Luisa Parkinson: A Companheira Fantástica escrita por Gizelle PG


Capítulo 143
A batalha final


Notas iniciais do capítulo

Oiee!!

Meu Deeeeus! Nem acredito que chegamos aqui! Aaaaah

kkk Bom capítulo pra vocês! :3



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A chuva havia parado, porém, o céu parecia estar mal humorado com todo aquele alvoroço... E para “coroar” aquela noite tempestuosa e caótica em Hogwarts, Dumbledore estava tendo um duelo de varinhas com Lord Voldemort. A escola toda: professores, alunos, pais de alunos, o pessoal que tinha vindo ajudar, e os próprios Comensais da Morte, tinham ficado paralisados diante da cena. Dumbledore estava indo bem, mas Lord Voldemort era resistente e ainda debochava, enquanto rogava maldições imperdoáveis numa facilidade assombrosa. Sally estava por um tris, querendo correr para ajudar o diretor, que já a ajudara tanto... Mas McGonagall e Molly Weasley a seguravam no lugar, impedindo que ela se metesse no duelo, pois não havia misericórdia em Lord Voldemort, e ele com certeza a mataria se ela interferisse. 

Estavam todos prendendo as respirações, até mesmo os Comensais que haviam sobrado. Entrementes, Sirius Black caminhava pelas sombras, indiferente a tudo aquilo, então avistou Harry Potter, e mudou de direção para encontrar com ele.  Se aproximou sem que ele percebesse, e tocou o ombro de Harry, que levou um baita susto.

—Aaah! –ele imediatamente empunhou a varinha. Hermione e Rony, que estavam perto, fizeram o mesmo, assombrados. Então viram que se tratava de Sirius e relaxaram.

—Sou só eu –avisou. –Não se preocupem.

—Sirius... Que susto!

—É, eu sei. Me desculpe. Mas eu preciso que você venha comigo, Harry... É importante.

—Não dá pra ser em outro momento, Sirius? Dumbledore está enfrentando Voldemort...

—É, eu sei Harry. Sei o quanto se importa com Dumbledore. Acredite, eu também me importo, mas você sabe que eles não vão ficar lá lutando para sempre. Assim que Dumbledore se cansar, Voldemort vai destruí-lo, e depois vai tentar matar você.

—Eu sei –Harry assentiu, sombriamente.

—Por isso preciso que você faça uma coisa...

Harry franziu a testa.

—Que coisa?

Então Sirius abriu espaço para Bellatrix Lestrange se aproximar. Mal a viram, os outros três se armaram de novo.

—O que é isso Sirius!? –gemeu Rony. –Você está do lado dos Comensais agora?

—Sabemos que Bellatrix é sua prima, mas nunca poderíamos imaginar uma traição como essa vinda de você -acusou Hermione, desconsertada.

—Shhhh! Acalmem-se vocês todos! –Sirius fez um sinal alarmado. –Vocês não estão entendendo... Esta Bellatrix não é a minha prima odiosa. -os meninos se entreolharam.

—Ah, conta outra Sirius! –resmungou Rony.

—Não, isso é sério. Olhem ali –e apontou na direção das janelas quebradas. Havia um corpo caído por entre os destroços. –Viram? Aquela é a verdadeira Bellatrix, e está morta a propósito.

O três se voltaram para a dupla.

—Mas então, se essa não é a Bellatrix, quem é? –perguntou Harry.

—É a nossa salvação –sorriu Sirius, colocando as mãos nos bolsos. –Caramba, nunca pensei que um dia diria isso de você, querida prima falecida.

 

***

Num dado momento da batalha, assim como Sirius previu que aconteceria, Dumbledore sentiu-se fraco e seu poder começou a oscilar. Voldemort então se preparou para destruir o oponente de vez. Mas então aconteceu uma coisa bastante inesperada... Faltava pouco para que o raio de luz que saia da varinha do bruxo das trevas atingisse o diretor, quando Harry Potter entrou na frente, com sua varinha em punho já soltando fagulhas de luz, e tomou o lugar de Dumbledore, equilibrando o “outro lado da balança”. Sally Jackson correu para ajudar Dumbledore a se levantar, e tirá-lo do campo de batalha. Voldemort nem ligou para eles. Agora apenas um alvo lhe interessava, e não era mais o diretor.

Arááá! POTTER! Justamente quem eu queria ver—gargalhou Voldemort. –Eu estava ansiando por esse momento há muito tempo...

—E eu também! Arrrrre!—e intensificou ainda mais o raio de luz de sua varinha, de modo que começou uma luta de poder acirrada, onde o raio que saia da varinha de Voldemort, hora era quase vencido pela de Harry, hora contra-atacava com espantoso domínio e precisão. A batalha de poder durou certo tempo, incapaz de ser calculado, pois ninguém havia conseguido desgrudar os olhos de Harry e Voldemort, para dar uma conferida no relógio.

Em meio a tudo aquilo, Luna se juntou à Neville, Fred e Jorge, que estavam parados feito bobos, hipnotizados pelas luzes das varinhas, que assim como num placar de Quadribol, desempatariam de vez qual dos dois lados sairia vitorioso.

Ah! Cobra!—gritou a menina de repente.

—Ai Luna, credo... Não tem nenhum Draco Malfoy aqui não. –ironizou Fred.

—Mandou bem Fred –riu Jorge, dando um tapinha de aprovação no braço do gêmeo.

—Não gente, é sério... Tem mesmo uma cobra! –ela puxou a manga da vestimenta de Neville, fazendo-o olhar e avistar a serpente. Por acaso a espada de Gryffindor (que era o símbolo da casa Grifinória) estava em sua posse, então Neville ergueu-a e cortou a cobra de Voldemort ao meio. O bruxo das trevas era mentalmente ligado a ela e sofreu um pequeno abalo ao sentir que havia sido morta. Esse abalo rendeu uma pequena vantagem a Harry, fazendo com que o poder expelido por sua varinha crescesse na direção do adversário. Porém, Voldemort se recuperou rápido e logo foi Harry quem começou a ficar em apuros...

