Luisa Parkinson: A Companheira Fantástica escrita por Gizelle PG


Capítulo 126
O refúgio da Fênix


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal!

Desculpem meu atraso em postar... Eu tive um problema na vista e tive que ficar um tempo afastada do computador, e praticamente tudo mais que tivesse uma tela branca ofuscante. Agora parece que o quadro normalizou.

Enfim, vamos dar continuidade à história da Lulu! :)



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Depois de se despedir de Harry, Luisa continuou a não ter aula naquele dia. De fato, Dumbledore não apareceu... Mas isso não a impediu de comparecer na Armada, mais tarde. Chegou pontualmente no local descrito, e deparou-se com uma parede bem sólida. Não havia sinal de portas por ali... Como encontraria a tal Sala Precisa agora?

“Droga... Preciso encontrar essa sala depressa!” –pensou consigo mesma. Então, afastou-se, olhando o corredor vazio, inquieta. Quando voltou a fitar a parede, esta tinha uma porta tomando-a, em grande parte. Luisa levou um susto: “DE ONDE VEIO AQUILO???” Mas acabou aceitando o fato numa boa, quando mais alguns outros alunos da Armada chegaram e “acionaram” a porta de novo. Esta, que estava visível para Luisa (mas não para eles, até onde se pode constatar), tornou-se visível para todos, assim que eles desejaram muito poder encontrá-la... Porque precisavam dela. Será que o segredo era esse? Era só “precisar” da porta, que ela tipo, brotava do nada?

Não houve tempo para especular. A porta grande rangeu e se abriu. E como eles eram uma “organização secreta”, não podiam perder tempo dando sopa na frente da passagem oculta. Assim, foram logo entrando.

Assim que todos passaram pela abertura, a porta se fechou as suas costas... E o que Luisa viu a sua frente deixou-a sem ar.

A Sala Precisa... Era incrível. Tinha todos os tipos de materiais que você poderia vir a precisar para treinar magia. Enquanto a garota se admirava com o lugar, os gêmeos Weasley contaram à ela, que na verdade essa sala forneceria todo o tipo de coisas, para os mais diferentes fins –se fosse o que realmente precisassem –então de fato, aquela sala poderia conter, tipo assim... Tudo. Luisa ficou maravilhada com aquela idéia. Já conhecera uma cabine que era maior por dentro... Essa sala tinha um limite de tamanho (que já não era pouca coisa), mas em compensação, poderia se equipar com qualquer tipo de coisa, bastando apenas eles “precisarem”.

—UAU –exclamou Luisa.

—Sim. “UAU” é definitivamente uma ótima definição –brincou Fred Weasley. –Bem colocado.

—Precisamente! –concordou Jorge Weasley, apoiando o braço no ombro dela. -Pois é, a gente entende. É coisa demais pra assimilar... Especialmente no 1º dia!

—É, mas não se preocupe... Logo você se habitua!

—É! Se Habitua! Pode crer!

Enquanto os gêmeos Weasley conversavam com ela, outras pessoas mais, que já estavam presentes no espaço, se juntaram a eles num montinho de alunos, para conversar.

Na outra extremidade da sala havia uma lareira acesa. Harry, Rony e Herminone surgiram de algum canto naquela direção e pararam de costas para ela, olhando diretamente para os recém chegados.

—Que bom que vocês vieram pessoal... Fico muito feliz que a Armada continue resistindo! –disse Harry com satisfação. Então olhou exclusivamente para Luisa. –Pessoal, esta é Luisa Parkinson. Ela se juntará a nós daqui por diante. Seja bem vinda Luisa!

A galera toda aplaudiu e a garota corou de leve. Então Hermione a levou para assinar seu nome na lista oficial de integrantes da Armada.

—Coloque seu nome aqui, em qualquer lugar.

—Tudo bem –Luisa escreveu seu nome, abreviando o “Parkinson e Guimarães”, para facilitar. 

Armada de Dumbleodore

Hermione Granger

Rony Weasley

Harry Potter

George Weasley

Fred Weasley

Gina Weasley

Luna Lovegood

Neville Longbotton

Padma Patil

Parvat Patil

Cho Chang

Zacharias Smith

Simmas Finnigan

Marietta Edgecombe

Luisa P.G. Jackson

—Legal! Agora você já faz parte da equipe –disse Hermione, recolhendo o pergaminho.

—Muito bem, então vamos começar a aula! –disse Harry e todos separaram-se, tomando distância, em busca de um espaço para si na sala precisa. Luisa não entendeu bem o motivo, mas procurou fazer o mesmo. Assim que todos já haviam se posicionado, Harry prosseguiu: -Bem, hoje nós vamos revisar o Feitiço do Patrono. Pra quem não sabe ou nunca estudou isso antes, um Patrono é seu protetor. Você poderá conjurá-lo sempre que precisar de auxilio, nas horas em que as trevas estiverem em vantagem sobre você, ou mesmo contra o ataque de Dementadores, onde o uso do feitiço seria a opção mais aconselhável. Portanto treinaremos o domínio do Patrono hoje... Todos entenderam a proposta?

Um burburinho empolgado preencheu a sala. Aparentemente, todos gostaram bastante da idéia.

—Ótimo pessoal, então vamos começar... Preparem as varinhas –instruiu. -Pensem numa lembrança bem feliz... A mais feliz que tiverem! Depois agitem as varinhas e digam: Expecto Patronum!

