O Clube dos Quatro escrita por spyair


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Eu juro solenemente quê não farei nada de bom!
HI, BRUXINHOS!
Primeiramente, gostaria de agradecer à PoneiMikaelson pelo seu maravilhoso comentário!
Então, este capítulo é dedicado à você!
Enjoy!



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Os corredores estavam vazios. Ninguém ousava perambular por aquelas horas, ainda mais com as ameaças iminentes do Filch de torturar os pobres alunos. Felizmente, eu tenho meu posto de monitor chefe para poder dar umas caminhadas noturnas.
Cruzava os corredores lentamente, as mãos atrás da nuca. Meu andar era despreocupado até demais, e eu estava perdido em pensamentos sobre assuntos muito interessantes, mas que Kurome consideraria "nojentos". Ela é louca. Isso é o que os humanos fazem de melhor! Digo, alguns humanos… Outros são tão ruins que não deveriam nem fazer essas coisas. Enfim...
Um acesso de risadinhas chamou minha atenção para a estátua da Bruxa de um Olho Só. Atrás daquela estátua jazia uma das sete passagens secretas para fora de Hogwarts, e eu realmente me impressionei. Pelo som das risadas, eram do primeiro ano, e é incrivelmente surpreendente que primeiranistas tenham ciência das passagens no segundo dia de aula. Claro, eu descobri uma das passagens secretas na minha primeira noite em Hogwarts, mas qual é? Eu precisava esconder minha caixa de doces em algum lugar que ninguém fosse encontrar e a Bruxa de um Olho Só estava bem alí, olhando pra mim com um olho só…
Apontei minha varinha para o nariz torto da Bruxa e murmurei "dissedium". Na mesma hora, a estátua de moveu, pulou para o lado e revelou a entrada da tão conhecida passagem secreta.
— Ora, ora, ora… — um sorriso ladino tomou conta do meu rosto assim que uma luz rompeu da ponta da varinha e iluminou a entrada do túnel escuro, exibindo os rostinhos assustados dos ditos primeiranistas, que estavam totalmente paralisados de medo. Será que eles fariam xixi nas calças? Isso seria engraçado de se ver.
— Ferrou! — o de óculos murmurou para o outro, me fitando com uma expressão assustada.
— E agora? — seu amigo de cabelos negros e compridos murmurou de volta, ficando de pé.
— O que estão fazendo? — questionei, abaixando a varinha para os seus pés. Constatei que eles estavam apenas conversando alí por não haver nada espalhado no chão.
— Não é da sua conta, é? — o de cabelos longos retrucou.
— Na verdade é. Eu poderia dar uma detenção pra vocês agora mesmo — ameaçei, sorrindo para as expressões assustadas.
— Mas não fará isso, não é, Jack? — o Potter sorriu exatamente da mesma forma que eu.
— Por que não faria? — ergui a sobrancelha.
— Porque sabemos que foi você que pendurou a calcinha da McGonagall em cima da lareira da Sala Comunal, você a roubou usando o rosto de um ex-aluno — Black alfinetou, cruzando os braços.
Suspirei, abaixando a varinha e murmurando "nox". Admito, eu gosto desses garotos. São como mini cópias minhas, eles tem bastante futuro pela frente. Meu instinto de maior pregador de pegadinhas de Hogwarts desde os tempos antigos está piscando no ar e me dizendo que devo guiar esses pobres seres em sua longa e árdua jornada de marotagens.
Okay, acho que tomei muito Whisky de Fogo antes de vir patrulhar, tô com uns pensamentos muito mirabolantes. 
— Tomem cuidado na hora de voltar pra Sala Comunal, Filch está louco pra pegar um aluno e aplicar sua mais inovadora técnica em tortura colegial — alertei, saindo do túnel e fechando a passagem novamente.
Prossegui minha patrulha por aquele andar, e nada de surpreendente me aconteceu pelo resto da noite. Era por volta das onze horas quando eu cansei de caminhar e me sentei no parapeito de uma janela, balançando os pés para fora. O vento acariciava delicadamente o meu rosto, relembrando-me de belos momentos em experiências passadas.
Conferi os dois lados do corredor. Não havia ninguém. Nenhum sinal de Madame Nor-r-ra, ou seja, Filch estava bem longe daqui. James e Sirius ainda estavam na passagem da Bruxa de um Olho Só. Estava tudo limpo.
Pus-me de pé, respirei fundo, e com um sorriso, impulsionei meu corpo pra frente. Agora, o vento não apenas acariciava meu rosto, ele chocava-se violentamente contra mim enquanto eu caia em queda livre.
Meus ossos passaram a modificar-se, minha estrutura toda mudou. Em poucos segundos, eu me senti leve, senti o vento correr por mim como um amigo, e então abri as asas. Tomei altitude rapidamente, indo cada vez mais alto, passando pelas maiores torres de Hogwarts. Voei em volta da Torre da Grifinória, as janelas passaram como borrões. Alguns quartos ainda tinham as luzes acesas, e eu soltei um piado alto ao passar por uma janela conhecida.
Fui ainda mais alto, tanto que eu podia ver todo o território de Hogwarts. Ah, como eu amava observar Hogwarts de cima à luz da lua. O Lago Negro encontrava-se bem abaixo de mim, consegui ter um vislumbre da Lula Gigante agarrando uma presa. Mais à direita, a Floresta Proibida, e á frente da mesma, o casebre de Hagrid. Fiz uma anotação mental de passar lá qualquer dia, ele disse que tinha um filhote para me mostrar. Voltei meu olhar para um ponto mais próximo do castelo, no Salgueiro Lutador.
Aquela árvore tinha sido colocada alí esse ano, Dumbledore me explicou o porquê. O motivo foi um aluno do primeiro ano, que carrega a condição de lobisomem. A árvore era passagem secreta para uma velha casa em Hogsmeade, afastada do vilarejo. Era pra lá que o garoto deveria ir nas luas cheias, para evitar que machucasse outros alunos.
No entanto, a figura que eu vi com certeza não era a de um primeiranista. Era maior, encapuzada, e corria. Andava rapidamente na direção do Salgueiro, que já começava a se agitar.
Fechei as asas, inclinando o bico na direção da árvore. Eu perdia altitude duas vezes mais rápido do que ganhei, cortava o vento agilmente, e antes que meu corpo pequeno atingisse o chão, as asas foram abertas, fazendo-me planar diante da figura encapuzada e tomar altitude novamente.
Por uma fração de segundo, eu consegui ver o rosto que estava por baixo do capuz, e aquilo me fez estremecer.


Retornei ao meu dormitório na Torre da Grifinória depois daquilo. Os outros com quem eu dividia já estavam no décimo sono, e por sorte eles tinham sono pesado, então não me importei em fazer barulho.
Tomei um banho muito demorado, com direito à sais de banho, água quente e meu patinho de borracha chamado Pafúncio, que renderam mais de uma hora para me fazer ficar com sono o suficiente, então saí da banheira e me sequei com a toalha, vestindo apenas uma cueca e me jogando na cama após. Puxei o cobertor para me aquecer, e por "aquecer" significava cobrir só uma perna e ficar esparramado no colchão, basicamente.
Enfim, demorei mais de duas horas para conseguir pegar no sono, devido á um maldito zumbido na minha orelha e uma droga de dor de cabeça que me atormentou pelo resto da noite.


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Notas finais do capítulo

E aí, podem expressar a opinião de vocês nos comentários sem dó nem piedade. Amo ler comentários grandes, viu?
Malfeito feito.



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