—Vamos lá Harry... Acaba com ele! –dizia Rony, inquieto.

—Anda Harry... –sussurrava Sirius, sem tirar os olhos do sobrinho.

—Harry CUIDADO! –gritou Hermione, quando Voldemort começou a crescer sua corrente de poder para cima do rapaz. Por algum estranho motivo –talvez fosse por influencia das trevas, talvez Voldemort estivesse desconcentrando Harry –o garoto estava perdendo força. Assim como acontecera com Dumbledore, seu poder também estava dando pra trás bem aos poucos... Nem poderia imaginar qual seria a explicação. Estava na cara que Voldemort era muito mais poderoso que ele. O bruxo conhecia e dominava todos os tipos de feitiços, bons e ruins, de trevas e luz, desde encantamentos bobos até maldições imperdoáveis, e os executava com tamanha perfeição e disciplina. Até hoje, o único rival à sua altura havia sido Alvo Dumbledore. Harry tinha noção disso. Ele sabia que Voldemort não o considerava exatamente um concorrente, mas sim uma espécie de “ameaça” que devia ser apagada do mapa. Tudo que ele tinha era o legado de ter sido a única criança que sobrevivera a uma maldição, graças à proteção de sua mãe; Visivelmente uma Visualizadora também, assim como Sally. A questão é que, Potter sabia que era talentoso e normalmente se saia bem na escola, mas mesmo se preparando com seus colegas nas aulas de depois do horário na Sala Precisa, ainda assim não se sentia preparado para enfrentar Voldemort. Na realidade... ninguém nunca se sentia.

Como se isso tudo já não bastasse, suas varinhas ainda eram gêmeas. Tinham na composição, duas penas da mesma Fênix. Isso em geral, significava que era difícil uma se sobressair acima da outra, pois elas dispunham exatamente da mesma carga de poder. Contudo, talvez o principal diferencial, capaz de fazer com que Voldemort chegue perto de vencer Harry, seja a prática em rogar maldições e o domínio da mente; Matérias em que Harry francamente nunca fora muito bem...

Bom, era só questão de tempo até que acontecesse... Harry sabia.

—HARRY! –Hagrid gritou, desesperado.

O bruxinho de óculos redondos e cicatriz na testa arregalou os olhos e caiu para trás, quando a varinha de Voldemort finalmente cancelou sua magia e o acertou, não somente nocauteando-o, mas também matando-o na mesma hora.

—NÃO! –Dumbledore gritou, estendendo a mão, que antes era segura por Minerva McGonagall.

—NÃO! –gritaram Gina e Hermione, tendo que ser detidas no lugar Rony e Sirius, ambos com expressões e olhares bastante consternados. Luna fechou os olhos e baixou a cabeça de onde estava. Muitos outros fizeram o mesmo, até mesmo os que nunca haviam conhecido Harry pessoalmente, pois sabiam a importância e o peso que vencer aquela batalha teria para o equilíbrio do mundo bruxo, não bruxo e possivelmente... universal.

Voldemort se aproximou de Harry e o cutucou, checando se estava mesmo morto. Então, ao constatar que era mesmo verdade: ele o havia destruído! Voldemort soltou uma gargalhada vitoriosa, que foi logo amplificada em ecos por seus Comensais da Morte.

—Isso é terrível –murmurou Sally, atônita. Os olhos incrivelmente arregalados de incredulidade; Foi nesse momento que ela resolveu fechá-los, e clamar por amparo. –“Querido Poseidon... Se puder me ouvir e convencer os outros deuses a interferirem no curso das coisas só desta vez, eu realmente ficaria agradecida...” –pediu com todas as suas forças.

No começo, nada. Então ouviu-se um trovão bem distante... Quase inaudível. Que depois foi seguido de um raio que clareou todo o céu por um segundo, assustando a todos. Até Voldemort ergueu a cabeça lisa, pálida e com a ausência de um nariz, para observar o que estava ocorrendo...

Então ficou paralisado. Claro, só um idiota mesmo seria capaz de negar assombro ao deparar-se com um exército inteiro de campistas Semi-deuses, gritando, empunhando armas e escudos e correndo na direção dos portões de Hogwarts.

“Percy” –pensou Sally, abrindo um sorriso.

Entrementes –como se as nuvens não passassem de uma bolsa cheia de água, da qual algum engraçadinho inventou de abrir e despejar o conteúdo tudo de uma só vez –uma chuva forte e agressiva recaiu sobre o castelo, como se fosse o fim dos tempos, deixando todo mundo desnorteado, como formigas num formigueiro destruído.

E, no meio desta gigantesca confusão, antes mesmo que pudessem perceber, já estavam todos guerrilhando de novo, em nome de Harry Potter, em nome de todos os bruxos e não bruxos. Em nome da paz universal.

Desta vez, a mais incrível mistura: varinhas, arco e flecha, garras, chicotes, revólveres, espadas e armas alienígenas se misturavam em prol da vitória. Apenas um lado sairia vencedor... E ao que parecia, Voldemort e seus seguidores perdiam esse título à cada Comensal que era destruído, nocauteado ou desintegrado.

 

***

Lá no alto, no céu, uma cabine azul surgia e rodopiava a todo vapor; A TARDIS estava bastante animada por ter o Doutor e as meninas de volta, por isso imediatamente tratou de colocar música para tocar, dando-lhes boas vindas com: *Bizarre Love Triangle -New Order, que era a cara do trio. O Doutor deu novos comandos, daquele jeito todo entusiasmado e a nave foi diminuindo de velocidade, até chegar a ficar suspensa, flutuando paradinha no ar. Luisa e Melissa então correram para as portas e deram uma olhada na situação lá embaixo.