No momento seguinte, todos começaram a agitar as varinhas e dizer as palavras mágicas ao mesmo tempo. Alguns conseguiram conjurar o Patrono instantaneamente, outros tiveram mais trabalho para conseguir... mas no fim, Luisa ficou maravilhada com a visão que teve, pois por toda a sala, criaturas mitológicas e animais silvestres prateados começaram a surgir e a fazer piruetas no ar. Eles eram pura energia positiva, e deixavam uma trilha prateada por onde passavam, que pouco depois se desfazia, tornando-se invisível. Era lindo. Era mágico. Era inspirador.

—EXPECTO PATRONUM! –as pessoas continuavam dizendo, praticando o feitiço, procurando acertá-lo pela primeira vez ou então aperfeiçoá-lo.

—Isso! Continuem tentando. Quanto mais vocês praticarem, mais brilhante e fortalecido será seu Patrono! –dizia Harry, caminhando entre os amigos e observando o modo como executavam o feitiço.

Luisa estava tão maravilhada, que até esqueceu de tentar conjurou seu próprio Patrono –ainda uma surpresa. Apenas quando Gina Weasley disse o feitiço perto dali, foi que Luisa despertou de volta para a realidade, e começou também a tentar fazer a luz prateada sair da ponta da varinha.

—Muito bom Gina! Perfeito! –elogiou Harry, satisfeito com o resultado. E continuou avançando para observar os colegas. Ia se dirigir para Luisa, mas como viu que ela ainda não tinha tentado nenhuma vez, resolveu lhe dar mais um tempinho e dirigiu-se para ver Luna Lovegood.

—Expecto Patronum! Expecto Patronum! Expecto... Ah, droga –Luisa não estava se saindo muito bem. Aquele feitiço parecia ser avançado para ela. –Expecto...

—Tente pensar numa coisa feliz –soprou Rony, perto dali. –Você não está dizendo as palavras com vontade. Você tem que sentir, pra poder fazer acontecer.

—Ah! Certo. Tinha me esquecido dessa parte –Luisa fechou os olhos. Em meio aquela confusão de vozes, Patronos brilhosos correndo por ai sob suas cabeças e varinhas se agitando, ela procurou se concentrar. Lembro-se de varias coisas felizes que lhe aconteceram; Harry dissera que quanto MAIS FORTE a lembrança, MAIS FORTE o Patrono. Então, não bastava escolher apenas uma lembrança feliz, qualquer... Precisava ser A Senhora Lembrança Feliz. Muitas coisas passaram pela cabeça de Luisa... Até que, de repente, ela sentiu que aquela lembrança tinha uma espécie de potencial, e acabou por escolhê-la. Abriu os olhos, desta vez mais determinada do que nunca:

—EXPECTO PATRONUM!!! –gritou. Uma Luz grandiosa brotou da ponta de sua varinha, ao que todos pararam para olhar. Por um momento, o brilho era tanto que chegou a ofuscar suas visões... Até que a intensidade foi baixando e eles conseguiram contemplar... Um lindo cavalo branco. Um cavalo Marinho.

—UAU –disse Rony, maravilhado.

Luisa ficou muito contente ao ver que tinha conseguido. Assim que comemorou brevemente, o cavalo prateado a notou e flutuou até ela numa onda de luz fascinante. Depois olhou dentro dos olhos dela. Daquele momento em diante, Luisa soube que ele SEMPRE a protegeria.

—Olá –disse a ele. O Animal relinchou e balançou a linda crina mágica. –Vou te chamar de Espuma do Mar.

Ele fez um movimento com a cabeça, como se tivesse gostado. “Trotou” no grande vazio e depois desapareceu, deixando um rastro de luz prateada para trás.

—Isso foi magnífico! –disse Harry, estupefato. –Eu não sabia que você sabia conjurar...

—É. Nem eu –ela riu. -Foi surpresa pra nós dois então.

—UM VIVA PARA LUISA! –propuseram os fuzarqueiros Gêmeos Weasley. No momento seguinte, estavam todos olhando para ela e batendo palmas. Luisa se sentiu um pouco constrangida, mas sorriu amigavelmente para todos.

—PARABÉNS LUISA! –disse Gina.

—VOCÊ FOI MUITO BEM! MUITO BEM MESMO! –abraçou-a Luna.

—ESTEVE INCRÍVEL! –disse Rony. Ao longe, os irmãos mais velhos dele soltavam faíscas coloridas com as varinhas, para comemorar.

—É! ISSO FOI MUUUUIIITTO PROFISSIONAL! –disse Hermione, empolgada. –Me deixou impressionada!

—Puxa, obrigada! –sorriu Luisa.

BAMG

Um estrondo nada amistoso quebrou o clima. Todos pararam de falar instantaneamente, desconfiados. Os Weasleys pararam de soltar faíscas com as varinhas. Todo mundo ficou sério de repente.

BAMG

—Esse som de novo? O que será que... –Padma Patil parou no meio da frase, exatamente quando as portas da Sala Precisa estremeceram.

—O que está havendo? –perguntou Simmas. –Tem alguma coisa de errado com a porta...

Neville franziu a testa.

—Não pessoal... Não é a porta em si o problema. –engoliu em seco. -Acho... Que tem alguém tentando entrar.

—Entrar? Mas entrar como? É ridículo! Ninguém sabe que estamos usando a Sala Precisa! Se soubessem, já teriam nos detido antes...  –argumentou Hermione.

BAMG

Ela silenciou. Alguns se encolheram. Outros, mais corajosos, se aproximaram para ver... Harry tomou a frente do grupo, sem tirar os olhos da porta.

—Ninguém sabia... Ao menos os integrantes da própria Armada –disse Harry. –O que sugere que alguém andou falando demais.

