Maybe Someday escrita por Misty Spring


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey galera, essa é literalmente minha primeira história escrita da vida então desculpa os clichês de início... prometo tentar melhorar. Aceito sugestões pro desenvolvimento da história ;)
Fiquem a vontade, ficarei feliz em conhecer os leitores e saber se estão gostando!! bjxx ~mistyspring



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Mesmo com a correria do trabalho, Ray sempre arranjava um jeito de estar com Felicity, que sonhava em ter um filho mas estava frustrada por ainda não ter conseguido gerar uma criança, até descobrirem que Ray não podia ter filhos. Felicity ficou triste durante um tempo mas, o que fazia sua dor parecer menor era saber que Ray sempre estaria ali do seu lado sempre que fosse preciso.

Pov- Felicity

— Fel? – Escutei alguém me chamando e logo percebi que era Ray, então abri os olhos tentado acostumá-los com a luz do sol que invadia o quarto.

— Oi, Ray! Já está acordado? Ainda são... – olhei no relógio e vi que já não era tão cedo quanto pensava – Meu Deus, estou atrasada!!! – saltei da cama indo na direção do banheiro quando Ray me abraçou.

— Sou seu chefe, lembra? – sorri, e então o encarei percebendo que queria me dizer algo.

— Aconteceu alguma coisa? – disse da forma mais calma que consegui apesar do nervosismo crescente dentro de mim, já que nunca vi Ray daquela forma.

— Estive pensando e queria aumentar nossa família... – olhei para ele estudando suas palavras e assenti esperando que ele continuasse o que estava dizendo – queria adotar uma criança, o que acha? Andei pesquisando uns orfanatos e pensei em visitar alguns e...

— Sim – o interrompi – quer dizer, eu adoraria aumentar nossa família e nada me faria mais feliz agora e acho que poderíamos ir hoje mesmo e...

— Vamos! – Ray me interrompeu sorrindo – Agora mesmo! – senti um pulso de felicidade sem tamanho me invadir e o abracei o mais forte que pude dizendo que o amava.

Depois de me arrumar e tomar café, fomos para o primeiro orfanato da lista e enquanto Ray conversava com a diretora, resolvi andar e observar melhor o lugar. Olhei aquelas crianças e pensei como seria ter o meu filho, ou filha. Parei de súbito quando percebi uma menina que
parecia ter no máximo 5 anos observando o horizonte enquanto estava sentada embaixo de uma árvore. Me aproximei devagar tentando não assustá-la e quando percebeu minha presença fez menção em se levantar.

— Oi! – disse tentando atrair sua atenção – Não precisa sair daí, não quero incomodar você, só estava andando e.. Desculpe, meu nome é Felicity, aliás. – estendi a mão para cumprimentá-la e apesar de parecer um pouco assustada, retribuiu o cumprimento e me deu um sorriso forçado.

— Qual é seu nome, princesa?

— Evelin, mas todos me chamam de Evie – ela respondeu, parecendo se sentir mais segura.

— É um lindo nome. O que faz aqui sozinha? Vi que lá dentro tem vários brinquedos, algo te incomoda? – Evie pareceu pensar se devia me responder ou não, mas respondeu depois de um tempo.

— Eu gosto daqui, mas minha melhor amiga foi embora hoje e eu fiquei aqui sozinha e estou muito triste, então decidi ficar aqui fora.

Enquanto ela falava, eu podia ver a angústia em seus olhinhos por ter sido "deixada" de novo. Pensei por um instante.

— Sei que acabamos de nos conhecer mas ficaria muito feliz em ser sua amiga – falei sorrindo – prometo nunca roubar o lugar da sua melhor amiga, mas podemos brincar juntas e até mesmo tomar um sorvete se a Sra Nyssa deixar.

— Sério? – ela disse com brilho nos olhos – Mas você é muito grande pra ser minha amiga, podia ser minha tia ou até mesmo... – engoli em seco e piscando para tentar afastar as lágrimas dos meus olhos. Quando Evie ia completar a frase, Ray e Nyssa apareceram e ele percebeu como aquela menina havia mexido comigo.

— Oi Fel, e oi pequena – Ray disse sorrindo.

— Gostaram das crianças? – Nyssa nos perguntou.