—Viu TARDIS? E aqui estamos nós, todos reunidos outra vez!—Luisa disse, sorrindo para a cabine e alisando seu batente. A caixa fez um ruído alegre em resposta.

—UHUUUUUUL! AH MOLEQUE! Sabia que os Semi-deuses não iam me decepcionar! –festejou Melissa animada. –EU TÔ ORGULHOSA BEBETH!!!

Luisa achou graça.

—Depois você tem que me contar mais sobre essa sua irmã semi-deusa...

—Ah, pode crer que eu vou! E se segura que já vou mandar um Spoiler daqueles: Teu irmão Percy namora com a minha irmã Annabeth, é mole!?

—O que? SÉRIO! Então se eles se casarem a gente vai ser oficialmente da mesma família! EEEH!!! —Luisa e Melissa se abraçaram, pulando no lugar.

—Ei! Cuidado... Não queremos mais nenhuma semi-deusa caindo da minha TARDIS –disse o Doutor, em tom protetor e ao mesmo tempo brincalhão.

Isso foi uma indireta?—Luisa lançou um sorriso torto, fechando as portas e correndo para junto dele, com Melissa.

—É bem possível, já que a senhorita foi a única por aqui que teve essa experiência. Bem... Além de mim vez ou outra.

Luisa e Melissa ficaram uma de cada lado do rapaz.

—O que você está tramando aí, Doutor Estranho? –brincou Melissa. –Rá! Aposto que não contava com essa referência agora...

—Tem razão, mas até que gostei do apelido. Eu adoro HQS.

—Ah, jura? Eu nem podia imaginar com essa sua cara de nerd doido –provocou Melissa. O Doutor sorriu.

—Bem, bem, bem... O “nerd doido” aqui tem um plano fenomenal para destruir o bruxo das trevas nada top. Alguém interessado em ouvir?

—Claro!

—Manda!

—Tudo bem, escutem só: Está ocorrendo uma tempestade e tanto lá fora... Uma daquelas fenomenais, com trovões literalmente do barulho e raios supimpas!

As meninas seguraram o riso.

—Sim. E daí?

—Bem, daí que a minha TARDIS pode muito bem servir como “pára-raio intermediário”, para acertarmos Vo... Vold... Mor... Ah, o “Valdo qualquer coisa”, e acabarmos com isso de uma vez por todas!

—Uh! Isso parece muito legal... Quando começamos?—perguntou Melissa, esfregando as mãos como quem mal podia esperar.

—AGORA MESMO! –o rapaz impulsinou duas alavancas ao mesmo tempo, dando um comando à nave.

 

***

A Batalha de Hogwarts parecia não ter fim. Não importava quantos Comensais fossem atingidos, ou quantos feridos houvessem... Eles sabiam que Lord Voldemort era uma ameaça, e enquanto estivesse vivo, o mundo pereceria.

Foi então que, em meio aquela confusão de pessoas correndo, gritando e lutando, uma coisa o pegou de surpresa: Voldemort se virou e deparou-se com Harry de pé, olhando fixo para ele, à distância.

Potter?—pela primeira vez, desde o começo daquela guerra, pareceu realmente assombrado com alguma coisa que não conseguia compreender, nem com seu amplo intelecto. -Mas... Você estava morto! Eu mesmo chequei...

Harry sorriu torto. A varinha presa ao punho, colado à perna.

—Acho que você só contou com a vitória antes da hora. Supôs antecipadamente que só tivesse que enfrentar outros bruxos. Nunca lhe passou pela cabeça que outras criaturas com dons incríveis e inimagináveis poderiam se juntar a nós nessa luta, e batalhar contra vocês.

Voldemort estava estarrecido.

Como? Como foi que escapou? Me diga Potter! A proteção que sua mãe lhe deixou não pode mais fazer efeito... COMO FOI QUE CONSEGUIU ESCAPAR DA MORTE DESTA VEZ?

—Bem, digamos que eu tive uma ajudinha... –e um segundo Harry apareceu ao seu lado. Este era claramente o Harry que estivera “morto” e estirado no chão, pois tinha uma mancha escura nas vestes, bem onde havia sido atingido pela maldição de Voldemort, anteriormente.

Poção Polissuco!? —presumiu Voldemort. –Esse na verdade é algum dos seus colegas se passando por você... Nada mais que um truque sujo!

—Não. É aí que se engana. –Harry interveio. –Este é o robô futurístico, unidade Teselecta. Eles são responsáveis por punir as mais terríveis personalidades da história da humanidade, no fim de suas respectivas linhas de tempo. E ao que parece, eles vieram atrás de você hoje.

—Isso é ridículo... Vocês acham que essa coisa que nem tem um cérebro de verdade, seria capaz de me torturar até a morte?

—Bem... Dizem para nunca subestimar os outros –disse Rony, se juntando ao amigo, agora com uma expressão divertida no rosto. –Nós realmente te pegamos, né Voldemort? Com todo aquele “teatro” que fizemos, você realmente pensou que o Harry estivesse morto...

—Só que o único com esse desfecho aqui hoje é você –terminou Hermione, cruzando os braços.

Ah... E os meninos esperam sozinhos conseguirem me destruir?

—A gente não, mas ele.—Gina apontou para o robô, que agora começava a mudar de forma. De fato, era uma coisa bizarra de se ver: num instante, o Harry Teselecta tinha a exata estatura do verdadeiro Harry, então subitamente cresceu de tamanho, alcançando a altura exata de Voldemort. Então uma espécie de “onda de choque” atravessou todo o corpo do robô, transformando tudo por onde passava, e copiando agora, sem mais delongas, a forma do próprio Lord das Trevas.

Após o processo ter terminado, o bruxo estava terrivelmente assustado.

Mas o que é isso? Não pode ser bruxaria... Eu nunca vi nada assim na minha vida!