Uma explosão se fez, arrombando parte da porta. Pedaços de pedra desmoronaram no chão e uma poeira grossa levantou –Todos recuaram ainda mais para os fundos da sala, próximo à lareira.

Quando a poeira baixou, era possível enxergar parte do corredor da escola, a partir do buraco que fora feito. Dolores Umbridge estava do outro lado, com a varinha empunhada; tinha como companhia os Monitores da Inquisição –o povo da Sonserina –que sorria vitoriosamente. E... Junto deles, Cho Chang. Uma integrante da Armada, que era segura pela gola do uniforme.  

—Ah! Então é aqui que os ratos de porão se escondem –desdenhou Dolores. Um olhar incrivelmente deliciado. Pronto. Ela havia conseguido o motivo de que precisara para cair em cima dos alunos, e quem sabe, “atingir” Dumbledore, do jeito que vinha querendo fazer já há bastante tempo. –Estou muito decepcionada com o senhor, senhor Potter. Não tem limites? –disse, tentando parecer realmente decepcionada, mas falhou miseravelmente. Dava para ver que ela estava contente com isso. Contudo, à essa altura, nem se importava mais. –Garotos como você tem que ser punidos rigorosamente... –olhou para o resto da Armada, com seus olhos claros e mesquinhos. –Todos serão punidos. Cada um de vocês, por terem desobedecido minhas regras!

Ao seu lado, Draco Malfoy deu uma risadinha maliciosa. Ele imobilizava Cho, segurando-a firmemente.

—Deixa ela em paz, Draco! –Harry manifestou-se. –Solte a Cho.

—Oh... Você é tão ingênuo Potter, que dá até náuseas –disse, pegando Harry de surpresa. –Você já quer que a soltemos, mas nem sabe o que ela fez...

—Exato –prosseguiu Umbridge. –Sua amiga aqui entregou vocês todos. E por inveja, veja só que interessante!

—Não é verdade, Harry! Não acredite em nada que ela disser! –protestou Cho, calada imediatamente por Umbridge, que apontou a varinha para sua garganta.

—Como ousa ser tão insolente? Quer que eu dispense sua “pobre mãe” de seus serviços no Ministério? Não se esqueça do nosso acordo, mocinha!

—Ah, então é isso... Vocês a chantagearam! –concluiu Jorge Weasley. 

—Nada disso, sr. Weasley –interveio Umbridge. Um sorriso divertido no rosto. -A senhorita Chang aqui, entregou vocês porque se sentiu traída. Pelo que soube, ela tem uma pequena quedinha pelo sr. Potter, mas não suportava a amizade dele com Hermione Granger, e posteriormente, seu namoro com a senhorita Gina Weasley. –dedurou Umbridge. Cho ficou perplexa.

—A senhora prometeu que não ia contar!

—Uma dica pra a senhorita “ingenuidade” –sorriu Umbridge. –Nunca comece a distribuir informações de interesse alheio, sem antes ter completa certeza de que o acordo realmente está de pé.

Cho fitou-a com incredulidade.

—Você mentiu pra mim...

Os olhos de Umbridge faiscaram, irados.

—Não me chame de VOCÊ! Alunos devem se dirigir a mim sempre e unicamente usando o termo “Senhora”!—esbravejou, alterando demais o tom “meigo e irritante” de sua voz normal. –Não admitirei isso! Não admitirei desrespeito! Meninos... Levem-nos daqui. Todos eles!—indicou a Armada com a cabeça. Os demais monitores da Sonserina, que estavam de mãos atadas até então, adiantaram-se na direção deles e os escoltaram para fora da Sala Precisa. Luisa foi junto. Apesar de ser seu primeiro dia, seu nome constava na lista da Armada, portanto, ela fazia parte de tudo aquilo. Teria que enfrentar as conseqüências, junto dos colegas. Mas ela não hesitaria em fazê-lo... Luisa era leal às pessoas por quem sentia estima. Ela jamais os abandonaria em uma hora como esta, mesmo que estivesse fora disso. Porém, se estivesse fora... Talvez pudesse ser mais útil, bolando alguma espécie de plano e recrutando outros alunos para ajudá-la na execussão de um “resgate” aos amigos da Armada... Contudo, essa idéia estava muito distante agora, assim como seus pensamentos.

Luisa e os demais ficaram detidos na sala da Umbridge, vigiados por Malfoy e seus amigos horrorosos. Enquanto apenas Harry, Hermione e Rony foram levados até a sala do diretor, escoltados pela própria Dolores Umbridge e pelo... Oh meus Deus! Cornélio Fudge, o Ministro da Magia estava em Hogwarts! Aquilo não podia significar boa coisa... Não senhor.

Antes dos três amigos serem obrigados a ir até a sala do diretor, Luisa, Visualizadora nata, conseguiu detectar uma felicidade anormal nos olhos de Umbridge. Ela parecia feliz com alguma coisa... Feliz demais. E o Ministro estava na escola... Nada disso era coincidência, o que só podia significar que alguma coisa bem ruim estava prestes a acontecer.

Inquieta, Luisa começou a forçar seus neurônios a pensarem numa saída. Ela ficara para trás com o restante da Armada... Eles precisavam dar um jeito de escapar para impedir a megera de fazer alguma maldade! Entrementes, o garoto chamado Neville pareceu ter tido a mesma idéia. Se pôs de pé num pulo e tentou enfrentar Malfoy. Acabou amarrado com uma corda encantada, e tendo a boca amordaçada. Horrorizada, Luisa se encolheu ainda mais. Ela precisava esquematizar bem sua abordagem, para não acabar como Neville.

