Chapeuzinho Vermelho; a história nunca contada escrita por Semideusadorock


Capítulo 7
Capítulo 7: Chegada ao castelo


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas, tudo bem?
Espero que gostem de mais um capítulo da releitura do conto da Chapeuzinho Vermelho.
Boa leitura!



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Retomando a história para a parte de depois que eu acordei, eu poderia contar o que eu sonhei para vocês, mas não vou, por quê? Bom, eu não lembro e não é importante para você seu fofoqueiro que tem interesses em sonhos.

Nico me ajudou a descer da árvore, mas eu mal conseguia desviar os olhos de seu rosto.

— Aonde foi ontem? — indaguei curiosa e ele sorriu de leve.

— Precisei ir no banheiro, fui procurar um lugar com água aonde eu pudesse me higienizar — respondeu dando de ombros — quando voltei você já estava dormindo.

— Hum...você não tem medo da morte, né? — perguntei e ele riu.

— Não!

— Ok, vamos?

Ele se limitou em assentir e começar a caminhar ao meu lado, porém quando ele aparentemente se cansou da minha lerdeza – culpa da perna – em andar, ele me colocou em suas costas, apressando o passo com certa agilidade por entre a floresta.

— Como sua amiga conheceu o príncipe? — questionou, desta vez ele tentando puxar assunto.

— Ele foi na nossa vila, eles visitam lá pelo menos duas vezes ao ano, ela chamou a atenção dele e ele a convidou para passar uns dias no castelo, como sua convidada, ela foi e agora estão noivos — dei de ombros, não me importava muito sobre isso.

É claro que eu estava feliz pela Annabeth, mas não era um assunto que eu ficava pensando em meu dia-a-dia, ela tinha conseguido, tinha saído da vila, concretizado o sonho de todas as pessoas que moravam lá e principalmente o sonho de todas as meninas que ficavam de prontidão nos dias da visita, casar com alguém rico, quer alguém mais rico que o futuro rei?

Mas eu sabia que a loira não tinha se casado com ele por conta de sua fortuna, como contei no primeiro capítulo, adoramos clichês e obviamente como boas amantes de clichês nós éramos as diferentonas que se importavam/importamos mais com amor do que com dinheiro, então se encontrar a pessoa certa significava termos que ficar trancafiadas naquela vila, parecia o certo, mas não casaríamos por conta do dinheiro.

Annabeth deu a sorte de achar a soma rico+amor+príncipe, então sorte dela, né?

Mas e você caro leitor/ouvinte/não sei o que diabos você é, qual sua opinião sobre isso? Estabilidade financeira ou amor? E como saber que encontramos alguém por quem nos apaixonamos? Acho que esse é um assunto que devemos pensar, a pessoa certa, se é que há uma pessoa certa para nós em algum canto por aí.

— Você acredita no amor? — perguntei depois de um tempo refletindo e ele deu de ombros.

— Acho que sim, amo minha família e acredito que posso amar uma pessoa um dia, alguém que não tenha nenhuma relação obrigatória comigo, mas não sei, isso nunca aconteceu, por quê?

— Sei lá, eu já vi várias pessoas sacrificarem esse sentimento por coisas banais, também já vi várias pessoas nunca o encontrarem...

— Alguém especial?

— Meu pai — suspirou — ele se casou com uma mulher em um casamento arranjado, eu e meu irmão nascemos, ela morreu e para ele nada lhe fez diferença, ele casou de novo e de novo e mesmo assim nada, nunca vi ele se apaixonar, isso é tão...triste.

— Sim, sabemos que tem alguém por aí que podemos nos sentir desse jeito, mas saber que podemos nunca encontrar essa pessoa é algo...triste. — ele suspirou tentando se concentrar pelo caminho que ele percorria — no castelo você vai conhecer novas pessoas, pode achar seu par romântico.

— Em doze horas? Duvido!

— Quanto tempo sua amiga teve? — questionou e eu revirei os olhos.

— Doze horas.

Ele riu, pulando um tronco, mas já sabemos que ele não tem coordenação motora para isso, ainda mais comigo em suas costas, então se imaginou uma queda muito linda, está corretíssimo!

Nico não conseguiu pular o tronco inteiro, acabando tentando se equilibrar ali em cima, mas suas pernas escorregaram e ele caiu de cara na terra e eu dei uma cambalhota por cima da sua cabeça caindo de costas no mato.