—O seu problema, é que você sempre se preocupa em ser melhor que os outros... Será que consegue superar a si mesmo?—questionou Luna.

Voldemort pareceu confuso por um momento, mas logo foi obrigado a estar bem focado na realidade ao seu redor, pois o Voldemort Teselecta já o atingia com sua varinha. E assim começou uma batalha longa em que Voldemort literalmente teve que enfrentar a si mesmo; sua mente, suas estratégias, artimanhas e conhecimentos, agora faziam parte da mente do outro também, de modo que não apenas as varinhas eram gêmeas idênticas dessa vez, mas também eles eram.

Se destruir Harry já tinha sido um desafio e tanto, imagine só combater a si mesmo? Claro que Voldemort não acabaria bem de um jeito ou de outro, mas como que só para apressar um pouco as coisas e ajudar a Teselecta com sua missão, Luisa chegou atirando com sua varinha em Voldemort –que não esperava ser acertado por ninguém além do rival, então com certeza foi atingido em cheio. Depois Melissa saltou sobre ele e lhe deu uns chutes bem estratégicos, que sua habilidade em batalhas –como Filha de Atena –lhe possibilitava numa facilidade impressionante, como se ela tivesse nascido para isso. Depois Luisa entrou de novo, dessa vez manipulando as águas que vinham dos céus em forma de chuva, formando uma gigantesca bolha inundada, que envolveu o bruxo, deixando-o sem ar. Quando Voldemort estava prestes a perder os sentidos, afogando-se, ela desfez a bolha, libertando-o. O bruxo das trevas caiu como um saco de batatas no chão, e ficou imóvel por um tempo.

Então Harry, Rony, Hermione, Gina, Luna, Fred e Jorge Weasley, Neville e entre outros, se avolumaram em volta dele e apontaram suas varinhas para o seu pescoço. O bruxo ainda respirava.

—E aí “Valdo qualquer coisa”, está se divertindo em ser derrotado por crianças? –debochou Melissa, rindo logo em seguida. Só que nem ela nem ninguém esperavam que Voldemort também abriria um sorriso, reagindo, já  inacreditavelmente recuperado.

Vocês não perdem por esperar! AAAAAh! —e com um movimento, francamente, que não estava dentro dos planos, ele se reergueu, mais forte do que nunca, conseguiu alcançar a varinha e apontá-la na direção da Teselecta, atingindo-a e jogando-a longe. Depois voltou-se para os adolescentes, visivelmente assustados, então gargalhou. –Olhe só pra vocês... “São tão fortes quando estão todos contra um...” Mas é só esse um reestabelecer o controle sobre a situação, que vocês ficam assim, tremendo de medo...

De fato não podiam negar a afirmação... Não que estivessem tremendo, mas temiam sim por suas vidas, e pelas vidas de seus amigos e entes queridos.

*De vez em quando, Luisa olhava para cima, disfarçadamente, observando o céu*

Esse é o problema em ser bonzinho... —dizia Voldemort. -Vocês têm coração. Se importam demais com os outros e põe tudo a perder em nome de salvar a vida alheia. Eu não preciso me preocupar com mais ninguém além de mim... —e subiu num lugar alto, se vangloriando, em meio à chuva que castigava. O bruxo apontou sua varinha para o céu e conjurou a Marca Negra, (que era a imagem de um crânio com uma cobra saindo da boca –o seu símbolo), e ficou parado, gargalhando, com a varinha erguida soltando faíscas da ponta, e aterrorizando todo mundo.

 Então Luisa finalmente avistou um relâmpago: o mais forte de todos, e em seguida soube que era hora de agir. Catou um megafone –que estava escondido por baixo da capa de bruxa –e gritou para toda Hogwarts ouvir:

—TODO MUNDO PRO CHÃO!

Todos se abaixaram. Bem... Todos menos os Comensais e Voldemort. O fato é que o Doutor largou as meninas em terra firme, mas não foi por outro motivo, senão alertar os companheiros que no momento certo, um raio cairia do céu e eles precisariam se abaixar. Claro que a mensagem foi passada apenas para alguns, e daí por diante, foi espalhada de boca a boca... até que todos ficaram sabendo, e conseguiram compreender o motivo de obedecer a instrução, dentro do prazo.

Todavia, Luisa realmente só descobriu que estavam mesmo “dentro do prazo” quando o raio finalmente caiu –direcionado pela TARDIS –e acertou Voldemort em cheio, e mais ninguém.

Não, ele não foi carbonizado como aconteceria em desenhos animados, mas o raio foi o bastante para apagá-lo e provavelmente causar seqüelas. A varinha erguida serviu bem de para-raio... Até que para um bruxo incrivelmente instruído, Voldemort havia vacilado feio nessa.

Ao ver que seu líder estava acabado, os Comensais que restaram deram no pé, desaparecendo. Muito provavelmente ninguém os veria de novo... Pois eles sozinhos não conseguiriam chegar tão longe, quanto com Lord Voldemort na liderança. Essa seria a única coisa pelo qual o bruxo das trevas poderia se vangloriar agora, caso sobrevivesse.

Pouco depois, como num passe de mágica, a chuva diminuiu, até parar de vez. E finalmente o tempo fechado começou a se dispersar, deixando raios de sol atravessarem as nuvens.

Diante daquela extraordinária mudança de cenário, Luisa teve o impulso de checar uma gravação em especial do celular: a Profecia do Oráculo de Delfos, e abriu um largo sorriso ao constatar que enfim, estava completa.

—Luisa! –seguidamente, Sally Jackson a localizou por entre a multidão e correu para abraçar a filha, enquanto a Teselecta voltava a se aproximar de Voldemort e começava agora o processo de Miniaturização. Nas mãos deles, o vilão certamente estava acabado. –Ah! Minha querida! Você foi maravilhosa!

É, ela com certeza foi—disse um garoto perto dali. Luisa se virou para ver de quem se tratava e teve que segurar a respiração, pois lá estava seu irmão Percy. –Oi maninha.