Enquanto isso, Dolores invadiu a sala de Dumbledore (ele já havia retornado à Hogwarts), apontou-lhe o dedo e começou a fazer acusações.

—... E veja só: Armada de Dumbledore! Prova do que venho dizendo desde o começo, Cornélio!

—É... Estou vendo.

—Essa história de incurtir terror sobre Você Sabe Quem, nunca nos enganou! Entendemos suas mentiras claramente: uma cortina de fumaça para tentar assumir o Ministério!

—É claro. –concordou Dumbledore, para o desespero de Harry.

—NÃO! Professor! –Harry voltou-se para os demais. -Ele não teve nada a ver com isso! Fui eu!

Todos olharam para Harry, porém Dumbledore rapidamente emendou:

—Muito nobre de sua parte me proteger, mas como foi apontado, o pergaminho diz claramente “Armada de Dumbledore”, não de “Potter”. –disse, calmamente. –Eu instruí Harry a formar uma Organização. E eu, apenas eu, sou responsável pelas atividades.

Era possível ver um sorrisinho vitorioso começar a aparecer no rosto de Umbridge. Harry, Hermione e Rony ficaram indignados... Dumbledore estava se entregando???

Contudo, não houve mais tempo para discutir, pois o Ministro disse:

—Bem, dadas as seguintes informações, eu não posso tomar outra decisão, a não ser enviar uma coruja para o Ministério... Alvo Dumbledore deverá ficar detido em Azkaban, para aguardar o julgamento por conspiração e revolução.

—NÃO! –gritou Hermione.

—Isso é RIDÍCULO! Dumbledore não sabia que havíamos criado a Armada! –defendeu Rony.

—Mas a Armada TEM o nome DELE—lembrou Umbridge, feliz da vida com a desgraça alheia. –EU TENHO PROVAS!

—Mas...

—Não discuta, Harry –esse foi Dumbledore falando. –A Armada tem meu nome... Não há mais nada a se declarar.

—Mas professor Dumbledore...

Chega!—berrou Umbridge. –Ele foi acusado. Não pode continuar em Hogwarts... Dumbledore deve ser preso imediatamente!

—Vamos, Dumbledore. É melhor colaborar –avisou Fudge, amigavelmente, se aproximando para apreender sua varinha. Dumbledore apenas sorriu.

—Ah, imaginei que haveria esse transtorno... Vocês parecem partir da premissa de que eu vou ficar... Como se diz mesmo? Submisso... –ouve um momento de tensão no ar, entre o Ministro, Umbridge e Dumbledore. –Lamento muito informar, mas não tenho intenção de ir para Azkaban. –anunciou Dumbledore, pegando todos de surpresa.

—O que? O que ele pensa que está... –esse foi Fudge, se confundindo.

—JÁ CHEGA! –essa foi Dolores, perdendo de vez a paciência. –LEVEM-NO PARA AZKABAN!

De repente, Fawkes, a fênix de Dumbledore, deu um mergulho no ar, voando na direção do diretor. Então, ela se emparelhou com ele e lançando uma chama enorme, envolveu Dumbledore, fazendo-o desaparecer, junto consigo. Harry, Rony e Hermione, o Ministro e Umbridge ficaram para trás, embasbacados. Apesar dos três primeiros terem ficado felizes ao ver que Dumbledore conseguira escapar.

 

*    *     *

Na sala da Umbridge, a Armada continuava em apuros, nas mãos do pessoal da Sonserina. Luisa estava encolhida, sentada no chão, com a cabeça baixa... Então sentiu uma coisa vibrar dentro da Bolsa Que Tudo Tem, escondida embaixo de sua capa de bruxa.

Disfarçadamente, ela mergulhou a mão dentro das vestes e puxou seu celular, sem chamar atenção dos demais. A tela estava iluminada de um azul intenso, e bem no centro, havia um arquivo de áudio, nomeado como: “Profecia do Oráculo”. Era a tal gravação que ela fizera na última vez que a equipe TARDIS estivera com o Oráculo de Delfos. Aquilo só podia significar uma coisa... A Profecia queria ser avaliada.

Devagar, ela conectou seus fones de ouvido ao aparelho e levou as duas extremidades às orelhas, camuflando-as embaixo do cabelo, para ninguém notar que os estava usando. Em seguida, ativou o áudio.

