- O quê? - Jacob perguntou totalmente atordoado e confuso, enquanto eu me afastava dele. Ele possuia um brilho diferente em seus olhos.

 

 

 

- Eu não posso fazer isso sem saber se foi por mim que você acabou com a Leah!

 

 

 

 

 - Eu falei escondendo o meu rosto entre as mãos. Eu não podia fazer alguém sofrer em troca de minha felicidade.

 

 

 

- Ness, eu te amo. Isto não basta? - Ele perguntou levantando meu rosto com uma de suas mãos grossas e quentes.

 

 

 

 

- Jake. - Sussurei ao ouvir que ele me amava. Senti os meus olhos marejarem, mas com certeza era de felicidade.

 

 

 

- Não fale nada. - Ele sussurou, próximo ao meu rosto. - Apenas aproveite o momento. - Ele se aproximou novamente de mim, abraçando a minha cintura e chocando os meus braços em seu peito desnudo. Uma de suas mãos movimentou-se em direção a minha nuca, onde ele conduziu minha boca para mais perto da dele. Novamente, nosso beijo foi ardente. Explorando cada canto da boca do outro, sua língua delineou meu lábio inferior e não pude evitar de que descargas elétricas passassem sobre meu corpo.

 

 

 

 

Jacob me deitou lentamente na relva, enquanto chupava e lambia meu pescoço, pois percebeu que eu estava ficando sem ar. Provavelmente, seus chupões deixariam marcas arroxeadas no dia seguinte, mas eu queria apenas aproveitar sua boca quente e sábia, percorrendo meu colo. Gemi sonoramente, quando senti sua boca percorrer o caminhos da fenda entre meus seios, que estava a amostra devido ao vestido que eu usava.

 

 

 

 

- RENESMEE CARLIE CULLEN! - Ouvi uma voz de sinos gritar furiosamente.

 

 

 

 

Me levantei atordoada e enxerguei a figura de meu pai, sendo segurado por tio Emmett, próximo de nós. Os olhos de meu pai pareciam irados, cheios de ódio, enquanto fitava intensamente Jacob. O mesmo levantou-se envergonhado e coçou a cabeça, provavelmente, embaraçado.

 

 

 

 

- O QUE FOI ISSO, RENESMEE? - Meu pai berrou enquanto se contorcia nos braços de Emmett.

 

 

 

- Eu posso explicar! - Murmurei confusa e atordoada ao mesmo tempo. Meu pai tendo visto aquela cena era no mínimo embaraçoso. Além de que eu não pensava em nenhuma desculpa para agora.

 

 

 

 

- NÃO HÁ EXPLICAÇÃO PARA VOCÊ SE PEGAR COM ESSE CACHORRO! - Meu pai rosnou ao terminar de gritar a frase.

 

 

 

- Emmett, solte o Edward. Está na hora de nós acertarmos as coisas. - Jacob disse convicto.

 

 

 

 

- Não, por favor, Jake não faça isso! - Eu estava desesperada com a possibilidade de uma briga entre os dois homens que eu mais amo.

 

 

 

- Nessie, eu quero só me acertar com seu pai. No passado, Bella me impediu e agora não será você que fará isso. - Falou Jacob determinado.

 

 

 

- Por favor. - Eu comecei a chorar quando vi meu pai levantar a mão, ameaçando bater em Jacob.

 

 

 

 

- Edward, não podemos conversar? Sei que dói para nós dois ver a Ness chorando, então vamos ser civilizados. - Disse Jacob com um misto de dor na cara.

 

 

 

- Pai, faça isto. Eu mau voltei e vocês já estão brigando. - Falei em meio a soluços.

 

 

 

- Você mau voltou e já se atracou com o cachorro. - Retrucou Edward.

 

 

 

 

- Posso opinar? - Perguntou Emmett, que ainda não havia se pronunciado. Meu pai sussurou um sonoro "aí vem besteira", mas, mesmo descontraindo o ambiente, eu continuei a chorar. - Eu acho que a Nessie é bem grandinha e independente, Edward. Não há necessidade de discutir com o cachorro, que não é o único culpado pelos acontecimentos. - Ele continuou e deu uma piscadela para mim. Claro que eu corei na hora.

 

 

 

 

- Emmett, eu não posso. - Meu pai disse com uma cara que transmitia dor. - Ela ainda é a minha bebê. Passei quinze anos sem ela e, quando a reencontro, ela cai nas garras do Jacob. - Ele disse como se eu não estivesse ali.

 

 

 

 

- Pai, eu estou aqui. - Reclamei.

 

 

 

- Eu não tenho garras. - Jacob falou e riu. Como ele conseguia rir em uma hora dessas?

 

 

 

 

Tio Emmett começou a arrastar lentamente meu pai, enquanto o mesmo ficava insultando o Jacob de um jeito que eu prefiro nem narrar.

 

 

 

- Você não roubará a minha filha. - Falou pausamente Edward.

 

 

 

 

Neste momento, mamãe chegou acompanhada de tia Alice. Eu dei um grande sorriso ao vê-las chegar, pois Alice conseguia contornar qualquer pessoa com suas palavras e ela deveria estar do meu lado e do Jake. Afinal, meu pai estava falando absurdos e eu sabia que não teria coragem de fazer amor com o jacob tão rapidamente. Toda esta discussão estava sendo desnecessária.

