Prefácio de Uma Vampira escrita por Gabriela Cavalcante


Capítulo 13
Pôr-do-Sol


Notas iniciais do capítulo

E aí, gente?
Minha chantagem não funcionou; então eu resolvi postar de uma vez e acabar logo com isso.
Pois é, vocês estão com saudades da narrativa do Emmett? Acho que sim, né? Eu também tô... Pois é, eu tive uma idéia. Flo sobre isso nas notas finais, ok?

Boa leitura.



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Mas o que foi que eu fiz mesmo? Ah, sim! Certamente foi algo que eu não devia ter feito; tenho certeza. Não, eu não podia ter feito isso, nem na pior das circunstâncias. O que houve comigo, meu Deus? Cheguei ao cúmulo de fazer alguém que mora sozinho fugir de casa. E não foi um alguém qualquer! Foi o meu amigo; o meu melhor amigo.

Emmett... me desculpe, eu pedia mentalmente. Mas não adiantava; eu não conseguia me entender, eu não conseguia me perdoar. Rosalie Hale, você é uma criatura idiota! Como pude dizer isso ao meu melhor amigo, que sempre fez tudo por mim, que outra pessoa que eu conheço há um mês e meio é mais importante que ele, que conheci quando ainda estava na barriga?

Mais uma vez, Rosalie, sua idiota!

E coloca idiota nisso.

Emmett era importante para mim. Muito. Eu juro; apesar de tudo o que eu fiz para que ele pensasse o contrário. Ele e James eram extremamente importantes, mas de modos diferentes. Mas assim que Emm saiu por aquela porta, daquela maneira, uma dúvida tomou conta de mim, me corroendo por dentro como uma faca pontuda e afiada passeando pelo meu sistema digestivo. E doía.

Para tentar esquecer aquilo, fui conferir o status do bolo. Já estava bom para tirar do forno, então enrolei a mão num pano de prato que achei sobre o balcão que dividia a sala da cozinha para não me queimar. Inútil. Eu me queimei.

Sempre soube que o Emmett é um chocólatra ao extremo de plantão, então fiz uma cobertura (de chocolate, óbvio!) do jeito que ele gosta e joguei chocolate granulado por cima. Ficou bom; pelo menos com a parte da aparência. Tirei um pedaço e coloquei num prato para comer. Mas pensei um pouco, e, em vez disso, enrolei num papel laminado, coloquei numa sacola e saí de casa, esquecendo de trancar a porta da frente.

 

[...]

 

Sim, eu acertei onde ele estava. Eu sabia que ele estaria lá, ele sempre vai lá, estando feliz ou triste.

Na praça de Seattle tem um beco meio que escondido, que dá acesso a um morro coberto por um lindo gramado, com vista para o mar, perfeito para pensar ou empinar pipa. E nós sempre fazíamos isso. Aquele lugar, de onde o pôr-do-sol se podia ser apreciado nitidamente junto com o balé dos pássaros que o rondam, se tornou o nosso lugar. Toda vez que íamos a Seattle dávamos um jeito que ir naquele lugar, para pensar, conversar, ou só para ficarmos sozinhos. Como agora.

Emmett brincava de jogar pedrinhas no mar, talvez tentando quebrar o próprio recorde de nosso jogo preferido: quem joga mais longe. Logo ele se cansou do passatempo e se sentou na grama molhada, abraçando as pernas e olhando para o sol que se punha lentamente. Uma cena de filme; vamos combinar.

- Emm – eu chamei. Foi preciso esperar um pouco; eu não havia pensado em que reação ele teria.

Pois é, ele não respondeu. Pudera.

Fui me aproximando devagar, no ritmo do canto dos pássaros que ecoava nas árvores e as fazia balançar a folhagem verde e magnífica. Tirei as sandálias para sentir aquilo que eu sentia quando era criança; a grama entrelaçando meus dedos e me fazendo sentir algo que não sentia a tempo: liberdade.

Joguei as sandálias para trás sem me importar com o destino delas. Puxei a ponta do vestido para me sentar com mais facilidade. Ele virou o rosto; esse gesto me fez recuar.

- O que foi, Rose? – ele perguntou, ainda sem olhar pra mim.

