BloodLust escrita por darling violetta


Capítulo 5
Escola da Pesada, parte II


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte desse ep. =)



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Quando Bruce e Shayera chegaram na biblioteca, ele trancou a porta atrás deles, e fez uma barreira. Em seguida, correu para o gabinete de J’onn, seguido pela ruiva. Ela olhou ao redor, e viu livros sobre vampiros e outros monstros. O bibliotecário tinha gostos peculiares. Seu olhar vagou e pousou num objeto roxo, largado debaixo de uma mesa.

Shayera se aproximou e levantou o objeto, ao mesmo tempo em que Bruce abria um armário, revelando um armário cheio de armas. Ela reconheceu sua bolsa, perdida algum tempo atrás.

─Ei, o que o bibliotecário faz com minha bolsa?

─Eu o reconheci de algum lugar. Era você no teatro dos vampiros.

A ruiva deu um sorriso orgulhoso.

─Quem você acha que colocou aquele lugar abaixo?

─Bom...

Shayera então notou o armário aberto. Havia estacas, bestas, e incontáveis objetos. Mas uma espada em particular ela reconheceu.

─Acho que encontrei minha espada favorita. São essas as coisas da Diana?

Bruce assentiu e pegou a espada de Shayera. Entregou-lhe, em seguida, tirou mais alguns objetos do lugar.

─Ah, posso colocá-los em sua bolsa?

Ela estendeu o objeto.

─Sinta-se à vontade.

*****

Diana com a ajuda de Wally, levou os adultos até uma sala, onde trancaram a porta e criaram uma barreira. As janelas também foram cobertas. Se pudessem se manter quietos, talvez os vampiros fossem embora ao amanhecer.

─O que eram aquelas pessoas? ─Alguém gritou.

─Devem ser de gangue. ─Outro respondeu.

─Sim, sim. ─J’onn disse. ─Devem ser de alguma gangue.

─Certo, mas e os rostos deles? Era horrível.

─Algum efeito de drogas. ─O diretor soou convincente.

Wally se aproximou de Diana e J’onn.

─Eu contei dez deles.

─Você sabe sobre vampiros?

Ele deu de ombros.

─Você também sabe, mas não é hora para isso e... Shay não está aqui.

─Tem certeza que não são amigos dela?

─Sei que não gosta dela, mas é perigoso.

Diana suspirou.

─Bruce também não está. Vou procurá-los.

─Shay está lá fora, então também vou. E quanto a eles?

Wally disse, apontando a cabeça para os adultos.

─Ficaremos bem. Eu tomo conta de tudo. Mas vocês não podem sair pela porta, serão presas fáceis.

Diana olhou para cima. A tubulação. Se o caminho não estava disponível, eles criariam um novo.

*****

Bruce guardou as coisas de Diana na bolsa de Shayera, enquanto a ruiva segurava a espada e ele mesmo carregava algumas estacas.

─Espero que saiba o que está fazendo. ─Ela disse. ─Como sua namorada sabe sobre vampiros?

─Ela os caça, assim como você.

─Impossível ser como eu. Não há outro igual.

─E por quê?

Shayera riu.

─Espero que seja corajoso.

Ela fechou os olhos. Quando os reabriu estavam amarelos, como das criaturas lá fora. Ela sorriu, e seu rosto bonito dava lugar a sulcos e presas, como os demais vampiros. Bruce cambaleou para trás, batendo as costas na porta.

─Viu? ─Disse e seu rosto voltou ao normal. ─Ela nunca seria como eu.

Passando pelo rapaz, que tentava se recompor, começou a desfazer a barreira na porta. Eles se prepararam, armas em posição, mas não havia ninguém ou nada do outro lado.

*****

Wally seguiu Diana pela tubulação, e saíram na biblioteca. Ele estranhou, mas nada falou. Ela foi ao armário, e percebeu que faltavam muitas de suas armas. Pegou a maior das bestas e flechas reservas. Teria que bastar. Wally tomou a liberdade e pegou uma estaca. Normalmente ele só assistia Shayera lutar. Mas talvez hoje participasse da ação.