“... Os ladrilhos amarelos no planeta dos sonhos... –Luisa fez uma pausa. Refletiu. Não vira ladrilho amarelo algum até então, portanto aquela parte ainda não fazia sentido. Prosseguiu –O universo se agita ao norte... Uma aliança causará desequilíbrio ao cosmos, mas só beneficiará aos que tiverem sorte. —Hum... curioso. Mas ainda não fazia sentido. –Muito em breve, o universo estará em perigo... Para seus habitantes não mais haverá abrigo. Os sentidos serão despertos e grandes revelações serão feitas... Apesar de ainda estiverem apenas á espreita.  –Até então, só embromação. –Os grandes doze se manifestarão... —Os Grande Doze? Doze o que? –E o mar imponente reconhecerá seu descendente com precisão. —Hum... Mar. –Os guerreiros da floresta branca serão convocados... —Floresta bran... Opa! Luisa conhecia uma floresta branca. Nárnia tinha uma floresta branca pela neve... Será que... Era dessa floresta que a profecia falava? – Juntamente aos Humanóides Paranormais que serão recrutados... —Tá bem. Luisa estava no escuro de novo. Não fazia nem idéia de quem podiam ser esses caras. –A criança do Vórtice será amaldiçoada e terá seu destino traçado por um feiticeiro... —AAAAH! Essa... era ELA! Luisa era a “criança do vórtice”. Fazia todo o sentido agora... “destino traçado por um feiticeiro”, ela estava em Hogwarts, não estava? Por bem, essa parte parecia falar sobre o destino dela no mundo bruxo. Estamos indo bem! Vamos continuar: –O fim do universo causará devastação à alguns, enquanto trará a perdição à um velho guerreiro... A alma da TARDISES será drenada, mas desvirtuada será apenas a pobre menina arruivada... —Luisa e os amigos já haviam chegado em um consentimento sobre isso: essa parte tratava sobre o Shopping no Fim do Universo. – Essa é a Era do Tormento... A fauna vem á bordo do Expresso que desafia o tempo... A gêmea dará seu ultimo suspiro de existência... A rivalidade às vezes cria desavença. Cinco almas cantantes virão ao destemido grupo se juntar... Enquanto tantas outras apenas irão lhes ensinar... Um homem bom lutará pela segurança de sua agregada... E não descansará enquanto não encontrar a esposa raptada. O pesadelo da criança só está começando... —Bom, essa parte toda já fora solucionada: Prisão Globo de Neve (onde o Tormento Morava), Plantas carnívoras no Expresso Ocidental, Terra Nova / Hipnóts, “Cinco almas cantantes virão ao grupo se juntar”? One Direction, é CLARO! ; em sua jornada, Luisa, o Doutor e Melissa conheceram muitas pessoas que lhes passaram ensinamentos diversos;  O próximo falava da Família Paralela, enquanto o último, até então, da Criança Pesadelo –O reencontro tão desejado já está se aproximando...—Luisa sentiu os batimentos acelerarem... Será que... Oh! Será que o Doutor estava a caminho? Será que eles finalmente iriam se ver de novo? Ansiosa, ela continuou a ouvir. –As portas deverão permanecer sempre fechadas, mas uma alma mortal terá o descuido de escancará-las... —Harry Styles, é obvio. Ele deixou as portas da TARDIS destrancadas e Luisa acabou caindo no Vórtice. Mas quer saber? Não tinha motivos para sentir raiva dele... Se ela nunca tivesse caído, jamais descobriria sua identidade bruxa. –As crianças do tempo terão seus caminhos entrelaçados... Muitas vidas dependerão da determinação de poucos rastreados... A garota prometida não deve confiar na palha... O fim se aproxima.” –WHAT? Tá bem, o fim continuava indecifrável, assim como o começo. Mas... pelo menos Luisa estava começando a criar hipóteses sobre algumas novas partes, e isso era bom.

Quando o áudio acabou, a garota teve uma revelação incrível: o que aquilo tudo significava? Era bastante óbvio agora... Mesmo sem as verdadeiras respostas, ela podia ter certeza sobre uma coisa: Ainda tinham partes a serem descobertas e concretizadas. Partes que AINDA não faziam sentido. O que revelava que aquilo não era o fim. O universo tinha mais coisas em mente para ela...

Foi então, que uma onda de adrenalina a envolveu e seu cérebro começou a querer trabalhar rápido: A chave para reverter aquela situação toda só podia estar naquela profecia... em algum lugar.

“Vamos pensar” –disse uma vozinha na cabeça de Luisa. – “Quais dessas partes do enigma, tem ligação com Hogwarts”? –ela reorganizou os tópicos, mentalmente. – “As portas deverão permanecer sempre fechadas, mas uma alma mortal terá o descuido de escancará-las”, “A criança do Vórtice será amaldiçoada e terá seu destino traçado por um feiticeiro”, e... hum...” –Luisa forçou-se a lembrar. Sabia que tinha mais alguma coisa que estava esquecendo... – “Ah! Nárnia! O Guarda Roupa na Sala de Defesa Contra As Artes das Trevas!” –se animou, mas logo em seguida ficou confusa. – “Como isso podia me ajudar”? “Como poderia fazer sentido agora”?

Mal havia pensado nisso, Umbridge entrou toda irritada em sua sala, empurrando Harry, Rony e Hermione lá pra dentro. Parecia querer desintegrá-los com o olhar.

—ONDE ELE ESTÁ? ALGUM DE VOCÊS TEM QUE SABER!

A armada se empertigou. Luisa escondeu o celular. O pessoal da Sonserina acertou as posturas.

—O que aconteceu, professora? –Perguntou Malfoy, fingindo educação.

—Dumbledore escapou! –revelou Umbridge, toda alvoroçada. -Arrrrrr! Aquele velho desmiolado já estava na palma da minha mão... MAS ELE SUMIU NO ÚLTIMO INSTANTE COM AQUELA FÊNIX HORROROSA! AVE NOJENTA E DESPREZÍVEL!!!

Luisa ergueu a cabeça, esperançosa. Quer dizer que Dumbledore estava de volta? E Dolores tentou lhe fazer algum mal, mas ele escapou? RÁ! QUE MARAVILHA! Do lugar onde estava, a menina abriu um sorriso... Porém, Dolores percebeu.

—VOCÊ AÍ, garota –apontou a varinha para a garganta de Luisa. –O que sabe sobre Dumbledore?

Todos se voltaram para ela.

—E-eu? –Luisa gaguejou. O sorriso lhe abandonando o rosto. –Nada.

—Tem certeza? Eu soube que Dumbledore andou muito ocupado nesses últimos tempos, e fontes me confirmaram que sempre viam você acompanhada dele... Senhorita Parkinson.

Luisa franziu a testa. Quem teria contado? O pessoal da Armada estava em choque. Cho Chang já havia feito estrago o bastante; O pessoal da Sonserina... Ah, sim. Eles estavam sorrindo daquele jeito que lhe dava arrepios. Só podia ter sido eles.