- Emmett, o que eu disse... – tentei achar uma palavra para definir, mas como não encontrei nenhuma, pulei para a parte principal: - Me desculpa.

- Rosalie... – Ele agora olhava para o sol novamente. – Você não fez nada.

Como assim? Repete! Eu não entendi.

- Não fez nada – ele repetiu, como se lesse meus pensamentos feito Edward.

- Você... lê pensamentos, Emmett? – perguntei sem pensar. Que droga; como eu fui fazer isso? Perguntar sem pensar... Eu não sou mesmo normal.

- Não, Rose. Nem preciso. Já conheço você; tive tempo para te estudar e adivinhar o que você quer só pelo jeito que você fala, ou pela sua cara de desentendida. Foi fácil.

- Então é fácil me entender?

- Nem tanto. E a mim? – ele de repente me olhou, em seus olhos estavam uma expressão que eu não compreendia tão facilmente. Ele não sorria; mas também não demonstrava nenhum outro sentimento. Tirei minha conclusão.

- Não entendo. Nem que eu tente, Emmett, é impossível te entender. – De repente me lembrei da sacola que estava no meu colo. – Ah, é pra você. – Eu tirei o prato de dentro da sacola e estendi para ele. Ele sorriu.

- Obrigado.

Ficamos um pouco em silêncio. Silêncio longo e doentio; irritantemente estranho. Eu não me agüentei, tive de quebrá-lo.

- Emmett?

- O que? – ele perguntou, guardando na sacola o prato vazio.

- Você ainda não respondeu minha pergunta.

- Qual pergunta, Rose?

- Se eu estou... Se você me desculpa.

- Rosalie, mesmo que você tivesse feito alguma coisa, eu te perdoaria. Mas você não fez, eu que sou meio assim... Impossível. Não tem como não te perdoar.

Eu abaixei a cabeça.

- Olhe, Rosalie. O sol. Ele vai embora agora, mas pode ter certeza que amanhã cedinho ele está de volta. Ele nos deixa o escuro, mas traz a lua para compensar a ausência. – Ele tirou os olhos do horizonte amarelo alaranjado e me olhou. – Você não é como o sol, Rosalie. Você vai embora, mas não volta no dia seguinte. Mas também não deixa nada para compensar.

- Eu não entendi. – Foi a única coisa que consegui murmurar, embora eu tenha entendido tudo. Ele precisava de mim; eu precisava dele. Parecia uma combinação perfeita, mas James estava no meio disso. E, se eu fosse mesmo embora, não voltaria, mas também não deixaria nada para compensar minha ausência. Ele tinha razão.

- Eu sei que entendeu.

- É. Eu entendi – confessei. – Mas não é assim, Emmett.

- Sim; é. E não adianta contestar nem pensar em formas de discordar de mim. Tive muito tempo para pensar nisso enquanto você não apareceu. É uma das coisas em que eu tento não pensar.

- Você acha que... é tão ruim assim pensar em mim?

- Não. Não é ruim pensar em você. Ruins são os pesadelos que eu tenho de você indo embora com aquele cara. O problema é que meu pesadelo não é quando eu estou dormindo. Quando estou dormindo procuro fugir disso.

Uma curiosidade me fez perguntar:

- E com o que você sonha tanto, Emmett? – Eu sorri. Ele não sorriu de volta; eu recuei mais um pouco, tentando manter a expressão séria novamente. Como ele queria; uma conversa séria e sem sorrisos.

- Eu, Rose? – Ele sorriu, me deixando confusa. Ele queria ou não uma conversa séria? Não tive tempo de pensar; seu rosto retomou a expressão anterior, profunda, porém vazia. – Eu sonho com você.

A resposta me assustou: por que sonhar comigo? O que isso tem de bom? Ele leu minha expressão como tinha feito antes.

- Sonho com você por que eu gosto de você, Rosalie. Eu... Eu...

- Eu te amo – falei sem pensar. De novo. Mas dessa vez eu não me arrependi; e nem pude: um beijo nos interrompeu. Mas não foi ele; fui eu.

 

[...]

 

- Desculpa, Emm. De novo. Eu faço tudo errado, não é? – Eu soltei um risinho de nervoso.

- Desculpe a mim, Rose.