— Sim, muito! São todas lindas e carinhosas, principalmente Evie. Estávamos conversando e agora somos amigas, não é? – respondi me virando para Evie que assentiu exageradamente, o que me fez rir e amar cada vez mais aquela menina que eu mal conhecia mas já significava demais pra mim. De repente ela se levantou animada, correu para dentro do orfanato e fiquei boquiaberta sem saber o que dizer ou fazer. Então Ray me olhou e percebi que ele também sabia que aquela seria nossa filha.


~~~~~~××~~~~~~~~××~~~~~~


6 meses depois

Era muito difícil pensar que a partir daquele momento eu teria que seguir em frente.

Deixei Evie com minha mãe na sala de espera e fui correndo procurar informações na recepção. Estávamos todos no hospital e ainda não conseguia acreditar que Ray tinha se acidentado. Uma maldita viagem de negócios. Sem sucesso em conseguir saber como estava Ray, fiquei inquieta, andando de um lado para o outro e não conseguia pensar em mais nada, só em como que eu queria que aquilo tudo não passasse de um pesadelo.

— Mamãe, por que o papai está demorando? – Evie correu em minha direção. Me olhava tão angustiada que não pensei duas vezes e a abracei forte.

— Ele vai ficar bem, anjinho, você vai ver só. – Ainda abraçada com minha filha, pisquei os olhos tentando afastar as lágrimas que insistiam em sair. Me afastei um pouco procurando seu rosto. – Vou pedir sua avó pra te levar pra casa. Logo, logo estarei lá, assim como seu
pai... Eu amo você, princesa Evie.

— Também amo você, mamãe. – meu coração aquecia toda vez ao ouví-la dizer estas simples palavras, e apesar das circunstâncias, sorri, lhe dando um beijo na cabeça. Logo quando percebi que haviam ido embora, desatei a chorar e sem perceber, acabei adormecendo ali mesmo, sendo acordada de súbito por uma mulher que aparentava ser médica. Assim que me ajeitei e levantei, senti um calafrio subindo pela espinha como se mesmo sem que ela dissesse uma palavra, eu soubesse que a notícia não seria boa. E que aquilo tudo de fato era um pesadelo, o pior que já tivera em toda minha vida.

— Sra Smoak? Sou Dra Snow. Infelizmente seu marido sofreu muitas fraturas, o que causou algumas hemorragias internas graves. Até então achávamos que com as cirurgias haveriam melhoras, mas Sr Ray sofreu uma parada cardíaca e não resistiu… – De repente tudo em minha volta pareceu girar e já não conseguia mais ouvir nada do que a Dra tentava me dizer. Não podia ser real. Eu não estava preparada para aquilo, não daquele jeito, não tão repentinamente. A partir dali tudo virou um borrão.

Depois que acordei, tive que assinar vários papéis e resolver milhares de coisas na empresa, e não sabia como voltaria pra casa.

Foi muito difícil contar pra Evie o que tinha acontecido, e foi mais difícil ainda voltar pra casa e sentir aquele vazio horrível. Como Ray nos fazia falta!

Algumas semanas se passaram e ainda não tínhamos nos acostumado com a ausência dele. Principalmente Evie que desde então vivia quieta e triste, e eu estava trabalhando o dobro e não tinha mais tanto tempo assim para ficar com ela. Anotei em minha lista mental que precisava fazer alguma coisa pra conseguir mais tempo com Evie.

~Palmer Tech~

— Oi Lissy, tenho boas notícias! – Estava na sala da presidência quando vi Iris entrar.

Iris é uma das minhas melhores amigas e a melhor advogada de toda Central City.

— Hey Iris! Acho que boas notícias é tudo o que eu mais preciso nesse momento. – sorri.

— Sei que é difícil pra você ficar aqui depois de tudo o que aconteceu, e pensando também
no melhor pra empresa, conseguimos uma sociedade com a Queen’s Consolidated em
Starling City. Mas pra que tudo dê certo será preciso um representante da Palmer Tech por lá até que o processo de sociedade entre empresas finalize. Achei que fosse gostar de passar um tempo com Evie em outra cidade. – disse Iris empolgada.

— Uau, eu... Bom... Eu não sei, quer dizer... acho que… – pensei em tudo o que estava acontecendo, o trabalho exaustivo, o pouco tempo que estava tendo com Evie – Não! Tenho certeza, absoluta certeza! Serei a representante da Palmer Tech em Starling City. Obrigada
Iris, acho que preciso mesmo desse tempo. Tenho trabalhado tanto que… – suspirei cansada, mas feliz por pensar no quão bom será passar mais tempo com minha filha.

— Ah, ótimo! Vou falar com Harry Wells, acho que como vice-presidente da Palmer, ele pode lidar com tudo sozinho por um tempo.

— Obrigada Iris, por tudo. – sorri. Não via a hora de viajar com Evie e tentar um recomeço na nova cidade em que ficaríamos por um tempo.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado :) Até o próximo capítulo! bjxx