Contudo, saber quem foi que a dedurou não ajudava muito. Dolores ainda olhava pra ela severamente, esperando uma resposta.

—VAMOS! FALE!

—Ham... Eu não sei. Desculpe. Não sei de nada sobre Dumbledore. –mentiu. –Eu cheguei há pouco tempo em Hogwarts. Vim de intercambio. –ela deu de ombros, tentando passar firmeza em sua resposta. Os integrantes da Armada prenderam a respiração. A turma da Sonserina riu baixinho. Dolores fez um bico, desconfiada.

—Ah é? E quanto às histórias de você estar sempre acompanhada dele? Está me dizendo que não era a senhorita? –insistiu Dolores.

Luisa refletiu por um momento, imaginando o que seria mais sensato dizer. Viu de esguelha, seus amigos suplicando para ela não dizer nada que comprometesse Dumbledore. Ela respirou fundo. Estava prestes a confirmar que não estivera com Dumbledore, mas uma idéia mais ousada lhe veio à cabeça. Ela sorriu de repente, como quem possui uma vantagem, e disse:

—Sim. As histórias são reais. De fato, era eu –perto dali, Hermione espalmou a própria testa. Gina levou as mãos ao rosto. Rony parecia espantado. Harry, incrédulo. Luna arregalara os olhos; enfim, cada um com uma expressão de surpresa, descrença ou medo no rosto. Luisa sentira muito por deixá-los preocupados, mas precisava passar por essa etapa, se quisesse colocar seu plano em ação.

Dolores sorriu vitoriosa. Tirou a varinha da garganta de Luisa.

—Muito bem, senhorita Parkinson –se afastou, indo até a porta. –Como eu imaginava, a senhorita sabe do paradeiro de Dumbledore. Então venha e me leve até ele.

Luisa se pôs de pé. Simmas segurou sua perna.

—Não faça isso Luisa! É uma armadilha!

—SILÊNCIO! –Umbridge gritou. Luisa tentou ignorá-la. Abaixou-se e segurou os ombros de Simmas.

—Está tudo bem... Eu sei o que estou fazendo –sussurrou, rapidamente. Então seu cérebro pensou em mais uma coisa; Luisa voltou-se para Umbridge. –Eu posso levar a senhora até Dumbledore. Mas precisarei de pessoas que conheçam bem Hogwarts, pra poderem me ajudar a andar por aí... Como eu já disse, sou novata. Não conheço cem por cento o castelo.

Umbridge não enrolou.

—Está bem. Potter, Granger e Weasley –selecionou de automático. (Talvez fossem os únicos nomes que ela conhecesse naquele emaranhado de alunos, além de Malfoy). –, ajudem a senhorita Parkinson a se deslocar pela escola. O restante continuará detido aqui na minha sala, entendido? –dirigiu-se aos monitores da Sonserina. Draco e os demais concordaram.

Em seguida, os cinco saíram da sala, e começaram a andar pelo corredor. Harry guiando o grupo, com Luisa ao seu lado. Rony e Hermione logo atrás. Dolores por último, apontando-lhes a varinha.

O sol já estava se pondo. O corredor estava bastante escuro. As luzes bruxuleantes faziam suas sombras ficarem bizarras na parede. Percorreram a direção contrária do longo corredor que levava à sala de Umbridge, e viraram a esquina. Após passarem, uma garota saiu de trás de uma pilastra. A escuridão a havia protegido de ser avistada pelo grupo. Vendo que a barra estava limpa, ela saiu de seu esconderijo, deixando a luz lhe banhar o rosto. Era Cho Chang. Ela mordeu o lábio, e correu nas pontas dos pés, na direção contrária à do grupo que passara –foi direto para a porta da sala da Umbridge.

Lá, ela encostou o ouvido na porta, e escutou Malfoy se vangloriando, e o pessoal da Armada discutindo com ele. Sim! Agora tinha absoluta certeza de que seus amigos estavam presos naquela sala. Vendo o caminho se abrir para sua intenção de consertar as coisas, ela recuou um pouquinho e fez sinal para alguém se juntar a ela.

Pela mesma passagem que Umbridge, Harry e os outros haviam passado momentos antes, uma criatura alta, larga e barbuda apareceu. Cho sorriu.

—Venha Hagrid... É hora de consertar o meu erro.

 

*     *      *

Luisa e Harry andavam juntos, guiando o grupo. O rapaz se voltou para ela, em dado momento do trajeto, sussurrando disfarçadamente:

—Eu ainda não entendi... O que está querendo fazer?

Luisa esperou um pouco antes de responder.

—Eu... acho que sei onde encontrar Dumbledore.

Harry arregalou os olhos.

—Fala sério? –pareceu preocupado de repente. –E está realmente pensando em levar Umbridge até lá? Luisa... Ela vai mandá-lo para Azkaban, quando encontrá-lo. Nada menos que a pior prisão bruxa de todas!

Aquela que se dizia impenetrável, mas que uns bruxos do mal andaram escapando durante as férias?—ironizou Luisa, porém, logo voltou ao foco. Não podia se dar ao luxo de fazer brincadeiras agora... Possivelmente, ela havia estruturado um plano, e precisava de muita concentração... e ainda uma pitada de sorte, para fazer acontecer.

—Olha Harry, apenas confie em mim. –olhou pra ele, sem parar de andar, ou então Umbridge desconfiaria. –Você confia?

Harry observou o trajeto à sua frente, por uma fração de segundos, então voltou-se para ela e assentiu, em silêncio. Luisa sorriu torto.