- Não. Eu que sempre faço tudo errado. Faço tudo para magoar as pessoas que eu amo... E sempre consigo, não é? – Dessa vez o risinho de nervoso veio acompanhado de uma lágrima inesperada.

- Acho que é melhor... irmos para casa – ele concluiu, se levantando e pegando na minha mão para me ajudar a levantar também. Olhei para o céu – já estava escuro e a lua cheia chamava atenção demais. As estrelas em volta tinham um brilho intenso; um brilho que eu nunca havia percebido antes. Eu pedira desculpas, mas não conseguia me arrepender do que havia feito. E eu não conseguia me entender. De novo.

Segui o seu conselho e o acompanhei até a casa. Depois de um silêncio quase interminável, Emmett me disse que estava muito tarde pra voltar pra Forks sozinha, e se eu queria ficar para dormir, desde que esquecesse de uma vez as desculpas que eu havia pedido. Eu aleguei que devia mesmo desculpas e que concordava com ele. Depois desse breve – brevíssimo – diálogo, o silêncio voltou.

Tudo estava embaralhado na minha cabeça. Por mais que eu tentasse, não sentia o arrependimento que eu devia sentir por ter beijado meu melhor amigo. E ainda mais estando comprometida com um cara que eu amava tanto. Quer dizer... Eu não sabia mais se amava o James tanto quanto devia.

Meu coração também estava o retrato do caos. Cheio de gavetinhas fora do lugar, ele me trazia uma angústia que eu não entendia e ao mesmo tempo uma felicidade antes inexistente. Uma pontada um pouco forte me fez olhar de repente para o Emmett – de um jeito que eu nunca fizera antes. Tudo agora era de uma visão diferente: a lua, as estrelas, as pessoas, o Emm... Tudo tinha uma coisa diferente que eu não conseguia identificar por mais que eu apelasse para meu cérebro de auto-ajuda.

Todas as coisas estavam diferentes aos meus olhos, tudo possuía uma alegria inédita e inesperada. Antes impossível; agora parecia um sonho ver alegria à minha volta. Meus olhos sorriam como nunca e minha mente se dividia em coisas múltiplas que nem eu mesma consegui identificar. De repente, já estávamos na casa.

Ele abriu o portão e viu que eu havia esquecido a porta destrancada. Ao entrarmos, nos deparamos com um caos parecido com aquele que eu descrevi, só que mais real. O sofá estava virado, o tapete em cima da tevê, CDs fora das caixas espalhados pelo chão, um vaso de flores – rosas amarelas, as minhas preferidas – quebrado com as flores amassadas certamente por um par de sapatos maldosos.

Na cozinha, alguns copos quebrados no chão, talheres espalhados pela pia e pelo balcão, cadeiras viradas e portas de armários abertas.

- Alguém esteve aqui – Emmett deduziu o óbvio.

- Alguém que não gosta muito de você – eu completei, temendo estar piorando as coisas. Não podia ser um ladrão.

James.

James.

James.

James, James, James! Era o nome que vinha na minha cabeça.

Ele seria capaz de tamanha baixaria depois que eu jurei que o amava, mesmo que eu não tivesse mais tanta certeza?

Provavelmente, sim. Sim; sim; sim. A resposta era afirmativa e isso me incomodava bastante. A alegria continuava ali, mas agora tinha uma pitada de medo. Medo que me consumia e me fez recuar um passo. E mais outro. Quase saí correndo dali.

- Rose, tenha calma, tá? Eu resolvo isso amanhã, é melhor a gente ir dormir.

Não estava na hora de dormir. Mas ficar acordada não adiantaria mais nada depois daquilo tudo. E não teríamos assunto o bastante para abafar o que acontecera como sempre tivemos em dezessete anos de convivência.

James estivera ali, eu tinha uma certeza que quase me enforcava. Uma coisa certamente muito ruim. Muito ruim. Ruim ao extremo. Como o vício do Emmett por chocolate.

Decidimos que iríamos fazer uma coisa diferente: dormir em quartos separados. Isso não era uma coisa comum para uma dupla de amigos que está acostumada a passar feriados e finais de semana inteiros na casa um do outro, mas os acontecimentos daquele dia contribuíram muito para infringir essa regra.

