Quando Você Entrou Em Minha Vida escrita por darling violetta


Capítulo 5
Tu Me Cativas


Notas iniciais do capítulo

“Dizem por aí, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica mais feliz quando te vejo. Dizem também que meus olhos brilham, dizem também que é amor, mas isso é certeza.” Dom Casmurro

Ah, eu queria esperar uns dias pra postar isso, mas eu tava ansiosa mesmo. Tentei fazer uma cena mais hot aqui, mas evitei muitos detalhes pra minha história não parecer um filme porno.
Espero que tenha ficado bom...



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Wally encarou-a surpreso. A sinceridade na voz dela o pegou de surpresa. A Shayera que ele conhecia evitaria a resposta, e fugiria dele. Mas a mulher que estava a sua frente era uma nova Shayera, uma versão dela que ele jamais pensou em conhecer. Uma Shayera apaixonada. E por ele.

Quando se deu conta, Shayera já o beijava com voracidade. As mãos dela vagaram por suas costas molhadas, enquanto ele a segurou pela cintura. Oh, era tão bom! Shayera se afastou brevemente, mas não fez menção de fugir. Abaixou o rosto para ela. A respiração quente estava em seu rosto e ela voltou a beijá-lo sem pensar.

Suas mãos desceram de suas costas torneadas para suas nádegas. Ela o segurava firme, apertando e apalpando, torcendo a toalha em volta de seu corpo. Wally também a puxava para perto. As pernas dela bambearam. Talvez pelo cansaço da missão, talvez por sentir-se fraca nos braços dele. As mãos dele ficaram mais firmes em sua cintura. Possessivo, até.

Quando ela precisou respirar, afastaram-se um pouco, mas suas testas continuaram coladas. A toalha ao redor de Wally estava frouxa, e ela sentia sua masculinidade contra ela. Shayera percebeu que suas mãos eram a única coisa a manter aquela toalha no lugar. E aquele maldito pedaço de pano era tudo que cobria a nudez de Wally. Tudo que a separava de se entregar de vez.

Wally mordeu a ponta de sua orelha. Seus medos e dúvidas esquecidos enquanto a boca dele trabalhava em seu lóbulo, descendo em seguida para o pescoço. Shayera suspirou quando os beijos ficaram mais ousados, em seu pescoço e ombros.

Gentilmente, Wally a empurrou para a cama. Ele deitou sobre ela, cobrindo-a com seu corpo. Por mais rápido que fosse, as malditas roupas não saíam tão rápidas quanto queriam. Mas uma hora ele conseguiu. Levou ainda um tempo para admirá-la. Shayera parecia um anjo em seus braços. Ou uma deusa.

Shayera nunca viu tamanha adoração dedicada a ela. Sentia-se bela apenas com o gesto. Focou em seus olhos verdes. Procurou sinais de recusa por parte dela. Não havia nenhum. Wally abaixou-se sobre ela. Ela arfou com a sensação, mas logo seus lábios eram tomados em um novo beijo.

Surgiu entre eles um ritmo suave, cadenciado, que aos poucos ia se acelerando. Entre gemidos e sussurros carinhosos, Shayera desejou que o mundo lá fora parasse. Nada importava. Nada além de Wally. Ela pertencia a ele, sempre pertenceu. Só esperava ter descoberto antes.

Um gemido escapou de seus lábios, enquanto ele se balançava sobre ela. Seu corpo tremia com a mistura de desejo e amor. Wally afundou o rosto em seu pescoço. De olhos fechados, apreciava o atrito entre seus corpos, a sensação de pele contra pele. Ouvia atento aos sons que produzia. Cada toque, cada cheiro. Guardava todos os detalhes em sua memória. Ele esqueceria o mundo, mas se lembraria dela.

Ela tremeu sob ele, suas pernas apertando ao redor. Pouco depois, Wally se juntava a ela no paraíso. Os dois respiravam com dificuldade. O coração parecia querer saltar para fora. Ainda gentil, caiu para o lado, puxando-a sobre ele.

─Eu te amo, Shay. ─Disse, buscando ar. ─Deus, eu te amo muito!

Shayera sorriu contra o peito dele, tentando acalmar a respiração. Em um momento ou outro, teria que voltar para a realidade, e para seu marido.

Não agora.

Agora, pertencia a Wally. Assim, disse as tão temidas palavras em voz alta.

─Também amo você...

*****

Uma hora ou outra, Shayera teve que sair dos braços de seu amado e retornar à realidade. E esta realidade incluía seu marido. Ela estava casada há cerca de duas semanas e já se encontrava nessa situação. Shayera entrou em seu quarto. John estava deitado, mas acordado.

─Onde esteve?

─Fui falar com Wally. Ver como ele estava depois da missão.

─Hm, e porque demorou tanto?

─Ficamos conversando.

Ela trocou de roupa, e deitou ao lado de John. Ele foi para beijá-la, mas ela tratou de afastá-lo. Minutos atrás esteve com outro homem e, embora não se sentisse mal pelo ato, sabia que se sentiria suja caso aceitasse as carícias de John. Sentia-se traindo Wally apenas por estar naquele quarto.