É isso aí. Precisamos chegar na antiga sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde eu andei tendo minhas aulas particulares com Dumbledore. Não tenho absoluta certeza, mas acredito...

—QUIETOS AÍ NA FRENTE! –Umbridge repreendeu.

Luisa baixou ainda mais o tom de voz, ficando quase muda.

—Acredito... que a resposta para tudo esteja lá.

Um pouco mais confiante, Harry seguiu em frente, mostrando-lhe o caminho. Ela de fato estava perdida. Nunca sequer estivera naquela parte do castelo, muito menos fora parar na sala da Umbridge. Contudo, como para tudo há uma primeira vez... Lá estava ela agora em uma baita enrascada.

—É aqui. Pode deixar Harry... Esse caminho eu conheço –Luisa tomou a frente de todos desta vez, porém, lançou uma piscadela a Harry, quando passou por ele para assumir a liderança do grupo. –Venham comigo, estamos quase lá... –andaram por um extenso corredor, e pararam quase na metade, de frente para uma porta. Luisa a abriu. Lá estava a antiga sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, onde Luisa aprendera tantas coisas em tão pouco tempo... Onde Dumbledore andara se ocupando, pensando na melhor forma de lhe dar aulas particulares; Enfim, um ambiente cheio de histórias. Contudo, o que a trouxe ali não foi a nostalgia de tudo isso, e sim... o velho Guarda Roupa.

Todos entraram, acenderam as pontas das varinhas para iluminar a escuridão, e observaram o ambiente: estava muito diferente de quando Luisa estivera tendo aulas... (e olha que essa era a realidade de um dia atrás). Olhando agora, parecia abandonado. Como se fizesse anos que nada acontecia naquele espaço. Dumbledore era MUITO esperto mesmo... Disfarçou até o aspecto da sala, para confundir o inimigo, mais conhecido como “A gorducha cor-de-rosa, de vozinha irritante”. Aparentemente... Sua tática estava funcionando.

—Mas o que é isso? –grunhiu Umbridge, intrigada. –Por que nos trouxe até aqui, senhorita Parkinson?

Luisa sorriu torto novamente, mas ninguém reparou por causa do breu.

—Eu... Gostaria de mostrar uma coisa –e caminhou na direção do Guarda Roupa. Segurou sua maçaneta. –Mas é melhor se agasalharem... Faz muito frio em Nárnia.

Quando deram por si, já estavam caminhando pela trilha dentre a floresta branca pela neve. Todos com expressões confusas, exceto Luisa, que já estivera lá uma vez. Usavam casacos emprestados do próprio Guarda Roupa, e se deslocavam pela terra desconhecida e congelante... Do reino de Nárnia.

—Que... espécie de lugar é esse? –perguntou Hermione, com uma pitada de admiração na voz.

—Esse lugar se chama Nárnia –Luisa parou de andar. Ela estivera guiando o grupo até então. Todos pararam quando ela parou. –É o lar de criaturas místicas, incrivelmente sombrias, como Trasgos, Ogros, Gigantes e... Bichos Papões—sua fala causou um efeito estranho nesse momento. -E incrivelmente belas também, como Unicórnios, Dragões, Sereias, Hipogrifos, Centauros... e algumas vezes... Fênixs.  

Ao ouvir aquilo, Harry finalmente entendeu onde ela queria chegar: a garota conhecera aquele lugar recentemente, e estava supondo que Dumbledore se refugiara lá, quando desapareceu com a Fênix. Luisa pegou essa informação de uma fala da Umbridge, e se utilizou dela para promover essa situação toda. Finalmente, seus pensamentos começavam a fazer sentido para todos... Infelizmente, para Umbridge também. Bom... ao menos que isso fosse parte do plano de Luisa. Talvez ela tivesse intenção de revelar aquilo exatamente daquela forma, para convencer Umbridge a continuar acreditando em sua palavra. Mas por que faria isso? Qual era seu plano todo?

—Vamos! Por aqui! –Luisa fez sinal, e todos continuaram caminhando, mais e mais para dentro da floresta. Andaram por algum tempo, mas não pareciam chegar a lugar nenhum... Umbridge notou isso. Fez todos pararem.

—O que pensa que está fazendo, fedelha? –ela ameaçou Luisa com a varinha. –Por que andamos, andamos e não chegamos a lugar nenhum? Já está escureceu! Qual o intuito em ficar andando por essa floresta assombrosa? Não estou nem um pouco a fim de virar comida de lobo...

Luisa franziu a testa.

—A senhora ainda não entendeu? Dumbledore está aqui. Eu estou levando você até ele, como me pediu...

—LEVANDO UMA OVA! –Umbridge deu um tapa no rosto de Luisa, que a fez cair sob um tapete de neve, que era o solo. Harry, Rony e Hermione se alvoroçaram, mas Umbridge os impediu de fazer qualquer coisa. Luisa, estendida no chão, abriu os olhos... e notou duas coisas grandes e relativamente peludas, perto de sua cabeça. Um par de pés bem grandes. Apertou os olhos, para tentar enxergar melhor, enquanto a neve caía. Não... Não podia ser...

Uma mão a puxou para cima.

—Bilbo?

—Olá –o Hobbit sorriu.

—Mais o que? Que diabos é isso? FIQUE LONGE DE NÓS! –Umbridge já ia atingi-lo com algum feitiço, quando Luisa entrou na frente.

—NÃO O MACHUQUE! –gritou. Sua voz ecoou pela floresta branca. –Este... é Bilbo Bolseiro. Cidadão de Nárnia. Ele é um dos seres fantásticos que habita essas terras...