Como na casa do Emmett só tem um quarto, ele se ajeitou no sofá e mandou que eu me alojasse no quarto. Eu não tinha o que contestar; já bastava por um só dia.

Deitei na cama e pus a mão debaixo do travesseiro. A posição era confortável o bastante para fechar os olhos em paz. Pensei em tudo o que havia acontecido e prometi a mim mesma que pediria desculpas ao Emm na manhã seguinte. Passei pela minha mente todo aquele dia cansativo e diferente: eu saindo de casa, pegando o ônibus para fugir do James, as pessoas me achando uma maluca, eu deitada no banco da praça sob a chuva, o Emm vindo me socorrer, ele fazendo o bolo, a nossa conversa, eu dizendo besteira e ele saindo pela porta em disparada.

Eu me recusava a rever as cenas seguintes, mas minha mente lutava contra mim. Minhas armas eram inúteis diante do poder do meu cérebro desobediente, então ele me mostrou a força o que acontecera depois. Eu preparando o bolo, saindo da casa, o morro com sua vista para o pôr-do-sol sob as águas, minha breve conversa com Emm, o beijo... Meu pedido de desculpas, a lua rondada pelas estrelas no céu como num filme romântico, a volta para casa, o caos supostamente causado pelo James... E dormi abraçada ao travesseiro.

 

[...]

 

Acordei com uma dor no pulso. Eu passara a noite inteira na mesma posição, com a mão debaixo do travesseiro, então isso explicava a dor. A posição ruim que eu acreditava ser confortável me causara isso. Ai!

Resolvi ignorá-la – talvez ela me ignorasse também – e ir até a cozinha fazer o café da manhã. Depois eu iria embora. Chega de sofrimento; para ambas as partes.

Deixei o café no bule e o bolo da véspera em cima da mesa. Tomei um banho e fui em direção à porta. Mas eu lembrei de que devia deixar um bilhete pro Emmett. Esclarecendo as coisas. Ele tinha um bloco de ímã pregado na geladeira. Fui até lá e escrevi com a letra apressada:

 

Emmett,

 

Me desculpe. Por tudo, é sério.

Eu só faço as coisas do modo errado; me desculpe por isso também.

Prometa que vai se cuidar, e que não vai acreditar em

qualquer sirigaita que aparecer.

Elas não têm cérebro; acredite.

E é aqui que me despeço.

Te amo. Mesmo longe,

 

Rosalie.

 

Pendurei o papel no bico de um pingüim esquecido em meio aos outros e me virei para pegar na maçaneta. Deixei escapar um gritinho suave vindo do fundo da garganta ao abrir a porta dos fundos, que ficava na cozinha.

- Ja-James?

Ele riu; pegou-me pelos braços e me amarrou numa cadeira da cozinha. Emmett percebeu a confusão e foi até a cozinha correndo. James percebeu seu espanto e o amarrou numa cadeira ao lado da minha, acabando com minhas esperanças de que pelo menos o meu amigo saísse dali vivo. Era o que faltava; sermos seqüestrados por vampiros!

Eu lutava contra as cordas, mas nem meus braços nem meu sistema nervoso pareciam colaborar. James logo percebeu minha aflição e constatou que eu estava com fome, estalou os dedos de mármore e fez uma mulher entrar com dois pães com queijo – um em cada mão. Não tive tempo de raciocinar direito, quis falar alguma coisa, mas só abri a boca porque o queixo caiu. Passado o espanto inicial, tive forssas somente para murmurar:

- Eve?

- Victoria?- corrigiu Emmett, mais assustado do que eu.

Victoria? Mas como assim Victoria? Aquela não era a Eve, prima do James, que me odiava e foi comigo comprar um perfume? Alguém me explica que eu estou prestes a gritar.

- Oi, amorzinho! – respondeu Eve, ou melhor, Victoria, à pergunta do meu amigo. – Sentiu saudades?

Emm estava mesmo mais assustado que eu. Afinal, Victoria havia mesmo sido mordida por um monstro, James.

Ela pegou Emmett pelo queixo e pediu para que comesse logo aquele pão com queijo, pois talvez fosse sua última refeição. James a corrigiu:

- Será a última refeição, minha cara Victoria. – Ele sorriu e a puxou pela blusa, arrancando-lhe um beijo de embrulhar o estômago. Emmett virou a cara para o meu lado e fez uma careta de nojo. Perguntei-me por que ele não parecia preocupado com a idéia de morrer.