 

 

 

 

- Me larga, Emmett. - Meu pai disse calmo.

 

 

 

- Eu posso fazer isto? - Ele perguntou desconfiado, mas Jake assentiu com a cabeça.

 

 

 

Meu pai saiu dos braços de Emmett e veio ao meu encontro. Jacob se colocou a minha frente, mas eu murmurei um "deixe-o" e assim Jake o fez. Meu pai correu até mim e me abraçou. Percebi que ele estaria chorando se pudesse e o senti fungar em meus cabelos, a fim de sentir meu cheiro.

 

 

 

- Filha, eu fiquei muito contente com os seus pensamentos. - Eu sorri com essa frase. Mas ele devia saber que eu não faria aquilo tão rapidamente. - Eu sei, querida. É por isso que eu te amo tanto, filha. - Continuou - Dócil, amável, inocente e meiga. Nunca mude querida. - Ele sussurou a última parte. Apenas eu devo ter ouvido. Minhas lágrimas desciam de forma contínua, mas eu estava com emoções tão perturbadas, que acho que eu chorava de emoção.

 

 

 

 

- Pai, obrigada por me entender. - Falei audivelmente, para os outros compreenderem que não iríamos brigar.

 

 

 

- Não, cachorro. - Meu pai respondeu a algum pensamento de Jacob. Logo depois, rosnou. - Ela é muito nova, Jacob. Tem apenas quinze anos! Agora espere! Esperei cem anos pela Bella, você apenas quinze. Esperei cem anos sem transar e você, bem, não posso nem falar que esperou. - Ele resmungou. Eu senti algo perfurar meu coração, mas eu sabia que Jacob tinha tido namoradas antes e, claro, relações sexuais com elas. Mas apenas de confirmarem isso, eu me sentia mau por não ser a primeira. Isso que nós nem namorávamos.

 

 

 

 

- Edward! - Mamãe o repreendeu.

 

 

 

- Eu só estou falando a verdade. - Ele falou, caminhando para perto de minha mãe.

 

 

 

- Passou o ataque, Edinho? - Jacob perguntou debochado. Meu pai o encarou furiosamente e trocou um olhar com a minha mãe. Era incrível a conecção entre os dois. Bastava um olhar e eles se entendiam. Isto foi compravo, pois, na mesma hora que eles deram as mãos, partiram em uma corrida de volta a casa ou ao chalé.

 

 

 

 

- Jake, posso falar com você? - Perguntei, encostando com a minha mão em Alice e transmitindo o pensamento "Podem nos deixar a sós?". Claro que o plural era para ser empregado a ela e Emmett.

 

 

 

 

- Claro, Nessie. Já estamos indo, não é, Emmett? - Ela o encarou com a sombrancelha arqueada.

 

 

 

- Ah, na melhor parte, a gente têm que sair. - Falou fazendo birra. Eu ri, sendo seguida por Alice.

 

 

 

- Então quer apostar corrida, grandão? - Alice perguntou com um sorriso de desafio.

 

 

 

 

- Claro, anã! - Ele falou e saiu correndo.

 

 

 

- Não vale se roubar! - Alice gritou, correndo atrás. Depois disso, só ouvi a risada ecoar pela floresta. Emmett, pensei e revirei os olhos.

 

 

 

- Então, o que você queria me falar? - Jake perguntou.

 

 

 

 

- Desculpe-me, Jake. Nós não devíamos ter feito aquilo. - Fitei o chão envergonhada. - Digo, nem namorando estamos... Você não deveria ter me beijado também. - Repeti o que eu havia dito antes de tudo acontecer.

 

 

 

 

- Ness, eu ainda não entendi porque eu não deveria ter lhe beijado. - Ele resmungou.

 

 

 

- Pois você acabou de terminar o namoro com a Leah! Isso foi muito deselegante de minha parte e eu estou me sentindo uma vadia. - Murmurei e uma lágrima escapou pelo meu olho. Eu não queria fazer os outros sofrerem, nunca, mas eu não sabia que não resistiria ao charme de Jacob.

 

 

 

 

- Ness, ela já está namorando novamente. Não acha que já está na nossa hora? - Jake levantou o meu rosto com um dedo e olhou profundamente em meus olhos. - Renesmee Carlie Cullen, quer namorar comigo? - Ele perguntou, pegando algo no bolso.

 

 

 

 

Lágrimas de felicidade escorriam de meus olhos quando eu o vi se ajoelhar e abrir uma caixinha com dois anéis. Como ele já tinha os anéis? Bem, isso era o de menos!

 

 

 

 

- Então, Renesmee, aceita namorar comigo? - Ele perguntou já nervoso.

 

 

 

- É claro que eu aceito! - Falei emocionada, pulando em sua direção e encaixando minhas pernas em volta de seu quadril e cruzando meus braços em volta de seu pescoço. O beijei apaixonadamente, pois, mesmo tudo tendo sido muito rápido, eu já o amava. Ele retribuiu o beijo na mesma intensidade, enquanto suas mãos passeavam pelo meu corpo e agarravam a minha cintura. Nossas línguas duelavam deliciosamente e ele encerrou o beijo com selinhos. Me abraçou e direcionou sua boca em direção ao meu ouvido. Mordeu meu lóbulo e sussurou:

 

 

 

- Te amo.