As Crônicas de um Jarl Apaixonado escrita por Sir Eric von Liechtenstein


Capítulo 2
Os Ventos Levaram-me a Ti




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Aqui estou eu reiniciando a jornada. Mais uma vez nas terras altas, terras estranhas da Frankia. A brisa, às nuvens cinzas, a neblina e doce chuva! Esse é o tempo desse lugar! Lugar maravilhoso entre as montanhas e o mar, terra que chamarei de casa, após a gloriosa vitória em Saint Diniz. Pelo menos tenho de acreditar nessa vitória, na força dos nossos braços, suor dos nossos rostos e no meu amor a ti, Brielle.
Nem parecia que vinha de amargas derrotas nas terras da Britânia. A jornada se reinicia, em outro local, com caminhos diferentes, estradas novas para percorrer, velhos inimigos para enfrentar e com a ajuda de Thor, derrotá-los.

O som das flautas ecoa! O dia está nascendo nas planícies francas. É hora de correr, correr para enfrentar o medo e o desespero que sempre na espreita andam nos seguindo. Vou selar o meu cavalo, homens comigo, vamos ser Vikings mais uma vez, lutar bravamente por aquilo que acreditamos, até a morte.

Se eu estou cansado de ser derrotado por eles? Não estou porque me alegra isso que faço, é digno e honroso aos olhos de todos! Muitos falam que mais uma vez serei derrotado, se eu for será como um vitória; pois será com honra, luta até a última gota de suor, até a última gota de sangue!
Agora é hora de ir. Aproveitar que na alvorada, a brisa refrescante das margens do rio Senna acaricia nossos rostos, e os cavalos.  Era um dia belo, nublado e agradável. Perfeito para morrer, ou vencer.

Fato é que quando as escadas encostarem nas muralhas, não terei certeza de nada além do meu amor a Brielle. Não será uma guerra com paredes de escudos, não temos vantagem numérica, nem armas de cerco sofisticadas. Assim que é bom. Louvável na verdade. Afinal nós, danes, somos Vikings só precisamos de vento a favor e nada mais. Qualquer coisa no caminho é nada menos que motivação para a vitória.

As dificuldades, as muralhas, o furor das setas que saem dos besteiros francos, a inferioridade numérica, só nos motiva mais.  Essa é de longe a melhor incursão de todas. Tudo contra e ainda por cima tenho por alvo o amor da dama mais bela. Daquela que faz as flores florescerem fora da estação, ela é a Rosa das rosas. Quando ela caminha pelos muros da sua fortaleza, as árvores florescem, o dia clareia e as flores se curvam em reverência a ela. Ela que tem os melhor aroma, a beleza mais singela, o sorriso mais amável e o coração mais puro. É por ela que luto, a razão de todo o furor e força que sucumbem meu ser nesse momento de tensão que é o cerco a Saint Diniz.

Brielle, Mia Senhor, estou chegando, não se assuste ao ver o cerco tão perto da tua terra. Faço isso para que finalmente possamos ficar juntos e entregar-te-ei todo meu amor, todo meu ser, todo meu querer ser. Tu moveste meu coração desde os fiordes até tua bela terra e é por ti que lutarei. Em cada golpe, mais perto de ti estarei. Tua beleza será refletida nos flancos do meu cavalo. Todos verão que ao lutar por amor, as forças se multiplicam. Porque nada há mais belo do que a esperança do teu olhar frente ao meu, sentir a tua beleza ofuscando o luar e o melhor de tudo ter isso contigo para sempre.

Agora chega de escrever, a marcha iniciou, o cerco começou. Que essa batalha final trazes-te a mim, ou morrerei tentando.


Com amor:

Agora perto, seguindo-te pelo cheiro suave do teu perfume que os ventos trazem,

Jarl Ericsson de Gothland


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