Concluí que Victoria não era mesmo prima de James. Pior; era sua amante. E me odiava por ter de suportar calada, o fato de que eu e James namorávamos. Concluí também que era o fim daquele namoro. E, por mais que pareça estranho, não senti nada demais ao ver os beijos dos dois, o que significava que eu não o amava mais.

Comi o pão em silêncio, acompanhada pelo Emm e recebendo um copo com água para selar o fim do meu possível último café da manhã. Mas um gole d’água foi interrompido por uma ameaça pela metade:

- James, solte esses humanos, ou então...

Engasguei com a água, mas assim que terminei de tossir, olhei para frente. E vi três vampiros a mais. Eu estava vendo uma miragem ou aqueles eram... Carlisle, Edward e Esme?

O que acabara de falar era Carlisle; estava na frente dos outros dois, que estavam em sua posição de atacar.

- Vai fazer o que, meu amigo Carlisle? – James perguntou com um sorriso cínico.

Carlisle não respondeu. Os cinco começaram a lutar e atingiram a cadeira onde eu estava. Eu tombei de lado e minha cabeça bateu em alguma coisa.

- Rose! – Emmett gritou. Foi a última coisa que eu consegui ouvir antes de cair na inconsciência. Leia-se: eu desmaiei.

 

[...]

 

Acordei com dor na cabeça; eu estava novamente no quarto, o que era estranho. Acariciei o local onde doía e me levantei devagar para ficar sentada na cama. Emmett dormia numa cadeira de balanço perto da porta.

- Emmett – chamei baixinho.

Ele piscou várias vezes e esfregou os olhos. Por fim ergueu as sobrancelhas e soltou um bocejo quase interminável.

- Sim, Rose?

- O que aconteceu?

- Bom... Depois de perderem para os Cullen, James e Victoria fugiram. Também, pudera: Edward previa tudo o que eles iam fazer. Mas eles vão voltar. Foi o que disseram.

- Então estamos livres?

- Por um tempo.

Eu suspirei.

- Teremos que fugir – ele continuou. – Ficaremos fugindo dessa dupla de psicopatas, Rose. A vida inteira. Ah, e eu vi o bilhete que você deixou na geladeira. E não acho que alguma sirigaita é perigosa pra mim com sua cabeça sem cérebro. – Ele riu. – Mas você não vai embora. Vou ficar com você.

- Claro que não! – protestei. – Eles vão te matar também.

- Eles já estão atrás de mim também. Ou você acha que o sanguessuga não ficou com raiva de mim por você ter vindo exatamente para a minha casa?

- Mas a culpa não foi minha. Aliás, nem sua. Ele não pode fazer isso com você; quem tem dívidas com ele sou eu! – choraminguei, esperando encontrar uma saída para aquilo.

- Sim, é verdade. A culpa é toda sua. – Ele riu novamente. – Mas você acha realmente que ele vai considerar esse lado? – Emm ergueu uma sobrancelha.

- Não – murmurei, derrotada. – Então, o que vamos fazer?

Ele levantou da cadeira de balanço e se sentou ao meu lado na cama. Tirou uma mecha de cabelo da frente do olho e pôs atrás da orelha. Puxou minha cabeça e a deitou em seu ombro. Eu o abracei, deixando que uma pequena lágrima escorresse pelo meu rosto. Emmett beijou o alto da minha cabeça e começou a afagar meu cabelo.

- Confie em mim, Rose.

Eu não respondi nada, mas foi a mesma coisa que se eu tivesse dito: Sim, eu confio.

 


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Notas finais do capítulo

Oi de novo.
Esclarecendo o que eu escrevi lá em cima, eu sinto falta do Emmett. Então, eu tive uma idéia e queria a opinião de vocês. Que tal se o Emmett ficasse responsável pelas notas do capítulo (as que estão lá em cima) ou as notas finais (essas aqui)?
Pois é, é só uma idéia pra vocês não ficarem com tanta saudade do nosso divo particular. Gostaram? Respondam pelos reviews! E os estreladinhos são os melhores do mundo, ok?

Beijos, até a próxima.



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