—Percy? –ela estava incrédula. –PERCY! –e correu, se atirando nos braços do irmão, fazendo-o rir. Sally se juntou a eles, sorrindo de orelha a orelha, por ter a família novamente reunida. Bem... quase.

—Obrigada querido –ela sorriu para o céu, agradecendo à Poseidon, por tê-los protegido, então abraçou os dois filhos juntos, depois de anos. 

Não muito longe dali, Melissa foi ovacionada.

—Parabéns irmã! Atena com certeza está orgulhosa! –dizia Annabeth, dando um abraço tão apertado que quase a destroncou. Grover lhe deu um tapa no ombro e baliu alguma coisa que ela não entendeu, mas considerou um elogio. Outros a cumprimentaram e trocaram elogios, e de repente, quando ela deu por si, estava sendo erguida pelos outros campistas filhos de Atena, que estavam muito satisfeitos com a missão cumprida, e jogavam-na para cima como uma heroína de verdade.

—Ai, não quero me gabar... MAS EU AMO VOCÊS PESSOAL E ADORO SER BAJULADA ENTÃO NÃO PAREM! NÃO PAREM! –disparou ela, fazendo os irmãos rirem.

Contudo, o melhor ainda estava por vir...

—AU AU! –latiu um cão de repente. Melissa congelou. Ela conhecia bem aquele latido...

—Nik? –olhou e reconheceu o Dálmata ao lado de Quiron, o centauro do acampamento Meio-Sangue. –NIK!!! -ela quis descer na hora, deixando a comemoração de lado e correu para dar um abraço bem apertado no cãozinho. –NIK! NIK! EU PENSEI QUE TIVESSE TE PERDIDO... AWN NIK... MEU NIK!!!

—Que bom que tudo acabou bem até pro Nik –sorriu Annabeth.

—Os bruxos conseguiram encontrar um antídoto para as estátuas da Medusa, não é ótimo? –disse Grover. –Eu tô falando: a gente devia fazer uma parceria com esses caras!

—Ah, com certeza! –sorriu Melissa, radiante, então dirigiu o olhar para Luna, Neville e os gêmeos Weasley ali perto. –Obrigada pessoal!

—Bom, merecemos metade do crédito... Foram uns amigos seus que buscaram o Nik e nos entregaram para que pudéssemos desfazer o que a Medusa fez. Sem a ajuda deles, seu cãozinho não teria chegado em Hogwarts.

Melissa franziu a testa.

—Que amigos meus?

—Oi Mel –disse Harry Styles, aproximando-se por trás dela, junto do restante da 1D.

—Meninos!!! –ela correu para dar um abraço e um beijo em cada um. –Awn, vocês são dez! Eu serei eternamente grata pelo que fizeram pelo meu Nik, e também por nós. Caramba... Vocês deixaram sua agenda de shows de lado para vir nos ajudar a lutar nessa guerra... Eu me sinto em débito com vocês!

—Bom... A gente ainda pode sair qualquer dia desses –disse Harry, espontâneo, porém modesto, sem qualquer pretensão. Aquilo fez Melissa refletir por um momento, sobre uma coisa que já vinha se passando secretamente pela cabeça dela há algum tempo... Bom, já que haviam sobrevivido a tudo aquilo, que mal faria perguntar?

Olha, eu sei que isso vai parecer pretensioso demais, ou insano demais, mas querem casar comigo, vocês cinco?

Eles se entreolharam.

—CLARO! –e disseram, animados, para a surpresa dela.

—Por que não? Todos nós nos amamos mesmo... –riu Liam, colocando as mãos nos bolsos. E quando Liam consentia... O grupo todo mais do que aceitaria numa boa!

Melissa fingiu desmaiar.

—Zayn, me segura que eu só posso estar delirando...

—Não é delírio, Mel! A gente é louco o bastante pra todos os cinco quererem casar com você. –garantiu Niall.

—TÁ BEM! ENTÃO VAMOS CASAR HOJE MESMO! –ela se jogou nos braços de Louis, fazendo todos rirem.

—AU AU! –Nik latiu animado. Ele não mais estranhava ou sentia ciúmes dos meninos da 1D, e isso era realmente um alívio para Melissa.

—Nossa, que rapidinha... –Louis sorriu torto.

Melissa suspirou, e se abriu:

—Sabe? Eu lutei em infinitas guerras hoje... E estou farta de viver sempre com aquela sensação de que posso partir ou perder as pessoas de quem amo, a qualquer momento, e pelas mãos de caras cruéis e sem amor no coração... Eu quero viver uma vida cheia de muito amor com vocês cinco! Acreditem... tive tempo o bastante para pensar sobre isso, e eu não irei me arrepender!

—Acho bom –Louis brincou, sorrindo pra ela. –Por que a gente não vai desgrudar de você nunquinha, senhora Payne Malik Horan Tomlinson Styles.

—Ui, eu gostei pra caramba disso! –e o beijou, com uma das mãos já agarrando o colarinho de Harry. –E você fique por perto... Será o próximo!

—Okay –riu Harry.

—Ah, mas antes de casar, não podemos esquecer que a senhorita tem mais 4 encontros para ir. Ficou nos devendo antes de embarcar nessa aventura louca –lembrou Niall.

—Eu faço até dez encontros seguidos com vocês, meninos... Mas querem saber? Por que a gente não faz um programa bem feito, com todo mundo junto, pra testar essa coisa de “poliamor”, ao invés de encontros separados?

—Pra mim tá bom –aceitou Liam. –Mas acho que a gente devia tomar um banho primeiro... Essa coisa de batalhar não deixa ninguém em boa forma para um encontro...

—Eu concordo! –disse Zayn. –Vamos todos nos lavar... Não disse que precisa ser cada um na sua casa.

Melissa sorriu torto.