Voltavam pelo caminho pelo qual vieram, mas ela lembrou que Clark e John chegariam mais tarde. Os amigos poderiam estar em perigo. Assim, os dois caminharam em silêncio pelos corredores, indo em direção à saída.

*****

Clark e John vinham pelo jardim, e logo estranharam a escola vazia. Ouviram um rosnado e quatro vampiros os rodearam.

─Cadê a Diana quando se precisa dela?

Eles tentaram correr, mas o grupo os cercou. Um deles segurou John pelo pescoço, enquanto dois deles prendiam Clark pelos braços. Clark fechou os olhos, esperando a mordida, porém ouviram o grito e a cabeça de um dos vampiros rolava pelo chão, antes de virar pó. Clark rolou, e viu Bruce ajudando-o a ficar de pé.

─Você sempre chega na hora certa, Di.

─Cara, essa não é a Diana.

Ele olhou para cima e viu que Bruce estava certo. Shayera girou sua espada e dividiu outro vampiro em dois. Os três rapazes assistiram atônitos a garota bonita lutar contra os vampiros. Seus olhos brilhavam amarelos, e ela deixava seu lado vampiro no limite, o suficiente para dar tudo de si, sem perder de vez o controle.

Quando os vampiros eram poeira, ela encarou os rapazes. Não se abalando pelos olhares perplexos que recebia, apertou mais o cabo da espada e se voltou para a entrada do colégio.

─Estão chegando mais destas coisas. Vamos fechar a escola e matar os que estão do lado de dentro.

Começou a andar, e os rapazes permaneceram imóveis, menos Bruce, que foi atrás dela.

─Vocês vêm ou não?

Os caras assentiram e a seguiram.

*****

As batidas na porta aumentavam. J’onn e os outros presos na sala sentiam a fúria com que as criaturas tentavam arrombar a porta. Ele esperava que Diana voltasse logo, e os ajudasse. Sozinho, não conseguiria, afinal, era apenas o observador.

A porta começou a ser removida, e rostos desfigurados tentavam entrar. As pessoas se amontoavam no canto, tentando ficar o mais longe possível da criatura. Se entrassem, aquelas pessoas não teriam para onde correr. Era o fim.

Eles ouviram passos, e um dos vampiros sentiu a flecha cravada em seu peito. Ele era poeira.

─Belo tiro, Diana. ─Wally comentou, enquanto os dois corriam para os vampiros que tentavam derrubar a porta.

Diana mirou novamente e atirou. Um dos vampiros conseguiu abrir a porta, e tirava a barreira do seu caminho. Rosnou para as pessoas encurraladas, mas então algo ou alguém o puxou para fora. Diana pulou sobre ele e enfiou a estaca em seu coração.

Os adultos na sala piscaram perplexos, e a movimentação na porta retornou. Segundos depois, Diana e Wally apareceram.

─Todos para fora. ─Ela disse.

J’onn soltou o ar que não sabia que havia prendido. Do lado de fora, os pais de Wally o abraçavam, enquanto a mãe de Diana verificava se ela não estava ferida.

─Podem explicar o que houve?

─Eu, ah... nós chamamos a polícia...

Os adultos não pareceram comprar a história, porém o som de sirenes se fez presente pouco depois. Diana sorriu para o ruivo, e sua boca se moveu silenciosa “belo plano, Wally.” O ruivo assentiu, mas desvencilhou de seus pais. Acabava de se lembrar de Shayera. Ela havia desaparecido.

*****

Shayera, seguida por Bruce, Clark e John viraram o corredor. Ela perdeu a conta de quantos vampiros matou aquela noite, e sentia ainda a presença de um ou dois pela escola. O som fraco de um coração também estava por perto. Virando a esquina, provou-se certa. Dois vampiros se debruçavam sobre uma menina.

Rapidamente livrou a menina das criaturas, matando-os em seguida. Abaixou-se para a garota caída, e percebeu que ainda tinha pulso. Suspirou, fechando os olhos por alguns segundos. O cheiro de sangue pegou-a de surpresa e, sem se dar conta, seu rosto mudava.

─Você!

