—Bom Dia! – Edward a cumprimentou depositando beijos nas costas nua dela.

—Você ama me acordar cedo. – resmungou se espreguiçando na cama.

—Já são 10 horas. É melhor levantar ou perderemos muito tempo.

—Não chamo o que fizemos ontem de perda de tempo.

—Foi incrível ontem. – deitou na cama e Bella pulou em cima dele.

—Quer repetir a dose? – perguntou já infiltrando as mãos por debaixo da camisa dele.

—Achei que fossemos nadar com os golfinhos. – Edward respondeu se preparando para mais uma rodada.

—Eles podem esperar. Tenho certeza que vão arrumar algo para fazer. – começou a distribuir beijos pelo pescoço e pelo peito dele. – Mas nós vamos nos divertir mais do que eles.

[...]

—Estou apaixonada por esse lugar. – Bella comentou abraçada a um golfinho, enquanto Edward tirava fotos dela.

—Poderíamos ter vindo mais cedo, mas teve gente que não queria sair da cama. – Edward provocou, trocando de lugar com ela. – Eles são muito dóceis.

—Eles são fofos. – ela olhava encantada para ele. – E voltando ao assunto. Pelo que bem me lembro, nós saímos da cama sim, só não saímos da suíte. – piscou para ele e Edward foi até ela.

—Acho que está certa. – respondeu depositando um beijo nos lábios dela. – Quero tirar uma foto com você. Para guardar esse momento para sempre. Com licença, pode tirar algumas fotos nossas? – pediu entregando a câmera para um jovem que estava perto deles.

—É claro. São casados? – o jovem perguntou.

—Sim. Estamos em lua de mel. – Bella respondeu abraçando o marido para poderem tirar a foto.

—Meus parabéns. Dá para ver o amor entre vocês. – os dois se encararam e sorriram. – Ficou perfeita. – entregou a câmera para Edward. – Deveriam mandar ampliar e colocar em um quadro.

—Ficou perfeita mesmo.

Bella estava olhando a foto por sobre o ombro de Edward e o que ela via eram dois recém casados apaixonados e felizes e não duas pessoas que tinham feito um casamento por contrato e que estavam apenas aproveitando o momento enquanto uma das partes era apaixonada por outra pessoa e a outra era incapaz de amar. Ela não conseguia entender aquilo. Será que o local que os estavam fazendo se comportar de forma diferente ou ela só estava imaginado coisas?

Ela tinha que confessar que ficar com Edward tinha sido melhor do que ela imaginava. Ele era gentil, mas ao mesmo tempo bruto quando era preciso e ele a tinha feito sentir coisas que ela não sabia que era possível sentir. Ela já tinha ficado com vários homens, não era nenhuma puritana, mas o que ela tinha sentido na noite passada e pela manhã, foi algo sublime e inexplicável. Algo tinha mudado dentro dela e ela ainda não era capaz de explicar ou entender o que era.

—Vamos? – perguntou tentando afastar aqueles pensamentos. – Não queremos perder o tour pela ilha.

—É claro. – Edward sorriu sem graça. Não era só Bella que estava tendo pensamentos conflitantes.

Edward sempre foi apaixonado por Victoria e tinha a plena convicção de que ela era a mulher da vida dele e de que os dois passariam o resto da vida juntos. Casariam, teriam vários filhos e morariam perto dos pais deles. Esse era o plano e mesmo nas duas vezes em que ficaram separados, os dois nunca duvidaram de que voltariam e cumpririam com o planejado. Mas o que Edward não estava conseguindo entender era o motivo de não visualizar mais filhos com os cabelos ruivos e encaracolados. Ou até mesmo visualizar a vida dele em Forks. Algo, ou melhor, alguém o estava afetando e pela primeira vez, ele não sabia quais eram os planos dele para o futuro.

—Está tão calado. – Bella passou os braços pela cintura dele, quando os dois pararam em frente a uma barraquinha que vendia colares, pulseiras e brincos. – São lindos. Vou comprar para as meninas, o que acha?

—Acho que elas vão gostar. – ele sorriu para ela ainda um pouco confuso com o rumo de seus pensamentos. Bella escolheu os presentes e Edward olhava fixamente para um grupo de colares que estavam separados dos demais.

—Gostou senhor? – a vendedora perguntou notando o interesse dele. – Esses colares são especiais. De onde venho, eles simbolizam o amor verdadeiro. São feitos para serem usados pelo casal. – ela pegou um e Edward notou que eram dois colares. Dois golfinhos que se completavam.  – Gostaria de levar um?