— Você é um desastre! — o culpei, começando a rir.

O Di Ângelo rolou no chão cuspindo a terra e começando a rir também, se levantando com calma e me pegando no colo e com calma me colocando nas suas costas novamente.

— Novamente a menina que caiu duas vezes em menos de dez minutos não pode me julgar.

— Você já bateu a minha cabeça em uma árvore e me derrubou das suas costas.

— Eu estou te carregando, você estava independente.

— Você conhece a floresta, eu não.

Ele riu e assentiu, continuando a andar.

— Estamos quites, então, dois desastres ambulantes, ok?

— Ok!

Me acomodei mais nas costas dele, deixando minha cabeça em seu ombro, olhando o caminho que se estendia a nossa frente. Nico parecia mais focado no caminho, talvez engolir terra não tivesse sido uma boa experiência, mas deve ter ensinado uma lição, principalmente porque ele não pulou o outro tronco que encontramos no caminho.

— Por que tantos troncos caídos? — indaguei e ele suspirou.

— Caçadores tentam abrir caminhos para conhecerem melhor a floresta, tem um preço na cabeça daquele lobo, então eles acreditam que a melhor escolha é abrir o terreno, pois assim é mais fácil de explorar.

— Faz sentindo — comentei e ele assentiu.

— Sim, faz, mas eles são idiotas e a maioria não sabe como se locomover na floresta, então apenas acabam mortos, porque sim, é isso que acontece se você não consegue se locomover por essas bandas — ele foi sincero suspirando. — Já estamos chegando no castelo.

Olhei para frente e conseguia ver a torre a distância, talvez mais uma hora de caminhada.

— Por que não vai no casamento comigo? Tenho certeza que Annabeth não vai se importar — convidei baixo, deveria me desculpar de um jeito por conta da panelada, comida de graça parecia uma boa desculpa.

— Não, aprecio o convite, mas não sou muito fã de pessoas, vou voltar para meu chalé quando te deixar lá, e você deveria pedir para a sua amiga uma carona para voltar pela estrada, a floresta não é um lugar seguro e você já viu o porquê.

— Pode deixar, mas vê se cuida nessa floresta, a sorte pode estar no seu lado até agora, mas nunca se sabe quando vai acabar.

Nico parou de andar me descendo de suas costas, apontando para o castelo.

— Eu fico por aqui, é só ir até os guardas e mostrar a carta que eles vão te deixar entrar — o Di Ângelo sorriu simpático. — Vê se cuida dessa perna, ok?

— Pode deixar, obrigada por me trazer até aqui — sorriu, vendo-o pegar algo em sua mochila.

Logo reconheci como a minha capa que tinha se manchado de sangue no dia em que eu cai e me machuquei, agora ela estava inteiramente tingida de vermelho, como se sempre fosse assim. Ele a colocou em volta dos meus ombros, amarrando o laço em meu pescoço e puxando o capuz.

— Ok, Chapeuzinho vermelho, aproveite e festa e espero que consiga mais do que simplesmente voltar para a sua vida depois disso.

— Obrigada — revirei os olhos olhando o tecido. — Se cuida.

Assentiu virando as costas e voltando pelo caminho que ele tinha percorrido. Suspirei, pegando minha própria mochila e começando a andar para onde ele apontou.

— Chapeuzinho vermelho! — ouvi a voz de Nico, me fazendo virar para olha-lo.

Ele tinha um sorriso travesso nos lábios e as mãos no bolso.

— Eu disse no dia que nos conhecemos que você estava me atrapalhando, mas confesso que vou sentir saudades e eu te perdoou pela panelada.

Ri e acenei para ele.

— Nos vemos por aí, Di Ângelo!

— É, nos vemos... — ele falou baixo, mais para si do que para mim.

Desta vez eu que virei as costas primeiro, começando a andar em direção ao castelo, só parando quando estava na frente do guarda, olhando para trás por onde Nico tinha sumido.

— Bem-vinda senhorita Grace, levaremos você até seus aposentos e chamaremos um médico para cuidar de sua perna.

— Obrigada!

Condesso que pensei que nunca mais veria Nico quando atravessei aqueles portões enormes que protegiam a vila e o castelo, e aquilo ficou na minha cabeça, seus olhos negros como a noite, seu sorriso travesso e o mistério que eu sabia que ele carregava.

Pausa dramática...TAN TAN TAN

Tchuru...


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Notas finais do capítulo

- O que acharam?
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