—A TARDIS tem banheiro... E um BEM GRANDE. Quem topa trolar o Senhor do Tempo pra tomar banho lá? –todos levantaram a mão. –É assim que eu gosto de ver! Nós seremos o melhor “Sextsal” do universo!

Ou talvez o primeiro—brincou Zayn.

Melhor ainda! Eu adoro bater recordes!! Serei a primeira garota com um harém masculino, com cinco garotos maravilhosos que me amam de verdade... MAL POSSO ESPERAR!!!

 

***

Amy e Rory se abraçavam agora que tudo acabara. Martha beijava Indiana Jones. Sarah Jane e Tin Tin sorriam um pro outro; K-9 estava ao lado da dona, bastante satisfeito com a missão cumprida. Podia-se dizer o mesmo do Sr. Smith, ainda na forma de um notebook. Mickey andava juntinho com Astrid Peth. Jack e Alonso quase estavam dançando juntos no meio do pátio, de tão felizes. Madame Vastra e Jenny... Bem, não era surpresa pra ninguém que as duas se amavam –e que eram casadas –e por isso um beijo daqueles não iria surpreendê-los. Mestre e Missy caminhavam tranqüilamente, de mãos dadas com Sofia. Tê-la por perto parecia estar fazendo muito bem para os ex arqui-inimigos do Doutor, ou algo do tipo; Jenny –a filha do Doutor –dava risada com alguma coisa que Maria Jackson e Rani Chandra haviam dito para ela e Sky. Luke e Clyde caminhavam juntos, conversando...

—Foi bom ter trazido o Sr. Smith, afinal de contas. Sem ele, Madame Vastra não teria conseguido contatar tantas pessoas para nos ajudarem no confronto da Estrela da Morte.

—Verdade, garoto Luke. O Sr. Smith foi muito útil, mas não foi o único... –disse Clyde. -Você perdeu seu celular naquela batalha, mas salvou todo mundo. Meus parabéns!

—Celulares são substituíveis. Amigos não. –afirmou Luke.

—Awwwn Luke! –Sarah Jane abraçou o filho. K-9 em seu encalço, trazendo o notebook Sr. Smith nas costas. –Venham! Isso merece um abraço de, como o Clyde sempre diz, todo o “Time Sarah Jane”!

—Ah! Finalmente alguém assumiu o nosso nome –brincou Clyde, abraçado com Rani e os outros. –Falando nisso, Rani... Não tá a fim de sair mais tarde? A gente podia comer alguma coisa, assistir um filme... Mas nada de tema de guerra! Já tivemos muito disso pra uma temporada inteira...

—Tá me chamando pra sair? –ela estranhou.

—Bom, eu tava tentando. Ao menos fazia parte do plano. Bom, na verdade esse era o plano todo. Eu não costumo fazer planos a toa...

Rani então sorriu.

—Okay, Clyde Langer... Eu saio com você.

—O que? Você disse SIM? YEAH! –gritou, todo animado. –Vai Rani! Vai Clyde! Vai time Sarah Jane!!! –e fez uma dancinha da vitória um pouquinho constrangedora.

—Ai meu deus –riu Rani. –Onde é que eu to me metendo?

—Com o sr. Clyde Langer, querida Rani –e estendeu o braço pra ela segurar. –O engraçado, esperto, atraente...

E convencido—ela riu, acrescentando. –E bastante... –então foi surpreendida por um beijo.

—Você dizia? –sondou Clyde, depois de terem se separado.

—Eu tava na parte em que ia te chamar de impertinente. —disse Rani, séria. –Mas eu vou deixar passar dessa vez... –e sorriu. –Até que o beijo compensou umas coisas.

—Uh! Bom saber! “Salvo pelo beijo-gongo”...

—E as piadinhas ruins continuam –ela acabou rindo.

—Ei! Minhas piadas são ótimas... O Luke que tem piadas ruins. Eu vivo tentando ensinar pra ele o jeito certo de fazer as coisas, mas ele... –Rani o cutucou. –O que foi?

—Dá só uma olhada naqueles dois –e mostrou Luke e Maria, que estavam se beijando. –Acho que você tá errado Clyde... O Luke sabe direitinho o que tem que fazer. Melhor até do que você.

—O QUE? Ooooora!—Clyde ficou aborrecido.

—Tá vendo? É disso que eu to falando... Ao invés de ficar aí todo emburrado, porque não me beija de novo?

Clyde sorriu diferente pra ela agora.

—Você quer que eu te beije de novo? Então quer dizer que gostou da primeira... –dessa vez Rani foi obrigada a tapar a boca dele, para que se calasse.

—Clyde, cala a boca e me beija.

—Tá –deu de ombros e fez o que ela mandou.

Christina observava, ao lado de Donna Noble, tudo que se passava ao redor, lembrando-se das coisas que ela e os companheiros haviam conseguido conquistar juntos, em tão pouco tempo... Estava realmentente muito satisfeita.

Num cantinho despercebido, estava Griffin, sorridente, mal cabendo em si de tanto entusiasmo. Desde o princípio, seus cálculos tinham sido bastante claros sobre o desfecho, mas mesmo assim, ele vinha torcendo incansavelmente para que nada saísse do planejado –pois seria incalculavelmente catastrófico! Todavia, mesmo entre um deslize e outro, as coisas definitivamente acabaram bem.

Os robôs –da Estrela da Morte –que os haviam ajudado, embora não possuíssem sentimentos, estavam todos reunidos apreciando a vitória.

Jackie Tyler saia do castelo com Tony nos braços, e o marido Pete, indo ao encontro de Rose e abraçando-a forte. Rose tinha se perdido do Clone do Doutor no meio da confusão, mas sabia que cedo ou tarde se reencontrariam.

Não deu outra; alguns minutos depois e lá estava ele, perdido feito um humano num planeta alienígena, chamando por ela...

Roooose!