─To muito cansada, John. ─Disse. ─Se não se importa, quero apenas dormir.

─Tudo bem. Boa noite, Shayera.

Shayera virou para o lado, e fechou os olhos, fingindo adormecer. John ainda observou a esposa por um instante, estranhando o comportamento dela. Estendeu a mão para tocá-la, porém desistiu. Virou para o outro lado e apagou as luzes.

*****

            Shayera pulou cedo da cama. Ela deveria ser mais discreta, contudo, realmente desejava evitar John. Shayera e Diana tinham um tempo amigável no refeitório. As duas mulheres vinham trabalhando a amizade ao longo do tempo, e eram quase amigas. O som da porta se abrindo ganhou a atenção delas. Flash entrou, e logo estava ao lado da mesa delas.

            ─Olá, garotas. ─Ele saudou, piscando nada discreto para Shayera.

            ─Bom dia. ─Responderam juntas.

            As duas o encararam. Shayera o interrogando com o olhar, assim como Diana. Mas as perguntas eram muito diferentes. Pela primeira vez, ele se sentiu constrangido. Coçou a cabeça.

            ─Pois é, eu acordei com muita fome hoje, e vou ali... Até, Shay...

            No instante seguinte estava fora. Diana tinha o dom de perceber as coisas, até os detalhes mais sutis. E sutileza não era com o Flash.

            ─O que foi isso? ─Questionou.

            ─Isso o quê?

            ─Você e o Flash.

            A ruiva engoliu em seco.

            ─Ele apenas cumprimentou a gente.

            Desviou o olhar de Diana, apenas para encontrar o Flash. Ele estava do outro lado e sorriu para ela. Shayera retribuiu com um sorriso carinhoso de si mesma. Não pode evitar, ela nunca sentiu aquilo antes. Talvez pelo desejo do proibido, ou simplesmente o amor genuíno que sentia, era um sentimento novo. Seu peito parecia que ia explodir.

            Quando voltou a fitar a guerreira amazona, ela a questionava com o olhar. Diana era inteligente e percebeu a interação entre os dois. Mas Shayera era mais discreta, ao contrário do Flash. Fazê-la se abrir seria difícil.

            ─Estão todos comentando sobre a declaração do Flash pelo comunicador. ─Começou. Uma abordagem quase direta talvez fosse melhor.

            ─Eu estava lá, eu ouvi.

            ─Sabe quem seria a garota misteriosa?

            “Ah, euzinha”, pensou. Mas não poderia dizê-lo em voz alta.

            ─Não. Por que eu saberia?

            ─Sabe, não são muitas as heroínas da liga que estão casadas.

            ─Como você sabe que faz parte da liga? Pode ser alguma mulher em Central City.

            Shayera se esquivava. Ok, a abordagem não estava funcionando. Seria hora para um ataque direto? Talvez.

            ─Eu não sou boba, Shayera. Ninguém aqui é. Todos sabem que ele gosta de você.

            Os olhos de Shayera aumentaram. Um misto de medo e culpa surgiu.

            ─Grande Hera! ─Sua voz subindo. Teve que tossir para se recompor. ─É recíproco. Você também gosta dele!

            O tom de Diana era de surpresa, porém Shayera não pegou acusação ou repulsa. Ela não era julgada. O refeitório não era o lugar ideal para aquela conversa. Alguém poderia ouvir, e logo chegaria aos ouvidos de John.

            ─Imagino que seja complicado. Eu agora tenho que ir, mas, se quiser conversar, conte comigo.

            Diana deu seu melhor sorriso e saiu. Shayera olhou ao redor. Era impressão os todos olhavam para ela?

*****

            John acordou desejando segurar Shayera mais de perto. Tateou na cama, apenas para encontrar o lugar a seu lado vazio. Frio. Ela havia se levantado há horas. Era estranho o comportamento dela. Quando se encontrassem a sós, resolveriam tudo. Com o pensamento de que ficariam bem, vestiu seu uniforme e saiu.

            Ele passava em um dos corredores, e ouvia cochichos e risadas. Franziu o cenho, imaginando ser curioso, mas decidiu ignorar. Não eram sobre ele. Não poderiam ser.      Perdido em pensamentos, não notou a figura feminina que caminhava na direção contrária. Esbarrou nela, e ela quase foi ao chão. John a segurou.

            ─Meu primeiro dia de volta e sou recebida assim?

            ─Sinto muito, eu... Mari?

            Vixen sorriu. Após ela e John terminarem, decidiu ficar um tempo fora da liga. Ela tomou um período sabático, onde se dedicou à carreira de modelo. E isto foi há oito meses. Por mais que gostasse de modelar, sentiu saudade das aventuras na liga. E claro, sentiu saudade de John. Mesmo que não pudessem ficar juntos, ainda gostava de vê-lo. Por isso estava de volta.

            ─Hm, olá John. Até que não foi tão ruim.


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Notas finais do capítulo

No começo, eu queria usar a Linda Park, mas aí o final da história seria um pouco triste, sabe? Então eu criei um segundo final, e resolvi usar a Vixen/Mari aqui.
Gratidão!!!



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