Acordei com a Rosalya pulando na minha cama, nem sei como consegui dormir após o pesadelo, mas consegui, pensar em coisas boas também ajudaram.

—acorda sua preguiçosa, vamos nos atrasar_ ela abriu meu guarda roupa e me jogou uma roupa_ suas roupas até que são bonitinhas, mas precisa de mais.

—você só pensa em comprar roupa?

—não, no meu namorado também, mas se veste!

—mas e você? Que roupa vai usar?

—nossa verdade, vou dar um pulinho lá em casa, depois de comer!

A essa altura eu já pus a roupa e fomos tomar café, a Rosa foi colocar a roupa e assim que voltou fomos pra escola.

Lysandre foi junto com a gente, ficamos nós três conversando, Lysandre estava um pouco perdido em pensamentos, eu também fico assim às vezes, já que chegamos cedo, ficamos no pátio esperando a hora de entrar.

Fiquei observando o movimento, olhei as árvores, como o vento batia nelas, fazendo aquele som de folhas chacoalhando, os pombos que apareciam aqui e ali de vez enquanto, até que, no meio da multidão, vejo alguém que me parece familiar, cabelos curtos, um tanto alta, olhos verde esmeralda, fui até ela, será que era...

—Lily?

—Anni? ANNI!_ a gente deu um mega abraço, desde que cheguei não à via e nem conversei com ela, que é a minha melhor amiga, ela sabia tudo sobre mim e eu dela, nós nos conhecemos desde quando éramos da primeira série, e não nos desgrudamos mais.

—Lily que saudade, o que você ta fazendo aqui menina? Que coincidência!

—Meu pai recebeu uma proposta de trabalho aqui, e já que eu fiz curso de francês, pensei... por que não?

—Verdade! Lembra quando a gente brincava enquanto a professora escrevia?

—Como esquecer?_ começamos a rir, a gente brincava muito quando pequenas. E foi ai que o sinal tocou, ele sempre atrapalhava_ Acho que agora nos vemos só depois, tenho que encontrar o representante de turma.

—Eu sei quem é, te levo a ele aí eu vou pra classe_ acompanhei ela até a sala do Nathaniel, a deixei lá e fui para a aula.

Sentei no meu lugar de sempre e logo após chegou o professor, as provas iam começar semana que vem, o não, e agora? Não entendi quase nada, foi tudo por metades, eu vou me dar muito mal. Assim que a aula acabou a próxima foi vaga e aproveitei pra dar uma olhada no caderno, mas eu não entendia quase nada, olhei para o lado, e vi Lysandre e seu bloco de notas, será que ele poderia me ajudar? 

Por um impulso sai do meu lugar e fui em direção a mesa dele, pus a mão em sua mesa, e ele acordou do “transe” e levantou o olhar pra me ver, e deu um sorriso leve.

—Oi Lysandr..._ele me interrompeu antes de eu terminar o seu nome.

—Eu já lhe falei que pode me chamar pelo apelido_ ele falou aquilo com sua voz calma, tranqüilizadora e me senti um pouco vermelha.

—an... sim! Eu só... bem..._ não achei uma desculpa e então fui logo para o assunto_ okay... Lys, eu só queria saber se... ai que vergonha, se você poderia me ajudar, porque eu cheguei um pouco mais tarde na escola e não entendo praticamente nada da matéria.

—E então você gostaria que eu te ajudasse a esclarecer um pouco da matéria! Eu não vejo vergonha nisso já que eu sou seu colega de classe.

—É que... ai não sei, me sinto um pouco boba... entende? Mas então... você me ajudaria?

—Não entendo essa preocupação, mas foi bom sua sinceridade, e eu não vejo motivo para recusar o pedido de uma amiga!

Amiga? Não sei por que mas me senti feliz por sua classificação de intimidade.

—Sério Lys, muito obrigada mesmo! Quando você estará disponível?

—Se você puder, hoje mesmo no parque perto de casa sabe?

—Sim, é bem perto de casa, então combinado.

Acabamos por finalizar a conversa naquilo mesmo, voltei ao meu lugar e tentei estudar alguma coisa, em vão, não entendi nada, então resolvi ler o meu livro novo pelos 20 minutos restantes da aula.
XXX
Quando fomos liberados, peguei todo meu material e fui pro portão da escola, acho que Lily saiu mais cedo por ser seu primeiro dia, não demorou muito e o Lys apareceu, quando me viu deu aquele sorriso de novo, ele era gentil, e fomos juntos para o parque, e sentamos na beira de uma fonte, não tinha ido antes aquela parte do parque, ele pegou seu caderno e começou a me explicar, a matéria começou a se clarear na minha cabeça, ele é um bom professor. Quando o relógio marcou 18h, percebemos que passamos do horário, minha tia deve estar preocupada. A tarde foi de estudos, mas foi tão boa ao mesmo tempo, mas tivemos que nos despedir, e eu agradeci de novo por sua gentileza. 

Cheguei em casa, e como imaginei, minha tia estava quase me ligando e perguntou onde eu estava, quando expliquei, ela se tranqüilizou.

Fui para o meu quarto, estava de bom humor, e resolvi dar uma redecorada no quarto usando o que eu tinha e o deixei menos simples usando coisas de época antiga e quadros fofos, até dar a hora de dormir. Me deitei e caí no sono rápido, o pesadelo estava se dissipando cada vez mais, finalmente consegui superar.