—Se gritar mais alto vão acabar ouvindo meu nome lá na lua –brincou a garota, a alguns passos de distância. Imediatamente o sorriso dele se iluminou e ambos correram um de encontro ao outro, e se beijaram.

Entrementes, o Doutor da TARDIS acabava de materializá-la em Hogwarts e saiu para fora, cumprimentando os amigos pela vitória; ao que a nave não tardou a escolher um tema para o Clone e Rose, pondo para tocar *Cheia de Charme -Guilherme Arantes (que combinemos, combinava demais com o casal).

Não tão longe dali, Harry beijava Gina. Rony beijava Hermione, e por aí vai... Praticamente todos os casais estavam se beijando, e os que eram solteiros se abraçavam e comemoravam do jeito que lhes cabia.

Os Humanóides Paranormais estavam só de zoeira, sobretudo agora que a invisibilidade havia passado e podiam interagir e fazer amizade uns com os outros, expandindo seus contatos entre grupos de bruxos, semi-deuses e até alienígenas. Por mais que ninguém ali estivesse realmente pronto para dar a cara pra bater numa batalha dessas, eles não haviam sofrido baixas, graças à proteção que Sally lhes forneceu, somatizada à dos Homens de Preto. Isso já era motivo suficiente para comemorar por um ano inteiro ou mais!

Agustina, Princesa Isabel, Anjo Ângelo, Chanty, Charles, Drica, Ofélia, Alicia Lenner, Josh Shannon e seus pais, o Comandante Tylor, o pessoal de Enterprise, dr. Brown, Marty McFly, Sherlock Holmes, Watson, Olívia Newton John, John Travolta, o pessoal de Nárnia, a Família Paralela... Todos estavam se divertindo juntos. E comemorando, acima de tudo!

Naquela noite, Dumbledore deixou bem claro que Hogwarts estava aberta para todos que estivessem abertos para eles. Não importava se fossem bruxos ou não. Porque o que realmente importa, está dentro de nós.

 

***

Por fim, Luisa, Percy e Sally sentiram uma luz morna banhar seus rostos e abriram os olhos, surpreendendo-se logo depois, ao se depararem com a figura de Poseidon. Aquela luz não fora um raio de sol, mas sim o deus se transformando de sua forma divina, para sua versão humana, (ainda mantendo a armadura de escamas, e o tridente em mãos).

—Papai? –Luisa arregalou os olhos. –PAPAI!!! –e correu para abraçá-lo.

—Luisa! Ah, minha menina! –ele a abraçou forte, tirando-a do chão, ao que os dois riram. De longe, o Doutor observou a cena, junto de Ned. –Nem pode imaginar a saudades que eu senti de vocês todos... E pensar que você poderia estar...

—Por favor, não termine essa frase. Não aconteceu e é isso que realmente importa. –disse ela.

—É. Está coberta de razão –sorriu para a filha. –E eu estou muito orgulhoso de vocês três. Foram muito corajosos hoje... Na verdade, vocês sempre são corajosos.

—Ah, querido –Sally sorriu, enquanto o marido trocava um toque de mãos com Percy e por fim o abraçava. Então Sally continuou: -Eu só tenho a lhe agradecer pelo temporal de hoje... Tenho certeza que ouviu minhas orações quando eu lhe pedi por amparo... Obrigada amor!

—Ah, claro que eu ouvi. E é mais do que certo que eu não deixaria de aparecer para poder escutar você me dizer isso pessoalmente. –e puxou Sally para um abraço. -Inclusive, aquele último raio eu precisei negociar com Zeus, mas tudo bem. Todos os deuses estavam querendo colaborar hoje com os mortais... bem, a não ser Ares, Afrodite e Hades, que nunca ajudam ninguém a não ser a si mesmos. Mas enfim, os deuses do Olimpo quiseram ajudar, porque eles sabiam que se um desses tiranos, tanto Voldemort quanto Darth Vader, começassem a comandar a Terra ou o Cosmos, ou os dois quem sabe, haveria um desequilíbrio inigualável na criação... E todos sabemos que os deuses são parte de tudo isso. Executar o universo é executar todos nós, e ninguém lá no Olimpo particularmente gostou dessa idéia. Nem mesmo Áres e Afrodite. Hades... bem... Ele é o deus do inferno. Convive diariamente com mortos e coisas macabras... Não pode-se esperar muita piedade dele...

—Bom... pelo menos acabou tudo bem. Com ou sem a ajuda do Hades. –disse Percy, ao lado de Luisa. Poseidon se separou de Sally e esta voltou para junto dos filhos.

Orgulho. Com certeza é a minha palavra do dia. –disse o pai, olhando cada um com admiração. –E... Diante disso, eu tenho um comunicado a fazer à vocês.

—Um comunicado? –Sally franziu o cenho. -Oh não, não me venha com mais “regras de divindades”, que já está bem difícil seguir esta de nossa família precisar viver separada...

—Bom, na verdade é sobre isso sim –Poseidon estava sério. –E se eu não falar... Bem, vocês vão ficar sabendo mesmo cedo ou tarde, então...

—Fala logo pai! –pediu Luisa, ansiosa. –O que precisa tanto nos dizer?

—Bem –ele continuou sério, observando o chão por alguns instantes. –Hoje foi um dia bem movimentado no Olimpo. E eu tive a chance de passar grande parte do período todo ao lado de meu irmão Zeus. –fez uma pequena pausa. –Bom, conversa vai e vem... Trocamos estratégias sobre interferir “indiretamente”, através de forças da natureza e coisas do tipo, na batalha que ocorria aqui embaixo... E bem, houve um momento que eu notei que ele veio usando parte da confusão desse dia caótico para me reavaliar, e tentar descobrir se eu continuava desconcentrado em meus propósitos como deus dos Mares.

—E aí? –instigou Sally. –A que conclusão Zeus chegou?