Alguém gritou. Shayera ficou de pé, e se virou depressa. Apenas sentiu a dor aguda atingir seu estômago. Wally saiu de trás de Diana para pegar a amiga, contudo Bruce estava mais próximo e segurou-a antes que caísse. Confusão tomou conta de Diana. Em vez da vampira Shayera se desmanchar em uma nuvem de poeira, ela viu sangue, vermelho e vivo. Mas vampiros não sangravam, apenas pessoas o faziam. Compreensão tomou conta dela.

─Ah, Deus, o que eu fiz?!

*****

Shayera acordou ouvindo corações batendo e vozes em sua casa. Sentia dor e logo se lembrou da flechada. Havia algo pesado sobre ela. Algo quente e que respirava. Wally estava em uma cadeira, mas debruçado sobre ela e dormindo. Mexeu em seus cabelos, despertando-o no processo.

─O quê? Shay? ─Então ele gritou mais alto. ─Shay acordou.

A porta se abriu e ela teve que cobrir o rosto por causa da luz. J’onn entrou, seguido por John, Bruce, Clark e Diana.

─Como se sente?

─Como se tivesse levado uma flechada. Por quanto tempo estive fora?

─Dois dias. Wally não saiu do seu lado em momento nenhum. Também tivemos que alimentar você.

Shayera viu a garrafa de sangue em sua cômoda. Ela sabia pelo cheiro que não era humano.

─Pensei que não fosse acordar. ─Wally segurou sua mão.

─Não vão se livrar de mim tão fácil, especialmente você, Wally.

J’onn tossiu.

─Seu tio ligou. Ele se ofereceu para vir, mas dissemos que você estava bem.

Ela balançou a cabeça.

─Temos muito a esclarecer, Shayera.

─Darei as respostas que querem, mas se não se importam, estou cansada demais.

─Está certo. Algo me diz que Wally ficará. Tudo bem deixar os dois sozinhos?

Shayera olhou para o ruivo sentado em sua cama e sorriu.

─Não consigo fazer nada por hoje além de dormir.

O observador suspirou e assentiu. Sua intuição lhe dizia para não se preocupar, mas ele sabia melhor que os garotos não passariam a noite apenas dormindo. Aos poucos, restava apenas os dois ruivos. Shayera sorriu para Wally, sem jeito.

─Estou com fome.

─Tem uma garrafa de sangue. J’onn deixou para você.

Ela fez cara de nojo.

─Boi?

─Porco. Não me parece muito melhor. Espere um pouco.

Ele se levantou, pegou a garrafa e foi para o banheiro. Shayera ouviu o barulho de água corrente e se perguntou o que seu amigo fazia. Wally voltou minutos depois, trazendo um copo limpo. Depositou o copo no lugar e fitou Shayera.

─Você tem todo o sangue de que precisa bem aqui. ─Tirou a camisa. Segurou o tecido, até ele deslizar de seus dedos para o chão.

─O que pretende? ─Ela imaginava, mas queria estar errada.

─Nos conhecemos há bastante tempo. Estive pensando e talvez nós...

─Você quer sexo?

Wally corou. Em sua mente, a conversa fluía por outro caminho. Claro que ele gostaria de ter relações com ela. Pensava nessa possibilidade toda vez que estavam juntos e sozinhos, quando eram muito próximos. Nunca aconteceu. Nem com ela, nem ninguém. Mas agora, pensava em outra coisa.

Engoliu em seco e voltou a sentar ao lado dela.

─Achei que você poderia me morder.

─Eu posso matar você. E se...

─Perder o controle? ─Deu de ombros. ─É um risco. Não quero te obrigar a nada, mas sei que a noite poderia terminar de um jeito novo para nós. Se você quiser, claro.

─Mas... ─Ela ainda tentou argumentar.

Wally colocou um dedo em sua boca e ela se calou. Ela esqueceu seus argumentos não tão bons assim quando seus lábios se chocaram em um beijo terno. Envolveu os braços em seu pescoço. Ela ainda pensou em desistir, mas seus temores foram silenciados quando sentiu as mãos dele puxando sua blusa para cima, e tocando sua pele.

Ele estava tão quente e ela apenas queria se envolver nele. Ele a deitou na cama e Shayera sabia que não iria parar. Ela não queria parar...


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Notas finais do capítulo

Eu gosto desse final. =)



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