(In) Justice escrita por Kia Araujo, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 3
Dos Pedidos


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal!! Encerro essa fic com muito amorzinho. S2 Quem leu até aqui, obrigada.



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Draco e Scorpius Malfoy e Rose Weasley estavam reunidos na porta da sala de julgamento, esperando o júri tomar sua decisão. O mais velho parecia animado:

— Eu preciso admitir, Weasley. Que performance. Achei que estivesse louca em chamar o Potter, mas você soube lidar bem.

— É o meu trabalho, senhor Malfoy. O caso não é complicado, não houve crime. Só o que pesa é a cabeça dura do Auror Weasley. - Antes que o loiro pudesse dizer alguma coisa o juiz chamou todos de volta à sala.

— O júri tomou sua decisão. Começarei a ler os votos. - Ele pegou uma caixinha com os votos dos sete jurados e começou a ler um a um - Culpado. Culpado. Inocente.- Ronald estava ficando radiante. - Inocente. Culpado. Inocente. Inocente. - O salão se dividiu em aplausos e reclamações de todo tipo. Scorpius abraçou sua advogada - Ordem no tribunal. - Fez-se o silêncio. - Por quatro votos a três, o júri decidiu pela inocência de Scorpius Malfoy. Esse julgamento foi encerrado. Bom natal para todos.

— Weasley, nunca achei que seria tão grato a alguém da sua família. Muito obrigado por defender meu filho. Muito obrigado mesmo. - Draco Malfoy abraçou a ruiva deixando-a surpresa - Junte-se a nós nessa noite de Natal, sei que passaria sozinha.

— Senhor Malfoy, isso seria… inadequado.

— Rose... você encarou todos que amavam para levar adiante o que acreditava. E isso provavelmente salvou minha vida. Vamos, você não precisa estar sozinha contra o mundo hoje. - O jovem loiro pegou nas mãos dela - Acho que está bem claro que não aceitaremos um não como resposta.

— Acho que vocês não me deixaram muita opção. - a ruiva disse com um meio sorriso

— Ah, Malfoys sempre conseguem o que desejam, Rose. - A Weasley estava para rebater a frase, mas antes que pudesse, o médico havia aparartado para a mansão Malfoy.

Rose estava ao mesmo tempo maravilhada e assustada com o local. Sabia que naquele lugar lindo em que estava sendo tão bem recebida, em que havia tanta comida maravilhosa, sua mãe fora cruelmente torturada pela tia-avó do doce rapaz que segurava sua mão. Não pode deixar de sentir uma pontada de culpa por isso.

Mas antes mesmo que pudesse lidar com esse sentimento, ela viu um par de cabeças ruivas e outras cinco ou seis pessoas. Reconheceu seus primos na hora e deixou a varinha em riste, pronta para um embate

— Mas que porra tá acontecendo aqui? Quer me fuder Malfoy?

— Agora que você perguntou…- Sempre com seu sorriso debochado, o jovem loiro ergueu as sobrancelhas

— Perdeu a noção, embuste? - Ela apontava a varinha ora para o grupo, ora para o Malfoy.

— Rose... não é o que você está pensando - Hugo levantou as mãos, demonstrando que veio em paz - Nós queriamos pedir desculpas a você, mas era impossível chegar até ti. Então pedimos ao Scorpius para nos ajudar. - Rose abaixou a varinha

— Surpresa, priminha - Fred II falou divertido

— Bom, acho que então somos todos uma familia feliz já que depois de anos sozinha, meus primos me pediram desculpas na casa dos Malfoy - Rose debochou irônica. - Olha, obrigada pela tentativa Scorpius, mas eu vou para casa.

— Rose… - Scorpius segurou seu ombro - É Natal. Seus primos realmente sentem muito. Nem todo mundo nasce vendo as coisas de forma tão profunda quanto você, ruiva. - ele sorriu para ela - Dê uma chance. Afinal você só tem a ganhar.

A ruiva considerou o dito. Aquele tinha sido uma dia de vitória profissional. Não havia motivo para não ser também um dia de vitória pessoal. Ter parte da família de volta era melhor do que ser sozinha. Ela sentia falta daquela muvuca da Toca. Suspirou e disse:

— Tudo bem. Como sou um ser iluminado e superior, eu perdoo vocês. Mas ai de vocês se pisarem na bola comigo de novo. Seus embustes do caralho. - Ela riu leve, e todos na sala riram juntos, inclusive Draco Malfoy. Ela se sentia bem como a muito não se sentia.

Todos se sentaram à mesa, comeram e colocaram a conversa em dia. A advogada ficou chocada em saber que os primos boicotaram o jantar de Natal na Toca só para estar ali com ela. Ficou mais impressionada ainda ao saber que a avó Molly sabia de tudo isso e que estava louca para ver a neta mas que entendia que naquele Natal ainda não era o momento mais recomendável.

O pai dela certamente não a aceitaria tão cedo, mas seus primos e irmão estavam certos que era uma questão de tempo colocar um pouco de razão na cabeça dura do velho auro. Sua mãe e seus tios deveriam ser até mais fácil de convencer.

No fim da noite todos se despediram, marcaram de se ver mais vezes. Sua vida nunca mais seria sozinha de novo. Antes de ir para casa, porém, Scorpius a levou para passear no jardim da Mansão.

— Sabe Malfoy? Muito obrigada por participar disso hoje. Eu acho que foi o maior presente que já recebi na vida.

— Meu pai foi um homem muito solitário Rose. Ninguém deveria viver assim. Muito menos por fazer a coisa certa.

— Mesmo assim obrigada. - Ela pegou a varinha, preparando-se para aparartar.

— Não, espere.

— O que?

— Eu… - o loiro estava com a cabeça baixa e as mãos nos bolsos da calça. Rose achou que essa era mesmo uma cena fofa.

— Você… - Ela ergueu a sobrancelha, debochada.

— A gente podia tomar uma cerveja amanteigada, sei lá. Um dia desses, o que acha?

— Malfoy… Você, sempre tão confiante, cheio de si, tá com vergonha de mim? Logo o grande Scorpius Malfoy?

— O que? Eu não estou com vergonha, Weasley. Mas que absurdo, eu não sei do que você está falando - apesar de negar enfaticamente, o rosto alvo do médico estava completamente ruborizado. Ela não pode deixar de notar isso e riu.

— Você é muito fofo. Só por isso vou facilitar para você. - Rose levantou a varinha e fez com que surgisse um visco de natal bem acima da cabeça deles.Ele não pode deixar de sorrir.

— Acho que você realmente facilitou minha vida uma segunda vez em menos e 24 horas, heim, doutora Weasley?

— O que eu posso dizer? Eu sou mesmo um ser de luz. - Então ali eles se beijaram. Embaixo de um visco, na noite de natal, à luz do luar. Duas pessoas unidas pelo que parecia ser um pequeno milagre de Natal. Como Romeo e Julieta, filhos de inimigos jurados que estavam ali justamente pela suas escolhas de fazer o que era justo e certo, ainda que polêmico. E no mundo tão injusto que Rose Weasley existia, naquela noite, e para sempre enquanto estivessem juntos, havia sim justiça, bondade e esperança. Porque o que se une em uma noite de natal está fadado a ser maravilhoso para sempre. E nem precisavam pedir por isso,


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