—Bom ele... disse que eu parecia muito mais focado do que jamais estive, e que se eu continuar cumprindo meus deveres como um dos 12 poderosos, e realmente continuar honrando meu posto do jeito que andei fazendo ultimamente, e mais ainda, como fiz hoje...

—ANDA PAI! FALA LOGO! –apressou Luisa.

—É pai, desembucha! -insistiu Percy.

—Querido, você pode até ter agradado Zeus, mas está conseguindo deixar sua família maluca... Pelo amor dos deuses! Chegue logo ao ponto importante! –Sally deu o ultimato. Então Poseidon deu uma gargalhada.

—Vocês são demais! Realmente são! –riu. –Bem, o “ponto importante” é que Zeus me perdoou pelo meu erro de três anos atrás, e disse que se eu manter essa disciplina atual, ele vai me deixar voltar a viver meio período com minha família, e fará o mesmo com todos os outros deuses.

—OH! Querido! –Sally lascou-lhe um beijo cheio de sentimento, ao mesmo tempo que Percy e Luisa se abraçaram. –Eu te amo tanto!! Eu disse que ia valer a pena se comportar no Olimpo... Tá vendo? Zeus abriu uma condicional pra você –ela brincou.

—É, vai tirando sarro –disse ele, com ar de riso. –Bem, parece que a família Jackson não vai conseguir se livrar de mim tão facilmente...

Hã, como se a gente quisesse mesmo isso—ironizou Luisa, juntando-se à mãe e ao pai no abraço. Pouco depois Percy fez o mesmo e os quatro ficaram juntinhos, como nos velhos tempos... Até que Luisa notou o amigo Doutor observando toda a cena junto de Ned e Melissa –que chegava agora com Nik, Annabeth e a 1D. A família se separou; Percy e Sally foram falar com Annabeth e Melissa, enquanto Luisa confidenciou algo ao pai. Depois, fez um sinal para que os demais se aproximassem. Poseidon então, conversou com cada um e agradeceu tudo que haviam feito por Luisa e pelo Universo. Passou um tempo a mais falando com o Doutor e Melissa. Quando esses se afastaram, seguidos pela garota da bolsinha, o deus fez sinal para Ned se aproximar. O rapaz respirou fundo e foi em frente, mesmo estando um bocado nervoso.

—É o seguinte, rapaz: Luisa me disse que vocês dois começaram a namorar. Isso procede?

—S-sim senhor.

Inicialmente, Poseidon parecia bastante sério, mas então relaxou o semblante, mudando assim como uma nuvem que muda de seu estado “chuvoso” para “normal” de uma hora para a outra.

—Bom, eu não sou Afrodite, mas entendo algumas coisas sobre o amor... –tentou começar, bancando o “pai camarada”. -Eu sinceramente espero que você a respeite, e que a ame de todo coração e com todas as suas forças, se o relacionamento de vocês for verdadeiro e sincero. 

Ned podia estar meio nervoso de ter que falar com um deus grego de verdade, mas naquele momento não ficou, pois ele realmente gostava de Luisa. Disso ele não tinha dúvida alguma.

—Pode deixar, senhor! Eu serei o melhor namorado que a Luisa possa ter. –disse, confiante.

Acho bom—Poseidon inquiriu, novamente sério, de modo a fazer o outro hesitar, então depois sorriu e deu um soquinho no braço de Ned. –Calma rapaz, relaxa... Está tudo bem agora! A parte tensa já passou... Eu já avaliei suas “vibrações” e parece que está tudo em ordem com você.

—V-vibrações?

—Ei, pai... Não assuste ele! –Luisa chegou rindo, salvando o garoto da companhia do pai. –Assim você vai traumatizá-lo, e ele só vai querer fugir de mim no futuro...

E se afastaram rapidinho dali, antes que o pai ou mais alguém tivesse chance de protestar. Quando já estavam longe o bastante, para não serem incomodados, Ned se manifestou:

—Sabe... aquilo lá que você disse sobre futuro... Quero que saiba que eu jamais fugiria de você, em hipótese alguma. –interpôs, fazendo-a corar de leve, e sorrir também. Não tão longe dali, o 11º Doutor, Melissa e Nik (novamente com seu tradutor canino restaurado para poder falar agora mais do que a própria boca com os seres humanos) caminhavam “indiferentes”, apontando para direções aleatórias e de vez em quando tropeçando uns nos outros, fingindo não estar bisbilhotando a intimidade do casal. Luisa teve que se segurar para não tacar alguma coisa neles.

—O que é engraçado? –Ned percebeu-a tentando esconder o sorriso.

—Aqueles bobos ali nos espionando –Luisa acabou rindo. –Não é ridículo? Eles ainda fingem que não estão nos vendo...

—Talvez seja melhor assim. –Ned deu de ombros. –Quem quer uma plateia quando se está sozinho com a garota que você mais ama na vida?

Luisa inclinou a cabeça, sorrindo.

—Então me prove –propôs ela, entrelaçando seus braços ao redor do pescoço dele. –Prove que me ama.

Ned sorriu.

—Será um prazer –e a beijou.

*   *   *


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Notas finais do capítulo

E FINAL FELIZ!!! EEEEEEEEEEEH! :D

Sim, sim, o Poseidon é o papai deuso zoeiro kkk

Bom, é isso.

—--The End ---

Pera aí! NÃO kkk É brincadeira. Mas estamos quase lá...

Yep, sustos a parte (kkk sorry), estamos mais do que na reta final: o próximo capítulo será um *Extra especial, que eu criei entre este capítulo (de hoje) e o *Último oficial, e depois teremos o *Epílogo, pra finalizar de vez. No total, são três capítulos ainda para postar. Então, ainda nos veremos mais um pouquinho por aqui! :)

Mas então? O que acharam do desfecho da batalha em Hogwarts? Tô doida pra saber tudinho!!

Beijos pra vocês!

:3



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