—Deveria levar. São lindos e você pode dar para a sua ruiva. – Bella sugeriu sussurrando e tentando soar despreocupada.

—É claro. – Edward saiu do transe. – Vou levar. – colocou os colares no bolso e a vendedora olhou para os dois sem entender.

—É para o amor verdadeiro. – ela o lembrou esperando que ele colocasse o colar e desse o outro para Bella.

—No momento certo vou dar para o meu amor verdadeiro. – respondeu se inclinando um pouco em direção a ela como se contasse um segredo. A vendedora sorriu e olhou para o casal.

—Não deixe o seu amor verdadeiro escapar. – apertou a bochecha dele.

—Não deixarei. – sorriu em agradecimento e pegou na mão da esposa.

—Você está atraindo muita atenção. – Bella comentou fazendo bico.

—Ela tem idade para ser a minha avó. – apontou discretamente para a vendedora.

—Não estava me referindo a ela. – indicou com um aceno de cabeça um grupo de mulheres que estavam o olhando descaradamente.

—São bonitas. – a provocando e recebeu um tapa no ombro. – Sua grossa. – reclamou colocando a mão no ombro.

—Se quiser, pode ir lá. – cruzou os braços emburrada.

—Está falando sério? – perguntou espantado com a sugestão dela.

—É claro. Não tem ninguém conhecido por aqui, então não corro o risco de ficar com fama de corna.

—Isso quer dizer que vai ficar com outros homens? – perguntou bravo com a possibilidade.

—Nós somos exclusivos? – questionou segurando para não rir da cara dele. Ele estava vermelho e com as narinas infladas.

—Somos casados. E por mais que seja apenas um acordo, não gosto de dividir minha mulher com outros. – a puxou para seus braços fazendo Bella soltar um gritinho.

—O mesmo vale para você também. Só vou dividir você com a ruiva. – avisou se afastando dele e Edward passou as mãos no cabelo tentando controlar o sentimento que estava brotando nele. Quem era ele para exigir fidelidade quando ele mesmo não estava sendo completamente fiel? Mas a ideia de ver Bella se envolvendo com outro homem, era inaceitável para ele. – Vai ficar parado aí? – ele balançou a cabeça afastando os pensamentos e resolveu se concentrar nos últimos momentos na ilha e esquecer a bagunça emocional que estava dentro dele.

[...]

—Se divertiram muito? – Rose perguntou curiosa.

—Foi incrível. O lugar é maravilhoso e a companhia foi bem agradável também. – respondeu piscando e Emmett fingiu que estava vomitando.

—Não quero saber da vida sexual do meu irmãozinho.

—Eu não falei da vida sexual de ninguém, Emmett. – os três estavam na sala de Bella analisando alguns documentos. Rosalie estava começando a aprender alguns processos administrativos.

—E nem vamos falar, ou vou ter que contar sobre a minha e os detalhes podem deixar uma pobre inocente como você de cabelos em pé. – alertou ajeitando o terno.

—Amor! – Rose o repreendeu.

—Depois do que o seu irmão fez comigo esse final de semana. Pedi toda a minha inocência. – suspirou se lembrando dos momentos na ilha. Depois da pequena briga que tiveram, os dois tinham voltado para a suíte e Edward a fez se lembrar de que não precisava de outro homem na cama dela. Pelo menos até ele ir embora.

—Que assunto mais chato. – Emmett tremeu ao imaginar o que eles haviam feito. – Vamos nos concentrar nos negócios.

—Estraga prazeres. Depois te conto todos os detalhes Rose.

—Mantenha essas informações só para você, ursinha. – os dois se beijaram, e Bella devolveu a provocação.

—Argh. Vocês são muito melosos. – ela gostava muito dos dois. Eles eram grandes pessoas e amigos.

—E você é chata. Temos uma reunião para ir, nos acompanha? – Emmett levantou e estendeu a mão para esposa.

—Podem ir só vocês dois mesmo. Tenho que resolver uns assuntos e sua mãe e Alice chegarão a qualquer momento. Elas vão conhecer a empresa e iremos resolver detalhes do Natal.

—Que ótimo. Amo o Natal.

—Temos muito que comemorar. – Rose sorriu para a cunhada e depois segurou a mão do marido e os dois foram para a reunião.

Bella voltou à atenção para os documentos a sua frente e não só se deu conta de que a hora tinha passado quando a porta foi violentamente aberta.

—Então o casamento de vocês é mesmo uma farsa? – ergueu a cabeça assustada com a acusação.