verdes fluorescentes.

— Só não digo mais nada, porque nos próximos anos você nem vai saber o que é dormir direito, Agreste. - A criatura felina avisou, abrindo um sorriso zombeteiro. - Então você vai se lembrar de todas as vezes que perturbou meu sono. Vai pagar os próprios pecados.

— Eu tenho pagado, parceladamente e com juros desde conheci você. - Rebateu, virando-se para o lado oposto e fechando os olhos. - Boa noite. - Resmungou.

Contudo, sequer dois segundos haviam passado, antes que o movimento brusco sobre o colchão denunciasse que Marinette havia levantado correndo. De novo.

Resignado, o loiro tornou-se a levantar, e seguiu-a para dentro do banheiro.

— Boa noite!!! - Só então, Plagg respondeu, zombeteiramente, fazendo questão de ajeitar-se sobre o travesseiro do portador.

— Você não presta. - A voz fininha da Kwami joaninha, que não fizera questão de abrir os olhos para manifestar-se, acusou.


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Notas finais do capítulo

É isso, o primeiro, curtinho e simples.

Em breve, o próximo. Garanto que os capítulos ficarão mais emocionantes com o passar dos meses. ;]

Espero que tenham gostado! Até mais!



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