—Sim. Exato –Bilbo concordou. –Eu, sou um Hobbit. Muito prazer, pessoal.

Rony, Hermione e Harry acenaram para ele. Umbridge parecia mais irritada do que nunca.

—Criatura imunda... –praguejou. O pobre Hobbit recolheu a mão estendida em boas vindas. Luisa se doeu por ele.

—Ei! Não o trate desse jeito! É por ele que procurávamos ao adentrar nesta trilha –inventou.

—Ele? –indagou Harry.

—Ele? –espantou-se Umbridge.

—Ele? –repetiu Bilbo. –Não, não... Quero dizer, EU?

Luisa assentiu.

—Hum Hum. Você sabe como encontrar pessoas aqui em Nárnia, não sabe?

—Hã... hã... Pessoas? Como assim? De que tipo? Assim, que nem vocês?

—É. Mais ou menos... Na verdade, estou me referindo a um bruxo. O professor Dumbledore, de quem lhe falei.

—Ah... O feiticeiro. –Bilbo esfregou a mão no queixo. –Pois é, então... Eu não sou exatamente... perito em encontrar pessoas em Nárnia, sabe?

—Mas conhece alguém que seja? –Luisa raciocinava loucamente. Qualquer coisa seria motivo para Umbridge perder a paciência, e a menina queria muito ir a fundo em seu plano. –Não sei... Aslan, talvez. O protetor de quem você me falou antes...

Bilbo fez uma cara pouco encorajadora.

—Então... É que Aslan não é exatamente... fácil de encontrar. Sabe? Ele... vive viajando. Está ausente, e ao mesmo tempo, sua presença está em todos os lugares. –Bilbo puxou Luisa para mais perto, para lhe confidenciar um pensamento: -Hã... Desculpe. Aslan é o coração de Nárnia... Mas não posso trazê-lo aqui, sinto muito; Uma porque não saberia localizá-lo, outra porque não confio na mulher que insiste em apontar aquela “varinha nervosa” na nossa direção... Isso me deixa nervoso...

—Tudo bem. Não se preocupe –Luisa pôs a mão em seu ombro. –Teria outra pessoa que talvez pudesse nos ajudar a encontrar Dumbledore? Talvez... Alguém mais acessível?

Bilbo refletiu por um momento.

—Hum... pois é, tem sim: Os Quatro Reis Nárnianos devem servir. Ah, e talvez a Princesa do Gelo possa ajudá-los também.

—Reis? Princesa do Gelo? –perguntou Rony.

—Pois é... Nárnia é governada por quatro reis mirins, muito sábios. Pedro, Suzana, Edmundo e Lúcia! –explicou Bilbo, cheio de orgulho. –E, eles são diariamente aconselhados por Elsa, a Princesa do Gelo. Bem... Por favor, não confundam com a malvada Feiticeira Branca. Aquela mulher era terrível... Todo mundo a odiava em Nárnia. Foi ela que começou com temporadas de frio rigoroso e neve infinita...

Todos olharam ao redor, intrigados.

—Mas Bilbo... Está nevando agora. E está frio também –lembrou Harry.

—Ah, sim. Mas essa é uma nevezinha à toa... Já repararam que não estão sentindo seus membros TÃO congelantes, quanto deveriam estar no meio de uma tempestade de neve? Isso é porque o frio de Nárnia está mais ameno, desde que a Princesa Elsa assumiu o controle do inverno. Olhe só pra mim: EU ESTOU DESCALÇO NA NEVE! Jamais poderia estar assim na Era da Feiticeira Branca. Bem, na verdade... Eu nem estava aqui nessa época. Ainda bem! Os animais dizem que foi um verdadeiro caos...

—Os... Animais sabem falar? –sorriu Hermione, encantada.

—É claro que sabem! –riu Bilbo. –De que mundo vocês vieram, hein?

—PARE DE ENROLAR, SEU ANÃO TAGARELA! –ralhou Umbridge, apontando a varinha na direção de Bilbo. O Hobbit recuou alguns passos, assustado.

—Ei, ei, ei! Calma, minha senhora... Hum-hum... Tenha calma!

—Eu estou ficando impaciente... Porque não nos mostra LOGO o caminho? Ou talvez prefira que eu jogue uma maldição imperdoável em você...

—NÃO! NÃO! –Luisa interferiu. –Não. Deixe ele em paz. Bilbo vai nos ajudar –e se voltou para ele, quase que num olhar suplicante. –Vai ajudar, não é, Bilbo?

—Vou. VOU. Mais... Mais é claro que vou! Que é isso? Eu só estava... explicando como as coisas em Nárnia funcionam.

A ponta da varinha de Umbridge brilhou mais forte. Ela caminhou até ele, séria.

—Escute aqui... Você vai nos levar até Dumbledore. Não me importa se vai precisar chamar Reis, Princesas do Gelo, Feiticeiras Brancas ou espíritos protetores. EU QUERO DUMBLEDORE! Precisamos encontrá-lo imediatamente! Estou com um mandado de prisão para ele... e não podemos demorar mais com isso. Ele precisa ser detido AGORA!

“Eu conheço outra pessoa que precisava ser detida primeiro” –Bilbo teve vontade de dizer, porém, achou melhor ficar quieto.

—Tudo bem. Vou levá-los até o castelo de Nárnia. Lá residem os Reis e a Princesa do Gelo. Aslan também, quando resolve aparecer. –Bilbo disse, já começando a guiá-los pela trilha coberta de neve. –Venham. É por aqui... Eu conheço um atalho pelo lago.


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